001 ━━━━━━ Para o próximo capítulo ser postado, vou colocar a meta de 40 comentários.

002 ━━━━━━ Não me senti muuuito inspirada para escrever esse capítulo, mas me esforcei, então espero que gostem.

 Astrid Aumont

Ex morta

O DIA DO FESTIVAL DAS GAROTAS no caixote tinha chegado, uma lenda totalmente protagonizada por Rebekah, como ela orgulhosamente lembrava sempre que tinha oportunidade.

— Esse é o quinto vestido que você experimentou na última hora — Kol resmungou, jogado na minha cama — Você ficou linda em todos, Trid.

Revirei os olhos e tirei o vestido branco, então peguei o próximo.

— Não estou preocupada em escolher um vestido para esse festival e sim para o encontro que Elijah prometeu me levar. Vai ser o nosso primeiro encontro de verdade, sabe quanto tempo eu esperei por isso?

Kol suspirou.

— Na verdade, eu sei, mil anos em que estive do seu lado, lhe ouvindo suspirar pelo meu irmão idiota.

— Então você entende o porquê estou tão ansiosa.

Ouvi a campainha tocar violentamente, troquei um olhar confuso com Kol e segui para a sala, colocando uma camiseta grande do bruxo no meio do caminho. Quando abri a porta, dei de cara com Marcel e Elijah.

— O que aconteceu?

— Davina está ai? — Marcel perguntou, irritado — Porra, porquê eu não consigo entrar?

Eu o encarei, forçando um sorriso.

— E porquê você acha que a bruxinha estaria aqui?

Marcel bufou.

— Eu não sou idiota Astrid, sei que ela tem fugido para cá, por causa do idiota do seu irmão que agora é a merda de um bruxo.

Quase esqueci da rivalidade entre Kol e Marcel, nunca entendi direito como aquilo tinha surgido, mas sabia que se eles tivessem oportunidade de matar um ao outro, fariam sem pensar duas vezes.

Antes que eu pudesse pensar em uma boa resposta, Kol surgiu, sorrindo de forma irônica para Marcel.

— É uma pena que você ainda esteja vivo — Kol comentou, então suspirou — Davina não está aqui, mas se você esperar alguns minutos, posso fazer um feitiço de localização para a encontrar.

Marcel fez uma careta.

— Ótimo, então me convida para entrar.

O sorriso de Kol aumentou.

— Não.

Elijah respirou fundo e me encarou, praticamente me implorando por ajuda, eu dei uma olhada para o bruxo ao meu lado, sabendo que nada no mundo o convenceria de deixar Marcel entrar no apartamento.

— Kol, comece logo a fazer o feitiço.

Ele me encarou.

— Sem problemas, Trid.

Kol foi para a sala e Elijah passou por Marcel, entrando no apartamento e beijando minha testa.

— Moonlight.

— Eu espero que a gente consiga resolver isso até o anoitecer, quero a minha noite do encontro — resmunguei, cansada.

O vampiro sorriu.

— Vou fazer o possível para atender seus desejos.

Marcel bufou.

— Você nem se importa de parecer preocupada com Davina — ele disse, indignado — está mais preocupada com seu encontro idiota.

Estreitei os olhos na direção de Marcel, ele podia até se importar de verdade com a garota, mas também se importava com o poder dela, de que com ela, ele poderia controlar todas as bruxas da cidade.

— Você está certo, Davina realmente passou muito tempo com Kol — concordei, o encarando nos olhos — Isso significa que ela teve alguém que a ensinou a se defender, como realmente usar magia. Eu me pergunto o que levou ela a fugir... Será que Davina finalmente percebeu que você estava a usando?

Ele avançou na minha direção, mas como não tinha sido convidado, não conseguiu chegar onde eu estava.

— Eu nunca usei ela.

Revirei os olhos.

— Só se aproveitou do poder dela para controlar todas as bruxas da cidade, claro.

— Astrid.

Decidi ficar quieta após ouvir o apelo de Elijah. Fui para onde Kol estava fazendo o feitiço de localização, ele tinha sido incrivelmente rápido para reunir o que precisava, incluindo a escova de cabelo que Davina usava quando estava aqui.

Observei o feitiço sendo feito e fiz uma careta ao perceber para onde a localização estava marcada.

— Esse não é o apartamento da Camille?

Elijah suspirou.

— É.

— Boa notícia, Marcel — avisei, nem um pouco animada — Achamos uma localização, sabe onde fica o apartamento de Camille?

Quando me virei para a porta, Marcel já tinha ido embora. Me joguei no sofá ao lado do meu bruxo favorito, Elijah me encarou de cima para baixo, como só agora tivesse percebido que eu só estava usando uma camiseta por cima das minhas roupas íntimas.

— Tenho que ir ajudar Marcel e Klaus, mas estarei de volta para o nosso encontro.

Eu sorri quando ele se inclinou na minha direção, capturando meus lábios em um beijo delicado.

— Vou estar esperando.

Elijah foi embora e eu olhei para Kol, que estava mexendo no celular sem prestar muita atenção ao seu redor.

— Eu espero que você não esteja enviando uma mensagem para Davina.

Kol parou por um momento, então se virou para mim, dando um de seus sorrisos.

— Eu não estou.

— Mentiroso.

OBSERVEI A RUA MOVIMENTADA, a cidade estava cheia, em festa, repleta de música e garotas vestidas de branco. Eu não estava muito diferente, usando um longo vestido branco antigo, que tinha achado no fundo das minhas coisas, parecia um vestido de noiva e por momento, me permiti imaginar como seria casar.

Elijah e eu nos casando, embaixo de uma pela figueira, com nossa família presente, eu estaria usando um belo vestido branco...

— Deixei você esperando muito tempo, meu amor?

Sorri ao ouvir a voz dele, no segundo seguinte, seus braços envolveram meu corpo e eu pude encostar minhas costas em seu peito, sentindo seu perfume.

— Um pouco, mas eu me distrai observando a festa — admiti, então me virei, olhando nos seus olhos — Kol está cuidando de Davina após a morte trágica do humano pelo qual ela era apaixonada... Às vezes Klaus é um idiota.

Ele suspirou.

— Nunca imaginei que ficaria aliviado de uma pobre garota ter Kol ao seu lado.

— Ele realmente se importa com ela.

Elijah selou nossos lábios em um beijo doce.

— Eu preparei um jantar romântico para nós dois, com direito ao seu prato favorito e uma boa garrafa de vinho. Me acompanha?

Um sorriso bobo surgiu em meus lábios e eu concordei sem pensar duas vezes.

— Apenas me mostre o caminho.

Acabei rindo quando ele me pegou no colo como se eu fosse uma princesa. Quando abri os olhos novamente, estava na casa da plantação, na sala do local, a comida e o vinho estavam na mesinha de centro, velas iluminavam o lugar.

— Você teve algum trabalho.

— Para fazer você feliz, nenhum trabalho é grande ou cansativo o suficiente, amor.

Meus olhos encontraram alguns desenhos empilhados no canto da sala, fui até ali, pegando um deles.

— O que é isso?

Elijah pegou a garrafa de vinho e a abriu.

— Desenhos de Davina, imagino que juntos formam algum tipo de premonição, mas ainda não consegui descobrir o que é.

Aquilo me causou uma sensação ruim no estômago, me ajoelhei no chão e comecei a organizar os desenhos, eram muitas folhas e parecia um pouco confuso. O amargo em minha boca piorou quando comecei a suspeitar o que era aquele desenho.

Ou melhor, quem era.

— Deseja uma taça de vinho para degustação ou...

— Elijah — sussurrei, preocupada — Essa aqui não é a...?

Ele estava ao meu lado no segundo seguinte, sua expressão endureceu ao ver o que os desenhos tinham formado.

— Celeste.

Respirei fundo e levantei do chão, peguei meu celular e tirei uma foto, enviando para Kol.

— Teria sido uma bela noite romântica se os desenhos de Davina não tivessem formado a imagem do rosto de uma das suas ex, que está morta.