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≀ ꒰ T1 ꒱ ៹ ﹫chapter sixteen, Kol Mikaelson ⋆◝﹆



001 ━━━━━━ Para o próximo capítulo ser postado, vou colocar a meta de trinta e três comentários.

002 ━━━━━━ Não vou dizer nada, pois o título diz tudo.








 Astrid Aumont

Kol Mikaelson


ENTREI NO SÓTÃO ONDE DAVINA ESTAVA e sorri ao ver a garota tentando desfazer o nó de ligação com o grimório de Esther Mikaelson. Não me surpreendi ao ver Kol ao seu lado, explicando pacientemente o que ela tinha que fazer para conseguir.

— Olá, sentiram a minha falta?

Kol sorriu, mas Davina estava concentrada demais para me encarar.

— Tridy, você está com um sorriso do mal — ele comentou, animado — me conte o que está planejando.

A vida pós morte deveria ser realmente entediante para Kol se ele estava tão desesperado para saber o que eu estava planejando e se isso iria causar um pouco de caos. Eu me sentei na beirada da cama de Davina e os observei, pensando na melhor forma de falar o que estava pensando.

— Davina, você conheceu Hayley, a loba que está esperando o filho de Klaus, algo que a gente nem sabia ser possível — comecei explicando, devagar — Então, as bruxas ligaram Sophie Deveraux a Hayley para nos manipular, é por isso que pedi para você desfazer esse feitiço mágico.

Ela me encarou surpresa.

— Sophie o quê?

Eu finalmente ganhei a sua atenção, o que era ótimo.

— As bruxas envolveram nossa família em um esquema de mentiras, dizendo que queriam se livrar da tirania de Marcel, mas na verdade, elas queriam você — falei, percebendo a garota ficar tensa — Nós não vamos entregar você e nem nada disso, eu nunca entregaria a pessoa que concordou de trazer meu melhor amigo de volta.

Davina levantou de onde estava e me encarou, a garota estava claramente na defensiva e eu não a julgava por isso.

— Onde você quer chegar?

Kol franziu a testa.

— As bruxas passaram dos limites, não é?

— Agnes usou a agulha das dores em Sophie, o objeto amaldiçoado serve para causar um aborto, o que estamos tentando desesperadamente evitar — eu forcei um sorriso — Agora nós queremos nos livrar de Agnes, mas eu estava pensando que, a pessoa que tem mais motivos para se livrar dela aqui... É você.

Davina arqueou a sobrancelha.

— E-eu não entendi.

Me levantei de onde estava e caminhei até ela, ficando na sua frente.

— Davina, essa velha manipulou você, matou suas amigas e quase te matou, ninguém aqui merece tanto se vingar do que você — falei, séria — eu estou dando a oportunidade de você fazer ela pagar por tudo.

Ela olhou para Kol, que suspirou.

— Eu imagino que você deve estar com medo por causa de tudo o que ela fez e que só a ideia de ficar perto dela pode ser apavorante, mas você é uma bruxa forte e precisa enfrentar seus medos — ele disse, então sorriu — e Astrid vai estar com você o tempo todo, ela não vai deixar essas velhas te machucarem.

Davina respirou fundo.

— Kol tem razão, preciso começar a enfrentar meus problemas ao invés de ficar aqui escondida — ela decidiu, séria — e se eu me livrar de Agnes, que é a última anciã, significa que a Colheita não vai mais poder ser finalizada.

Sorri, eu estava orgulhosa dela.

— É assim que se fala.

Kol arregalou os olhos e eu o encarei, sabia que aquilo significava que ele tinha tido uma ótima ideia.

— Na verdade, isso pode se tornar ainda mais útil do que a gente se imagina — ele disse, indo até onde o grimório estava — Agnes não vai estar sozinha, vai ter outras bruxas com ela, matar todas elas causaria uma onda de magia que, talvez, se somado com a atual magia de Davina, seja o suficiente para trazer alguém de volta do outro lado.

Davina arqueou a sobrancelha.

— Esse alguém é você, acertei?

Ele suspirou.

— Sim, mas eu não gosto de manipulações como o resto da minha família, então antes de você me trazer de volta a vida, precisa saber todas as merdas que eu já fiz.

— Vou deixar vocês sozinhos para conversar, mas se precisarem, eu tenho as cinzas do Kol e seus restos mortais — comentei rapidamente — Ah, Davina, eu realmente agradeceria se você desfizesse esse o mais rápido possível.

Deixei os dois sozinhos e peguei meu celular, acabei não precisando ligar para Klaus, pois ele surgiu assim que saí da igreja.

— Falei com o conselho e dei uma hora para eles me dizerem onde aquela maldita está escondida — Klaus disse, sério — Como foi com a sua ideia?

Sorri para ele.

— Bom, Davina aceitou a ideia da vingança e talvez ainda traga Kol de volta hoje a noite

Klaus pareceu satisfeito.

— Melhor do que a encomenda — decidiu — Agora, qual o próximo passo?

Olhei para a igreja, pensando no que havíamos descoberto sobre o sobrinho do padre e o real motivo dele ter feito tudo aquilo.

— Você contou sobre...?

— Sim.

Me sentei na calçada e mandei uma mensagem para Rebekah, perguntando como estava as coisas com Hayley.

— Então a gente vai esperar, porque eu aposto que o padre vai tentar se vingar — murmurei, cansada — Odeio esperar, mas não temos muitas opções no momento, infelizmente.

Klaus sentou ao meu lado.

— Acha que vamos conseguir salvar o meu filho?

Coloquei a mão em seu ombro e sorri.

— Vamos fazer de tudo para conseguir, maninho.

— VAI A ALGUM LUGAR?

O padre congelou no lugar e eu sorri enquanto observava o seu nervosismo, eu estava certa, o que não era nem um pouco surpreendente.

— Está adiantado.

Klaus estreitou os olhos.

— Que bom que eu estou — ele respondeu, sério — você parece obcecado em partir numa vingança solitária.

— O que normalmente a gente não seria contra — expliquei, sorrindo — o problema é que precisamos de algo de Agnes antes que a mande para o criador.

O padre deu um passo para trás ao perceber que havia sido descoberto.

— Eu proponho que façamos um acordo — Klaus decidiu — traga-a aqui, em troca, lhe asseguro que sua sobrinha Cami ficará segura.

Eu era contra colocar Camille no meio de tudo aquilo, mas no momento não tínhamos opções. O padre arregalou os olhos, preocupação brilhando em sua expressão.

— Odiaria que ela entrasse no meio disso — comentei, me sentando em um dos bancos da igreja — mas a decisão está nas suas mãos.

— Ok.

Klaus sentou-se ao meu lado.

— Sabia que ia tomar a decisão correta, padre — ele comentou, feliz — estamos aqui esperando Agnes chegar.

Ficamos ali esperando pacientemente os policiais trazerem Agnes algemada até a igreja, Klaus e eu nos escondemos para conseguir observar a cena.

— Por favor, Agnes — o padre disse — sabe que Marcel controla os vampiros dessa cidade, quem você acha que comanda todo o resto?

O medo brilhou no rosto da velha enquanto o padre mostrava a agulha.

— Creio que esteja procurando por isso.

Essa era a nossa deixa, Klaus e eu rapidamente surgimos.

— Olá, Agnes.

A bruxa encarou ele em choque.

— Você fez um acordo com ele?

O padre avançou na direção de Agnes, furioso.

— Depois do que fez com Sean, faria um acordo com o próprio diabo só para vê-la sofrer.

— Você não pode me ferir, a comunidade das bruxas ficarão contra você.

Troquei um olhar com Klaus.

— Ah, a gente pensou nisso — comentei, então sorri — Davina, querida!

Davina entrou no salão e Agnes arregalou os olhos, a garota parou ao meu lado e eu coloquei a mão em seu ombro.

— Creio que você esteja lembrada da jovem Davina Clare, correto?

Klaus se aproximou de Agnes.

— Agora que você percebeu que não nos importamos com toda essa bobagem, vamos para o que importa: desfaça a maldição ou lhe mostrarei coisas piores do que a morte, com a ajuda da minha amiga Davina.

Ela o encarou com superioridade.

— Objetos amaldiçoados não vem com um botão de desligar. A maldição se baseia na Sophie, ela está ligada a sua criança do mal, é só uma questão de tempo.

— Imaginei que você diria isso — murmurei, com tédio — mas a gente está há mil anos andando por essa terra e lidando com bruxas. Davina, por favor, consegue mostrar para essa senhora o que andou aprendendo?

Davina forçou um sorriso.

— Claro, Astrid.

Observei ela invocar o nó e conseguir o desenrolar com perfeição, para o puro horror de Agnes. No segundo seguinte, meu celular tocou e eu o atendi.

— Rebekah?

Deu certo — ela disse, aliviada.

— Isso era tudo o que precisava ouvir.

Desliguei o celular e meu sorriso cresceu quando algumas bruxas invadiram a igreja querendo saber o motivo de Agnes estar presa.

— Davina, por favor — falei, olhando para ela — É o seu momento.

Confesso que por um momento, achei que Davina iria desistir e sair correndo, mas para a minha total surpresa, ela tinha um fogo muito maior do que eu havia imaginado, o que fazia sentido, considerando o quão bem ela e Kol haviam se dado.

Observei ela matar todas aquelas bruxas sem pensar duas vezes, até mesmo Klaus tinha uma expressão orgulhosa no rosto enquanto ouvia os gritos.

— Uau.

Quanto todas morreram, Davina me encarou, parecendo um pouco em choque.

— E-eu...

— Você as matou, querida — falei, colocando a mão em seu ombro — mas elas eram pessoas más e você estava apenas se defendendo depois de tudo o que fizeram para você.

Ela concordou.

— Ok. Você disse que tinha os restos de Kol, onde...?

Klaus rapidamente levantou e trouxe a urna com as cinzas e a sacola com os ossos, ele entrou para Davina que logo arrumou tudo no centro da igreja.

— O que vocês estão fazendo?

Ignorei a pergunta do padre, eu estava focada em observar o que Davina estava fazendo.

— Nós perdemos nosso irmão no último ano — Klaus explicou — Davina está fazendo o favor de o trazer de volta. Aparentemente eles vão abrir uma escola para jovens sobrenaturais, o que é ótimo e me poupa de procurar uma escola para meu futuro filho.

Pareceu demorar uma eternidade, mas finalmente um corpo começou a surgir no meio das velas e da marcação de giz, meus olhos começaram a lacrimejar e eu agarrei a mão de Klaus.

— Está dando certo — sussurrei, em choque — Vamos ter o Kol de volta.

— Sim, graças a você e a nossa bruxinha.

Davina desmaiou quando o feitiço acabou e Klaus rapidamente a pegou no colo, antes que ela alcançasse o chão. Eu tirei meu casaco e me aproximei de Kol, que abriu os olhos e tossiu, coloquei meu casaco em cima dele, para tentar tapar um pouco de seu corpo nú.

Coloquei a mão em seu rosto, sem conseguir acreditar que estava conseguindo o tocar.

— Kol!

Ele abriu os olhos e eu o puxei para um abraço apertado que ele prontamente retribuiu.

— Tridy, é bom te ver, maninha.

Sorri para ele enquanto sentia as lágrimas escorrendo pelo meu rosto, então notei algo inesperado.

— Kol, seu coração, ele está...

O coração de Kol estava batendo.

— E-eu não sinto sede — ele sussurrou em choque — pela primeira vez em mil anos.

Davina havia trazido Kol de volta como humano, eu não tinha a mínima ideia de como ela havia feito isso, mas agradecia profundamente.

— Klaus! Ele é humano de novo.

Klaus se aproximou segurando o corpo de Davina, seus olhos estavam arregalados e antes que ele pudesse dizer alguma coisa, uma forte tempestade começou a cair, ouvi o som de trovões e no segundo seguinte, Kol desmaiou.

— Na verdade, eu acho que ela o trouxe de volta como bruxo — Klaus murmurou — Só o poder de Kol é capaz de invocar uma tempestade dessas.

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