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≀ ꒰ T1 ꒱ ៹ ﹫chapter five, the plantation house ⋆◝﹆



001 ━━━━━━ Para o próximo capítulo ser postado, vou colocar a meta de dez comentários.

002 ━━━━━━ Não esqueçam de votar e principalmente, comentar.




 Astrid Aumont

A Casa na Plantação


OBSERVEI O TETO SEM GRAÇA DO QUARTO de hotel, já havia bebido mais álcool do que deveria ser saudável, mesmo para uma original.

Moonlight?

Fechei os olhos ao ouvir a voz de Elijah, entrando no quarto de hotel. Eu deveria ter ido embora de New Orleans assim que tive a oportunidade, iria me poupar muito drama.

— Vá embora, Elijah!

Como era de se esperar, isso não fez ele ir embora, apenas serviu para fazer ele se aproximar e sentar na beirada da cama.

— Quer conversar?

— Quero que você vá embora, na verdade.

Ele suspirou baixinho e tirou os sapatos, então se deitou ao meu lado na cama, também encarando o teto.

— Imagino que você não deve estar bem com tudo o que aconteceu hoje — Elijah começou, devagar — Não deve ser fácil descobrir que pode ter filhos, após mil anos.

Bufei baixinho.

— Eu não quero filhos, Elijah. Não retiro o que falei lá no cemitério, condenar uma criança a essa família seria cruel, não consigo entender como você pode achar tudo isso uma ótima ideia, não somos uma família feliz.

Elijah suspirou.

— Você viu os olhos de Klaus quando ele escutou o som dos batimentos do bebê, por um momento, ele quis isso de verdade.

Eu sabia que aquilo era verdade.

— No momento em que a notícia sobre essa criança se espalhar, teremos filas de inimigos batendo na nossa porta — murmurei — E agora há uma maneira de nos matar, ou seja, Klaus vai enlouquecer e começar a criar planos por causa da paranóia. Como arrastar um bebê para isso seria uma boa ideia?

Ele me encarou, sério.

— Talvez esse bebê seja a esperança que a nossa família precisa.

— Não vamos virar uma família de comercial de margarina num passe de mágica por causa de um bebê milagroso — retruquei — Lijah, você precisa ouvir a razão e deixar de lado esse sentimentalismo.

Seus olhos estavam focados em mim.

— Se esse bebê for a redenção de Klaus, você não iria querer lutar por isso? A possibilidade de ter o velho Nik de volta?

As memórias da versão humana de Klaus surgiram na minha mente, fazendo meus olhos lacrimejarem. Nik havia sido o meu irmãozinho, o lobinho pelo qual eu teria feito qualquer coisa para ver feliz, depois que minha mãe e meus irmãos morreram devido a doença, meu pai confessou o caso com Esther e não precisei ser muito inteligente para perceber que Nik era o meu irmão, desde aquele dia, prometi a mim mesma que faria de tudo para não o perder.

Infelizmente, a imortalidade e o tempo havia mudado a pessoa que meu irmão um dia havia sido. O doce e incrível Nik havia se transformado no temido monstro Klaus Mikaelson, alguém paranóico, instável e que não se importava de enfiar os irmãos em um caixão.

— Você acredita que esse bebê vai fazer a gente ter o nosso Nik de volta?

— Sim.

Voltei a encarar o teto, pensando sobre aquilo.

— Eu não vou ser babá da lobinha grávida — murmurei — e nem espere que eu fique me metendo em esquemas de dominação da cidade.

Elijah colocou a mão no meu rosto, fazendo eu voltar a lhe encarar.

— Eu só preciso que você esteja aqui.

Concordei devagar, então ele me puxou para que eu pudesse deitar em seu peito, o que prontamente aceitei. A mão de Elijah passeava pelas minhas costas, fazendo carinho.

Mesmo com tudo que havia acontecido naquele dia, foi fácil adormecer.

— Sei que posso enfrentar qualquer coisa quando você está ao meu lado — ele sussurrou tão baixinho que eu quase pensei que era o sono causando ilusões.

°°°

PARA A MINHA SURPRESA, QUANDO ACORDEI, ainda estava abraçada a Elijah, eu definitivamente não esperava que ele ainda estivesse ali.

— Lijah?

— Bom dia — ele disse, sua mão fazendo carinho no meu cabelo — Quer tomar banho enquanto peço o café?

Concordei devagar, levantei da cama e segui para o banheiro. Me arrumei rapidamente, colocando um vestido leve para o dia, quando saí do banheiro, Elijah estava sentado na mesinha que havia no quarto, havia um enorme café da manhã ali, o que prontamente agradeci e me sentei na cadeira disponível.

— Então, qual o seu plano para hoje?

Ele me encarou enquanto bebia sua xícara de café.

— Lembra daquela casa na antiga plantação? Ainda nos pertence e já que vamos ficar na cidade por algum tempo, pensei que seria interessante ficarmos lá.

Lembrei imediatamente da casa, foi um dos meus lugares favoritos.

— Pode ser.

— Você pode ir para lá com Klaus para arrumar as coisas enquanto eu busco Hayley com as bruxas.

Estreitei os olhos, um sentimento amargo surgindo dentro de mim.

— Você é tão prestativo com a Lobinha.

Elijah arqueou a sobrancelha.

— Ciúmes?

Hum.

Ele suspirou e pegou minha mão, um olhar carinhoso cruzando seu rosto.

— Hayley agora é da família.

Revirei os olhos.

— Eu avisei para ela fugir — resmunguei — Imagina, carregar um filho do Klaus.

Repentinamente, Elijah se endireitou na cadeira, o corpo ficando tenso, o que imediatamente me deixou confusa.

— Por acaso, não há a possibilidade de você...?

Demorei alguns segundos para entender o que ele estava perguntando. Franzi a testa, sem acreditar que ele estava mesmo questionando aquilo.

— Você está perguntando se fiquei com alguém, gerando a possibilidade de estar grávida? — perguntei, devagar — Lijah, desde que quebrei a maldição, a única pessoa que estive romanticamente foi uma mulher.

Imediatamente ele relaxou.

— Ok.

Terminamos nosso café da manhã em silêncio, então juntei minhas coisas e esperei Klaus na frente do hotel, já que Elijah estava usando o carro para buscar Hayley.

Não demorou muito para o meu meio irmão aparecer, joguei minhas malas no banco de trás e entrei no carro, ajeitando meus óculos escuros. Klaus me encarou e sorriu sarcástico, eu ainda podia perceber os resquícios do seu surto de ontem.

— Bom dia, maninha.

— Klaus.

Ele começou a dirigir pelas ruas, aproveitei e apoiei meus pés no painel do carro, tirando meu celular do bolso e começando a digitar uma mensagem para Katherine, explicando que teríamos que remarcar nossa saída, já que eu não conseguiria sair tão cedo de New Orleans.

— Você deve estar odiando toda essa situação — ele provocou — Toda a atenção de Elijah voltado para a garotinha grávida.

Revirei os olhos, Klaus sabia todos os botões que precisava apertar para me irritar.

— Não sei do que está falando.

Ele gargalhou.

— Você sempre foi ótima quando se trata de negação — Klaus provocou — posso ver o ciúmes começando a lhe corroer com a forma como ele estava protegendo a garota ontem. Elijah, o protetor da família...

Respirei fundo, não iria dar a Klaus o gostinho de me acertar.

— E mais uma vez, Lijah está limpando a sua bagunça — retruquei — se eu fosse aquela garota, iria me livrar do bebê e fugir o mais rápido de New Orleans.

Klaus suspirou.

— Não vou ser um bom pai, Astrid.

Pela primeira vez em muito tempo, ele havia abaixado suas defesas e tirado a sua máscara. Coloquei a mão em seu ombro e apertei, querendo mostrar que estava ali, eu entendia de onde estava vindo aquilo, afinal, Klaus havia tido Mikael como figura paterna.

— Ninguém nasce sabendo ser um bom pai, mas o importante é ter amor e estar disposto a tentar.

O corpo dele estava tenso, seu olhar focado na estrada.

— E se eu for tão horrível quanto Mikael?

— Ninguém consegue ser pior que ele — retruquei, rápido — estamos falando do cara que assassinou meu pai na minha frente e depois ainda abusou de mim, então eu tenho propriedade para dizer que você não é como ele.

Ele fechou os olhos por um momento.

— Eu odeio lembrar do fato que ele te machucou — murmurou — preferia mil vezes ser machucado no seu lugar.

Meu coração esquentou e eu considerei que talvez Elijah tivesse razão, realmente havia chances de Klaus mudar, de forma positiva, por seu filho. Era absolutamente tudo o que desejava.

— E talvez eu seja uma boa tia — falei, saindo de assunto pesado — Quer dizer, eu sempre posso mimar a criança com presentes caros.

Um pequeno e discreto sorriso surgiu em seus lábios, fazendo com que eu me sentisse satisfeita. O resto do caminho foi em um agradável silêncio, demorou cerca de quinze minutos para finalmente chegarmos na antiga mansão.

Desci do carro e respirei fundo, havia diversas memórias daquele lugar.

— Continua igual.

— É — Klaus concordou — Será nossa casa pelos próximos dias, até eu recuperar a cidade e me tornar o novo rei.

Revirei os olhos e abri a porta da casa, então espirrei, fazendo Klaus gargalhar.

— Oh, sempre me divirto que nem a imortalidade foi capaz de curar sua alergia a pó — ele murmurou, feliz — Preciso contratar algumas pessoas para dar uma limpada nesse lugar, sério... Isso aqui deve estar fechado a uns trinta anos, talvez mais.

Concordei devagar, tentando não espirrar novamente.

— Deveríamos ter pensado antes sobre contratar uma equipe de limpeza.

Peguei minhas coisas e levei para meu antigo quarto, no segundo andar, todos os móveis estavam tapados com panos brancos, que dava um aspecto de casa mal assombrada bizarro. Coloquei as malas no canto e comecei a retirar os panos e juntar todos eles em uma única pilha.

Desci as escadas com aquela pilha de panos e joguei no meio da sala, na frente do meu irmão, que me observava com diversão.

— Se você fizer piadas sobre minha alergia, vou socar a sua cara.

Klaus levantou as mãos, em rendição.

— Oh, eu nunca faria isso, lobinha.

Mentiroso.

Seu sorriso aumentou.

— Assim você me ofende, pensando tão mal de mim, maninha...

— Vejo que vocês dois já começaram o processo de limpeza — a voz de Elijah soou — e surpreendentemente, sem brigas.

Nós dois nos viramos para Elijah, que estava entrando na sala acompanhado da lobinha grávida, que parecia extremamente desconfortável com toda aquela situação, o que era compreensível.

— Tirando o fato de que Klaus está rindo da minha alergia...

Ele arregalou os olhos.

— Eu não ri.

— Você riu sim, eu não sou surda.

Hayley forçou um sorriso.

— Eles são sempre assim? — ela murmurou.

Elijah sorriu.

— Normalmente são piores.

Troquei um olhar com Klaus, que apenas suspirou dramaticamente.

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