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Yuna não sabia o que estava acontecendo, mas seu coração batia mais forte ao sentir o calor do homem caminhando ao seu lado pelo parque atrás do teatro. Era uma noite quente e ele havia deixado a jaqueta do smoking de lado, assim como a gravata, os dois primeiros botões da camisa foram abertos e Henry estava corado pelo calor da noite abafada.
- Eu não ia comentar isso pra alguém passando mal, mas você parece uma fada - ele riu passando os dedos pelos cabelos castanhos em um gesto envergonhado.
A mulher subitamente lembrou do tipo de vestido que usava e corou.
- É temático - disse ela - Sonhos de uma noite de verão.
- Eu amo essa peça! - exclamou - É mágica não é? Uma noite de amores e fadas - riu em voz baixa sentando em um banco próximo.
- Sim, uma noite onde tudo é possível - ela sorriu tristemente olhando o rosto do homem - Quer saber a verdade?
- Que você não está passando mal coisa nenhuma? - ele retrucou.
- Como...?
- Apesar de um pouquinho pálida você fala bem demais pra quem bateu a cabeça.
Yuna corou violentamente. Nunca fora boa atriz, o lugar dela sempre fora atrás do palco entrevistando pessoas e não em cima dele.
- É, minha atuação é péssima, okay?!
- Percebi - ele riu - Mas porque a mentira? Você podia só ter me chamado pra beber alguma coisa.
- Eu meio que sou sua fã, surtei um pouquinho - ela confessou.
- Você é filha de um conglomerado ou alguma coisa assim? Seus pais te obrigam a ouvir música clássica e você procurou pelo músico mais bonito pra compensar o tédio? - brincou.
Yuna riu sem jeito.
- Claro, você é lindo, mas não é sobre isso - disse - Eu sempre amei o jeito como você toca, sabe? Parece que a música vem direto do seu coração. Isso sempre foi o que amei na música clássica, o jeito como todo o seu corpo parece exalar sentimento quando você se dedica a tocar um instrumento. Mas vamos dizer que você é lindo, porque agora acho minha explicação muito brega.
- Não diz isso, é um sentimento bonito, de verdade - ele pôs uma mecha do cabelo da mulher atrás da orelha - Eu nunca conheci uma fã tão linda antes. - Henry soltou - Tudo bem, eu nunca conheci uma fã.
- Um elogio assim de graça?
- Você não acha merecido? - o homem sorriu pensativo - A lua está linda, quase como o sonho de uma noite de verão. Como se tudo fosse possível.
Yuna sentiu um aperto no peito.
- Eu posso te beijar? - ele perguntou - Parece que te conheço a tanto tempo.
E ela disse sim, é claro. Os lábios quentes e macios tocando sua boca a deixando sedenta por algo mais. Os dois foram pro apartamento do violinista que não ficava longe dali. O sonho de uma noite de verão era pouco pra descrever a pele dele na sua, sua voz, o jeito devoto com que ele a tocava, seu calor contra seu corpo. Yuna dormiu em seus braços, sentindo sua respiração brincar com seu cabelo.
Ela abriu os olhos lentamente, mas estranhamente não foi o apartamento de paredes cinzentas que a recebeu e sim o maestro um tanto preocupado sentando em um pequeno sofá no camarim, com miosótis nas mãos.
** 572 palavras **
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