15. A Profecia
Jessica acordou com o sol nascendo, ela sorriu sentindo-se descansada. Olhou para seus amigos dormindo no colchão, virou para encarar Jade, a garota sumira. A semideusa desceu as escadas desesperada entrando no chalé.
Vazio.
Jessica criava mil teorias, a mais convincente era a fuga de Jade. Ela abriu a porta do Chalé 1.
— Bel, acho que a Jade sumiu.
Belissário levantou.
— Não, está muito perigoso.
Jessica demorou a perceber a presença de três pessoas. Um garoto com cabelos pretos e olhos verde-mar, outro com chifres saindo da touca e cascos a mostra, e por último, uma garota com cabelos loiros encaracolados e olhos cinzentos.
Jessica acenou timidamente.
— Desculpa interromper Bel, eu volto mais tarde.
— Está tudo bem Jessica, eu estou rastreando Jade, só vai levar uns minutos.
Jessica sentia-se tímida perante aos três desconhecidos.
— Eu sou Percy — disse o de olhos-verdes quebrando o silêncio.
— Prazer, Grover.
— Me chamo Annabeth.
— Prazer, Jessica.
— É filha de Hécate?
Jessica negou.
— Sou filha de Deméter e abençoada de Hécate.
— Legal. — sorriu Percy.
Jessica retribuiu o sorriso.
— Jade está na floresta.
— NA FLORESTA? — Gritou Clarissa atrás de Jessica.
Jessica pulou de susto.
— Jade fugiu?
— Pelo visto sim.
Clarissa notou os semideuses e foi abraçá-los.
— Oi gente, eu sou a Clarissa, me chamam de Clara e Arco-Íris.
Annabeth estava confusa com a recepção calorosa de Clara. Percy e Grover sorriram, logo se introduzindo.
— Vamos atrás dela.
— Levem reforço, a floresta está perigosa.
— Nós podemos ir. — ofereceu Percy.
Belissário agradeceu. Os semideuses passaram pela barreira mágica e saíram para a floresta.
— Por que a amiga de vocês fugiu?
— Não sei. — mentiu Jessica.
— Como ela é?
Clarissa cantarolava descrição de Jade sendo seguida por Grover em sua flauta.
— Ela gosta da lua, mas não passa na minha rua, eu acho que ela é bem legal, talvez ela goste de lual. UAU...
— JADE.
Jessica foi a primeira a avistar a garota no chão, sendo protegida pela sombra de uma árvore.
— Ai meus deuses, a amiga de vocês morreu?
Annabeth bateu em Percy.
— Jade?
Jessica tocou nas costas da morena, a semideusa apenas balbuciava coisas sem sentido. Clarissa se aproximou do corpo da amiga e gentilmente gritou:
— JADE.
A semideusa pulou de susto.
— Clarissa, a gente já conversou sobre...
Jade encarou os semideuses vestidos de laranja a sua frente, depois olhou ao seu redor.
— Quem foi o filho d...
— A boca.
— Quem fez essa pegadinha comigo?
— Pegadinha? Jade, nós achamos que você tinha fugido.
— Como eu ia fugir com vocês três roncando ao meu lado?
Thomas passou a se defender ofendido. Clarissa abraçou a morena.
— Muito obrigada por não fugir, se você fosse embora eu ia ficar muito triste.
— Desculpa atrapalhar o momento. — chamou Grover. — Mas acho que vi algo no arbusto e não era um coelho.
Jade bufou.
— Posso nem dormir.
Os semideuses encararam o arbusto, um vulto igual ao sonho de Jade saiu de lá.
— Mas que porra...
Percy jogou água de um lago próximo no vulto, nada ocorreu. Jessica aproveitou a árvore e fez suas raízes amarrem-o, ele se livrou muito fácil.
— An, galera?
Jade bufou, sabia que ia se exaustar, mas era a única opção. Ela apontou para o vulto e fez-lô explodir.
— Como... — perguntou Percy surpreso.
Jade foi segurada por Jessica.
— Vamos voltar pro acampamento, agora.
Todos concordaram, por sorte, voltaram ao acampamento sem outro ataque. Jessica colocou Jade na cama, a garota suava frio.
— Preciso de ambrósia.
Annabeth entregou uma folha à ela.
— Você sempre tem guardada?
Annabeth assentiu como se fosse óbvio. Clarissa e Thomas conversavam com os semideuses do Meio-Sangue enquanto Jessica cuidava de Jade.
— O acampamento de vocês é muito bonito, a minha parte favorita é o lago.
— Eu gosto do refeitório. — disse Grover — Eu senti o cheiro de enchilada assim que entrei.
Todos riram.
— Mais gente vai vir visitar o nosso acampamento?
— Não sei, mas iremos recomendar.
— Por que não vieram em dia de festa?
— Nosso Oráculo nos mandou aqui com uma profecia.
— Uma profecia?
Annabeth assentiu.
— Podemos ler?
Clarissa pegou o papel que Percy lhe estendia.
Gralhadas são ouvidas nessa fundúria púrpura.
Sem enfonque em sua face mal iluminada.
A semideusa antipatiza com tal
figura.
Os três restantes devem partir antes
da denominada.
— O quê?
— Era pra gente ter entendido algo?
— Não, profecias são estranhas, nunca dizem o que parecem dizer e são cheias de palavras.
— Palavras? — zombou Annabeth.
— Você me entendeu! — Percy estendeu seus braços em defesa.
— Posso levar esse papel pro Bel?
— Claro, todo seu. Nós não queremos mais profecias.
— O que as profecias fizeram para vocês?
Grover assoviou.
— Daria uns cinco livros.
— Que exagero.
Clarissa encarou o papel. Suas mãos suavam, ela não queria mostrá-lo a ninguém, temia o que fosse acontecer em seguida.
— Ei estranha. — Jade se aproximou andando em diagonal.
— Você não deveria estar descansando?
— Eu tô bem.
— Cadê a Jessica?
— Não faço ideia.
— Você saiu de fininho, não foi?
Jade assentiu.
— JADE.
— Eita porra.
— Olha a língua!
— Cala a boca Capitão América.
Jade saiu correndo. Jessica parou ao lado dos semideuses e começou a fazer as raízes da árvore mais próxima crescer. Ela puxou Jade pelas pernas.
— Eu tenho poderes também!
A morena levantou as mãos, mas estava muito fraca.
— Vou te deixar ganhar dessa vez, Girassol.
— Muito obrigada Motoqueira.
— Girassol é o seu apelido fofo e Florzinha é o seu apelido irritante.
— Jade, a ambrósia afetou seu cérebro?
— Ela tomou outros remédios também e está bem alegrinha.
— Notei. — disse Clarissa gargalhando.
— Ei — Jade cutucou Jessica — Você tem que me dar um apelido fofo.
A loira corou ao ser encarada pelos semideuses.
— Vamos dormir, ok?
— Você quer me levar pra cama? Jessica, Jessica, Jessica.
Clarissa se jogou no chão de tanto rir.
— Meus deuses, a Jade tá dando em cima de você.
— Ela não está.
— Eu tô sim Girassol.
Jessica corou.
— Eu vou, an, lá pro... Algum lugar?
— Você está perguntando pra mim? — perguntou Thomas.
— Não?
Jessica saiu sem rumo cobrindo o rosto vermelho.
— Galhadas são ouvidas nessa fundruria... Fundruria? Fundiária? Fondue?
— O quê? — Clarissa saiu do chão e se deparou com Jade tentando ler a profecia.
— Eu não gostei desse livro, não tem imagens.
— Jade, você não pode ler nada!
— Nada, nadinha, nadico de nada. Nidigo da nadico de nada.
— Eu tô tão confuso. — confessou Percy.
— Eu também — concordaram os outros.
— Não é um livro, é uma... Espera, você quer um abraço.
— Por favor.
— É, você está estranha, falo com você amanhã.
— Mas amanhã é depois de hoje!
— Vai ter que esperar.
Autora: tô com fogo no cu. Então tomem um capítulo <3
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