Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 12

A princesa abriu os olhos, sentindo-se tonta. Os pontos pretos na sua visão dissiparam-se com lentidão, a mente entorpecida regressando à lucidez com dificuldade. Olhou em volta, reconhecendo o espaço à sua volta, com o mesmo soalho e mobília de madeira, as velas a fazerem sombras serpentearem na parede e uma minúscula janela a deixar poucos raios de sol entrar.

Ao fundo, deitada numa cama surpreendentemente bonita, estava Rapunzel. Os olhos esmeralda da princesa encheram-se de lágrimas e ela foi aos tropeções ter com a mãe, ajoelhando-se ao seu lado e tocando-lhe suavemente no braço, numa tentativa vã de a acordar.

- Mãe...? - chamou, fazendo um esforço sobre-humano para não chorar - Estou aqui. Eu vou acordar-te, prometo.

- Bem-vinda de volta, princesa de Corona.

Gwendolyn surgira magicamente atrás de si, assustando-a. Com relutância, Rhiara pôs-se de pé, encarando a vilã com faíscas nos olhos, os punhos cerrados ao lado do corpo. Num movimento brusco, abriu a bolsa a tiracolo que carregava consigo e retirou a Varinha da Fada Madrinha, estendendo-a à filha de Gothel ao mesmo tempo que dizia:

- Consegues arranjar maneira de trazer a tua mãe de volta com isso. Agora, acorda a minha.

- Não era esse o nosso acordo, criatura.

- Não me deste tempo para arranjar uma solução viável para o teu problema. - retorquiu Rhiara, irritada - Fiz o que pude. Hades recusou-se a ajudar-me e tenho a certeza que vais arranjar uma forma, tens experiência nisso, não tens?

- Não tanta como gostaria. - a mulher prensou os lábios, analisando o objeto em mãos, os olhos verde-musgo cintilando com malícia- Eu sei o que fazer.

Estendeu a Varinha na direção de Rhiara, cujas sobrancelhas se franziram, confusa. A feiticeira estalou os dedos, apagando as chamas das velas e fechando as cortinas, deixando-as na completa escuridão. Um círculo de velas surgiu perfeitamente alinhado em volta de Gwendolyn e de Rhiara. Sem saber como, a princesa fora afastada de Rapunzel e estava com a vilã no meio do espaço, a Varinha nas mãos, os olhos esmeralda fitando os verde-musgo com apreensão. A feiticeira ergueu o pulso, murmurando palavras que Rhiara não compreendeu, mas que tornaram o ar mais denso em volta delas. Uma adaga surgira na outra mão de Gwendolyn e Rhiara teve apenas tempo de reprimir um grito antes de ver um fino fio de sangue escorrer pelo braço da mulher quando ela se cortou, os pingos caindo abruptamente na zona do chão que as separava.

- O que estás a fazer? - questionou Rhiara, sentindo a boca seca pelo medo que sentia - Gwendolyn...

- Tu vais trazê-la de volta, Rhiara. - explicou a feiticeira, a voz suave como se nada fosse - Para ressuscitar uma alma, é necessária uma ligação carnal e uma emocional. O meu sangue será a ligação carnal que liga Gothel a este mundo. A emocional será aquilo que ela mais amava... - fez uma pausa - A Flor Dourada.

Rhiara notou um vestígio de emoção nas palavras de Gwendolyn, algo semelhante a dor e ressentimento. Sentiu uma pontada no peito, a compaixão pela vilã deixando-a confusa e sem saber o que fazer. A feiticeira não era tão fria e desprovida de sentimentos como fazia parecer e Rhiara sabia que havia muito mais num vilão do que as suas ações erradas.

Todos os vilões têm uma história e Gwendolyn não era exceção.

- Porque queres que ela volte? - perguntou, num fio de voz.

Sabia que não tinha escolha. Se não fizesse o que Gwendolyn queria, nunca teria Rapunzel se volta e Rhiara estava disposta a tudo para salvar a mãe. No entanto, se soubesse as intenções da vilã , talvez a pudesse dissuadir, apelar ao pouco coração que ela parecia ter. A filha de Gothel lançou-lhe um olhar duro, como se soubesse as suas intenções. Talvez pela solidão ou por outra razão qualquer, os ombros de Gwen descaíram, respondendo firmemente:

- Eu quero saber. Eu preciso saber se ela me amava ou se eu era apenas um troféu para ela, algo que ela podia manipular a seu belo prazer. Quero ver se ela se arrepende quando souber que estou a morrer lentamente por causa dela.

A filha da Rapunzel recuou um passo, surpreendida. As chamas das velas moveram-se com o seu movimento repentino e ela procurou recompor-se, analisando o rosto da outra para ver se ela dizia a verdade. A expressão de Gwendolyn permaneceu inalterada mas a atenção de Rhiara redobrara, permitindo ver as maçãs do rosto salientes, as olheiras cada vez mais escuras, o corpo esquelético escondido pelo vestido carmesim que vestia. Os cabelos negros caíam pelas suas costas em caracóis baços e pesados, evidenciando o aspeto doente de Gwendolyn. A mulher remexeu-se, irritada com o olhar de compaixão que Rhiara lhe dirigia, murmurando rispidamente:

- Vamos prosseguir com isto.

- Espera. - pediu Rhiara, inclinando a cabeça- Estás doente? Uma doença terminal?

- Estou a morrer, criatura. A magia da Flor Dourada fez danos irreparáveis no meu crescimento e a falta dela tornou-me este cadáver ambulante. Tenho-me aguentado estes anos todos para poder chegar a este dia... Mas eu quero morrer. A minha vida tem sido miserável e eu não pretendo viver nem mais um segundo. - cuspiu, o ódio fervendo nas suas veias - A única coisa que quero fazer antes de morrer é isto. Agora, podemos continuar ou vamos tornar-nos melhores amigas para sempre?

Rhiara nada disse, assentindo com relutância, observando Gwendolyn fechar os olhos, voltando a murmurar palavras que ela não compreendia. Quando os abriu, o verde-musgo fora substituído por preto, tornando a sua íris indistinta do resto do olho. A pele branca cadavérica parecia brilhar, tão semelhante ao brilho dourado dos cabelos de Rhiara. A feiticeira fez-lhe sinal e a princesa esticou a mão, a Varinha em riste, sentindo a magia cair pesada sobre o sítio onde estavam.

Tão depressa como surgira, a magia dissipou-se, as chamas das velas apagando-se. Gwen voltou a acendê-las, o rosto contorcido numa expressão de raiva, os olhos adotando de novo a sua tonalidade verde-escura.

- Não está a resultar. - protestou, abanando a cabeça- Porque é que não está a resultar?!

           A filha de Rapunzel nada disse, observando em silêncio a frustração e desespero da mais velha. Desviou o rosto para encarar a figura adormecida da mãe, sentindo-se cada vez mais cansada e... dormente. Prensou os lábios, virando-se para a filha de Gothel com surpreendente firmeza ao dizer:

- Eu já fiz tudo o que podia. Acorda a minha mãe e deixa-nos ir.

           Gwendolyn abanou a cabeça, fitando a princesa com os olhos a faiscar.

- Não. Não cumpriste a tua parte do acordo.

- Eu fiz o que podia...

- E não foi o suficiente!

A feiticeira parecia desesperada. Um pensamento martelava a cabeça de Rhiara, a resposta para os problemas de Gwendolyn, uma ideia que poderia surtir efeito. A princesa ergueu o queixo, recusando-se a recuar agora. Tinha ido até ali para salvar a mãe. Não iria regressar a Corona sem ela.

Com um movimento brusco, puxou Gwendolyn para junto de si no interior do círculo. Ágil, retirou a adaga da cintura da feiticeira, fazendo uma linha fina no braço da mesma. Não fazia ideia como sabia o que fazer, apenas deixou-se guiar pelo instinto, vendo os olhos verdes-escuros de Gwendolyn fitarem-na, nem um pouco receosa. Sabi que a filha da Rapunzel não a iria matar ou correr o risco de perder a mãe ao enfrentá-la então deixou-se guiar por ela, observando-a atentamente.

As chamas das velas tremeluziram. Com uma forte inspiração, Rhiara fitou a vilã nos olhos, os lábios movendo-se naturalmente para recitar as palavras que sabia de cor:

- Flor de Luz reluz. Brilha, o tempo é teu. Volta tudo atrás. E traz o que foi meu... Feridas vais sarar. Do que aconteceu. Salva o que eu perdi. E traz o que foi meu...

Rhiara ergueu a Varinha da Fada Madrinha. A sua pele brilhava, o seu cabelo passara de castanho a ouro vivo, os olhos esmeralda nunca se desviando do olhar de Gwendolyn. O ar tornara-se mais pesado e a Varinha nas mãos de Rhiara vibrou, soltando faíscas da ponta.

- O que perdeste? - questionou a princesa, fitando a vilã à sua frente com determinação.

- A minha mãe. - respondeu Gwendolyn, com firmeza - Eu perdi a minha mãe.

- Flor de Luz reluz. Brilha, o tempo é teu. Volta tudo atrás. E traz o que foi meu... Feridas vais sarar. Do que aconteceu. Salva o que eu perdi. E traz o que foi meu...

A magia espalhou-se pelo círculo. A pele de Gwendolyn brilhava a prata enquanto a de Rhiara brilhava a ouro, opostas. O sangue da filha de Gothel caía em finas gotas no centro do chão e a Varinha da Fada Madrinha apontou-se a ela própria para o fundo do quarto, junto à parede. As sombras que as chamas das velas provocavam moveram-se, deixando a boca de Rhiara seca com o nervosismo. Continuou a recitar a música que invocava o poder da Flor Dourada, observando as sombras formarem uma figura na parede.

Longos cabelos encaracolados.

Mãos longas e dedos finos.

Alta, elegante, jovem.

Quando a sombra se deslocou para fora da parede, Rhiara arregalou os olhos, vendo a escuridão adotar tons de vermelho, branco, preto... colorindo cada parte da pessoa em questão. Vou Gwendolyn recuar um passo, as mãos segurando com força a barra do seu próprio vestido cor de sangue, os nós dos dedos brancos da força que fazia, os olhos verde-musgo mostrando um terror silencioso.

A mulher encarou as duas jovens com um sorriso incisivo no rosto. Os seus olhos verdes-escuros fitaram primeiro Gwen, o sorriso transformando-se num leve esgar mal disfarçado. Depois, desviou o olhar para encarar Rhiara, cujo cabelo e pele ainda brilhavam, o poder da Flor Dourada tremeluzindo e espalhando-se pela assoalhada.

O sorriso da Mãe Gothel abriu-se, a voz rouca e cavernosa ao dizer:

- Meu amor.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro