Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 11

- É este o teu plano? - sibilou Uma, olhando com irritação para a princesa ao seu lado - Achas que se fosse assim tão fácil a Mal e os outros teriam estado nas confusões que estiveram?

- A Mal e os outros não tinham a Audrey e eu do lado deles. - ripostou Rhiara em resposta, puxando-a para baixo - Vai resultar. Confia em mim.

- Ainda não nos disseste porque é que estamos aqui. - constatou Harry, sussurrando ao seu lado.

- Já disse. Primeiro, vamos distrair a Fada Madrinha com muita conversa fiada, bajulação... - apontou para Audrey, que assentiu - Entretanto, vocês os três... - apontou para os piratas, com um sorriso travesso no rosto - Vocês vão arranjar confusão. Partam qualquer coisa, façam barulho, o que quiserem desde que ninguém saia ferido. A Audrey vai fazer um escândalo, dizer que é inadmissível e ocupar bastante tempo da Fada Madrinha.

- Enquanto tu entras nos aposentos da Fada e lhe roubas a varinha?

           Rhiara assentiu.

- Desde o incidente com Mal e os outros, a Fada Madrinha nunca deixa a Varinha fora do quarto. Está protegido com feitiços e sabe-se lá mais o quê. - a princesa retirou algo da bolsa a tiracolo que trazia pendurada - Por isso, tenho isto.

            Uma franziu o sobrolho.

- O livro de feitiços da Mal? Como arranjaste isso?

          Rhiara encolheu os ombros.

- Pedi-lhe. Estou a rezar para que não seja preciso, não gosto de fazer magia sem saber quais as consequências mas... Mais vale prevenir que remediar.

- Vamos fazer isto ou não? - perguntou Audrey, decidida.

Os cinco entreolharam-se, assentindo. A filha da Bela Adormecida abraçou rapidamente a melhor amiga antes de sair do esconderijo onde estavam, desaparecendo do campo de visão de Rhiara, embora a sua voz se ouvisse ao longe, começando a sua parte daquele plano. Uma acenou brevemente na direção da princesa e Gil apertou a mão de Rhiara, desejando-lhe boa sorte baixinho, os dois esperando que Harry se mexesse para acompanha-los, já que iriam juntos fazer a sua parte.

Harry permaneceu onde estava. Tinha um mau pressentimento e ele nem era dessas coisas. Estava tenso, os olhos azuis fixos no rosto bonito da filha da Rapunzel. Esta inclinou-se para ele, beijando-o suavemente na bochecha, piscando-lhe o olho ao dizer:

- Vai armar confusão, pirata.

E levantou-se, deixando os piratas para trás, ciente do peso do olhar de Harry sobre si.

          Os gritos no refeitório diziam a Rhiara que a missão dos seus amigos tinha sido bem sucedida. O objetivo era os piratas fazerem a maior bagunça na cafeteria da Escola de Auradon, enquanto Audrey corria a chamar a Fada Madrinha para impor a ordem e punir aqueles vilões desgraçados. Era essa a narrativa e parecia estar a resultar na perfeição. A Fada Madrinha acabara de deixar os seus aposentos e Rhiara observou-a virar a esquina antes dela mesma atravessar o corredor em direção à porta do quarto da Fada.

            Era um quarto simples e sem muito luxo. Uma cama de casal com lençóis de um tom azul-claro, uma secretária cheia de papéis e canetas perfeitamente organizados e um armário branco fechado que Rhiara tinha a certeza estar bem arrumado e com roupas perfumadas. Organizado, simples e delicado.

          A princesa fechou a porta atrás de si, observando o espaço ao seu redor em busca do que a trouxera ali. Abriu o armário, encontrando apenas as roupas e os sapatos da Fada, organizados por cores e estações do ano. Os olhos esmeralda de Rhiara franziram-se, começando a preocupar-se. E se a Varinha não estivesse ali? E se estivesse noutro sítio qualquer? Auradon era gigante...

           Um pensamento atravessou-lhe a mente. Retirou o livro de feitiços de Mal do bolso e abriu-o, folheando-o rapidamente até encontrar aquele que procurava. Inspirou fundo, esperando que resultasse, já que também ela tinha magia no sangue.

- Doce poeira pousada, mostra-me a Varinha não encontrada.

           Os fios de cabelo castanhos de Rhiara iluminaram-se, a sua magia respondendo ao feitiço. A pouca poeira que existia sobre o chão moveu-se magicamente, formando linhas pelo chão, como se apontassem para algo. A princesa agachou-se, seguindo a poeira, os joelhos arrastando-se no chão até alcançar o fim da poeira, no meio do quarto. De sobrolho franzido, Rhiara reparou numa ligeira inclinação do soalho, exatamente no ponto onde a poeira acabava. Da sua bolsa a tiracolo, retirou uma adaga e perfurou o chão, tentando levantar aquela tábua, uma tarefa demorada mas por fim bem sucedida.

           Os contornos conhecidos da famosa Varinha fizeram-na prender a respiração, surpreendida. Olhou para os lados, tentando perceber se aquilo estava mesmo a acontecer. Não havia feitiços de proteção? Um alarme? Qualquer coisa mais... mágica?

- O mais simples por vezes é a melhor solução... - murmurou Rhiara, pensativa - Embora não esteja bem a ser o caso. Eu depois devolvo-lhe a Varinha, Fada Madrinha, prometo.

          Colocou rapidamente a toalha no sítio, apagou as linhas de poeira e pôs-se de pé, saindo porta fora e correndo pelo corredor fora. Um sorriso gigante despontou-lhe no rosto, esperançosa. Estava quase. Iria salvar a sua mãe e ficaria tudo bem.

- Rhiara?

          Uma figura familiar surgiu no meio do corredor, fitando a princesa com uma mistura de curiosidade e confusão. Carlos de Vil aproximou-se dela imediatamente, observando-a com preocupação ao perguntar:

- Estás bem? O que estás aqui a fazer? Nós temos estado a procurar pistas da tua mãe mas...

          A voz dele esmoreceu lentamente ao ver o que ela segurava nas mãos. Rhiara mordeu a própria língua para não praguejar, amaldiçoando-se a si mesma por não ter guardado logo a Varinha. Colocou-a rapidamente dentro do bolso do seu manto e olhou para Carlos com uma expressão muito séria, a voz firme ao dizer:

- Carlos, tens de me deixar ir.

- Mas... O que estás a fazer? Alguém sabe que estás aqui? Audrey deve estar preocupada... e a Evie...

- Carlos...

- Rhiara, porque é que estás a roubar a Varinha da Fada Madrinha? - questionou o rapaz finalmente, a voz muito séria e os braços cruzados em frente ao peito.

- Eu não te posso responder a isso. - disse Rhiara, pesarosa - Carlos, por favor, confia em mim. Tens de me deixar ir.

- Estás em sarilhos? - questionou Carlos, arregalando os olhos - Precisas de ajuda? Talvez deva avisar o Ben...

- O quê?! Não! - a princesa segurou-o pelos ombros, apertando-o ligeiramente ao dizer - Por favor, Carlos, pela nossa amizade, por tudo o que é mais sagrado... Faz de conta que não me viste, está bem?

- Mas estás a roubar a Varinha... Se alguém me perguntar se vi alguma coisa... Rhia, eu não posso mentir à Jane.

- Não precisas. Só... esquece que me viste. Não é exatamente uma mentira, certo?

           O tempo estava a contar e Rhiara remexeu-se nervosamente. Poderia empurrá-lo e simplesmente passar por ele mas Carlos era seu amigo, sempre fora gentil com ela e não era justo fazer isso. Também não era justo pedir-lhe o que estava a pedir mas não tinha outra opção.

- Por favor, Carlos. - implorou, olhando piedosa para o amigo - Se eles perguntarem, diz que fui eu. Não precisas mentir. Mas por agora... Por agora deixa-me ir e dá-me uns minutos para sair daqui. - fez uma pausa, encarando o filho da Cruela de Vil com um pedido nos olhos - Eu preciso que confies em mim. O que estou a fazer é por uma razão muito forte. Tu sabes que nunca faria isto só porque sim.

          Carlos permaneceu quieto por uns minutos. Parecia hesitante, olhando para a amiga como se não soubesse exatamente o que fazer. Depois, soltou um suspiro, desviando-se para o lado e tapando os olhos com as maos enquanto dizia:

- Fiquei cego de repente e não vi nada nem ninguém. - baixou o tom de voz, num murmúrio - Tem cuidado, Rhia.

         Com um suspiro de alívio, Rhiara passou por ele, não sem antes lhe dar um abraço rápido e agradecer do fundo do coração aquele gesto de amizade.


           Rhiara correu pelos corredores, passando no refeitório. Queria verificar que estava tudo bem e dizer aos amigos que tinha conseguido o que precisava. Quando lá chegou e viu a bagunça que os piratas tinham feito, não conseguiu esconder a risada rápido o suficiente para disfarçar.

          Em pé nas mesas, os três piratas dançavam e cantarolavam uma qualquer música de marinheiro, os braços dados e as pernas erguendo-se em sintonia. Os pés batiam em qualquer coisa que encontrassem: talheres, pratos, copos... Um monte de loiça partida jazia no chão do refeitório e ninguém sabia exatamente o que fazer, já que sempre que os tentavam agarrar eles fugiam e esgueiravam-se como só bons piratas eram capazes de fazer. Depois, voltavam ao mesmo, cantando e dançando como se tivessem emborcado vários litros de rum.

         A Fada Madrinha encontrava-se ali, berrando e esbracejando para que eles parassem. Ao seu lado, Audrey adotara a sua melhor postura de princesa mimada e protestava, com uma voz falsamente doce:

- É por isto que acho que eles nunca deviam ter saído da Ilha. Que pouca vergonha!

             Quem a conhecesse tão bem como Rhiara iria reconhecer a sombra de riso que tentava surgir nos lábios de Audrey mas a princesa mantinha a sua postura, os olhos castanhos fixos na figura descontraída e dançante de Uma enquanto mantinha o seu papel, como se olhar para a pirata a deixasse mais concentrada na sua missão.

           Rhiara soltou um suspiro, aliviada. Eles estavam bem. Tinham sido bem sucedidos e a Varinha estava nas suas mãos.

             O relógio da torre mais alta do castelo de Auradon deu as doze badaladas do meio dia e Rhiara soube que estava na hora.

Uma troca de olhares foi tudo o que bastou para Harry saber as intenções de Rhiara. A expressão da princesa alterou-se e ela viu-o baixar os braços e arregalar os olhos azuis, o horror espalhando-se pelo seu rosto.

- RHIARA! - gritou, saltando da mesa de imediato.

Rhiara prensou os lábios e correu. Num gesto rápido, colocou a Varinha no bolso de dentro do seu manto vermelho e assobiou, esbracejando para afastar as pessoas por quem passava, empurrando bruscamente as portas da Escola de Auradon em direção à rua.

            Maximus apareceu de imediato, respondendo ao chamado de Rhiara e irrompendo pelos arbustos adentro, permitindo que a sua princesa o montasse com rapidez. A filha da Rapunzel afagou-lhe a crina, grata pelo cavalo estar por perto e por aparecer tão depressa.

- Para a Ilha, Maximus.

O cavalo olhou para ela pelo canto do olho, claramente desaprovando o rumo que ela traçara. Rhiara esboçou um sorriso, abrindo a boca para dizer algo mas sendo interrompida pelo som da voz que sempre acelerava o seu coração. Virou-se para trás, vendo o pirata que amava chamá-la, o corpo esguio e veloz tentando alcançar o ritmo de Maximus, numa tentativa vã. Rhiara engoliu o choro, pensando quão injusta tinha sido com ele. Como pudera achar que Harry não tinha sentimentos verdadeiros por ela? Como pudera sentir raiva dele?

- RHIARA! - gritou Harry, correndo atrás dela - RHIARA, ESPERA!

- NÃO POSSO! - gritou de volta, com lágrimas nos olhos - EU TENHO DE FAZER ISTO SOZINHA! - baixou a voz, sentindo um aperto no peito - Lamento muito, Harry...

Ela virou-se para a frente, fechando os olhos para bloquear o som da voz do pirata. Com um grito, incentivou Maximus a acelerar, deixando Auradon para trás, rumo à Ilha, a Varinha firmemente junto de si. O tempo estava a acabar. O sol ia bem alto e, se não chegasse a tempo de fazer o que Gwendolyn queria, perderia a mãe e Rhiara não estava disposta a isso. Também não estava disposta a arrastar os amigos e as pessoas que amava para uma situação em que com certeza seria presa... ou pior.

Ressuscitar almas era um crime e Rhiara estava prestes a fazê-lo.

            Quando Harry chegou esbaforido à Ilha dos Perdidos, já Rhiara desaparecera.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro