Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

41

Apoiando a cabeça no encosto da cadeira, Taeyong ficou olhando para a porta do seu escritório. Contudo, não olhava para ela de fato.

Em vez disso, flashes da noite anterior ficavam repassando ante seus olhos, bloqueando todo o resto: a aparição de Karina Yu e o seu ataque. A percepção de que ela conseguia subjugá-lo. A mensagem que lhe deixara. E depois a confusão mental que se seguira.

Ele tentou recordar a última vez em que um líder regente da raça confrontara diretamente seus inimigos. Com toda certeza, teria sido muito antes que ele sequer cogitasse a possibilidade de integrar a sociedade. Esperara ser atingido mortalmente por ela, embora morrer daquela forma fosse decepcionante para ele. Pensara, inclusive, receber um ataque em massa naquele exato momento, onde seus esquadrões não estavam à postos.

Mas o que se sucedera... o que se sucedera havia sido melhor que o esperado.

Karina Yu o visitara com um objetivo claro, declarar um contra ataque direto ao seu contigente.

Era uma oportunidade extraordinária. E exatamente o que Taeyong sempre desejara.

Poder acabar com a Irmandade era tudo o que lhe interessava. Sem aqueles guerreiros, os civis ficariam à mercê dos Inquisidores, completamente indefesos.

Infelizmente ele não sabia como ou quando o confronto aconteceria, portanto, precisava preparar seus principais esquadrões o mais rápido possível.

Seu primeiro impulso, depois que Karina Yu saira, foi o de fazer um comunicado, mas isso não teria sido inteligente. Se chegasse aos canais de comunicação do Conselho que a lider da raça descobrira a localização da sua base e que o ameaçara diretamente, ele estaria com sérios problemas.

Apesar de todos os conflitos internos, o Conselho era parecido com o exército nesse quesito. O erro de um custava a vitória de todos. Aquilo era repetido com tanta ênfase dentro da Sociedade Inquisidora que era impossível de se esquecer.

Por isso, em vez de fazer alarde como um tolo, havia ordenado que Yoon-oh limpasse a bagunça enquanto ele lidava com o que realmente importava. À luz da aurora, havia repassado os pontos fortes e as debilidades de sua organização, permitindo que seu instinto lhe mostrasse o caminho para lidar com ambos. Do emaranhado de imagens e pensamentos nasceram estratégias de batalha e o futuro tornou-se claro.

Agora, sentado à sua mesa, entrara em contato com os líderes dos seus principais esquadrões e ordenara que todos os Inquisidores se reunissem na sua residência, às quatro, naquela tarde. Quem não comparecesse seria expulso da Sociedade e caçado como um animal.

Depois das últimas baixas, seu número oscilava entre trinta e quarenta membros. Com as coisas se tornando mais tensas, seria difícil recrutar novatos de modo que ele precisaria se reorganizar com base no contigente atual.

Não seria uma batalha fácil. Ele sabia disso. Os membros da Irmandade eram tremendamente fortes, muito bem treinados e suas feridas se curavam com uma
rapidez espantosa. Só teriam uma oportunidade diante de um guerreiro daqueles se fossem certeiros e mortíferos.

Para além disso, ainda existia a percepção de que enfrentar a lider da raça o colocaria sob o domínio dela. Seu medo tornado real fora o principal motivo pelo qual nunca a atacara diretamente durante todos aqueles anos.

Maldito fosse a linhagem que carregava nas veias, pensou.

Taeyong se levantou de sua mesa, parando um momento para observar seu reflexo na janela do escritório. Cabelo escuro, pele clara, olhos claros. Antes de pertencer a Sociedade Inquisidora, deixava os braços expostos. Agora, sempre os escondia. Queria ele poder arrancar cada uma daquelas marcações da sua pele.

Ainda se recordava de quando fora aceito na Sociedade. Era um fim de tarde chuvoso, ele estava postado diante do corpo de um homem de estatura alta que minutos antes estava em um bar em Gangnam-Gu. No ano anterior, havia passado por sua primeira tranformação sem que ninguém tivesse lhe preparado para isso. Sua mãe havia morrido durante o parto e o paradeiro do seu pai era desconhecido.

Mas ele ainda precisava de respostas.

E foi com muito alívio que depois de meses vivendo em uma busca infernal, ele finalmente conseguira uma pista sobre o seu pai. Ele era um homem bem sucedido que adorava aproveitar a noite no Jungsik Seul onde por muitos anos sua mãe trabalhara como atendente. Aquela era a oportunidade que precisava.

Taeyong sorriu amargamente ao se lembrar de quando descobrira a verdade por trás da sua origem. Seu maldito pai era um lupino e, ele fruto de um erro do passado. Um mestiço de sangue impuro, uma mancha que arruinaria a vida dele dentro do clã. Alguém que havia sido renegado, largado a própria sorte e que deveria estar tão morto quanto a mãe.

Ali nascera o seu ódio pela raça e a oportunidade para um novo recomeço.

Ele esperara pacientemente até que aquele homem saísse do bar, então o seguiu até o estacionamento vazio. O lupino mal teve tempo de reagir quando ele o golpera seguidas vezes no peito com um punhal. Esperava tê-lo matado, mas, infelizmente a lâmina não era de prata e podia ver que os ferimentos começavam a cicatrizar mesmo com o homem inerte sob uma poça de sangue no chão.

Estava prestes a repetir o processo quando um grupo de homens vestido preto se aproximou empunhando lâminas e armas de fogo. Eram membros da Sociedade Inquisidora enviados para eliminar o lupino aos seus pés.

Naquele dia, enquanto os Inquisidores finalizavam o seu pai e o recrutavam, Taeyong aprendeu a coisa mais importante sobre si. Diferente dos outros meio-sangue, ele conseguia ocultar seu lado lupino. E usaria aquilo ao seu favor. Afinal de contas, não existia forma melhor de se vingar do que aquela.

Considerando os anos que estava à serviço da Sociedade como Inquisidor-chefe, era notável que apenas Mark tivesse descoberto a verdade sobre si. Os demais membros nunca entenderam ao certo porque ele era daquela forma. E se descobrissem não viveriam tempo suficiente para relatar ao Conselho.

A batida à porta o fez se retesar. E foi irônico, ele sabia quem era.

– Entre – disse.

Quando a porta se abriu, ele ergueu a cabeça imediatamente. Era Yoon-oh, e estava com uma postura bem mais receptiva desde a última "conversa" deles.

Taeyong o encarou.

– Conseguiu se livrar do corpo, Jaehyun?

Em pensar que ainda tivera uma baixa depois da visita da lider dos lupinos.

– Sim, meu senhor – Yoon-oh fez uma reverência. – Quis vir pessoalmente relatar isso.

– Esse é o meu garoto – Taeyong cruzou as mãos sobre a mesa. – Estou gostando do seu senso de compromisso. Mas não preciso lhe dizer para manter o que aconteceu em sigilo, certo?

– Absolutamente, meu senhor.

Taeyong respirou fundo. Seria algo difícil de se manter a longo prazo e ele sabia disso.

– Mas ainda não sei se deveria estar fazendo isso – disse Yoon-oh.

– Até onde a sociedade sabe, não há qualquer ligação entre o desaparecimento daquele Inquisidor e o que aconteceu na noite passada.

– Mas nós sabemos da ligação.

A expressão de Taeyong ficou sombria.

– Se você contar... farei com que sejam as últimas palavras que irá proferir em vida.

– Eu sei disso.

– Vamos receber bastante crédito quando acabarmos com a Irmandade.

– E vamos correr um alto risco, conseguindo ou não.

Taeyong assentiu.

– Risco e recompensa.

O Inquisidor levou a mão ao queixo.

– Ainda não entendo como ela pode ter conseguido nossa localização? – Perguntou ele. – Acha que Mark relevou algo quando se aliou aquele membro da Irmandade?

Taeyong balançou a cabeça e cruzou os braços na frente do corpo.

– Duvido que tenha sido isso. Mark tinha muitas falhas, mas seu compromisso com a causa era indiscutível. Além disso pouco me importa os meios quando tenho a certeza que estamos expostos agora.

Yoon-oh avançou até perto da mesa.

– Então vamos nos reagrupar, meu senhor – disse ele. – Vamos para alguma das nossas outras bases. Ela não vai ter como nos atacar diretamente se não souber da nossa localização.

Taeyong olhou para os jardins do outro lado.

– Não iremos a lugar algum no momento.

– Como assim? – Perguntou Yoon-oh, surpreso.

– Se ela quisesse me matar teria feito isso na noite passada – respondeu. Além disso, Karina Yu agora sabia que ele era um meio-sangue e não havia garantias de que não pudesse rastreá-lo aonde quer que fosse. – Não, o objetivo real dela deve ser eliminar todo o meu contigente de uma vez. Isso significa que não vai me atacar de maneira despreparada.

– Eu não apostaria nisso – disse Yoon-oh.

Taeyong moveu os olhos na direção dele.

– E é por isso que você é meu subordinado e não o contrário. — Ele sorriu quando o silêncio se estendeu. — Sabe, Jaehyun, sua falta de fé pode te levar a ter problemas. Por acaso não confia no seu lider?

— Muito pelo contrário. Só quero ter certeza que vamos conquistar a vitória.

— Estou seguro de que sim. Com a oportunidade de atrair a Irmandade para um conflito direto temos em mãos a chave para por um fim a essa guerra. Está ciente da grandeza desse momento para a história da Sociedade Inquisidora?

— Se essa sua estratégia nos trouxer a vitória, então sim.

Taeyong deu alguns passos na direção dele.

— Você é uma peça importante nessa estratégia e por isso vou lhe dar uma nova incumbência... Quero que se reúna com meu último esquadrão e os designe para a região de Gangnam-Gu.

– Por que essa região em específico?

– Digamos que ainda tenho algumas informações da época em que Mark estava ao meu serviço. Então apenas faça o que estou lhe ordenando.

Yoon-oh pareceu que ia questionar, mas apenas assentiu; sua expressão voltando a indiferença habitual.

– Como desejar, meu senhor.

– Prossiga, então – deu-lhe um tapinha no ombro. – E não facilite as coisas para eles.

Yoon-oh ergueu a vista, seus olhos clarearam.

Taeyong assentiu.

– Alegro-me que tenha captado a ideia, garoto.

\[...]

Quando Jimin se afastou de Minjeong pela manhã, não conseguiu conter um sorriso. A meio-sangue havia sido reconhecida oficialmente como sua companheira e líder durante a cerimônia na noite passada e, ela não poderia se sentir mais realizada. De uma forma que jamais imaginou que fosse possível.

Ela moveu a mão e retirou alguns fios de cabelo do rosto dela. Deitada de bruços, Minjeong tinha um lençol sob a parte inferior das costas. Os travesseiros haviam se perdido em algum momento da noite, mas não pareciam fazer falta dada a expressão relaxada no rosto dela.

Às vezes, Jimin gostava de observá-la dormir, como se para ter certeza que ela estava ali e bem.

Minjeong emitiu um suspiro mais longo e mais satisfeito do que um soneto shakespeariano – para não mencionar um constante “não para, não para...” momentos antes. O peito de Jimin se inflou como um balão de ar quente.

– Satisfeita? – Perguntou ela com fala arrastada.

– Nossa. Sim.

Ambas sorriram. E Minjeong estava certa: o sexo fora mais do que fantástico. Depois de tantas formalidades, haviam aproveitado a noite como realmente desejavam.

E Jimin poderia fazer aquilo pela manhã inteira também.

Certo como um eclipse capaz de esconder a lua, seu relaxamento cósmico desapareceu e levou todo o calor consigo.

Não haveria mais  uma manhã inteira para ela. Não no que se referisse a passá-la com a sua companheira.

– Jimin?

– Estou bem aqui, Minjeong – murmurou ela.

Quando ela se sentou na cama, a lupina sentiu a intensidade de seu olhar.

– Não está, não.

– Estou bem.

Mas que droga, será que ela não poderia esquecer o mundo lá fora e todos os seus problemas por mais algumas horas? Provavelmente não. Uma guerra estava prestes a chegar ao seu momento decisivo.

– Ajudaria conversar um pouco? – Perguntou Minjeong com suavidade. – Jimin... Pode me dizer onde você está?

Ah, inferno, sua companheira tinha razão. Ela estava se afastando, recuando para um lugar em sua mente onde o caos não a alcançaria – não era ruim, mas era uma viagem solitária.

– Só não estou pronta para voltar ao trabalho.

– Não a culpo por isso – ela encontrou a boca dela e resvalou-a com os lábios. – Podemos ficar um pouco mais?

– Sim – mas não o bastante.

Um alarme sutil tocou em seu celular.

– Maldição – apoiando o braço na testa, balançou a cabeça. – O tempo voa, não?

E responsabilidades a aguardavam. Tinha uma estratégia de batalha para criar. Leis para revisar. Proclamações para rascunhar. E mensagens em sua caixa, malditos e-mails que as famílias principais tiravam dos seus traseiros do dia para a noite... embora esses estivessem diminuindo na última semana – um sinal provável de que a liderança que deixara em suspenso por séculos finalmente estava se acertando. Jimin praguejou novamente.

– Não sei como meu pai fazia isso. Noite após noite. Ano após ano.

Só para acabar morto tão jovem.
Pelo menos, quando Junmyeon era o regente, as coisas eram mais estáveis: os cidadãos o amavam e ele os amava. Nenhum lupino cogitava a possibilidade de trair o clã. O inimigo viera de fora, não de dentro.

– Sinto muito – disse Minjeong. – Tem certeza de que não pode adiar algumas coisas?

Jimin se sentou, afastando os longos cabelos para trás. Enquanto encarava adiante, desejou estar lá fora lutando.

Não era uma opção. Na verdade, a única coisa marcada em sua agenda era se acorrentar novamente à sua mesa no escritório. Seu destino fora selado muitos e muitos anos atrás, quando sua mãe entrara no cio e o pai fez o que um companheiro deveria... E para a alegria de todos, a herdeira deles fora concebida, e nascera, e depois fora criada por tempo suficiente para que visse ambos sendo assassinados por Inquisidores bem diante dos seus olhos pré-transformação.

As lembranças eram claras como cristal.

Foi só depois da sua transformação que a habilidade visual começou a se manifestar. Mas esse dom era, assim como o trono, parte do seu dever hereditário. O Espírito Ancestral prescrevera um plano de vida, um que deveria ser seguido desde o seu nascimento. Um bom plano, até certo ponto. Como sempre nas merdas da Mãe Natureza, a lei das consequências não planejadas decidira tirar um sarro – e foi assim que a lider de linhagem perfeita acabara abdicando do trono por séculos.

Quando aceitara assumir a regência do seu povo, ela passara por uma resolução interna, se comprometera a usar a coroa, ser uma mulher decente, andar seguindo os passos do pai. Mas a infeliz realidade era que não conseguiria ficar apenas trancafiada na sua residência, lidando com exigências que pouco se importava.

Não, ela precisaria encontrar um equilíbrio entre o seu dever e aquilo pelo que ansiava. Lutar era o seu chamado, e não apenas governar a partir de uma cadeira.

O pai fora um homem da pena; a filha era da espada.

– Jimin?

– Desculpe, o que disse?

– Perguntei se você queria algo para comer antes de começar a trabalhar.

Ela respirou fundo, frustrada.

– Obrigada, mas acho que vou comer alguma coisa na minha mesa mesmo.

Seguiu-se um longo silêncio.

– Tudo bem.

Jimin ficou sentada na cama enquanto ela se levantava, o suave resvalar da colcha pelas pernas lascivas como um canto fúnebre.

– Vou preparar um banho – Disse ela. – Você gostaria de se juntar a mim?

– Sim, claro.

A inquietação dela tinha cheiro de chuva de outono e no ar que as envolvia parecia tão fria quanto para Jimin.

Caramba, e pensar que havia pessoas por aí querendo ser regente, pensou ela ao se levantar.

Puta loucura.

Se não fosse pelo legado do pai, e por todos aqueles lupinos que amaram verdadeiramente seu progenitor, ela teria jogado tudo pelos ares sem olhar para trás. Mas recuar logo após sua posse? Não poderia fazer isso. Seu pai fora um líder nato para os livros de história, um homem que não apenas comandara pela virtude do trono em que se sentara, mas que inspirara devoção sincera.

Jimin sabia que tinha uma longa jornada pela frente se quisesse conquistar metade da honra que ele tivera em vida. E o primeiro passo para isso era por um fim aquela guerra que durava por gerações. Quando a palma de sua companheira escorregou pela sua, ela se sobressaltou.

– Talvez pudessemos fazer alguma coisa juntas qualquer dia desses – disse Minjeong em tom baixo. – Quer dizer, quando você não estiver ocupada os seus deveres.

Com um movimento rápido, Jimin a puxou para si, segurando-a contra seu corpo nu.

– Quero que saiba de uma coisa – disse ela ao encontro do seu cabelo.

Quando Minjeong ficou imóvel, ela tentou encontrar algo que valesse a pena ser ouvido.

Alguma corrente de palavras que pertencessem ao mesmo código postal do que se passava em seu peito.

– O quê? – sussurrou Minjeong.

– Você é tudo para mim.

Aquilo foi tão absolutamente insuficiente – e, ainda assim, ela suspirou e se derreteu ao seu encontro como se aquilo fosse tudo o que ela quisesse ouvir.

Às vezes as pessoas tinham sorte.

E enquanto continuava abraçando-a, Jimin soube que faria bem em se lembrar disso.

Contanto que tivesse aquela mulher ao seu lado?

Ela superaria qualquer coisa.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro