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37

Enquanto Jimin seguia por um dos corredores da mansão que certa vez pertencera a sua familia, sentia como se o avançar incessante do tempo tivesse recuado. Em questão de momentos, minutos, horas, dias...

De repente, ela voltou a ser quem era antes de conhecer Minjeong: uma guerreira ignorando seu real destino, tentando vencer seus fantasmas sem ninguém para apoiá-la. Claro, existia a Irmandade, mas no começo da sua jornada apenas Baekhyun lhe era próximo. E nem mesmo ele tinha conhecimento do que se escondia no seu coração.

Um verdadeiro lobo solitário, pensou.

Quando Jimin entrou no escritório do seu pai, seguiu o instinto de olhar ao redor à procura dele... Uma centelha de esperança de que a morte não tivesse ocorrido e que o grande regente ainda estivesse entre eles.

Mas, claro, seu amado pai há muito se fora.

Por que estava pensando nele agora?, perguntou-se. Era uma tolice inútil, ainda mais quando as responsabilidades de líder da raça estavam sobre ela, a influência que exercia, as decisões que tinha que tomar e o futuro que deveria assegurar. No entanto, sua mente pouco se importava com tal prova da sua recente decisão... Ou talvez fosse seu coração que continuasse a sofrer influência por tudo aquilo que agora a definia.

Não fosse por Minjeong e pelo apoio que vinha recebendo, ela se sentiria só, mesmo estando cercada pelas pessoas que a serviam.

– Minha senhora?

Recompondo a expressão, ela se virou. Parado na porta do escritório, Sunoo a encarava com um olhar atento.

– A Irmandade está reunida, incluindo os novos membros que devem ser apresentados – ele disse, inclinando-se para a frente. –   Está pronta para recebê-los?

– Claro.

– Irei chamá-los.

– Faça isso.

Quando o lupino curvou-se novamente e recuou, Jimin começou a andar pela sala de painéis de carvalho. Velas tremeluziam pelas correntes que de algum modo se infiltravam pelas paredes de pedra da mansão, e o fogo crepitando na lareira alta parecia oferecer luz, mas não calor.

A verdade era que desejava lidar com aquilo o mais breve possível, pois tinha algo que precisava ser feito antes da cerimônia na tarde seguinte.

Pelo canto do olho, ela captou um brilho e, para passar o tempo antes que a Irmandade entrasse, se aproximou das pedras preciosas que estavam dispostas sobre a mesa entalhada. Diamantes, safiras, esmeraldas, pérolas... A beleza da natureza capturada e fundida em ouro forjado.

As mais valiosas eram os rubis.

Esticando a mão para tocar as pedras rubras como sangue, ela pensou que havia adiado por muito tempo tudo aquilo. Sua ascensão como governante da raça, a união a uma companheira a quem se vinculara, as milhares de exigências que ela agora devia suportar e sobre as quais ainda estava aprendendo.

Mas acima de tudo, precisava fazer bom uso do presente que havia lhe sido entregue...

Uma batida na porta, chamou sua atenção. Ela respirou fundo e disse:

– Entre.

Ante seu comando, a porta se abriu, e seus olhos foram recebidos pela visão de um conjunto completo de guereiros, os extraordinários corpos vestidos em roupas negras e carregados de armas, a cadência das suas vozes e o movimento das suas formas tão sincronizados que pareciam apenas um. Mas não foi só isso o que ela percebeu. Atrás dos seus conhecidos aliados, havia outros, firmes em suas estaturas, olhos estreitados... e foram esses que se ajoelharam na sua frente.

Honestamente, ela não se importava tanto com as formalidades. Conforme a tradição, a atual líder da Irmandade declarou em tom alto e claro:

– Minha lider, esses são os novos aliados que trabalharão a serviço da nossa causa. Gostaria que se apresentassem?

– Sim – ela ouviu-se dizendo.

Jimin cruzou os braços na frente do corpo e se recostou na mesa. Quando fez isso, saudou com um movimento de cabeça a Aeri, que mantinha um olhar sério e concentrado. A aura da lupina ocupava a maior parte do móvel individual, seu corpo numa postura de respeito. Seu cabelo castanho escuro solto e seus ombros rígidos lhe marcavam como uma pessoa de mau humor, mas esse olhar castanho claro contava outras histórias.

Debaixo de toda essa coisa de guerreira, Aeri era uma mulher realmente agradável. E surpreendentemente empática, apesar das responsabilidades que tinha. Era a líder oficial da Irmandade desde que Jimin decidira começar à se preparar para assumir a regência da raça, e a única guerreira que vivia na mansão. A companheira de Aeri, Ningning, havia sido designada como acompanhante de Minjeong, a quem deveria garantir a segurança sempre que necessário.

— Levantem-se — Jimin disse dirigindo-se aos novatos. — Digam-me seus nomes e a qual família pertencem.

Embora ela já tivesse recebido a ficha completa de cada um dos três presentes ali, deveria seguir o protocolo de iniciação o máximo possível.

Shin Ryujin fora a primeira a se pronunciar. Ela vinha de uma das familias de guerreiros mais bem estabelecidas dentro do clã e isso ficava evidente pelo seu vestuário. O estilo e o refinamento de Ryujin estavam impregnados em seus ossos. Era letal, sem sombra de dúvidas, mas uma coisa não apagava a outra.

A impressão de mulher de posses não era simplesmente um resultado de suas roupas caras, como a jaqueta de couro e as calças negras que estava usando. Ela tinha uma cabeleira impecável. Longas ondas, grossas, azuis e unicas. E seu olhar castanho amarelado, que brilhava como o ouro à luz do sol, acrescentava ao todo.

Por que nunca se vinculara era um mistério total.

O próximo à falar foi Min Yoongi que vinha da família escolhida para assumir a posição da família Jang dentro da Irmandade. Embora não vienhesse de uma linhagem de guerreiros, a necessidade por provar o seu valor estava nítido na postura firme e determinada do lupino.

Jimin ficara sabendo que ele quase havia perdido a perna durante o rigoroso treinamento pelo qual passou ao longo da vida. Agora enfim tinha ganhado uma oportunidade de reconhecimento, e o brilho nos seus olhos azuis deixava claro que não iria desperdiça-la.

Ela se virou para olhar o lupino ao lado dele.

Assim como o irmão, Jihoon tinha olhos claros e cabelos negros, mas era uma pessoa longínqua e se mantinha afastado de todo mundo. Isso não importava para a líder, desde que ele exercesse bem suas funções.

Enquanto Jimin encarava os novos aliados de forma avaliadora, os demais membros da Irmandade permaneceram em silêncio. Era algo esperando, uma vez que a influência que exercia naquela sala era algo inquestionável.

– Espero que estejam cientes do dever que tem para comigo e com a Irmandade.

– Sim, minha senhora. – Os três responderam em uníssono.

A lider assentiu enquanto se afastava da mesa.

– Já tive problemas com alguém de minha confiança no passado e não permitirei que isso se repita. – Sua voz era baixa, mas firme como aço. — Dito isso, qualquer tentativa de traição a sua lider ou a causa será punida com a morte.

A expressão chocada dos novatos foi facilmente ignorada por ela. Mingi deu um passo a frente e abaixou o tom de voz.

– Minha senhora, eu irei garantir pessoalmente que...

O corpo de Jimin se moveu calmamente, girando sobre si mesmo até que ela se deparasse com o olhar do lupino.

– Tenho certeza que sim. Agora vamos seguir com a reunião.

Não havia mais o que discutir: a apresentação já havia sido feita e, ela tinha outros objetivos para aquela noite.

— Aeri, o que você conseguiu descobrir sobre Lee Taeyong? — Perguntou Jimin enquanto ia para trás da mesa do escritório e se sentava, cruzando os braços.

– Confesso que a rede de segurança do nosso inimigo é bem protegida – respondeu a atual líder da Irmandade –, mas apesar desse detalhe consegui encontrar algo interessante no nosso banco de dados.

– Bom. Quanto mais soubermos, melhor. Continue.

Aeri colocou as mãos nos bolsos e deu um passo a frente.

– A não ser pelo sobrenome, ele teria passado completamente despercebido pela nossa varredura. Mas o nome Lee Taeyong está associado a compra e venda de valiosos edifícios comerciais em Seul... Ele parece ser um figurão desse meio.

– Alguma chance dele ser o proprietário do antigo prédio comercial onde sofremos aquela emboscada meses atrás?

– Absolutamente.

– Deixe-me adivinhar... Não existe nenhuma informação sobre a localização dele?

– Na verdade, existe.

– E qual seria o porém? – Perguntou a líder como se lesse a mente da outra lupina.

– A veracidade dessa informação. Não posso garantir com cem por cento de certeza que não vamos seguir rumo a mais uma emboscada.

Jimin olhou para ela intrigada e respirou fundo. Em seguida, assentiu.

– Você está trabalhando para conseguir mais informações, suponho?

Aeri assentiu.

– Sim, minha lider.

– Quero que mantenha-se focada nisso e me atualize sobre nossa situação atual.

— Não vimos muita movimentação dos nossos inimigos no decorrer das últimas semanas. — Respondeu Aeri, cruzando os braços a frente do corpo. — Mas tivemos um encontro significativo na última noite. Um grupo de civis. Mingi e Jungkook toparam com a situação durante uma incursão. Antes de morrer, um dos lupinos disse algo sobre um meio-sangue.

— Não conseguimos entender onde ele queria chegar com isso — Murmurou Jungkook, dando de ombros.

Aeri assentiu.

— Deixando essa questão de lado por hora. Acredito que há uma mudança na estratégia da Sociedade Inquisidora. Desde o atentado, eles têm se mantido mais reclusos em suas ações. Provavelmente estão se reagrupando depois da última baixa que tiveram.

Jimin encarou Mingi.

— Vocês conseguiram lidar com a situação antes da chegada da polícia?

— Sim, minha lider. Não há nenhuma evidência que possa ser ligada à nós.

— Certo. Quero que se encontre com as famílias dos civis e lhes diga que suas mortes serão vingadas. O local onde ocorrera esse ataque tinha câmeras de segurança ou algo que possa identificar o Inquisidor? Não posso aceitar que meus civis continuem a ser usados para me atacar.

— Infelizmente não. — Disse Mingi. — Encontramos o grupo em um beco na zona antiga da cidade.

Jimin cruzou as mãos sobre a mesa.

— Temos de sair à caça de novo.

Jungkook falou sem temor.

— Concordo. Por que sempre ficamos na defensiva? Está na hora de um ataque mais direto.

Houve um grunhido abafado de aprovação da parte do grupo.

– Temos de atacá-los onde treinam, onde vivem. – Disse Yujin.

O que significava que os membros da Irmandade teriam de fazer um novo reconhecimento do terreno. Os membros da Sociedade Inquisidora não eram estúpidos. Alteravam seu centro de operações com regularidade. Dá última vez não obtiveram sucesso na tentativa de localizá-los por uma série de fatores, mas agora as coisas seriam diferentes.

Dessa vez, a Irmandade deveria realizar um ataque direto com o objetivo de eliminar todo o contingente de Seul em uma só noite. Mas esse tipo de tática ofensiva requeria uma estratégia eficaz. Um combate em grande escala como aquele iria atrair a polícia, e tentar passar despercebidos era vital para todos.

– Faça-mos isso, então – anunciou Jimin, chamando a atenção de todos. – Permanecermos na defensiva por muito mais tempo não mudará nossa situação. Tampouco nos garantirá a vitória que por séculos almejamos.

– Esta certa dessa estratégia, minha lider? – Perguntou Aeri.

– Sim. Mas também acredito que não seja necessário dizer que para que isso seja possível precisamos estar devidamente preparados; assim sendo, quero que redobrem o treinamento e recrutem mais membros das familias principais para nossas linhas de defesa.

– E quanto a localização da Sociedade Inquisidora, minha lider? – Perguntou Aeri, delicadamente. – Acredito que seja necessário que a Irmandade faça novas incursões pela cidade.

Jimin balançou a cabeça.

– Aguarde ordens minhas em relação a isso. Tenho algumas informações que compartilharei com vocês no momento adequado.

Pôde sentir a inquietação de todos, mas sabia que eles não ousariam questioná-la naquele momento.

– Bem – Jimin olhou para o grupo –, vamos deixar esse assunto em suspenso por hora. Quero a Irmandade na residência essa noite. Com os preparativos para a cerimônia, a segurança deve ser reforçada por todo o perímetro.

Dividiu os guerreiros em duplas, e pediu para que Aeri permanecesse no escritório. Disse a Yujin e Ryujin que permanecessem na mansão. Jungkook e Yoongi se encarregariam da área externa. Mingi e Jihoon iriam dar uma olhada na região alta, e esperava que tivessem sorte.

Encerrada a reunião, os guerreiros se retiraram, deixando-a a sós com Aeri.

– Precisa de mim para alguma coisa, minha lider – Perguntou ela.

– Ouça, Aeri – disse Jimin –, há uma pequena questão que gostaria de conferir antes da cerimônia.

Geralmente faria aquilo sozinha, mas, se ia averiguar a localização de Lee Taeyong, queria que Aeri a acompanhasse. Os membros da Sociedade Inquisidora não eram conhecidos pela honra, então se entrasse em um conflito direto seria bom ter alguém da sua total confiança ao seu lado.

Aeri manteve o olhar sobre ela. Era evidente qu queria saber do que se tratava.

– Importa-se de me fornecer algumaa informações?

– Iremos verificar a localização de Lee Taeyong.

A outra lupina a encarou, surpresa.

– Você tem certeza disso? Eu expliquei que não tenho uma base segura sobre essa informação e...

– Não posso desperdiçar nenhuma oportunidade, minha amiga. Durante um encontro com o Espírito Ancestral, ela foi firme sobre o que eu deveria fazer.

– E por que faria algo assim? Quer dizer, não é natural que os Ancestrais se envolvam diretamente nos conflitos da raça.

– Fizemos uma troca, Aeri. Devo garantir a vitória para o nosso povo ou meu legado será encerrado.

Ela piscou, dando-se conta do que aquilo significava.

– Jimin, isso é...

– Você não deve compartilhar isso com nenhuma outra pessoa, nem mesmo sua companheira, entendeu?

A lider se precipitou para a porta.

– Mova-se – disse bruscamente.

Quando chegou ao andar inferior, sentiu a presença de Minjeong e a encontrou atravessando a sala. Dirigiu-se para ela e a envolveu com os braços, apertando-a com força. Iria garantir que ela tivesse um futuro seguro. Não merecia menos de sua companheira.

– Você está bem? – sussurrou ela.

Jimin assentiu com a cabeça mergulhada nos cabelos dela e, então, viu a companheira de Aeri se aproximar.

– Olá, Ningning. Espero que esteja se sentindo confortável aqui.

A outra lupina sorriu.

– Completamente. Todos me fazem se sentir em casa.

– Me alegra saber disso – afastou-se de Minjeong enquanto Aeri se aproximava para beijar Ningning.

Ela trocou algumas palavras com a companheira antes ds olhar para a lider.

– Jimin. Vamos?

– Aonde vai? – Perguntou Minjeong.

– Preciso cuidar de um assunto – correu a mão pelo braço dela –, Ningning e Sunoo ficarão aqui para ajudar com os preparativos. A cerimônia começará no fim da tarde seguinte, e eu estarei de volta antes.

Pareceu que ela iria contestar, mas olhou para Ningning. As duas mulheres se entenderam, de alguma forma.

– Cuide-se – disse Minjeong, finalmente – Por favor.

– Não se preocupe – beijou-a longamente. – Amo você, querida.

Jimin trocou um rápido olhar com Aeri e as duas saíram de casa.

\[...]

Uma hora após o entardecer, Tiffany saiu de sua residência, seguindo para o seu jardim lateral. A noite estava muito fria, e quando chegou ali, ela se demorou um instante respirando até que as narinas ficassem dormentes.

Havia se reunido com o Conselho a fim de compartilharem informações a cerca da guerra contra os lupinos. Mas como sempre se deparara com um desfile de homens e mulheres usando roupas finas e joias que brilhavam a luz do entardecer.

No grande salão de reuniões, descobrira que as coisas estava exatamente como estiveram no último encontro: a mesa longa e comprida retirada e as sete cadeiras arranjadas em fileiras. Naquela noite, porém, os líderes da Sociedade Inquisidora estavam ao lado dos companheiros.

Normalmente, os companheiros não eram incluídos nas reuniões do Conselho, mas não havia nada de normal naquela reunião. Nem na última.

E, de fato, os reunidos deveriam estar mais sóbrios, ela pensou quando escolhera uma cadeira tapeçada com seda no fundo: em vez de demonstrarem qualquer respeito pelo significado histórico, eles estavam conversando entre si, os cavalheiros vociferando, as damas virando as mãos desse ou do outro lado para que as joias cintilassem.

Tiffany estava sozinha na fila de trás e, em vez de cumprimentar os conhecidos, ela abriu o botão do terno e cruzou a perna no joelho. Quando um empregado lhe oferecera uma bebida, ela aceitou, só para ter algo para fazer.

Ela era diferente de todos eles porque, já há muito tempo, decidira que era melhor ficar imperceptível. Sua família testemunhara em primeira mão as crueldades do Conselho e da sociedade, e ela aprendera essa lição lendo os diários que lhe foram passados. A verdade era que ela tinha recursos financeiros que todos eles, coletivamente, mal conseguiriam equiparar.

Se o Conselho soubesse disso, sua aquisição seria vista com muito mais valor. Motivo pelo qual ela jamais mencionara sua fortuna.

Incrível como a posição da sua familia no Conselho prosperara pelos séculos. E pensar que o contingente coreano se mantinha firme quando muitos ao redor do mundo haviam caído para o domínio lupino. A maior prova disso eram aqueles líderes que não passavam de peças em um jogo já vencido por seus inimigos. Poucos ali realmente lutavam pela causa e não apenas usufruiam do status que seus antepassados conquistaram.

Na verdade, aquilo tudo era um pesadelo, pensou, bebericando sua bebida.

Enquanto seus aliados conversavam, expelindo agradecimentos e reconhecimentos, ela se perguntara o que aconteceria com eles quando o clã lupino decidisse atacar o contigente coreano. Inevitavelmente, isso terminaria em um massacre sem precedentes. A Sociedade Inquisidora seria varrida da história e a humanidade perderia sua maior força de defesa.

Era algo que seus aliados expunham, a recapitulação feita apenas para fingir que aquela era a primeira vez que eles ouviam a respeito do assunto. Mas tudo fora preparado, as expectativas traçadas previamente, as repercussões justificadas como necessárias.

Tiffany relanceara para o outro lado da sala. Christopher, o representante de Busan, estava parado com toda a predisposição de um cabide, o corpo alto e magro retesado na vertical. Estava nervoso, os olhos absortos, piscando demais.

Ela olhara para o anel de sinete ajustado em sua mão. Era o mesmo que o pai usara, o timbre gravado tão fundo no metal que, mesmo depois da passagem de séculos, o contorno, as curvas e os ícones eram evidentes.

Sem dúvida, o ouro deve ter sido brilhante quando forjado, mas agora era fosco devido ao desgaste do honrado uso dos membros de sua família. "Muito honrado".

Aquilo era errado, pensou mais uma vez. Toda aquela maquinação contra a raça lupina era equivocada, orquestrada apenas para servir às ambições dos lideres que não estavam à altura de suas posições; eles não se importavam com a vitória da raça humana. Aquilo era apenas o vocabulário designado para justificar seus objetivos.

A raiva de Tiffany fora tanta que ela precisara fechar as mãos em punho.

Acabe com eles, ordenou a si mesma. Defenda aquilo que...

Ela respirou fundo. O fato de ter saído mais cedo daquela reunião pareceu-lhe apropriado.

Naquela noite, os demais membros do Conselho estavam deixando um borrão no legado dos seus ancestrais.

Em vez de participar daquilo, ela havia permanecido onde estava enquanto cada representante das famílias e todos os seus companheiros se ergueram e falaram sobre suas conquistas na guerra contra os lupinos, fazendo sua parte enquanto brasões e fitas eram afixados. Era como observar atores em cena, cada um deles aproveitando seu momento sob os holofotes, o foco só neles.

Será que sabiam o que estavam fazendo?, pensou. Qual esquadrão sob suas lideranças já havia acabado com um clã lupino? Aquilo era desastroso...

Estremecendo ante a brisa fria, ela ergueu o olhar. A lua prateada sob o céu escuro a cumprimentou. Tiffany sorriu com amargura.

– Você é a última, Stephanie Young Hwang.

Agora era a oportunidade de corresponder às expectativas daquela pessoa. Agora era o momento de fazer algo a respeito do que considerava errado...

Quando ela entrou em casa sua determinação havia ganhado forma, traçando planos para o futuro, encontrado as respostas que precisava. Em silêncio, avançou até o escritório, pensando na coragem que ela tivera, no modo como fizera o que era certo, apesar dos riscos.

A imagem do seu ideal atravessou a fonte de emoções.

E ela sentiu que em breve os olhos de todos estariam concentrados nela. Com intenção de reverenciar.

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