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29

Na sala de espera da ala de cirurgia, Wonyoung tirou as luvas de látex e jogou-as em um contêiner de lixo hospitalar. Suas costas doíam depois de passar horas inclinada sobre Jimin, tirando os estilhaços da bala de prata que por milímetros não fizeram um estrago no seu coração e cuidando da ferida em seu pescoço.

– Ela irá viver? – Perguntou Aeri, quando a viu sair da sala de cirurgia. Tinha uma expressão preocupada no rosto, mas parecia enérgica.

– Logo saberemos. Espero que sim.

– Eu também – fez menção de se afastar, negando-se a olhá-la nos olhos.

– Aeri...

– Sei que sente muito. Mas o que ele fez não é sua culpa.

Enquanto a porta se fechava com um leve chiado, Wonyoung fechou os olhos.

Oh, minha nossa, a dor no peito. A dor por ações que nunca poderiam ser desfeitas.

Wonyoung deslizou contra a parede lentamente até ficar sentada no chão, e tirou a touca cirúrgica da cabeça.

Por sorte, Jimin era uma puro-sangue e tinha a constituição de um verdadeira guerreira. Era forte de corpo e de força de vontade. Embora possivelmente não tivesse sobrevivido sem a presença de sua companheira. Minjeong tinha permanecido ao seu lado durante todo o trajeto até a clínica. E, apesar de também estar ferida, relutara bastante em aceitar que cuidassem dela por que não queria se afastar de Jimin.

Wonyoung se levantou e, cambaleando, dirigiu-se até a pia do laboratório. Abriu a torneira de aço inoxidável e inclinou-se, olhando fixamente a água correndo. Sentiu vontade de vomitar, mas seu estômago estava vazio.

Os membros da Irmandade estavam lá fora. Esperando que ela levasse notícias.

E sabiam o que seu Irmão havia feito.

Antes que as coisas chegassem áquela resolução, Aeri a tinha encontrado em sua casa e lhe informado sobre as ações de Wooyoung. A guerreira jurara que se acontecesse alguma coisa com Jimin, ela iria capturar o seu irmão e o penduraria pelos pés para que os membros da Irmandade o golpeariam com os punhos nus até sangrá-lo.

Não havia dúvida de que aquilo não seria mais necessário.

Deus, se pudesse retornar àquela noite, pensou Wonyoung. Se tivesse impedido que ele saísse.

Apesar de toda a sua dor, ela tinha consciência que seu Irmão nunca deveria ter se aproximado de um membro da Sociedade Inquisidora com uma proposta tão ultrajante. Suas ações foram impensadas e agora nem mesmo ela escaparia de uma punição caso a mancha da traição recaisse sobre o legado da sua família.

Há quanto tempo vinha planejando isso? Ela se lembrara da última vez que haviam se visto, o irmão a olhara fixamente com seus terríveis olhos negros, e Wonyoung se deu conta imediatamente de que ele estava diferente. Wooyoung estava cheio de ódio e ressentimento.

Ela respirou fundo, preparando-se para sair para o vestíbulo.
Ao menos podia assegurar aos membros da Irmandade que fizera o que pôde na cirurgia, e não com a intenção de conseguir o perdão para o irmão morto. Sabia que não tinha escapatória. Ainda que tivesse sobrevivido ele seria executado pelo que havia feito. Seria só uma questão de tempo.

Na sala de cirurgia, dera o melhor de si, porque era a única maneira de compensar a atrocidade que ele havia cometido. E, além disso, os três guerreiros armados até os dentes e aquela lupina feroz que esperavam lá fora pareciam ter o coração devastado.

Mas o que mais a motivara a lutar com todas as suas forças pela vida de Jimin fora a pungente dor que vira refletida nos olhos de Minjeong. Ela conhecia bem aquela expressão horrorizada de impotência. Ela mesmo a experimentara enquanto vira sua cunhada morrer em suas mãos.

Wonyoung lavou o rosto e saiu para o vestíbulo. Os guerreiros ergueram os olhos para ela.

– Sobreviveu à operação. Agora temos de esperar para ver se é capaz de se recuperar – Ela dirigia-se agora a Aeri. – Quer conversar comigo agora? Se eu puder fornecer alguma informação sobre meu irmão estou a disposição.

A guerreira a olhou com olhos brandos e ressentidos.

– Faremos isso em um momento mais oportuno. Sei que você também está sofrendo.

Wonyoung concordou e olhou na direção de Minjeong.

– Você pode ir vê-la agora.

Ela assentiu e lhe agradeceu antes de sair da sala. Wonyoung observou enquanto se afastava, então seguiu na direção contrária sendo acompanhada por Yujin.

\[...]

Minjeong apoiou a cabeça na ponta mais afastada do travesseiro de Jimin. Haviam-na levado da mesa de operações para um leito hospitalar, ainda que, por ora, não seria transferida para um quarto normal. Wonyoung havia decidido mantê-la na sala de cirurgia, em observação, caso precisasse ser operada de novo por alguma emergência.

O edifício de paredes brancas era frio, mas alguém havia trazido uma muda de roupa limpa para ela. Evidentemente, também haviam lhe entregado um casaco. Não podia recordar quem tinha sido tão amável.

Quando escutou um clique, virou-se para olhar o aparato de máquinas às quais Jimin estava conectada. Olhou-as todas, sem fazer ideia da função de cada uma. Enquanto nenhum alarme soasse, imaginaria que tudo estava bem.

Voltou a escutar o tal som.

Baixou a vista para Jimin. E pôs de pé com um salto.

Estava tentando falar, mas tinha a boca seca e a língua grossa.

– Shhh – apertou-lhe a mão. Colocou o rosto diante de seus olhos para que pudesse vê-la se os abrisse – Estou aqui.

Seus dedos se torceram entre os dela. E logo perdeu a consciência novamente.

Meu Deus, parecia estar muito mal. Pálida como o piso do chão da sala de cirurgia, e a expressão frágil como nunca tinha visto antes.

Tinha um espesso curativo na garganta. O peito e ombro envolto em gazes e compressas de algodão. Em um de seus braços haviam conectado o soro com a medicação, e uma cateter para oxigenação estava em seu nariz. Uma confusão de fios do eletrocardiograma colados no peito, e um sensor no dedo médio.

Mas estava viva. Ao menos por enquanto.

E havia recuperado a consciência, embora só por um instante.

Assim se passaram os dois dias seguintes. Despertava a intervalos regulares e tornava a ficar inconsciente, como se quisesse comprovar que Minjeong estava com ela antes de voltar para o longo trabalho de se recuperar.

Finalmente, convenceram-na a dormir um pouco: Sunoo a levou para casa para que tivesse um pouco de conforto.

Despertou uma hora depois, procurando Jimin e, então, lembrou-se de que ela ainda estava internada na clínica.

Sentou-se, tentando se preparar para a dor na perna, no caso de ela voltar. Ao ver que nada lhe doeu, levantou-se. Vestia apenas uma camisa larga, e enfim decidiu verificar o seu corpo. Nada parecia ter mudado depois da tranformação. Tudo parecia funcionar bem.

Só que ela se sentia meio diferente.

Entrou no banheiro, olhou para os braços e viu aquelas marcações uma vez mais. Eram semelhantes às de Jimin, embora ainda não entendesse muito bem porque tinham aparecido. Quando perguntara a Aeri, ela lhe explicara que se tratava de uma marca genética, algo que aparecia em todo lupino após a primeira transformação como uma prova da sua linhagem de sangue.

Inclinou-se, observando-as de perto. Ia demorar a se acostumar com elas.

Escovou o cabelo, trocou de roupa e saiu do quarto, exigindo voltar para a clínica.

Comia quando a forçavam, porque Aeri ou Ningning insistiam. Não sabia quanto tempo poderia continuar assim. Mas cada vez que Jimin reagia ao seu toque, tirava forças não se sabia de onde. Poderia esperá-la por toda a eternidade.

A consciência de Jimin ia e vinha. Num minuto, não se dava conta de nada; mas, no seguinte, seus circuitos começavam a funcionar de novo. Não sabia onde estava, e as pálpebras lhe eram muito pesadas para poder abri-las, assim, quando estava consciente fazia uma rápida avaliação de seu corpo. Na metade inferior se sentia bem, os dedos dos pés se moviam e notava as pernas. Mas seu peito parecia que havia sido golpeado com uma barra de ferro. O pescoço ardia. A cabeça doía. Os braços pareciam intactos, as mãos...

Minjeong.

Estava acostumada a sentir a palma de sua mão. Onde estava ela? Suas pálpebras se abriram.

Ela estava junto dela, sentada em uma cadeira, com a cabeça sobre a cama como se estivesse adormecida. Seu primeiro pensamento foi que não devia despertá-la. Era evidente que estava esgotada.

Mas queria tocá-la. Precisava tocá-la.

Tentou esticar a mão livre, mas sentiu como se o braço pesasse cem quilos. Lutou, obrigando a mão a deslizar sobre o lençol centímetro por centímetro. Não soube quanto tempo demorou. Talvez, horas.

Mas, finalmente, alcançou-lhe a cabeça e pôde tocar em uma mecha de seu cabelo. Aquele toque sedoso foi como um milagre.

Estava viva e ela também. Jimin começou a chorar.

No instante em que Minjeong sentiu um movimento ao seu lado, despertou em pânico. A primeira coisa que viu foi a mão de Jimin. Seus dedos estavam enrolados em uma longa mecha de seu cabelo.

Ergueu a vista para os seus olhos. Lágrimas deslizavam por suas faces.

– Jimin! Oh, meu amor – inclinou-se sobre ela, alisou-lhe o cabelo para trás. Seu rosto estava arrasado – Está sentindo alguma dor?

Ela abriu a boca, mas não conseguiu dizer coisa alguma. Começou a sentir pânico, olhos arregalados.

– Calma, tenha calma. Relaxe – disse Minjeong. – Quero que aperte minha mão uma vez se a resposta for sim, duas vezes se for não. Sente dor?

Não.

Suavemente ela enxugou as lágrimas de suas faces.

– Tem certeza?

Sim.

– Quer que eu chame Wonyoung?

Não.

– Precisa de alguma coisa?

Sim.

– Comida? Bebida?

Não.

Jimin começou a se agitar, seus olhos de cores singulares e arregalados imploravam.

– Shhh. Está tudo bem – beijou-a na testa. – Acalme-se. Já vamos descobrir do que você precisa. Temos bastante tempo.

Os olhos dela se fixaram em suas mãos entrelaçadas. Depois, seu olhar se dirigiu para o rosto dela.

– Eu? – sussurrou Minjeong. – Precisa de mim?

Não parou mais de apertar a mão dela.

– Oh, Jimin... Já me tem. Estamos juntas, meu amor.

As lágrimas continuavam a escorrer como uma corrente impetuosa, o peito tremia com os soluços, a respiração era entrecortada e rouca.

Minjeong segurou o rosto dela entre as mãos, tentando acalmá-la.

– Está tudo bem. Não vou a parte alguma. Não a deixarei. Prometo a você.

Finalmente, as lágrimas diminuíram e recobrou um pouco a calma. Um murmurio saiu de sua boca.

– O quê? – Minjeong se inclinou.

– Queria... salvar você.

– E conseguiu. Jimin, você me salvou.

Os lábios dela tremeram.

– Eu amo você.

Minjeong a beijou suavemente na boca.

– Eu também amo você.

– Você. Volte a... dormir. Agora. – E, então, fechou os olhos, exausta.

A visão dela embaçou enquanto colocava a mão na boca e começava a sorrir. Sua bela companheira estava de volta. E tentava lhe dar ordens de sua cama de hospital.

Jimin suspirou e pareceu mergulhar no sono.

Quando teve certeza de que descansava pacificamente, Minjeong espreguiçou-se, pensando que os membros da Irmandade gostariam de saber que havia despertado e estava suficientemente bem para falar um pouco. Talvez pudesse encontrar um telefone para ligar para casa.

Quando foi até o vestíbulo, não pôde acreditar no que viu.

Em frente à porta da sala de cirurgia, formando uma grande barreira viva, os guerreiros estavam postados. Profundamente adormecidos, e pareciam tão exaustos como ela. Aeri e Ningning estavam encostadas à parede, perto uma da outra, só havia duas adagas entre elas. Yujin apoiava a cabeça entre seus joelhos e Mingi jazia a seu lado, segurando uma estrela ninja contra o peito, como se isso o tranquilizasse.

Onde estava Jungkook?

– Estou aqui – disse ele suavemente.

Ela deu um salto e olhou para a sua direita. Jungkook estava completamente armado, uma faca longa na cintura, adagas cruzadas no peito, um pedaço de corrente balançando em sua mão. Seus brilhantes olhos negros a olhavam com firmeza.

– É meu turno de guarda. Estivemos nos alternando.

Minjeong se recordava de Aeri ter comentado que o encontraram nos arredores da cidade. Na ocasião, Jungkook afirmara que estava em uma missão de reconhecimento que, segundo ele, havia lhe sido designada por Jimin. Não foi surpresa quando descobriram que quem o havia informado disso era Jang Wooyoung.

Como a lider tinha o hábito de ordenar que outros passassem adiante suas ordens e como Jungkook sabia que não estava sendo visto com bons olhos por ela, sequer pensou em questionar o que o outro lupino lhe dissera.

– É tão perigoso aqui também? – Perguntou Minjeong por fim.

Ele franziu o semblante.

– Não sabe?

– O quê?

Ele deu de ombros e olhou para o corredor do vestíbulo. Primeiro numa direção, depois na outra.

– A Irmandade protege o que é nosso – seus olhos voltaram a se concentrar nela. – Nunca deixaríamos você ou ela desprotegidas.

Sentiu que ele a evitava, mas não ia pressioná-lo. Só o que importava era que Jimin e ela estavam protegidas enquanto sua companheira se recuperava.

– Obrigada – sussurrou.

Jungkook baixou a cabeça imediatamente.

É impressionante como ele se esconde de qualquer manifestação de afeto, pensou ela.

– Que horas são? – Perguntou.

– Quatro da tarde. A propósito, hoje é quinta-feira – Jungkook passou a mão sobre o tatuagem em seu pescoço. – Então, ah, como ela está?

– Já despertou.

– Sabia que ia viver.

– Sabia?

Seu lábio se levantou com um grunhido, como se fosse fazer alguma piada. Mas logo pareceu se conter. Olhou-a fixamente, seu rosto coberto de tatuagens parecia ausente.

– Sim, minha senhora. Realmente sabia. Não existe arma alguma capaz de separá-la de você.

Imediatamente, Jungkook desviou o olhar para outro lado. Os outros começaram a se mexer. Um momento depois, todos estavam de pé, olhando-a. Ela nunca imaginou que se sentiria tão a vontade entre eles.

– Como está ela? – Perguntou Aeri.

– Bem o bastante para tentar me dar ordens.

Os demais lupinos riram e um murmúrio de alívio e de orgulho percorreu aquele grupo de guerreiros.

– Precisam de alguma coisa? – Perguntou Aeri.

Minjeong olhou seus rostos. Todos estavam ansiosos, como se esperassem que ela lhes desse algo que fazer.

Essa realmente é minha família, pensou.

– Acho que estamos bem – Minjeong sorriu. – E tenho certeza de que ela logo vai querer ver todos vocês.

– E você? – Perguntou Ningning –, como se sente? Quer descansar um pouco?

Ela balançou a cabeça, e abriu a porta da sala de cirurgia com um empurrão.

– Até que ela possa sair daqui com seus próprios pés, não me afastarei da cabeceira de sua cama.

Quando a porta se fechou atrás de Minjeong, Yujin escutou Mingi assobiar baixo.

– É uma mulher maravilhosa, não? – Disse ele. Houve um murmúrio de confirmação.

– E alguém que você não gostaria de enfrentar – respondeu Aeri. – Tinham de tê-la visto quando entramos no celeiro. Estava em sua forma lupina e junto ao corpo de Jimin, disposta a matar Ningning e a mim se fosse preciso.

– Será que tem um irmão? – disse Mingi. Jungkook deixou escapar uma gargalhada.

– Não saberia o que fazer com você mesmo se esbarrasse com um cara de valor.

– Vindo de você, senhor "Celibato"... – mas, então, Mingi esfregou o queixo, como se estivesse pensando nas leis do universo. – Ah, diabos, Jungkook, provavelmente você tem razão. Mesmo assim, um homem tem direito de sonhar.

– Claro que tem – murmurou Jungkook.

Yujin pensou em Wonyoug. Continuava esperando que saisse do ssu escritório, mas não a tinha visto após a manhã seguinte à operação. Havia estado muito retraída, muito distraída, embora tivesse motivos para estar arrasada. A morte de seu irmão seria um peso a carregar pelo resto da sua vida.

Yujin queria estar com ela, mas não tinha certeza de que aceitaria sua companhia. Não a conhecia suficientemente bem para se atrever a tentá-lo. Tinham passado juntas muito pouco tempo.

O que significava para ela? Era uma simples curiosidade? Ou algo mais? Yujin olhou o outro lado do corredor, desejando que ela aparecesse do nada.

Morria de vontade de vê-la. Mesmo se fosse só para saber se estava bem.

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