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26

A noite já havia caído quando Minjeong foi até a lareira da sala de estar e esticou as mãos para se aquecer. Subitamente, estava com muito frio... Ainda mais tendo a percepção que Jimin em breve sairia para mais uma incursão.

Sua companheira havia nascido para a batalha, e ficar em casa não parecia ser do feitio dela. Embora tivesse que admitir que não conseguia vê-la cuidando de assuntos domésticos com aquela aura tão negra quanto seus cabelos.

Braços firmes a envolveram e, ela se virou, encarando a fonte daquele calor.

– Você me assustou.

Silêncio.

– Por que ainda não saiu com a Irmandade? – Perguntou quase em um sussurro.

– Porque não vou à lugar algum esta noite.

Minjeong sentiu o sangue fugindo da cabeça.

– O que você... Desculpe, o que foi que disse?

Jimin tirou a venda e a guardou no bolso da jaqueta enquanto a encarava

– Quero ficar com você essa noite.

– Mas... quê? E o seu trabalho com a Irmandade?

– Não importa. Pedi aos meus aliados que apenas se mantivessem alertas e aproveitassem a noite – ela sorriu de forma simplista. – Tenho certeza que eles podem encontrar a melhor forma de fazer isso sozinhos, vão se divertir pra caramba bebendo e discutindo idiotices...

– Mas e você?

– Você ainda pergunta? Eu vou aproveitar cada minuto ao lado da minha companheira... – Ela beijou seus lábios suavemente. – Se ela quiser, claro...

– É tudo o que eu mais quero, Jimin. Só que sinto que tem algo mais nessa história.

A lupina ficou em silêncio. Minjeong estreitou o olhar.

– O que você não está me contando?

Jimin se afastou bruscamente e começou a andar de um lado para o outro, tendo memorizado a disposição dos móveis há muito tempo.

– Quero aproveitar o tempo que temos juntas. Não é algo ruim, ainda mais se você precisar conversar. Inferno, eu pensei que você ia gostar disso, uma parte até achou que podia deixar tudo o que me enche a cabeça de lado por uma noite...

– Eu vou descobrir e você sabe disso. Se você não me contar, vou encontrar alguém que me conte.

Jimin foi até o aparador que tinha ali e passou a mão pela ponta entalhada. Depois tateou o movel, acariciando as subidas e descidas na madeira.

– Jimin, por favor me fale...

Mesmo ela pedindo daquele jeito, demorou um pouco até a lupina falar. E quando por fim o fez, a resposta dela não era nada do que Minjeong esperava... Era bem mais inquietante do que poderia ter imaginado.

– Vou assumir a regência da nossa espécie e... você se juntará a mim.

Ok, hora de se sentar.

Indo para o sofá próximo a lareira, Minjeong quase desabou sobre as almofadas.

– Por quê? Como? Quando ocorrerá?

Deus do céu, a ideia de que ela assumisse a liderança de toda uma raça quando não pertecia totalmente a ela...

– Como lhe expliquei, esse é o meu legado, Minjeong. E você minha companheira. É... o ciclo natural das coisas.

– Mas eu sou uma meio-sangue.

Jimin se aproximou e se ajoelhou diante dela. Pegando-lhe as mãos, ela as segurou nas suas.

– Escute aqui, e você tem que entender isso muito bem: eu a acho fascinante, você por inteiro, cada parte sua. Você é perfeita do jeito que é...

– A não ser pela parte em que a minha mãe era humana. E se não me aceitarem como sua companheira e líder.

– Esse é o problema deles – Jimin rebateu. – Não dou a mínima para o maldito preconceito deles. Isso não me afeta em nada...

– Isso não é beeeem verdade, não é? Antes de me conhecer você também era indiferente quanto aos meio-sangue por terem sangue humano, certo?

– Não vou negar, mas hoje em dia isso não tem mais valor para mim. Você é que é importante. Você importa. Todos que forem contra, todos, podem ir se foder.

Ela relanceou para a lareira.

– Está tentando me dizer que não se importa que eu assuma a posição que certa vez pertencera aos seus pais?

– O passado é o passado, e os meus pais estão mortos há décadas.

Ela meneou a cabeça.

– E isso importa? Eu sei porque você aceitou o trabalho, por causa deles... Não minta para mim, e, mais importante, não minta para si mesma.

Jimin se empertigou.

– Não estou mentindo.

– Acho que está, sim. Eu a observei nessas ultimas semanas. Sei o que a motiva, e seria um erro acreditar que todo esse comprometimento desaparecerá só porque outra pessoa diz que você deve assumir a regência da sua espécie assim como os seus pais fizeram.

– Primeiro, não é “outra pessoa”. É o Espirito Ancestral. Segundo, é um fato consumado. O que está feito, está feito.

– E você acredita mesmo que vou ser capaz de assumir tal posição? Eu nem mesmo sou...

– Deixe estar, Minjeong – ela se levantou, a cabeça se dirigindo na direção da lareira. – Vamos seguir em frente...

– Não sei se consigo.

– É claro que consegue.

– Uma coisa é você me reconhecer como sua companheira diante da Irmandade. Isso era esperado. Mas você quer que eu assuma uma posição de liderança – ela insistiu causticamente. – Até pouco tempo atrás eu não sabia absolutamente nada sobre esse mundo, Jimin.

– Minjeong, você tem que entender isso...

– Pense no futuro, daqui a um ano, dois anos... acha mesmo que não vai me culpar se as coisas não sairem como o planejado?

– Claro que não! Você não pode mudar quem você é. Não é culpa sua.

– Você diz isso agora, e eu acredito em você... Mas daqui a uma década, quando você estiver diante...

– Caramba! Será que você não entende? – berrou Jimin, fazendo com que ela se reatrisse. – Você é a mulher que eu escolhi! Eu não quero nenhuma outra ao meu lado enquanto tomo a maior decisão da minha vida. E daí que possam existir pessoas contra, eles estarão sob a minha liderança, sob o meu domínio e terão que me obedecer. Estou surpresa que durante aquele maldito tempo em que...

Enquanto ela continuava a falar, Minjeong sentiu como se tudo ganhasse um novo significado. Jimin se importava tanto assim com ela? Ela não a conhecia há muito tempo. E talvez as coisas não fossem tão simples assim, mas aquela conexão estava lá... a verdade apareceu quando se lembrou do que disse a Ningning naquela tarde.

Não sinto que poderia ser de outra.

Levantando-se, Minjeong se aproximou dela e tocou seu braço.

Quando se virou para o lado e encontrou seu olhar, sua amada companheira se calou.

Fitando-a com calma, ela disse:

– Agora que tenho a sua atenção, eu gostaria muito que me dissesse que isso é verdade. Você iria mesmo contra todos por minha causa?

Jimin a encarou, como se só então tivesse se dado conta do que falara. Mas então sua expressão mudou, tornou-se mais branda assim como sua postura.

– Sei que está confusa, assustada, insegura. Posso sentir tudo isso, Minjeong. – Ela a agarrou pela cintura, como se para impedir que se afastasse. – Mas você não precisa temer um futuro ao meu lado. Você é minha companheira e eu irei protegê-la com a minha vida.

– Eu seu disso...

Jimin deixou a cabeça pender para frente como se estivesse absolutamente exausta.

– Então por que está agindo assim?

De repente, ela pensou em tudo o que acontecera desde que a conhecera, e em como se sentia em relação a isso.

Numa voz entrecortada, ela respondeu:

– Porque já está sendo difícil conviver com a realidade que minha companheira é a lider de uma raça, não posso suportar a ideia de que tenha mais problemas por minha causa. Estou te dizendo, Jimin, se minha linhagem lupina nunca vier a tona, não vaí ser muito diferente de me considerarem uma humana. Esse é o tipo de coisa da qual as pessoas nunca se esquecem. Você é uma puro sangue. Não quero me tornar um estigma na sua vida.

Jimin ergueu o olhar.

– Você não entende, Minjeong. Eu sou a lei. E minha decisão está tomada. Não há nada que impessa nossa união e se existir eu tenho autoridade para mudar isso.

– E se eu não for uma boa lider? – sussurrou ela.

Houve um bom momento de pausa... Em seguida, a lupina a puxou para si e a esmagou ao seu encontro, abraçando-a com tanta intensidade que ela quase sentiu os ossos se dobrando.

– Não sou forte o bastante para fazer isso sozinha – sussurrou ela ao seu ouvido, como se não quisesse que ninguém mais ouvisse isso saindo da sua boca. Jamais.

Percorrendo as mãos pelas costas dela, Minjeong a abraçou firme.

– Você não está sozinha.

\[...]

Mark Lee se curvou um pouco e partiu rapidamente. Foi bom chegar a seu carro e partir.

No caminho para sua casa, ele parou em uma farmácia. Não lhe custou muito tempo encontrar o que necessitava e dez minutos mais tarde fechava com chave a porta da sua casa e ativava o alarme de segurança. Seu lugar era uma residência relativamemte confortavel em uma área da cidade não tão residencial, e a posição lhe proporcionava uma boa cobertura. A maior parte de seus vizinhos eram idosos e os que não, eram imigrantes que trabalhava em dois ou três empregos. Ninguém lhe incomodava.

Quando foi paro o quarto, o som de seus passos ressonando no piso nu e ricocheteando nas paredes vazias, era estranhamente consolador. De todas as maneiras a casa não era um lar e nunca o havia sido. Os poucos móveis eram suficientes. As persianas fechadas diante de cada janela, bloqueavam qualquer vista. Os armários estavam abastecidos de armas e uniformes. A cozinha estava completa, mas os eletrodomésticos estavam sem usar desde que ele havia chegado.

Despiu-se e levou uma arma ao banheiro com a bolsa de plástico branca da farmácia. Inclinando-se para o espelho, limpou os ferimentos no peito e braços.

Taeyong tinha pegado leve, Mark sabia disso. Outros não tiveram tanta sorte. Ainda assim isso não era exatamente um motivo de orgulho. Não, isso só tinha alimentado sua raiva latente. Tudo o que queria era por aquele desgraçado no seu devido lugar, mas sabia que não tinha poder para isso.

Lee Taeyong era uma aberração.

Por que o Conselho permitia que liderasse o contingente de Seul lhe era desconhecido. Mark ao menos, nunca o tinha perguntado. Os por que não lhe importavam. Ele só não queria se perder no anonimato como os outros.

Deixou a sacola de lado e olhou por um instante o espelho. Via-se como um idiota total, ferimentos espalhados por todo o torso. Droga, no que estava se convertendo?

Bem, era uma pergunta tão estúpida. Fazia muito tempo que seguira por esse caminho e era tarde para as desculpas.

Lembrou-se da noite de sua iniciação, quando havia negociado uma parte de si mesmo pela possibilidade de matar durante anos, anos e anos, tinha pensado que sabia o que deixava e o que conseguiria de volta. O trato havia lhe parecido mais que justo.

E durante três anos, isto tinha estado muito bom. A solidão não lhe havia incomodado muito, por que a mulher que ele queria estava morta. Com a comida e a bebida, tinha demorado um pouco em se acostumar, mas nunca tinha sido um grande perseguidor da comida ou um bêbado. Tinha estado impaciente por perder sua velha identidade, porque a polícia o procurava.

O lado positivo havia lhe parecido enorme. As regalias tinham sido maiores do que tinha esperado. Tinha passando por um treinamento intenso, mas se transformara num excelente lutador. Sem dúvidas um dos melhores Inquisidores a serviço do Conselho.

Outra vantagem era a liberdade financeira. A Sociedade Inquisidora lhe dava tudo o que necessitava para fazer seu trabalho, cobrindo os gastos de sua casa, carro, armas, roupa e seus brinquedos eletrônicos. Era completamente livre para caçar a sua presa.

Mark havia completado seus primeiros dois anos com louvor. Mas quando Taeyong foi designado para assumir o comando em Seul, aquela autonomia chegou a seu fim. Agora havia registros. Esquadrões. Cotas.

Visitas ao conselho.

Mark foi até o chuveiro e tomou um banho rapido. Quando se secou, foi até o espelho e olhou atentamente seu rosto. Sua aparecia já tivera dias melhores.

Se as coisas continuassem assim em mais um ano ou menos, tudo o que ele era iria desaparecer. Engoliu em seco.

– Não vou permitir que isso aconteça.

Caramba, até sua voz parecia estranha quando saiu de sua boca. E em sua cabeça, escutou a voz de Taeyong referindo-se a ele como um fracasso.

Uma enorme emoção cresceu nele, a raiva e a dor combinadas. Queria voltar. Queria... voltar, desfazer tudo, apagá-lo. O trato por sua vida só havia parecido bom. Na realidade, este era um tipo especial de inferno. Ele estava vivo, respirava, existia. Mas já não tinha nenhuma liberdade em suas ações.

Mark se vestiu com mãos trêmulas e entrou no seu carro. Quando estava no centro, ele não tinha mais pensamentos lógicos. Estacionou nas proximidades de uma luxuosa residência e pegou o celular. Custou algum tempo para encontrar o contato que procurava.

Minutos depois um homem de cabelos escuros saiu da residência a passos rápidos e se aproximou do carro.

Ele baixou a janela e o encarou.

– Entre. Tenho uma proposta para lhe fazer.

– Espero que você seja mais eficaz do que seu amigo. – O homem puxou as lapelas do casaco e entrou no carro. – Estou me arriscando muito te encontrando aqui.

Mark ficou em silêncio e pisou no acelerador. Não se deteria até que estivesse longe daquela região desagradável. Não se deteria até conseguir o que queria.

Sua raiva se elevara a um nível incontrolável.

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