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10

Jimin estava cansada quando se recostou no sofá e esperou que Minjeong falasse novamente. Sentia-se como se seu corpo estivesse afundando em si.

Ao relembrar a cena no beco do prédio dela, lamentou que não pudesse apagar a memória do policial. O que significava que aquele homem estaria à sua procura com uma descrição precisa.

Droga. Ficara tão envolvida naquele maldito drama que havia se esquecido de se proteger.

Estava ficando descuidada. O que era perigoso.

– Como soube que eu me sentia daquela forma? – Perguntou Minjeong, de repente. – Deslocada, como se não pertencesse mais aquele lugar.

Jimin a encarou, ainda que estivesse vendada.

– É verdade, não é?

– Sim – sussurrou ela – Eu me sinto diferente quando estou com você porque é... é uma... Diabos, sequer consigo pronunciar essa palavra.

– Eu entendo – Jimin juntou as palmas das mãos, entrelaçando os dedos com força. Ela também se sentia diferente, mesmo que, tecnicamente, ela ainda fosse humana. – De forma inconsciente você reconhece que pertence ao meu mundo.

Ela assentiu de forma relutante.

– Ele não é meu amante. Sunghoon, o policial, não é.

Jimin respirou aliviada.

– Fico feliz.

– Por isso, se voltar a vê-lo, não o mate.

– Está bem.

Houve uma longa pausa antes que Minjeong voltasse a falar:

– Jimin?

– Sim?

– Na realidade, não pretendia se resposabilizar por mim, não é?

Ouvir isso a obrigou a fechar os olhos.

– É verdade.

– Então, por que o fez?

Como poderia não tê-lo feito?, pensou a lupina, apertando as mãos. Não conseguia deixá-la sozinha.

– Jimin?

– Porque tive de fazê-lo – respondeu ela, espreguiçando os braços, tentando se acalmar. Seu coração saltava dentro do peito, seus instintos despertavam, como se estivesse se preparando para uma batalha. Podia escutar o ar deixando os lábios de Minjeong, seu coração batendo, seu sangue circulando.

– Por quê? – sussurrou ela.

Tinha de ir embora. Devia deixá-la sozinha.

– Diga-me a razão.

– Você me fez perceber como sou fria.

Minjeong ergueu o rosto, procurando os olhos que não podia ver.

– Alguma coisa em você me faz se sentir confortável – disse ela, com voz rouca –, como nunca me senti em relação a outra pessoa.

Um atroz desejo de posse contorceu-lhe a alma, produzindo-lhe uma espécie de incomodo.

Jimin prendeu a respiração. Esperou para ver se aquela mortificante sensação passava, mas ela só fez aumentar.

Ficou de pé rapidamente e tentou estabelecer uma distância maior entre elas. Sem sombra de dúvida, precisava ir embora dali. Percorrer as ruas. Lutar.

– Escute, tenho de ir. Mas quero que durma aqui.

– Pensei que fossemos conversar um pouco mais. Tem tantas coisas que ainda não entendo.

– Faremos isso quando eu voltar – disse ela, rangendo os dentes. – Você já teve emoções demais por uma noite.

Minjeong respirou fundo, parecendo desolada.

– Estou com raiva, assustada, confusa. Não queria ficar sozinha. E você é a única pessoa que tenho agora – ela olhou para baixo. – Nossa, isso soou mal.

Que nada! Jimin estava mais do que disposta a se deixar usar por ela da maneira que quisesse.

Voltou a se aproximar e Levantou-lhe o queixo com a ponta do dedo indicador. Embora seu magnífico cheiro lhe dissesse exatamente como se sentia naquele momento, desejou poder ver o seu rosto de perto.

– Você não pode mesmo ficar? – sussurrou ela.

Jimin adoraria fazê-lo, mas a ânsia dos seus instintos a colocava em perigo. Precisava deixá-la confortável se quisesse conquistar sua total confiança. E ela tinha certeza que não conseguiria fazer isso naquela situação.

– Vou pedir a Sunoo que providencie algumas coisas para você – disse ela – e quero que se sinta a vontade enquanto estiver na minha casa.

Minjeong assentiu, parecendo resignada a sua atual situação.

Não agradou a Jimin vê-la daquele jeito, por isso, ergueu-a nos braços, Estava esperando que ela tentasse se desvencilhar, mas parecia cansada demais para fazer isso.

Enquanto Jimin carregava Minjeong até o outro lado do quarto, percebeu o medo e a confusão que emanavam dela como ondas de angústia. Depositou-a sobre a cama e cobriu-a com um lençol. Depois, caminhou até a porta e parou, olhando para ela uma última vez.

– Prometo que nos veremos em breve. Até lá peço para que descanse.

Depois de deixar Minjeong em seu quarto, os instintos de Jimin clamaram por ela, torturando-a cruelmente, como se soubesse que tinha sido a lupina quem se afastara.

Ela passou as mãos nos cabelos, então pegou o celular no bolso da jaqueta e ligou primeiro para Aeri, comunicando-a sobre os acontecimentos mais recentes e redefinindo o local da reunião daquela noite.

Pelo som da voz da outra lupina, estava muito interessa em conhecer Minjeong.

O que Jimin tanto achou perfeitamente compreensível, como odioso.

Mas, tinha escolhido certo ao compartilhar tais informações com Aeri antes dos demais. Yujin teria aparecido em sua residência em dois segundos e, então, seria preciso que Jimin lhe quebrasse algo. Um braço, ou uma perna. Talvez, ambos. E Mingi, embora não fosse tão atrevido, possuía uma curiosidade e tanto.

O voto de castidade de Wooyoung era firme, mas, não confiava totalmente no seu desinteresse naquele momento.

Jungkook? Sequer considerara essa opção.

Não tinha escolha. Se as coisas saíssem de controle, precisaria dos serviços de mediadora de Aeri outra vez.

Após desligar, Jimin chamou Sunoo e lhe deu instruções precisas de como deveria lidar com Minjeong. Sua voz estava séria, e ela fez questão de repetir as palavras para que o assistente entendesse.

Depois de falar com o Sunoo, seguiu em direção a sala.

O que ela estava fazendo?, pensou.

Até pouco tempo atrás recusava-se a se envolver daquela forma com outra lupina. E, então, Minjeong, uma meio-sangue, entrara em sua vida, e a sua química interna recebera uma série de golpes. Não era de admirar que tivesse enlouquecido.

O perfume de Wonyoung lhe chegou da sala.

– Minha senhora? – chamou ela.

Minjeong, pensou, imediatamente. Viu-a entrando na sala, vendo-a ao lado de outra mulher.

Aquilo a desagradou mais do que gostaria de admitir.

– O que faz aqui, Wonyoung?

– Estava de passagem e resolvi lhe fazer uma visita, minha senhora – disse ela, aproximando-se.

Jimin sentiu o cálido toque em sua mão. Ao respirar fundo, tentando se acalmar, tudo o que sentiu foi o cheiro de Minjeong.

Afastou-se dela impetuosamente, com as mãos fechadas em punho enquanto assumia uma postura rígida.

– Wonyoung.

– Minha senhora?

– Pela última vez, eu a libero de qualquer compromisso que sinta que tenha comigo. Está livre de mim.

Jimin praguejou, sentindo-se terrivelmente mal pelo que fizera a ela.

– Eu não entendo... – murmurou ela, debilmente. – Aconteceu alguma coisa?

– Nunca quis...

– A mim – sussurrou ela –, sei disso.

– Wonyoung.

– Por favor, não fale nada. Não suportaria escutar a verdade de seus lábios, embora a conheça bem. Nunca sentiu que eu fosse digna de me tornar sua companheira.

– Do que diabos está falando?

– Sente que não sou suficiente.

– A questão nunca foi essa, Wonyoung. Eu sempre deixei claro que não a tomaria como companheira, mas você continuou me procurando por motivos que eu desconheço.

– Por quê sou uma tola – disse ela com voz embargada. – Sempre procurei estar impecável quando venho vê-la, porque no fundo acreditei que conseguiria conquistá-la. Mas não posso encontrar o defeito que você vê.

– Wonyoung, pare. Não continue com isso. O problema não é com você.

– Sim, sei. Senti a presença de outra mulher quando cheguei – ela estremeceu.

– Sinto muito – disse Jimin. – Nunca senti que você não era digna. Você é bela.

– Não diga isso. Não agora – a voz de Wonyoung se endureceu. – A única coisa que pode lamentar é que levei muito tempo para aceitar a verdade.

– Ainda a protegerei – jurou ela.

– Não, não o fará. Já não precisa se preocupar comigo. Não que algum dia o tenha feito.

Então, ela partiu, enquanto o perfume fresco do oceano perdurou um momento ainda, antes de se dissipar.

Jimin esfregou os olhos. Estava decidida a compensar-lhe de algum modo. Não sabia como fazê-lo exatamente, tendo em conta o inferno que havia suportado. Mas não estava preparada para deixá-la à deriva, pensando que nunca significou absolutamente nada para ela. Ou que, de algum modo, a considerava impura.

Nunca a amara, era verdade. Mas não queria feri-la, e essa era a razão pela qual lhe dissera tantas vezes que a deixasse. Se fosse ela a partir, se fosse ela a deixar claro que não a queria, poderia manter a cabeça erguida no maldoso círculo aristocrático ao qual pertencia.

O estranho é que nunca havia imaginado realmente como aquilo terminaria. Mas, certamente, nunca havia esperado que ocorresse pela aparição de uma meio-sangue.

E era o que estava acontecendo com Minjeong. Depois do que acontecera aquela noite, não podia fingir que não queria se ligar a ela.

Praguejou em voz alta, pois conhecia o suficiente do comportamento e da psicologia de um lupino puro-sangue para compreender que estava encrencada. Diabos, agora ambas estavam encrencadas.

Um puro-sangue apaixonado era um perigo.

Especialmente quando era preciso deixar sua companheira sozinha. E entregá-la aos cuidados de outro.

Tentando afastar de sua mente as implicações que aquilo tudo podia ter, Jimin saiu de casa e entrou no seu carro.

Havia pedido aos membros da Irmandade que fossem até a casa de Aeri naquela noite, e provavelmente já estavam a caminho. Chegara o momento de fazerem um levantamento em comum de todas as investigações efetuadas.

A necessidade de vingar Baekhyun queimava. E quanto mais Jimin se aproximava de Minjeong, mais quente era o fogo.

\[...]

Sunghoon chegou cedo a delegacia na manhã seguinte. Chovia e a água trazida de fora tinha deixado o chão de pedra no saguão escorregadio

Ele se desequilibrou e deu dois passos trôpegos antes de recuperar o prumo e a dignidade. Sunghoon endireitou os ombros, imaginando se já estaria completamente bem para o trabalho. Tivera uma noite horrível e acordara se sentindo ainda pior.

Mas ele tinha que se recompor. Durante todos aqueles anos como detetive, Sunghoon nunca se deixou afundar tanto. A noite anterior estava vivida em sua mente e ele precisa agir rápido se quisesse garantir a segurança de Minjeong.

Torcendo para não estar prestes a passar mal, ele seguiu pelo corredor até sua sala. Os assassinos não estavam longe. Mesmo sentindo-se tão confuso sobre muitas coisas, ele sabia que estavam próximos.

Ainda estavam à solta pelas ruas da cidade, escondidos na chuva, e provavelmente já tinham encontrado as próximas vítimas. Se já não cometeram mais um assassinato...

– O que você está fazendo aqui? – Perguntou Somi, aproximando-se.

Vestia calça jeans, camisa de botões e levava uma jaqueta impermeável vermelha na mão. Seu cabelo claro estava úmido, como se acabasse de começar o dia. O que, levando-se em conta como estivera ocupada na noite anterior, provavelmente era verdade.

– Estou de volta a ativa – respondeu ele.

– Que diabos significa isso?

Sunghoon parou em frente a sua sala.

– O Departamento de tecnologia tinha alguma informação sobre aquela suspeita?

Somi o segurou pelo braço, empurrando-o para uma das salas de interrogatório.

– O que pensa que está fazendo, Sunghoon?

– Tenho uma investigação em andamento e ela não vai ser concluída sozinha.

Somi passou as mãos no cabelo.

– Eu lhe disse que um dos nossos já está cuidado disso, cara.

– Então podemos cooperar. Quanto mais pessoal trabalhando, melhor.

– Essa não é a questão.

– Estranho, o capitão disse a mesma coisa.

Sunghoon caminhou até o vidro espelhado usado para observação dos interrogatórios e se olhou. Estava com uma aparência horrivel. Ou, talvez, simplesmente cansado do único trabalho que lhe interessou na vida.

Ele protegia os inocentes, não a qualquer valentão que se excitava dando uma de durão. O problema era que havia muitas leis que favoreciam os criminosos. Suas vítimas, cujas vidas eram aniquiladas por causa da violência, deveriam ter a metade da sorte que eles têm.

– E aí, sobre o departamento de tecnologia. Conseguiu levantar algo?

Somi levou as mãos aos quadris e olhou para baixo, movendo a cabeça como se estivesse desaprovando os seus sapatos. Mas respondeu:

– Nada. É como se tivesse saído do nada.

Sunghoon soltou um palavrão.

– Aquelas adagas. Sei que podem ser conseguidas pela Internet, mas também podem ser compradas na cidade, não é?

– Sim, em lojas de artigos especializados.

– Temos umas quatro na cidade.

Somi concordou devagar.

Sunghoon tirou as chaves do bolso.

– Vejo você depois.

– Espere, já enviamos alguém para investigar. Em ambas as lojas disseram que não se lembram de ninguém que combine com a descrição da suspeita.

– Obrigado pela dica.

Sunghoon começou a se aproximar da porta.

– Detetive. Ei! Sunghoon.

Somi segurou ele pelo antebraço.

– Droga, pode parar um minuto?

Sunghoon olhou por cima do ombro.

– É agora a hora em que me adverte sobre estar ultrapassado meus limites? Porque pode muito bem economizar o discurso.

– Caramba, Sunghoon eu não sou sua inimiga – os escuros olhos castanhos de Somi eram penetrantes. – Os rapazes e eu estamos com você. No que nos diz respeito, você faz o que tem de fazer. Mas você sempre teve sorte, sabe? E se tivesse sido ferido gravemente...

– Corta o sermão, falou? Não estou interessado.

Somi o encarou, mas não disse nada. Apenas retirou a mão como se estivesse jogando a toalha.

– Só não... só não se arrisque muito aí fora, detetive.

Sunghoon abriu a porta.

– Mas, se é só isso que sei fazer, Somi...

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