09
Após estacionar o carro em frente à garagem, Jimin subiu a escada da frente da sua residência sendo acompanhada por Minjeong. A porta se abriu, antes mesmo que tocasse a maçaneta.
Sunoo estava do outro lado.
– Minha senhora, não sabia que estava... – O assistente gelou quando viu Minjeong.
Sim, você sabe quem ela é, pensou Jimin. Mas vamos com calma. Do jeito que as coisas estavam, ela já estava bastante desconfiada.
– Sunoo, quero que conheça Kim Minjeong – o assistente continuou ali parado, olhando-a. – Vai nos deixar entrar?
Sunoo fez uma profunda reverência e inclinou a cabeça.
– É claro, minha senhora. Srta. Kim, é uma honra conhecê-la pessoalmente.
Minjeong pareceu desconcertada, mas deu um jeito de sorrir quando o assitente endireitou o corpo e afastou-se da passagem.
Quando ela estendeu a mão para cumprimentá-lo, Sunoo engoliu em seco e olhou para Jimin solicitando permissão.
– Vá em frente – murmurou Jimin, enquanto fechava a porta da frente.
Sunoo tomou-lhe a mão entre as suas, reverentemente, e baixou a testa até tocá-las.
Minjeong, é lógico, estava perdida. Mas não tinha como saber que, ao lhe oferecer a mão, tinha-lhe concedido a mais elevada honra de sua espécie. Como filha de um membro da Irmandade, pertencia à mais alta aristocracia em seu mundo.
Sunoo ficaria radiante por dias.
– Estaremos em meu quarto – disse Jimin quando o contato se desfez.
O assitente assentiu.
Enquanto a lupina conduzia Minjeong pelo vestíbulo, encontrou-se de repente acariciando-lhe o ombro, as costas. Talvez ela estivesse surpresa demais com tudo aquilo, porque não fez menção de se afastar.
Muito confortável. Muito íntimo, pensou ela. Bom demais para ser verdade. Em todo caso, manteve-a junto de si.
E mesmo enquanto o fazia, desejou poder retirar o que lhe havia dito no carro.
Sobre Minjeong ser dela.
Porque não era verdade. Não queria tomá-la como sua companheira. Enchera-se de ciúmes, imaginando as mãos do policial sobre ela. Que droga não ter acabado com aquele humano. Aquelas palavras saíram-lhe sem querer.
Ah, droga. Aquela meio-sangue fizera alguma coisa com o seu cérebro. De algum modo, havia conseguido fazer com que perdesse seu sólido autocontrole e entrasse em contato com o ser possessivo que havia nela.
Um contato que queria evitar.
Afinal de contas, ataques de insanidade eram a especialidade de Jungkook. E os membros da Irmandade não precisavam de mais uma louca com pavio curto no grupo.
Minjeong olhava atentamente para tudo naquela residência. O lugar parecia um museu. Cortinas pesadas e claras emolduravam as amplas janelas, finas pinturas a óleo reluziam nas paredes, obras de arte estavam dispostas com requintado gosto. Baixou a vista para o tapete. Devia custar mais do que seu apartamento.
Takvez Jimin pertencesse a uma importante organização criminosa, pensou ela. Podiam estar também no mercado negro de antiguidades.
Seria uma combinação surpreendente, daquelas que não se ouve falar todos os dias.
– É bonito – murmurou, tocando com o dedo uma caixa antiga. – Muito bonito.
Ao não obter resposta, olhou para Jimin. Estava parada na sala com os braços cruzados sobre o peito, alerta, apesar de se encontrar em sua própria casa.
– Sempre foi colecionadora? – Perguntou, tentando ganhar tempo para se acalmar. Aproximou-se de uma pintura que provavelmente, valia centenas de milhares de wons. – Isso é uma beleza.
Olhou de relance sobre o ombro. A mulher estava concentrado nela, sem prestar atenção à pintura. E em seu rosto não se via uma expressão de orgulho ou senso de propriedade.
O que não era a forma típica de se comportar de alguém que tem suas coisas admiradas por outro. Ela cruzou o aposento em direção a um magnífico retrato da representação do paraíso disposto sobre a parede da escadaria.
– Venha comigo.
– O quê? Quer que eu a acompanhe até lá em cima...?
Jimin assentiu e fez um gesto com a mão.
– Você primeiro.
Minjeong se aproximou com cuidado. A luz artificial brilhava fracamente sobre a parede escura. Ela se inclinou para frente e viu uns degraus que desapareciam logo acima.
– O que há lá em cima?
– Um lugar onde poderemos conversar.
– Por que não ficamos aqui em baixo?
– Porque você vai querer fazer isso em particular. E é muito provável que meus aliados cheguem em breve.
– Seus aliados?
– Sim.
– Quantos são?
– Cinco, agora. Mas fique tranquila. Vá em frente. Nada de ruim acontecerá a você lá em cima, eu prometo.
Minjeong respirou fundo e, hesitante, estendeu as mãos para a parede. O ar não cheirava a mofo; ali também não havia uma umidade pegajosa ou algo do gênero; simplesmente estava muito escuro. Subiu pelos degraus lentamente, avaliando o caminho. As lanternas pareciam vagalumes, iluminando mais a si mesmas do que a escada.
Então, chegou ao final. À direita, uma das portas estava aberta, e ali percebeu o cálido resplendor de uma luz. O aposento era igual ao corredor: paredes negras, fracamente iluminado, mas limpo. Perguntou-se, ao colocar seu celular sobre a mesa de centro, se Jimin dormia ali.
Pelo menos, o tamanho da cama era proporcional a ela. E aquilo eram lençóis negros de cetim?
Supôs que ela já levara muitas mulheres àquele cômodo. E não era preciso ser um gênio para imaginar o que acontecia uma vez que fechava a porta.
Ouviu a tranca se fechar e seu coração disparou.
– Então, conte-me sobre o meu pai – disse rápido.
Jimin passou por ela e tirou a jaqueta. Por baixo dela vestia uma camiseta sem mangas, e ela não pôde ignorar seus braços enquanto se retesavam ao largar a jaqueta em um canto. Viu de relance as tatuagens que subiam dos antebraços até os ombros quando ela tirou o coldre vazio, sem as adagas.
– Seu pai, Baekhyun, era muito valioso – disse enquanto caminhava até o sofá. Sentou-se de pernas cruzadas, com um braço apoiado no encosto. – Era um aristocrata no meu mundo antes de se converter em guerreiro. Ele é... ele era meu amigo. Meu aliado no trabalho que faço.
Aliado. Continuava usando essa palavra. Eram da Máfia. Não restava dúvida.
Jimin sorriu para si, como se recordasse de alguma coisa agradável.
– Baekhyun tinha muitas habilidades. Era rápido com os pés, tinha uma inteligência brilhante, era bom com uma adaga. Mas, além disso, era culto. Um cavalheiro refinado. Falava oito idiomas. Estudou de tudo, desde religiões até história da arte e filosofia.
Jimin parecia muito à vontade enquanto puxava para trás o longo cabelo negro.
– Baekhyun nunca perdia a calma, por mais feias que as coisas ficassem. Sempre se concentrava no trabalho que estava fazendo até terminá-lo. Morreu contando com o mais profundo respeito de seus aliados.
Jimin realmente parecia sentir falta de seu pai. Ou quem quer que fosse o homem que estivesse usando com o propósito de...
O que ela pretendia exatamente?, Minjeong se perguntou. O que ganharia inventando todo essa história?
Bom, ela estava no seu quarto, não?
– E Sunoo me disse que a amava profundamente.
Minjeong franziu os lábios.
– Supondo que eu acredite nessas coisas, fico imaginando: se meu pai me amava tanto, por que nunca se incomodou em se apresentar a mim?
– É complicado.
– Sim, realmente é complicado chegar para a própria filha, estender-lhe a mão e dizer seu nome. É realmente dificílimo – atravessou todo o quarto, só para encontrar-se, de repente, junto à cama. Imediatamente, saiu de onde estava, caminhando a esmo pelo aposento. – E que conversa é essa de aliados? Ele também pertencia à máfia?
– Máfia? Não somos da máfia, Minjeong.
– Então, são apenas assassinos mercenários e traficantes de drogas?
Hum... Pensando bem, talvez a diversificação fosse uma boa estratégia de negócios. E precisavam ter muito dinheiro para manter uma casa como aquela e enchê-la de obras de arte.
– Baekhyun herdou seu dinheiro e era muito bom em administrá-lo – Jimin inclinou a cabeça para trás, como se estivesse olhando para o teto acima delas. – Como filha dele, agora tudo pertence a você.
Ela estreitou os olhos.
– Ah, verdade?
Jimin assentiu.
Que mentirosa, pensou ela.
– Então, onde está o testamento? Onde está o advogado com os documentos para eu assinar? – Esfregou os olhos cansados. – Sabe de uma coisa, Jimin? Não precisa mentir para me levar para cama. Por mais que me envergonhe admitir, só o que precisa fazer é pedir.
Suspirou fundo, cheia de tristeza. Até então não se dera conta de que uma pequena parte dela havia acreditado que obteria algumas respostas. Finalmente.
Mas, claro, o desespero pode fazer de tolo qualquer um.
– Escute, vou embora. Isso foi apenas...
Num abrir e fechar de olhos, Jimin colocou-se na frente dela.
– Não posso deixá-la ir.
O medo se apoderou de seu coração, mas não deixou que isso transparecesse.
– Não pode é me forçar a ficar.
As mãos dela seguraram seu rosto. Minjeong retrocedeu bruscamente, mas ela não a soltou.
Acariciou-lhe a bochecha com a ponta do polegar. Toda vez que aquela mulher chegava perto dela, ela ficava sem palavras, e tinha acontecido novamente. Sentiu seu corpo oscilar na direção dela.
– Não estou mentindo para você – disse Jimin –, seu pai me enviou para buscar você porque vai necessitar de minha ajuda. Confie em mim.
A meio-sangue se afastou com determinação.
– Não quero escutar essa palavra em seus lábios.
Ali estava ela, uma criminosa que quase matara um policial diante de seus olhos, esperando que acreditasse no que Minjeong sabia ser falso; enquanto acariciava sua face como uma amante.
Devia achar que era uma perfeita idiota.
– Escute, vi meus registros – sua voz não tremeu – Minha certidão de nascimento diz “pai desconhecido”, mas havia uma nota num arquivo. Minha mãe disse a uma enfermeira na sala de parto que ele havia falecido. Não pôde dar seu nome porque naquele instante entrou em choque devido a uma hemorragia e morreu.
– Sinto muito, mas não foi o que aconteceu.
– Sente muito. É, aposto que sim.
– Não estou brincando com você...
– É obvio que sim! Meu Deus, não sei como pude acreditar que iria ter informações sobre meus pais, mesmo que em segunda-mão... – encarou-a com desgosto. – Como você é cruel.
Jimin soltou um palavrão, frustrada.
– Não sei o que fazer para que você acredite em mim.
– Não se dê ao trabalho de tentar. Você não tem credibilidade alguma – Disse enquanto pegava seu celular. – Que diabos, talvez seja melhor assim. Talvez eu prefira ele morto a saber que era um criminoso. Ou que vivíamos na mesma cidade e ele nunca veio me ver, que sequer sentiu curiosidade em saber como eu era.
– Ele sabia – a voz de Jimin soava muito perto outra vez. – Ele a conhecia.
Ela se virou. Jimin estava tão próxima que a intimidou com seu tamanho.
Minjeong deu um salto para trás.
– Pare já com isso.
– Ele a conhecia.
– Pare de dizer isso!
– Seu pai a conhecia! – gritou Jimin.
– Então, por que não me queria? – gritou ela por sua vez.
A lupina fez uma careta.
– Queria. Vigiava você. Durante toda sua vida esteve perto de você.
Ela fechou os olhos, mantendo os braços em torno do próprio corpo. Não podia acreditar que sentisse a tentação de cair na conversa dela de novo.
– Minjeong, olhe para mim. Por favor.
Ela abriu os olhos.
– Dê-me a sua mão – disse Jimin –, dê-me.
Ao não obter resposta, ela a pegou e colocou sobre o próprio peito, sobre o coração.
– Por minha honra. Não menti para você.
Ficou completamente quieta, como se quisesse lhe dar a chance de ler cada detalhe de seu rosto e de seu corpo.
Seria possível que fosse verdade?, Minjeong se perguntou.
– Ele a amava, Minjeong.
Não acredite nisso. Não acredite em nada. Não...
– Então, por que não me procurou? – sussurrou.
– Esperava que não tivesse de conhecê-lo. Que não tivesse de viver o tipo de vida que ele vivia – Jimin a encarou fixamente. – Mas não teve tempo.
Houve um longo silêncio.
– O que era meu pai? – Perguntou em voz baixa.
– O mesmo que eu. Um lupino.
Minjeong ficou incrédula. Empurrou-a com força.
– Faça-me o favor!
– Escute-me, Minjeong...
– Para me dizer que é uma maldita lupina? – riu dela, empurrando seu peito com as mãos. – Sua anormal maldita! Se quer representar suas fantasias, vai procurar sua turma.
– Seu pai...
Minjeong deu-lhe um tapa, com força. Bem no rosto.
– Não se atreva. Sequer tente – sua mão ficou dolorida com o tapa que aplicou nela e, por isso, esfregou-a contra a barriga. Queria chorar. Porque se sentia ferida. Porque tinha tentado feri-la também, e ela não parecia afetada com a sua bofetada. – Meu Deus, você quase me fez acreditar, quase. Mas teve de exagerar e vim com essa história de metamorfos que podem se transformar em lobos.
– Não é apenas uma história. Você precisa acreditar em mim.
Ela perdeu o fôlego. De repente, teve a sensação de que nada era o que aparentava ser. Já não havia regras. A realidade deslizava para uma dimensão diferente.
Atravessou o quarto a passos largos.
Jimin a alcançou na porta, mas ela se abaixou enquanto agarrava a maçaneta da porta.
– Não se aproxime – empurrou com todo o peso de seu corpo. A porta não se moveu.
O medo e principalmente a raiva corriam por suas veias.
– Minjeong...
– Deixe-me sair! – a maçaneta da porta cortou-lhe as palmas das mãos enquanto se esforçava para girá-la.
Quando a mão de Jimin posou sobre seu ombro, ela se afastou com um salto.
– Não me toque!
Jimin a seguiu, aproximando-se lentamente.
– Eu a ajudarei a entender tudo isso.
– Deixe-me em paz! Espera mesmo que eu acredite nessa história ridícula?
– Você sabe que é verdade. No seu íntimo você reconhece isso, Minjeong. Olhe para mim, que mulher humana teria conseguido lidar com aquele policial daquela forma?
Ela olhou para a lupina por cima do ombro. Jimin estava ali, parada logo atrás dela. Minjeong respirou fundo.
Uma inquietação se apoderou de seu corpo, o medo e a incredulidade lhe oprimiram o coração. Sentiu-se à beira da loucura.
– Não pode ser verdade...
Dessa vez quando Jimin tocou seu ombro, ela não se afastou.
Para quê? Se aquilo era um sonho, acabaria despertando. E se fosse mesmo verdade... Ela precisaria explicar muito mais coisas do que acabara de fazer.
Enquanto Jimin guiava Minjeong até o sofá, percebeu o medo e a confusão que emanavam dela como ondas de angústia. Deixou que se sentasse. Depois, caminhou até o outro lado do quarto e ficou em pé, pensando que ela apreciaria um pouco de espaço.
Passado um tempo, ela ergueu a cabeça, e Jimin sentiu seus olhos fixos nela.
– Estou esperando acordar, que o alarme do despertador soe – disse, com voz rouca –, mas isso não vai acontecer, não é?
Ela balançou a cabeça.
– Como é possível? Como...? – pigarreou. – lupinos?
– Somos apenas uma espécie diferente.
– Assassinos.
– Melhor chamar de minoria perseguida. Era a razão pela qual seu pai esperava que não tivesse herdado sua linhagem.
– Você quer dizer...
Ela assentiu sombriamente.
– Oh, meu Deus – levou a mão à boca como se fosse vomitar. – Não me diga que vou...
Uma onda de pânico partiu dela, invadindo o aposento, criando uma brisa que a atingiu como uma fria rajada. Não podia suportar sua angústia e queria fazer algo para aliviá-la.
Jimin se aproximou do sofá. Ao ver que ela não se afastou, sentou-se.
– O que vai acontecer comigo? – murmurou Minjeong.
O desespero em sua voz sugeria que falava com algum ser superior e não com ela. Mesmo assim, Jimin respondeu.
– Como você disse, lupinos são uma raça de metamorfos com características de lobos. Na nossa linhagem a primeira transformação ocorre para todos nós por volta de nosso vigésimo primeiro aniversário.
– Minha nossa...
– Meio-sangues tendem a demorar um pouco mais, alguns sequer chegam a desenvolver tal habilidade. Mas ensinarei você a se cuidar. E o que deve fazer.
Ela engasgou e se levantou de um salto.
– Não quero matar ninguém!
– As coisas não são assim. Você não vai se tornar agressiva por conta disso.
– Isso é o que você diz – disse ela, com desânimo.
– Os humanos não são nossas vítimas, Minjeong. Isso é lenda.
– Nunca matou um... humano?
– Não por divertimento – respondeu, esquivando-se. – Há alguns lupinos que fazem isso, mas dentro do meu clã isso é estritamente proibido. Não compartilho da ideia que nos envolvamos mais do que o necessário no mundo humano.
– Você faz parecer que é tudo tão normal.
– Por que para mim é.
Ela caiu em silêncio. E, então, pareceu dar-se conta da situação.
– Você deixará que eu...
– Vai ficar sob a minha proteção. Pertencerá ao meu clã ainda que seja uma meio-sangue.
Ela respirou fundo, como se estivesse perdida nos próprios pensamentos.
– Minjeong, sei que é difícil...
– Não sabe.
– ...porque também passei por isso.
Ela olhou para Jimin.
– Também soube assim, de repente?
Não a estava desafiando. Na realidade, só esperava ter algo em comum com alguém. Qualquer um.
– Sempre soube quem eram os meus pais e o que acarretava minha linhagem de sangue – disse ela –, mas eles haviam falecido quando chegou minha transição. Eu estava só e não sabia o que esperar. Por isso, compreendo sua confusão.
Minjeong se recostou no sofá.
– Você disse que sou uma meio-sangue... Isso significa que minha mãe é humana?
– Pelo que Baekhyun me contou, sim. Sabe-se de lupinos que procriam com humanos, embora seja muito raro que a criança sobreviva.
– Posso deter a transformação? Posso evitar que isso ocorra?
Jimin balançou a cabeça.
– Se você tiver herdado essa característica, não.
– Eu não... quero machucar ninguém inocente?
– Não deixarei que faça isso.
– Promete? – Perguntou ela com aflição, agarrando o braço dela.
– Prometo – disse Jimin, estendendo a mão para cobrir as dela, mas se deteve antes de tocá-la.
Minjeong tornou a respirar fundo.
– Talvez eu acorde – murmurou –, talvez eu ainda acorde.
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