Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 15

Eu despertei antes do Jimin, e logo decidi tomar um banho, porém, quando eu estava para terminar, ele entrou no banheiro.

- Já estou terminando, Jimin-ssi! - abri o box, e falei colocando a cabeça para fora.

- Ou você pode ficar, e terminar o banho comigo. - diz sugestivo.

- Você sabe que eu não recusaria uma proposta dessa. - o olho travesso.

Ele entrou no banho comigo, e essa foi a melhor forma de começar o dia, pois não poderia dar em outra coisa, que não fosse nossos corpos se chocando um contra o outro.

Depois daquela maravilha de banho, terminamos de arrumar nossas coisas, pois era domingo, e logo estaremos na estrada de volta pra casa.

Descemos para o café da manhã, e depois voltamos para buscar nossas coisas no quarto, voltamos a recepção para fazer o check-out. Em pouco mais de duas horas depois de acordarmos, já estávamos na estrada.

A viagem de volta foi bem tranquila no início, depois, o Jimin cismou de ficar me provocando, sabendo bem que eu tinha que me concentrar na estrada.

- Nossa, como está calor hoje. Não é? - ele tira o cinto de segurança.

- O que está fazendo Jimin-ssi? - pergunto preocupado.

Ele não me responde, apenas tira a camisa, e volta a colocar o cinto.

- Só estou precisando me sentir um pouco mais fresco. - me olha de canto de olho.

Ele conecta o celular ao bluetooth do carro, coloca uma música, e logo nós dois estamos cantando as músicas, de forma sincronizada.

Mas ele foi longe demais com as provocações, quando ao tocar "Lady Gaga - You And I", ele se inclinou em minha direção, acariciava minha nuca com a mão esquerda, e com a direta, passava lentamente os dedos em minha coxa, enquanto me encarava de forma sugestiva e cantava a letra da música.

-Yoü and I, yoü yoü and I, Baby I'd rather die, without yoü and I...

- Jimin-ssi... - tentei adverti-lo, mas claro que ele não levou a sério, já que eu acabei sorrindo igualmente sugestivo.

Ele "andava" com seus dedos pela extensão da minha coxa, e passou a ir em direção ao meu pau, mas então recuava. Ele fez isso algumas vezes, mas em uma delas, eu tirei uma das mãos do volante, e agarrei a dele, colocando por fim, em minha ereção.

- Era isso que você queria, Baby Moon? Pois conseguiu. - lhe lanço um sorriso travesso.

Ele se aproxima mais de mim, sobe sua mão pelo meu abdômen, por baixo da camisa, e quando desce agarra firmemente meu pau, enquanto sussurra em meu ouvido.

- Você é um puta de um gostoso, coelhinho.

Eu não consigo acreditar no que meus ouvidos ouvem. O que deu no Jimin hoje?

- Como é? - olho rapidamente para ele, com as sobrancelhas franzidas.

E ele me devolve um olhar sexy, e morde lábio inferior, enquanto mantém sua mão acariciando meu pau.

- Sem condições Jimin-ssi!

Eu olho o retrovisor, ligo a seta para a direita, e logo paro no acostamento, desligando o carro, e puxando o freio de mão.

- O que está fazendo? - ele me encara confuso.

- Mostrando a você, que não pode mexer com um coelhinho que está quieto. - ligo o pisca alerta, retiro meu cinto de segurança, e avanço sobre ele.

Trocamos alguns beijos ardentes, e ele me afastou para retirar a minha camisa. Mas não pude realmente aproveita-lo como eu gostaria, pois estávamos em um acostamento, no meio do nada, e ainda havia movimentação de outros carros. Então só pudemos ficar mesmo nos "amassos", e nos contentar com as "mãos bobas". Mas isso foi suficiente para ele me deixar em "paz", o resto da viagem.

Curtimos mais algumas músicas, conversamos, rimos e especulávamos sobre possíveis acontecimentos na faculdade. Foi uma viagem muito boa.

No meio da tarde, eu deixei o Jimin na casa dele, e segui para a minha.

Ao chegar, encontrei apenas a minha mãe em casa, o que não era nenhuma novidade, e me deixou bastante satisfeito. Aproveitei o tempo, e conversei com ela, que estava bastante curiosa sobre a viagem. Conforme lhe contava sobre o lugar lindo, e a praia maravilhosa em que passamos o fim de semana, ela se mostrava animada, como se pudesse sentir o quão empolgante essa viagem foi pra mim.

Eu e minha mãe temos uma conexão maravilhosa, e o fato dela se mostrar alegre assim, com as coisas que me fazem feliz, parece que só me aproxima ainda mais dela.

- Você parece muito feliz quando está com seu amigo Jimin. - sorri cordialmente.

- O Jimin é maravilhoso. - sorrio bobo. - Posso até afirmar que, ele foi a melhor coisa que já aconteceu na minha vida.

- Eu fico muito feliz de poder ver você assim, meu filho. - segura a minha mão, e olha carinhosamente em meus olhos.

- Mãe...- engulo seco. - Eu preciso te contar uma coisa.

- Você pode me contar o que quiser, eu estou aqui com você. - aperta firmemente a minha mão. - E sempre estarei.

A complacência em seu olhar, me faz sentir acolhido, e seguro. E agora eu sei que, tudo o que eu preciso nesse mundo, é que ela nunca solte a minha mão.

- O Jimin e eu...- tento encontrar as palavras menos impactantes para seguir com meu desabafo. - Nós dois não somos só amigos. - seus olhos se mantém fixos nos meus. - Nós somos...

- Jungkook, não achei que o veria em casa tão cedo. - meu pai entra na sala, me fazendo tensionar o corpo com sua chegada repentina.

- Pai! - olho rápido em sua direção. - Sim! Nós decidimos sair cedo de lá, para poder pegar a estrada mais livre.

- Muito prudente da sua parte. Mostra que está sempre na dianteira. - ele se aproxima de mim, e põe a mão no meu ombro. - É assim que um CEO deve ser.

Puta merda, mal volto pra casa, e já tenho que ouvir toda essa lorota. Mas eu não vou deixar ele estragar o meu ótimo humor.

- Pois é. - me levanto do sofá. - Bom, eu vou subir e arrumar algumas coisas. - sigo até às escadas. - Vejo vocês no jantar.

Passei o resto da tarde, e começo de noite, enfiado no quarto. Não tinha muito o que fazer lá em baixo, então preferi não me arriscar em encontrar com meu pai.

Falei um pouco com o Jimin pelo telefone, e depois arrumei todo o meu equipamento de fotografia em uma caixa, já que ele, seria um item que eu não dispensaria em levar para a faculdade.

Jantei com meus pais, e até que posso dizer que foi bastante agradável. Meu pai se manteve no assunto que minha mãe começou, então realmente parecíamos uma família comum. Conversávamos sobre as viagens que já fizemos em família, e jantamos tranquilamente. Eu costumava adorar as viagens que fazíamos, eu era uma criança muito sorridente. Mas quando meu pai começou a expandir os negócios dele, as viagens já não eram tão divertidas, pois ele sempre nos levava para onde o trabalho dele exigia, e seu tempo conosco, cada vez mais curtos. Nem dava pra chamar aquilo de férias.

Mas hoje, já estamos bem acostumados com isso. Meu pai é um homem de negócios, e não de família.

Depois do jantar, voltei para o meu quarto, e resolvi usar o computador. Todas aquelas fotos que eu tinha, e me dava prazer em vê-las, faziam meu sorriso ficar cada vez mais largo.

Enquanto meu olhos percorriam cada foto, eu só tive mais certeza que era aquilo que eu queria para minha vida.

Então decidi que estava na hora de enfrentar de vez o meu pai, e não deixar ele acabar com a minha vida, assim como ele fez com a nossa família.

Eu fiquei tão imerso naquelas imagens, que meu coração batia rápido, e eu sentia a serotonina percorrer meu corpo, nem percebi a hora passar. Quando olhei para o relógio do computador, já passava das 4h da manhã. Então resolvi desliga-lo e ir para a cama.

A semana passou rápido, em um piscar de olhos, já era sexta feira. Jimin estava cada vez mais ansioso, já que havíamos nos programado para irmos para a faculdade na próxima quarta-feira, assim teríamos tempo suficiente para entregar as últimas papeladas na reitoria, nos acomodarmos, e conhecer melhor o campus e seu entorno no fim de semana.

Ele estava sempre olhando para o nada, preso em pensamentos, e quando era questionado sobre isso, dizia que estava pensando se não estava esquecendo de nada. Eu ria da situação dele, mas confesso que comecei a sentir um frio na barriga conforme os dias iam passando.

Eu estava apenas procrastinando a minha conversa com meu pai, já que na faculdade, eu já tinha solicitado a mudança de curso, e tudo foi feito sem complicações, e em total sigilo. Só restava agora, jogar pro alto, todos os planos do meu pai.

Acordo na manhã de sábado, sentindo meu corpo balançar de um lado para o outro. Ao abrir os olhos, encaro Jimin sentado ao meu lado na minha cama.

- Kookie...acorda!

- Hm...o que tá acontecendo? - forço meus olhos a abrirem de vez.

- Acorda! Tenho uma notícia boa pra te contar. - continua a me sacudir.

- Eu já acordei. - me sento na cama. - O que houve? Por que tanta euforia, Jimin-ssi? - passo as mãos pelos olhos.

- Você não vai acreditar no que chegou pra mim ontem pelo correio. - faz suspender.

- Eu não tenho ideia, já que passamos o dia, e praticamente a noite fora. - sorrio travesso pra ele.

- Eu sei, mas quando você me deixou em casa, assim que entrei, minha mãe me entregou um envelope. - parece ficar inda mais animado.

- E o que tinha nele?

- Era daquela faculdade particular, e nele dizia que eu ganhei uma bolsa de estudos integral, para cursar Astrogeologia lá.

- O que?

- Isso não é incrível? - pergunta estonteante.

Caramba, isso é terrível!

É tão bom saber que meu Baby Moon conseguiu aquilo que tanto queria, mas infelizmente eu não conseguia controlar meu egoísmo.

Se ele for para aquela faculdade, ficará longe mim, e como a nossa faculdade não havia lhe dado um parecer sobre sua bolsa ter mudado de parcial para integral, claro que a escolha dele seria essa nova.

- Isso é...muito bom. - digo pouco animado.

Ele avança sobre mim, me abraçando forte.

Agora eu tenho que repassar tudo o que já estava dado como certo, pois já tínhamos até o apartamento ficar, e depois do Jimin levar uma eternidade para finalmente aceitar ficar comigo, eu estava vendo tudo descer pelo ralo, em poucas palavras.

Eu sei que ele não recusaria essa oportunidade que ele tanto esperou, só pra ficar comigo onde já estava tudo planejado, então nesse caso, teria de ser eu a mudar de faculdade também.

Não conseguia me ver tão longe dele agora, ainda mais em Estados tão longe um do outro.

- Bom...- eu o afasto do abraço, encarando seu rosto. - Então temos que replanejar tudo.

- Como assim? - pergunta confuso.

- Jimin-ssi...eu não quero ter que ficar os próximos anos, tão longe de você.

- Kookie...eu não tinha pensado nisso. - encara as próprias mãos. - Fiquei tão animado com a notícia, que não lembrei desse detalhe. Desculpe.

- Você não precisa se desculpar. - levo meus dedos ao seu queixo, fazendo ele olhar pra mim. - Só precisamos pensar em tudo da melhor forma possível. Ok?

- E como faremos isso?

- Primeiro, vou ter que solicitar uma transferência externa, e depois...

- Kookie...- me encara preocupado. - Seu pai vai ficar uma fera.

- Ele já ia ficar, de um jeito ou de outro, já que eu fiz a troca de curso, sem falar com ele.

Seus olhos se arregalam, e sua expressão, é de pura surpresa.

- Eu não acredito que você fez isso.

- Eu não farei o que ele quer, vou fazer o que eu gosto.

- Meu Deus, isso vai virar uma carnificina.

Depois de descer e tomar meu café da manhã, junto com a minha mãe e o Jimin, nós voltamos para o quarto, e começamos a traçar nossos novos planos. Ficamos nisso até a hora do almoço. E até que estava sendo bem tranquilo todo esse planejamento, já que o Jimin e eu concordamos em muita coisa, até com escolha do novo apartamento.

Descemos para o almoço, e encontramos a minha mãe na sala, folheando alguns álbuns de fotografia. E eu, não podia deixar passar a oportunidade de meus olhos percorrem algumas daquelas lembranças.

Eu me sentei no chão, em frente a mesinha de centro, enquanto o Jimin sentou na outra ponta, analisando todas aquelas imagens espalhadas pela mesa. Minha mãe, no sofá, ainda tinha consigo, um álbum grande, que volta e meia, mostrava uma das fotos para o Jimin, que sempre tão gentil, as elogiava.

Perdemos um bom tempo ali, mas foi um tempo muito proveitoso, e cada sorriso da minha mãe, só fazia meu coração apertar ainda mais, pelos efeitos colaterais que minhas escolhas poderia lhe causar.

Nossos risos se espalhavam pelo ambiente, mas sempre eram resumidos a um único estado, o de alegria. Porém, isso logo teve fim.

- A conversa aqui parece boa. - meu pai aparece na porta da sala.

- Estávamos recordando algumas fotos. - minha mãe diz, lhe encarando sorridente.

- Entendi. - Ele retira o terno, e afrouxa a gravata.

- Chegou cedo hoje. Está tudo bem, querido. - minha mãe pergunta preocupada.

- Eu só vim tomar um banho, e preparar uma mala, pois tenho uma viagem de última hora hoje depois do expediente. - diz parecendo cansado.

Eu percebo Jimin encarrar as fotos ainda na mesinha, parecendo totalmente deslocado.

- Jungkook? - ele toma a minha atenção. - Recebi hoje um email do reitor da faculdade, mas não tive tempo de ler. Esta tudo bem? - me encara sério.

- Sim! - me apresso em responder. - Está sim. - vejo Jimin me olhar de soslaio.

- Então já está tudo pronto para a sua ida? - se aproxima, jogando o terno no braço do sofá, e desfazendo completamente o nó da gravata.

Eu penso em apenas levar essa conversa com respostas simples, e evitar a todo custo, que ele se exalte na frente da minha mãe e do Jimin. Eu pretendia ir até ele, e termos uma conversa a sós, mas com essa sua viagem, não sei se voltarei a vê-lo antes de ir pra faculdade, então parece que não haverá outro momento para essa conversa.

- Na verdade, pai...- me levanto, e vejo Jimin me lançar um olhar preocupado. - Ainda não está.

- Como assim? O que ainda está faltando? - me encara confuso.

- Está faltando a nova faculdade aceitar a minha transferência externa.

- Do que está falando, Jungkook? - ele põe as mãos na cintura, tentando entender minhas palavras.

- Estou falando que vou para outra faculdade. - crio coragem. - E que vou cursar fotografia. - ele ri.

- Você está de brincadeira com a minha cara? De novo essa bobagem?

- Não! Estou falando sério. - seu olhar muda completamente, me fazendo engolir seco.

- Olha aqui seu moleque..

- Jungkook querido...- minha mãe me olha preocupada. - O que está fazendo?

- Mãe, eu estou tomando as rédeas da minha vida. - a encaro complacente. - Eu não vou cursar administração, só porquê ele quer.

- VOCÊ NÃO CURSARÁ ESSA PORCARIA DE FOTOGRAFIA! Fará como sempre foi planejado! - vocifera. E Jimin treme em seu lugar.

- Você não pode me obrigar a isso. - digo simples.

Ele anda de um lado para o outro, passando as mãos pelo rosto. Quando para, olhando pra mim, ele ri.

- Isso é tudo culpa dele. - aponta para o Jimin. - Não é? É ele quem está enfiando essa coisas na sua cabeça. E isso é inaceitável.

Jimin me encara perdido.

- Jimin não tem nada com isso. A fotografia está na minha vida, antes mesmo dele aparecer.

- Você acha mesmo que eu sou burro, Jungkook? - me fuzila com o olhar.

- Por favor, não discutam. - minha mãe implora com as lágrimas no olhar, já sabendo no que tudo isso pode terminar. - Tentem conversar com calma. Tudo pode ser resolvido.

- Como você acha que eu posso ter cabeça pra conversar, quando seu filho age dessa forma, se deixando levar por más influências? Não está vendo a afronta que ele está fazendo?

- NÃO FALA ASSIM DO JIMIN! - agora sou eu quem grito.

- Como você se atreve a falar assim comigo, seu moleque? - me olha incrédulo.

- Não ouse colocar a culpa do fracasso dos seus planos, no Jimin.

- Esse moleque virou mesmo a sua cabeça não foi? Chegou se fazendo de amigo, e acabou te arrastando para longe do seu juízo, agindo como uma erva daninha, e domando você, sem que ao menos percebesse.

- Eu já disse que isso não tem nada a ver com ele. E também disse para não falar assim dele. - minha voz se torna ameaçadora.

- Mas eu não fico surpreso. Esses garotos com cara de sonso, só servem para destruir as famílias alheias. Agem como putas, que no final, destroem um lar. - diz áspero.

Eu me aproximo rápido dele, e encarando com fúria os seus olhos, sinto o meu corpo tremer de raiva.

- JUNGKOOK! - ouço Jimin gritar. - Para! Não faz isso!

- O pretende fazer? Vai bater em mim? - meu pai pergunta debochado.

- Não, eu não farei isso. - meu corpo ainda treme. - Pois não vale a pena. Porque essas palavras que você desfere contra ele, servem apenas para si mesmo. - me olha confuso. - Você é o único egoísta aqui, você quem está acabando com a nossa família, pensando apenas em si mesmo. Você não se importa comigo, ou com a minha mãe, só pensa nos seus negócios, e está tão cego com ele, que acha que pode me obrigar a ser como você. - o encaro com um olhar carregado de orgulho. - Mas eu não serei como você. Eu vou para outra faculdade, cursar aquilo que eu quero, e ao lado de quem eu amo.

- O quê? - seu olhar parece confuso e perdido.

- É isso mesmo que você ouviu. Eu amo o Jimin, e nada do que você disser, ou fizer, mudará isso! - finalizo convicto.

Ele se afasta de mim, sem saber ao certo como agir, ou o que dizer. Mas eu estava errado.

- Eu não imaginava que você teria culhão pra isso. Está mesmo me enfrentando assim por causa disso? - aponta de novo pro Jimin.

- Já chega! - minha mãe intervém.

Logo vejo Jimin se levantar, dar a volta na mesinha, e passar como um foguete por nós, indo até a porta.

- Jimin-ssi...! - faço menção de ir atrás dele, mas meu pai me segura pelo braço.

- Você fica! Nossa conversa não acabou.

- Me solta. - desvencilo meu braço dele.

- Se você for atrás dele, eu acabo com qualquer futuro que ele possa ter. - ameaça.

- Não pense que pode me intimidar com essas palavras. - me viro pra ele, e meu olhar é gélido.

- Intimidar? Eu não sou um homem de fazer isso. Eu ajo como tenho que agir. Ou você acha mesmo que pode me passar pra trás?

Me sinto perdido, e o jeito que ele me olha, parece se vangloriar de suas ações.

- Do que está falando?

- Você pensou mesmo que eu não sabia dos seus planos de trocar de curso? Ou de mudar para outra faculdade? - ele sorri satisfeito. - Como você acha que seu namoradinho conseguiu essa bolsa integral na faculdade que tanto queria?

Eu me sinto aturdido, e milhões de coisas se passam na minha cabeça. Não sei como reagir a isso. Apenas fico lá, parado, tentando entender tudo.

- Achei realmente que você fosse esperto Jungkook. - põe as mãos no bolso, e me encara confiante. - Quando ele esteve aqui naquele jantar, me passou informações muito preciosas, e eu precisei agir o quanto antes, já que você pretendia, naquela noite, me afrontar e se recusar a fazer o que já estava planejado. Aquela conversinha de vocês no corredor, deixou as coisas muito claras. Percebi ali o tipo de envolvimento entre vocês, e achei mesmo que você tomaria a iniciativa naquela noite.

Minha mente volta no tempo, e eu começo a lembrar do que houve naquela noite. Nosso encontro súbito no corredor, minha falha tentava de colocar um ponto final nessa escolha absurda do meu pai, e em como o Jimin se sentia apreensivo naquela mesa de jantar.

- Mas como não fez, eu tive tempo de dar um jeito de me livrar dele, já que esse seu namorico estava lhe desviando do caminho certo. Entrei em contato com a faculdade que ele queria, e negociei com eles, todo o curso dele, desde que ficasse em sigilo quem havia feito, e que fosse dito a ele que se tratava de uma bolsa integral. Eu precisava dele longe de você, para que seu raciocínio voltasse ao eixo.

Eu sinto meus olhos arderem, e a raiva voltar a me dominar. Mas eu consigo me controlar até porquê, ele ainda não venceu essa guerra.

- Isso não muda nada, pois eu irei para a mesma faculdade que ele. Então não sei por que se sente tão satisfeito. - digo calmo.

- Você não entendeu Jungkook? Você não vai pra lá. E sabe como eu sei disso? Porque foi emitido uma recusa oficial em nome dele, para a faculdade que você vai, então agora ele só tem a outra para ir. Então...se você não fizer o que eu quero, ele perde tudo. - me encara sério.

- Você não pode fazer isso. - uma lágrima atravessa meu rosto, e meus punhos cerram de raiva.

- Eu posso. E fiz. E isso não é tudo, eu tinha uma certa ressalva de me manter precavido, e eu estava certo nisso, pois não pensei que você pudesse me enfrentar dessa forma, por causa desse garoto. Então, tenho tudo em mãos para que, se tudo não sair do jeito que eu quero, ele não consiga fazer mais nada na vida dele. E com nada, eu quero dizer nada mesmo. Nem ao menos trabalhar como garçon.

Minha respiração fica irregular, e mais lágrimas tomam meu rosto. Eu não consigo acreditar nisso, ele não pode estar falando sério. Deve ser apenas um blefe, para me manter na palma de sua mão.

- Eu sei bem que você gosta dele, mas esse sentimento que você sente por ele, vale toda uma vida de infelicidade? - ele se aproxima de mim, e me olha nos olhos. - Você será tão egoísta como diz que eu sou, e priva-lo de alcançar seus objetivos e sonhos?

Meu maxilar trava, e eu mal consigo manter meus olhos abertos de tanto que as lágrimas insistem em surgir.

Eu me sinto encurralado, como se estivesse preso em uma caixa, e a única saída, era a porta do inferno.

- Eu trabalhei muito a vida toda, abri mão de muitas coisas para construir tudo o que tenho, para agora, ver tudo sendo jogado pelo ralo, por você querer agir como um sonhador. - ele se afasta de mim, pega seu terno em cima do sofá, e segue em direção às escadas. - Eu não vou permitir que isso aconteça. Quero você longe dele, e as coisas terão que ser do meu jeito. - finaliza.

Parece que o mundo desabou em cima da minha cabeça, que fui acorrentado por um tirano, e que meu mundo foi devastado pela escuridão.

Ter que escolher entre o meu amor pelo Jimin, e condenar seus objetivos, ou matar esse sentimento e permitir que seus sonhos sejam realizados, era a pior escolha que eu faria na minha vida.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro