Capítulo 12 (Alerta Hot)
⚠️ ATENÇÃO ⚠️
⛔Este capítulo contém diálogo pesado, palavras de baixo calão, interação homosexual explícita. ⛔
O fim de semana foi ótimo, eu passei todo o tempo que pude com Baby Moon, e meu status de felicidade, parece completo. Até então.
O dia da formatura veio, e com ele, o entusiasmo inabalável de Baby Moon.
Eu fiquei tão feliz de vê-lo assim. Eu sabia que a formatura era importante pra ele, mas toda essa sua espontaneidade em demonstrar esse sentimento, me deixou passivo.
Logo, era eu que estava com sorrisos de orelha a orelha.
Durante a formatura, nos sentamos um ao lado do outro. Esperamos pacientemente nossos nomes serem anunciados, para subirmos ao palco do auditório, e recebermos nosso diploma, e as felicitações. Nada muito diferente do habitual em cerimônias assim, mas Baby Moon parecia bastante nervoso.
Eu tentei deixa-lo menos apreensivo, e até que consegui.
Quando o nome dele foi anunciado, ele respirou fundo antes de se levantar, mas logo estampou um sorriso largo no rosto.
Quando ele chegou até o palco, recebeu seu diploma, e se virou para a plateia que o assistia, eu não pude me conter. Fui o primeiro a me levantar, e aplaudir sua tão esperada conquista.
Além do orgulho de ser seu namorado, eu tenho mais orgulho ainda, do meu coração ter escolhido alguém tão incrível como Baby Moon.
Quando foi a minha vez de subir ao palco, vi minha mãe secar uma lágrima sorrateira com a palma da mão. É bom saber que ela se sente orgulhosa de mim.
Baby Moon também se levantou, e me aplaudia, em meio a um sorriso, que fazia seus olhos se reduzirem a uma linha fina. Aquele sorriso era o melhor de todos.
Depois de todos os diplomas entregues, e todos os estudantes parabenizados, a plateia se dissipou na quadra interna do colégio.
Assim que encontrei o Jimin-ssi, nós seguimos para a quadra, para encontrarmos nossos pais.
Os pais do Jimin-ssi estavam lá, os dois muito felizes por seu filho. Já para mim, restou apenas a presença da minha mãe. Meu pai estava ocupado demais para perder tempo com esse tipo de coisa. Isso me deixava triste, porém, mais irritado.
Nos despedimos dos pais do Jimin-ssi, já que ele iria para minha casa depois da cerimônia de formatura, e em meio aquele conglomerado de gente conhecida, e seus respectivos pais, nós esperamos pela minha mãe em um canto mais afastado.
- Que saco! - bufo. - Onde está a minha mãe? Quero ir embora.
- Calma Kookie, logo ela aparece. Deve estar falando com alguns professores. - ele diz enquanto aperta uma de minhas bochechas.
- Então... Já está com tudo preparado para nossa viagem? - o questiono.
No fim de semana, achei que seria bom fazer uma viagem com Baby Moon para a praia, antes de realmente termos que ir para a faculdade.
Ele pareceu relutante no início, mas consegui o apoio do Sr e Sra Park para que ele finalmente aceitasse.
Como hoje é quinta-feira, achei que seria perfeito se viajassemos na manhã de sexta. Assim, chegaríamos lá e ainda poderíamos aproveitar um pouco da praia na sexta, e durante todo o sábado, finalizando nossa viagem, no domingo.
Eu tentei persuadi-lo a dormir na minha casa na noite que antecedesse a viagem, mas ele apenas me dava resposta vagas.
- Creio que sim. Não será uma viagem longa, então a mochila que arrumei, deve ser suficiente. - ele dá de ombros.
- Ótimo! - comemoro. - Mas ainda seria melhor se você dormisse lá em casa. Assim, eu não precisaria me preocupar com o horário de saída.
Tento não parecer ansioso. Mas no fundo, seria ótimo ter baby em casa, comigo.
- Você já está acostumado a acordar cedo, então não acho que isso seria um problema. - ele me encara.
- Não! Não seria. Mas...
- Então não há necessidade de eu dormir lá.
- Jimin-ssi...- me aproximo dele, levando minhas mãos a sua cintura. - Está com medo de mim? - fixo meus olhos nos dele.
- Não! - ele se afasta das minhas mãos. - Só não gosto da ideia de estar, por uma noite inteira, sob o mesmo teto que o seu pai.
- E o que acha que meu pai faria com você? - pergunto confuso.
- Só não gosto do jeito que ele me olha. - ele fita os próprios dedos. - Me sinto desconfortável.
- Entendi. - concluo.
- Vocês já estão prontos para ir? - minha mãe pergunta ao se aproximar de nós.
- Já faz bastante tempo. Só estávamos esperando a senhora. - respondo com um sorriso tímido.
Ao chegarmos em casa, fui para o quarto, e, agarrado a mão de Baby Moon, o levei junto comigo.
Quando entramos no quarto, fecho a porta atrás de nós.
- Nossa, seu quarto parece...- ele se vira pra mim, e eu logo o seguro pela nuca, beijando afoito, a sua boca.
Eu não via a hora de poder beijar meu Baby Moon. Parecia que as horas não passavam nunca até chegar esse momento. Ter seus lábios nos meus, se tornou meu vício mais urgente.
- Como eu estava precisando disso. - afirmo quando nosso beijo é encerrado.
- Você poderia ter me dito, e logo dariamos um jeito de resolver isso. - ele sorri.
- Mas estar sozinho contigo, e poder beijar sua boca, do jeito que a minha precisa da sua, era algo que não daria para "dar um jeito". - o abraço forte.
Ele devolve o baraço, mas de um jeito carinhoso e suave.
- Você já pensou na minha proposta de morar comigo no apartamento quando formos para a faculdade? - o questiono ainda mantendo meus braços envolto a seu corpo.
- Kookie...- ele se afasta e olha em meus olhos. - Acho que isso seria algo preciptado.
- Eu não acho. Não quero ficar longe de você nem um minuto sequer. - o encaro com olhos pidões.
- Podemos falar disso depois? - ele se afasta de mim. - Quero saber o que você queria comigo, para me "obrigar" - ele faz as aspas com os dedos. - a vir até aqui.
Ele segue até a minha cama, e se senta.
- Eu só queria poder ficar um pouquinho sozinho com você. - me junto a ele na cama. - Já que esses dias, apesar de estarmos juntos, mal conseguimos ficar sozinhos.
Eu me deito na cama, e coloco minha cabeça sobre sua pernas.
Passamos um bons tempo ali conversando, que nem percebemos a hora passar.
- Eu não acredito que você fez isso! - Jimin-ssi se levanta da cama, e me encara incrédulo. - Eu disse que não era pra você fazer nada com ele.
- Eu apenas fiz o que era necessário. - rebato. - O Justin apenas pagou por suas palavras infames.
- Por isso ele não foi na formatura?
- Bem provável que o nariz dele ainda não esteja bom o suficiente, para sair nas fotos de formatura. - sorrio.
- Você não devia ter feito isso. - bate algumas vezes com as mãos em meu braço.
- Eu já disse, fiz o que foi necessário. - seguro suas mãos. - Eu não ia deixar ele fazer o que fez com você, e falar o que bem quer, e deixa-lo impune.
- Ahh, Kookie, você...- eu puxo suas mãos, e ele cai deitado sobre mim.
- Sou seu herói. Não é isso? - encaro seus olhos, agora bem próximo aos meus.
- Eu não ia dizer isso. Você...- beijo seus lábios.
Não é só a presença de espírito do Baby Moon, que me deixa mais animado. Seus lábios, parecem estar constantemente, implorando para serem beijados. E eu, como seu namorado, não posso deixa-lo passar por isso, sem fazer nada.
Ele tenta se levantar, mas eu ponho minha mão em sua cintura, e o acompanho até estarmos sentados.
- Kookie...- diz ofegante. - Você não pode me beijar assim.
- Por que não? - estou igualmente a procura do ar.
- Seus beijos me tornam incapaz. - abre os olhos, e encara os meus.
- Gosto de fazer você se sentir incapaz.
Avanço novamente em sua boca, e mantenho uma mão em sua cintura, e com a outra, vou subindo lentamente por seu pescoço, até atingir sua nuca.
Lentamente vou sobrepondo meu corpo ao seu, e minha boca rasteja por sua bochecha, até alcançar sua orelha. Chupo levemente seu lóbulo, e ele arfa debaixo de mim.
Colocando o meu peso no braço esquerdo, fico com a mão direita livre para adentrar a sua camisa, e devagar, desliza-la por seu corpo.
Com as mãos, ele segue deslizando por meus braços, até chegar aos meus ombros, e enfiar seus dedos em meus cabelos pela nuca. Meu corpo arrepia com o movimento de suas mãos, e eu fricciono minha já presente ereção, em sua perna que está entre as minhas.
Corro minha mão por seu abdômen, e desço até parar em seu pau. Que como o meu, se mantém firme naquele momento de troca de carícias.
Minha boca está em seu pescoço, e suas mãos agora percorrem minhas costas, mas ele parece precisar de mais contato com o meu corpo, assim como eu preciso do dele.
Me desvencilo dele, e em questão de milésimos, retiro a minha camisa, para poder sentir mais de seu toque em mim.
Quando eu volto a dar atenção a sua boca, ele devolve as mãos as minhas costas, e o contato delas em minha pele, faz meu corpo incendiar.
Volto a mão até sua ereção, mas dessa vez, minha mão desce por dentro de sua roupa. Quando sinto seu pau na minha mão, o envolvo firmemente, e ele suspira.
- Kookie...- geme baixo quando deixo leves chupadas abaixo do seu pescoço, e começo movimento de vai e vem com minha mão em seu pau. - Isso...isso é tão bom!
Sinto seus dedos fincarem em minhas costas, e eu a contraio com a sensação inebriante que eles me causam.
Me afasto dele de novo, e pego a barra de sua camisa, logo ele entende o que quero. Ele levanta um pouco o corpo, e me permite que eu retire sua camisa.
Mas eu sou um pouco mais audacioso que isso, e depois de tirar sua camisa, levo minhas mãos ao botão de sua calça, a abro, e puxando de ambos os lados de seu quadril, eu a puxo até abaixo de sua bunda. Deixando o que eu realmente preciso, totalmente exposto.
Volto para seu ouvido e sussurro.
- Agora eu posso te dar a atenção que você precisa. - volto a envolver minha mão em seu pau.
Ele geme outra vez, e cada vez que ele faz isso, só me deixa ainda mais sedento para lhe dar o que precisa.
Descendo minha boca pela extensão do seu peitoral, paro em seu mamilo, e deixo algumas lambidas.
- Kookie, isso deixa meu corpo arrepiado. - ele diz, e percebo que em meio as suas palavras, ele possui um sorriso tímido.
Eu o encaro, e vejo seus olhos fechados, aproveitando cada sensação que lhe proporciono.
Desço cada vez mais minha boca em seu corpo, e quando estou na altura do seu umbigo, ele se levanta um pouco, apoiado em seus cotovelos.
- Kookie, o que está fazendo? - questiona ainda ofegante.
Eu paro, e o encaro novamente.
- Você foi um bom menino, e esse é o seu presente de formatura.
Quando percebo que ele vai protestar, abandono o percurso por seu corpo, e coloco minha boca em seu pau.
- Ahh...Kookie... - geme pendendo a cabeça para trás.
Enquanto minha boca sobe desce por seu pau, sua mão acaricia meus cabelos.
Mantenho uma mão na extensão do seu pau, para facilitar o movimento da minha boca, com a outra, levo até o meu pau, o tirando de dentro da roupa. Minha boca desliza em seu pau, e minha mão desliza no meu.
A reação dele a cada movimento meu, só faz aumentar cada vez mais a minha excitação.
Ele volta a se deitar, e coloca as duas mãos em meus ombros.
- Kookie...eu vou...ahh. Kookie! - pressiona meus ombros.
Ele, em um movimento rápido, me empurrou, e eu só consegui sentir seu gozo quente em meu queixo.
- Ahhh...- geme pela última vez, e deita na cama.
- Baby Moon...- pego minha camisa, e passo pelo queixo. - Por que fez isso?
Ele não responde, apenas fica lá deitado, aproveitando todas as sensações que seu corpo adiquiriu.
Eu volto a vestir sua calça, e logo me sobreponho a ele de novo.
Seus olhos estão fechados, e sua respiração já parece regular. Ele abre os olhos, e encara os meus profundamente, então sorri.
- O que tá olhando?
- Você fica lindo depois que goza. - zombo. O que também é uma verdade.
Ele põe sua mão esquerda em minha nuca, e me puxa para um beijo. Ao mesmo tempo, sua mão direita vai até o meu pau, que ainda permanece ereto.
A sensação de sua mão macia em meu membro, é como jogar álcool na fogueira.
Ele tira a mão da minha nuca, e apoia na cama, pegando impulso para depois ir sentando devagar.
Ele passa a dar atenção ao meu pescoço, e sem exitar, permanece com os movimentos no meu pau.
- Baby Moon, assim você me deixa louco...
Ele leva as duas mãos a minha calça, e abaixa ela até a altura das minhas coxas. Com as mãos agora livres, ele sobe pelo meu abdômen, até o meu peito, e me empurra devagar enquanto desce com a boca por meu corpo. A essa altura, eu já estou de joelhos, e Baby Moon, ainda sentado a minha frente.
- Baby Moon...- minhas respiração fica irregular com a expectativa do que está por vir, enquanto eu o observo.
Ele volta com a mão ao meu pau, e continua com os movimento de sobe e desce.
Quando penso que vai colocar a boca no meu pau, ele não faz.
Para minha surpresa, primeiro ele passa a língua, da base do meu pau, até a cabeça, deixando por fim, uma chupada. Ele repete o processo, e eu só consigo fechar os olhos e aproveitar as sensações que aquilo causa no meu corpo.
Quando finalmente coloca sua boca no meu pau, um gemido gutural surge de mim, e institivamente, movimento minha pélvis em direção a sua boca.Coloco as mãos em seus cabelos, e não paro com as estocadas em sua boca. Ele leva suas mãos uma de cada lado da minha bunda, e fricciona os dedos, me deixando ainda mais ansioso pelo que está por vir.
Meu corpo é tomado por um frenesi, e minha pélvis se movimenta ainda mais rápido.
- Baby Moon, eu vou gozar...- minha voz é praticamente um sussurro em meio aos gemidos.
Ele não parece se importar com as minhas palavras, e aperta ainda mais suas mãos em minha bunda.
- Você não quer que eu pare?- pergunto olhando pra ele, e recebo um balançar negativo de sua cabeça. - Então você quer que seu Kookie encha sua boquinha de porra? - não consigo evitar a devassidão dentro de mim com a expectativa.
Ele assente com a cabeça, e estava feita a desgraça. Segurei em sua nuca, e com mais algumas estocadas, gozei gostoso em sua boca.
- Ahhh... Baby Moon! Que delícia de boca! - gemo em meio ao gozo.
Fomos chamados para o jantar, e eu estava euforico com esse evento.
Finalmente eu ia contar aos meus pais sobre Jimin-ssi.
Apesar de não ter sido algo planejado, eu estava pronto para tomar essa iniciativa, já que em duas semanas iríamos para a faculdade, e eu não via oportunidade melhor para abrir o jogo, do que essa.
Quando Jimin e eu saímos do quarto, eu o beijo antes de chegarmos a escada.
- Jungkook?! - me encara surpreso.
- Eu amo você, Baby Moon! - avanço de novo sobre ele, e selo nossos lábios.
- O que deu em você? - pergunta sorridente.
- Eu me sinto feliz. Você me faz feliz, Jimin-ssi! - meu sorriso largo deixa evidente a minha alegria. - Com você ao meu lado, sou capaz de enfrentar o mundo.
- Acho que você enlouqueceu de vez. - ri.
- Não... Eu apenas me sinto corajoso. E não há oportunidade melhor para demonstrar isso, do que hoje.
- Do que está falando? - parece preocupado.
- Estou falando de enfrentar meu pai, e dizer que não cursarei administração, e sim fotografia.
Seus olhos se arregalam, e sua boca abre em um grande O.
- Não tá falando sério?!
- Tô sim! - digo orgulhoso. - E não só isso, como também contarei sobre...
- Jungkook? - ouço a voz do meu pai no corredor.
- Pai! - Baby Moon se afasta rapidamente de mim.
- Está descendo para o jantar? - pergunta sério.
- Sim! - ele para a minha frente, e encara Baby Moon.
- Então...- pigarreio. - Pai, esse é o Jimin!
- Eu sei. - ele o encara de cima a baixo.
Só então, me lembro do dia em que fomos nadar no lago, e meu pai encontrou com Jimin na calçada, e lhe disse coisas desagradáveis.
Eu o encaro com certo desprezo. Sei que ele é meu pai, mas certas atitudes dele, me causam uma grande repulsa. E essa, foi uma delas.
- Vamos lá. Tenho novidades para contar durante o jantar. - ele segue em direção as escadas, sem ao menos falar com com o Jimin.
- Sim! Eu também tenho coisas importantes para declarar nesse jantar. - olho de canto de olho para o Jimin, que parece muito desconcertado com essa situação.
Começamos a jantar, e ninguém parece empolgado em conversar. Jimin passa todo o tempo encarando o próprio prato, já minha mãe, vez ou outra me lança sorriso forçado. Está bem óbvio que esse jantar está sendo um fiasco. Então logo, serei eu a mudar tudo isso.
- Então...pai, mãe...- tomo a atenção de todos. Jimin parece bem desconfortável com a situação, mas será necessário acabar logo com essa picuinha besta do meu pai com ele, ou piorar de vez, e não ter motivos para voltar para casa nas férias. - O Jimin e eu...- sinto sua mão em meu colo, apertar com veemência a minha perna.
Quando olho pra ele, seus olhos parecem assustados, e implorando para que eu não diga o que penso ser necessário dizer.
Confesso que me senti perdido naquela hora.
- Jungkook? - meu pai me faz voltar a realidade.
Eu olho para ele, e olho para o Jimin. Acho que ele não quer que eu fale sobre nada do que tem me feito sentir corajoso nos últimos tempos.
- Eu...- procuro palavras para poder substituir minha falha declaração. - Eu convidei o Jimin para dividir o apartamento comigo na faculdade. - digo por fim. - Acho que seria bom começar toda essa jornada, na companhia de alguém que eu já conheço.
- Oh, isso seria ótimo. - minha mãe diz, agora realmente sorridente. - O Jimin seria uma excelente escolha. Sem falar que é um aluno muito aplicado. - ela o observa complacente.
- Muito obrigado , Sra Jeon! - finalmente ouço a voz do Jimin.
- Então ele irá para a mesma faculdade que você? - meu pai me lança um olhar sério.
- Sim. - digo simples.
- Será bom para nosso Jungkook. - minha mãe olha animada para meu pai. - Assim ficaria mais fácil para ambos se adaptarem, já que estarão tão longe de casa.
Aproveito as palavras da minha mãe com meu pai, e volto a olhar para o Jimin ao meu lado. Ele ainda parece nervoso, mas já não esta tão tenso quanto antes. Olho para suas mãos, elas estão com os dedos entrelaçados e apertando firme uma a outra.
Olho sorrateiro para meus pais, e por baixo da mesa, pego a mão dele, na tentativa de fazê-lo ficar mais tranquilo. Mas ele rapidamente solta a minha mão.
Agora eu me sinto ainda mais perdido, e sem saber o que fazer.
Jimin me deu uma coragem tão grande para enfrentar todo e qualquer obstáculo, mas agora, me faz temer não tê-lo ao meu lado em certas circunstâncias.
O jantar seguiu, com meu pai todo orgulhoso de abrir uma nova filial em outro estado. Aquilo sim, era importante pra ele. Isso o fazia feliz, o resto, era apenas resto pra ele.
Os sorrisos que meu pai exibia ao falar de seus negócios, me deixava enjoado.
Ter uma esposa dedicada e que o amava, não era mais sinônimo de felicidade para ele.
Ter um filho se formando com notas excelentes no ensino médio, não era o que o deixava orgulhoso, e sim os números crescentes em suas planilhas mensais.
Aquele comportamento dele me irritava demais.
Jimin pareceu relaxar cada vez mais conforme a conversa fluía. Enquanto eu, temia cada vez mais, que ele começasse a falar de mim, à frente dos negócios dele.
E meu temor se tornou realidade. Quando ele falou meu nome pela primeira vez, eu não esperei que ele prosseguisse com o assunto.
- Então...está tarde, e eu preciso levar o Jimin em casa. - me levanto. - Se vocês me dão licença... Vamos lá Jimin.
Ele se despede da minha mãe, que devolve no mesmo tom entusiasmado que ele. Já para o meu pai, ele despede-se formalmente. E mal recebe um boa noite em troca.
Eu tinha ali, na minha frente, a oportunidade de finalmente dar um rumo certo ao meu futuro, e logo vi tudo se esvair por entre os meus dedos.
Ao parar na frente da casa do Jimin, ainda permaneço em silêncio, como durante todo o trajeto.
Eu não tinha um assunto certo, para poder conversar com ele. Minha cabeça ainda estava presa a oportunidade que eu acabei de perder.
Era tão simples. Eu ia contra que estava apaixonado por Jimin, e que eu, definitivamente, não ia mais fazer nada na minha vida, que não fosse escolha única, e exclusivamente minha.
Mas ao fraquejar com a primeira, não me senti capaz de prosseguir com a segunda. E agora me sinto ainda mais impotente.
- Kookie, o que você pensa que ia fazer lá? - ele me encara inquisitivo.
Mas eu ainda estou absorto nos assuntos não resolvidos dessa noite, então eu não o olho de volta.
- Eu ia fazer o que nós dois sabemos que é inevitável esconder para sempre.
- Meu Deus, Jungkook! Você tem noção do que poderia ter sido esse jantar.
- A única coisa que sei agora, - viro o rosto para encara-lo. - é que eu sou só mais um fraco, que terá a vida traçada por alguém que não se importa com meus sentimentos.
- Jungkook, raciocina um pouco. - ele pega a minha mão. - Se você contasse algo pra ele, independente do que fosse, mas o contrariando, sei que nenhum de vocês, ia querer sair perdendo. - seus olhos parecem tristes. - Vocês certamente brigariam...
- Eu não me importo com isso, Jimin-ssi! - o corto.
- Mas e a sua mãe? - o vejo arquear as sobrancelhas. - Pensou em como ela ficaria?
Eu fico sem resposta pra isso.
- Certamente...- prossegue. - ela não saberia o que fazer. E ver vocês dois em uma discussão como essa, não faria bem a ela. Principalmente, escolher um lado. Você tiraria dela, a única coisa que ela ainda tem, que é a família. Se você fosse para a faculdade brigado com seu pai, sei que você não voltaria mais em casa, e ela definharia a cada dia com a sua distância, e sem sequer voltar mais para casa.
Jimin está certo nesse ponto. Eu não voltaria mais para casa. E eu não sei o que seria da minha mãe depois disso.
Apesar de não ter mais a atenção que merece, por parte do meu pai, ela ainda espera todos os dias, que isso mude.
- E você já parou para pensar, que se você fizesse o que o seu pai quer, estaria dando a ela, tudo o que ela tem desejado durante esses anos? Com você tomando frente da empresa do seu pai, ele teria mais tempo para ela. Ela o ama, e espera pacientemente, que as coisas mudem um dia.
Muitas das vezes que conversava com o Jimin-ssi, ele parava, me escutava, mas nunca declarou uma opinião sobre isso, ou qualquer objeção. Ele esteve todo esse tempo, vendo essa situação, em um contexto diferente. De uma forma que eu nunca parei para analisar.
- Sem falar que, você pode muito bem, fazer o curso de administração, e depois cursar a fotografia. Talvez, com o tempo, seu pai mude a postura dele com relação a tudo isso. Já pensou desse jeito alguma vez?
Caramba, meu Baby Moon, está mesmo sempre atento a tudo que está ao seu redor.
Sinto meus olhos arderem. Não pensei que aquele seu comportamento de hoje, resultaria em perspectivas tão esperançosas.
Ele me abraça, e eu, ainda envolto em todos esses pensamentos, o abraço de volta, permitindo que meu corpo sinta o calor do seu.
- Eu te amo tanto, Jimin-ssi! - beijo seu pescoço.
- Eu também te amo muito, coelhinho! - ele ri.
- Obrigado por conversar comigo. Acho que eu precisava dessa sua perspectiva, para poder analisar tudo melhor.
- Eu sei que sim. - se afasta de mim. - Agora eu preciso ir. Te vejo amanhã?
- Claro! E bem cedo, quero chegar na praia, a tempo de ver você usando uma sunga. - sorrio largo.
- Isso, você nunca verá! - me dá um selinho, abre a porta do carro e sai.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro