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𝟭𝟭, veronica.


Eu observava tudo em silêncio.

Minha mãe passava da cozinha para a sala, da sala para o quarto, e por aí vai, da forma mais desesperada possível.

─ Você viu o meu blazer branco? ─ ela pergunta do andar de cima.

Eu ainda estava em choque.

─ Ronnie? Tá tudo bem? Você tá sentindo dor? ─ ela mexe as mãos em frente ao meu rosto. Quando ela desceu até aqui? ─ Quer que eu cancele a viagem?

Eis o motivo do meu pânico.

Dona Vanessa representaria a multinacional em que trabalha junto com mais dois empresários em uma convenção de quatro dias em Nova Iorque. Quatro dias. Em Nova Iorque.

─ Não, não. ─ balanço a cabeça, forçando um sorriso. ─ Eu estou bem, e você precisa ir. Não é sempre que essas oportunidades aparecem. ─ ela sorri de volta, acariciando o meu cabelo.

─ Estarei de volta no domingo a tarde. ─ ela diz, colocando o tal blazer branco. ─ Como Nate está te ajudando, eu deixei que ele chamasse alguns amigos dele, assim como você pode. Assim nenhum dos dois sente falta da liberdade. ─ ela brinca, correndo para me dar um beijo na testa.

Puxo o ar com força, imaginando como seriam os infinitos quatro dias.

─ Só me ligue das nove as quatro se for uma emergência, se não, estou livre depois das quatro e meia. ─ ela avisa, colocando a bolsa no ombro. ─ Nathan deve chegar em alguns minutos. Até domingo, amo você.

Respiro fundo quando ela bate a porta e logo o portão da garagem range, indicando a sua saída. Imediatamente, pego o meu celular e disco o número de Olivia. Pelo horário, ela deve estar na troca de sala, pode dar uma escapadinha até o banheiro.

Se você dizer que transou com ele, eu juro que arranco cada fio do seu cabelo na pinça. ─ ela diz assim que atende a chamada. Deixo uma risada escapar.

─ Eu não transei com ele. ─ ela suspira em alívio. ─ Mas se você não dormir aqui até domingo, é capaz que eu transe.

Ela não responde na hora, provavelmente deve estar pensando em cada palavrão existente.

─ Minha mãe acabou de sair para uma convenção em Nova Iorque e só vai voltar domingo de tarde e...

E se não tiver ninguém que te vigie, você vai dar pra ele em cada canto da casa. Eu entendi. ─ ela completa, sabendo que eu diria a mesma coisa, mas com palavras diferentes. Quando eu virei essa ninfomaníaca? ─ Para o seu azar, meus pais também viajaram.

─ Sério? ─ resmungo.

Sim, acho que a mãe do Charlie adoeceu e o meu pai foi pra Alemanha junto com ele. Enfim, meu pai disse que volta na sexta de manhã, mas eu não posso deixar a casa sozinha, além de ter que alimentar os passarinhos e os gatos. Você sabe que a minha casa é quase um zoológico. ─ ela diz tudo rapidamente, respirando fundo depois. ─ Mas eu posso passar o dia na sua casa até eles chegarem, e na sexta dormir aí.

─ Pode ser. ─ respondo, ouvindo o portão da garagem ranger de novo. Ele chegou. ─ Minha mãe deixou ele chamar alguns amigos enquanto estiver me ajudando, pra não sentir falta da liberdade. Palavras dela, não minhas. ─ Liv ri.

Aproveita e pega um deles, vai que assim você e a sua amiguinha aí de baixo esquecem o namorado da sua mãe e focam em outro cara igualmente gostoso. ─ ela diz, e de fundo é possível ouvir o barulho do sinal. ─ Tenho que ir. Passo na sua casa depois do treino.

Então ela encerra a ligação e, segundos depois, a porta principal é aberta. Nathan passa pelo corredor entre a sala e a cozinha fingindo que não me viu.

Depois de cinco minutos, deduzi que ele estava bravo com alguma coisa e, ou não estava com paciência – e nem de bom humor – pra fazer o meu café, ou esqueceu.

Eu aposto na primeira opção.

Quando entrei na cozinha, ainda com o apoio da muleta, ele estava sentado na banqueta da ilha, de costas para mim. Os cotovelos estavam apoiados no mármore e as mãos sustentavam a cabeça. Parece que alguém acordou ruim hoje.

─ Bom dia. ─ murmuro, deixando a muleta na porta e andando com um pouco de dificuldade até os armários.

Eu não ia depender dele o tempo todo, isso ia acabar com o meu ego.

Ele não me respondeu, e muito menos moveu um fio de cabelo para me ajudar. Isso tá muito estranho.

Diferente do tornozelo, o meu pulso estava bem melhor. Por isso, consegui pegar uma tigela e o pacote de cereal, e então eu percebi que Nathan estava bloqueando a minha passagem até a geladeira, e ele ainda não havia mexido um músculo sequer.

─ Dá licença. ─ peço, me aproximando.

Ele ergue a cabeça e fica me encarando por alguns segundos – que pareceram horas –, até finalmente se levantar da banqueta e me deixar chegar até a geladeira. Mas, para a minha surpresa, eu nem cheguei a abri-la.

Nathan me virou rapidamente, me colocando de costas para a geladeira. Naquele momento eu fiquei mais ofegante do que alguém que acabou de correr uma maratona. Ainda em silêncio, ele levou a mão até a lateral do meu rosto, como fez na primeira vez que nos vimos.

Nate encostou nossas testas, com seus dedos ainda acariciando minha bochecha. Eu não ia aguentar, mas eu precisava tentar.

Apoiei a mão direita em seu peitoral e fiz uma pressão leve, levando a sua atenção até lá.

─ Eu não posso... ─ murmurei, tentando controlar a respiração.

Ele não responde, apenas assente e passa o polegar pelo meu queixo uma última vez antes de se afastar e sair da cozinha, me deixando sozinha.

Tirei alguns minutos para me recuperar da minha quase-recaída, até enfim fazer o que eu devia ter feito no início. Abro a geladeira e pego o leite, jogando uma boa quantidade na tigela de vidro, seguido pelo cereal.

Comi em silêncio, esperando que o restante da semana se baseasse na minha negação e que ele não tentasse mais nada, porque eu não sei se seria capaz de negar em alguma possível próxima vez.

O relógio marcava dez e cinquenta e dois quando a campainha tocou. Eu ainda estava na cozinha, mesmo tendo terminado o cereal há mais de meia hora. Eu sabia que não era pra mim, afinal, Olivia estava na escola e Maggie só viria na sexta feira. É pra ele.

Contei duas vozes diferentes, as duas fortes e másculas. Juntando todas as minhas forças, que eram poucas, me levantei da banqueta e, depois de deixar a tigela na pia, andei até a porta da cozinha, onde peguei a muleta e pude andar mais rápido.

Nathan e mais dois homens estavam sentados no sofá. Um deles era moreno e bastante musculoso, quase como Nathan. O outro era mais claro e mais magro, com uma carinha de boas intenções. Esses são os piores.

─ Bom dia? ─ soou mais como uma pergunta. Minha voz atraiu a atenção dos três, mas ninguém me respondeu. ─ Vocês também acordaram de mau humor ou só são mal educados? ─ cruzo os braços ao me sentar na poltrona de couro.

─ Nem um e nem outro. ─ o branquinho responde. ─ Sou Samuel, a propósito.

Sorrio fraco para ele, esperando que o outro também se apresente, mesmo eu sabendo quem ele é. Quando uma pessoa te passa uma cantada nos comentários da sua foto, você tem a obrigação de stalkear ele.

─ Você espera que eu contribua para a sua campanha de doação de órgãos sem me dar nem um bom dia? ─ provoco, vendo que Samuel segurava a risada.

─ Me desculpa, é que... ─ ele limpa a garganta, olhando rapidamente para Nathan. ─ Você é tão linda que me deixou sem palavras.

Eu, definitivamente, não sei lidar com elogios.

─ Obrigada.. eu acho. ─ demora alguns segundos para alguém falar algo novamente.

Nathan se levanta, segurando uma sacola nas mãos.

─ Eles já estavam de saída, só vieram buscar isso. ─ ele diz rapidamente, entregando a sacola para Samuel.

─ Eu espero que você não tenha quebrado o controle dessa merda de novo. ─ Samuel resmunga.

Ele tira o tal controle de dentro da sacola e eu percebo ser de um videogame.

─ O que vocês vão fazer agora? ─ pergunto, e os três me olham confusos. ─ Não me olhem desse jeito! Eu vou a escola todos os dias, treino de segunda a sexta, as vezes até aos sábados, e sempre tenho algo pra fazer, mas agora eu não tenho nada, além de ver desenhos o dia todo. Acho que jogar videogame seria a minha salvação hoje.

Os três deram os ombros e Nathan foi ligar o videogame perto da televisão.

─ Só não fiquem tristes quando perderem. ─ provoco, vendo a televisão expor o banner de um jogo de corrida.

Nathan volta e me entrega um dos controles, ficando com o outro. Isso vai ser interessante.

─ Antes de começar, eu queria propor uma aposta. ─ ele ergue a sobrancelha com a minha fala, provavelmente surpreso. ─ Quando eu ganhar, você pede comida para o almoço. Não aguento mais comer panquecas. ─ Samuel e Jack dão risada.

─ Fechado.

capítulo insignificante só p mostrar q agora o bicho pega

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