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...

*MOLLY*

- Isa? - Falei arregalando os olhos. - Por que está fazendo isso?

- Ai meu Deus, vocês são tão lentos! Vou ter que explicar? - Ela revira os olhos.

- Explica por que eu não estou entendendo nada. - Rafael fala.

- Ok, vou ser boazinha.- Ela bota a arma em cima de uma mesa velha. - Vou contar uma historinha para vocês, gostam de historias?

Silêncio...

- Vou encarar isso como um sim, tudo começou no dia em que Molly me falou sobre Rafael, e eu vi o Rafael, com aqueles cabelos castanhos, ondulados, um estilo rebelde de ser, ai como eu queria ele pra mim. Quando você foi embora, Molly. - Ela fala meu nome com desprezo. - Eu achei que iria ser mais fácil, finalmente minha chance de agarrar de vez o Rafael, mas aí... Ele me desprezou e então eu mandei aquela mensagem quando você foi passar suas férias na casa de sua avó, lembra? Era o momento perfeito pra separar vocês dois, eu tinha tudo planejado, mandei o Rafael ir até minha casa, e quando eu vi a porta se abrindo eu o beijei, nossa, você tem os lábios incríveis Rafael.

- Cala a boca... - Eu gritei lutando pra me soltar das cordas que me prediam.

- Opa, não esta gostando da historinha Molly? Deixe-me continuar, o final é incrivelmente incrível! Onde eu estava? Ah, então eu o beijei e foi tudo como planejado. Mas nem tudo, vocês não terminaram, uma pena - Ela faz um bico.  - Teria sido tudo mais fácil se você tivesse escolhido ficar comigo Rafael, dediquei minha vida inteira a me vingar de vocês dois, na verdade, no
começo era apenas Molly, mas aí eu percebi que era mais... Emocionante matar os dois. - Ela ri. - Então terminando a historia, eu fiquei sabendo que a Molly havia voltado para cá, o que me fez largar minha vida com um cara perfeito e rico, e vir correndo pra cá, olha como vocês são especiais pra mim, enfim, eu vigiei vocês a todo instante, quando se esbarraram em frente ao mercado, eu estava lá, foi quando eu vi que o Rafael também estava aqui, o que tornou minha brincadeira mais emocionante, então, eu resolvi ir jogando com vocês aos poucos, resolvi deixar o Rafael louco e ele estava quase, mas achei melhor parar, pois eu não estava afim de matar um louco, seria patético. - Ela diz revirando os olhos. - Eu passei a conviver com vocês, passei a saber tudo, onde iam, onde trabalhavam e foi tão fácil. Molly, você é tão amável! Foi só fazer um papel de moça arrependida e ganhei sua confiança num instante, que meiga, me da nojo! - Ela abre a boca. - Mas no fim dessa incrível história, o casal lindo, morre! Mas precisamos de plateia não acha? - Pergunta pra depois soltar um grito. - Emanuel! - Um homem alto e forte entra na sala com cara de machão.

- Sim, senhora? - Ele fala.

O Emanuel é quem fazia o trabalho para ela por enquanto, tudo havia sido ele.

- Traga meu celular! - Ela pede.

- Aqui está. - Eu encarava ele e ele me olhou e logo desviou o olhar.

- Vamos ver quem eu trago de plateia, vamos ver... Ah, que tal o Nickolas e o Josh? - Ela fala.

- Não! - Grito. - Sua monstra, deixe eles dois em paz, eles não tem nada haver com isso.

- Eu sei Molly, mas precisamos de alguém pra chorar por vocês.

- Não traga eles, não meta eles nisso, é apenas eu e Você, na verdade nem o Rafael deveria esta aqui.

- Molly... - Rafael fala. -  Você tem meu coração, eu entreguei pra você e se você se for... Eu vou junto. E-eu - Ele gagueja. - Eu amo você, Molly, eu ainda amo você, te amei desde o primeiro dia, e eu não saberia acordar todo dia e não poder sentir teu cheiro, te tocar, eu não saberia mesmo.

- Rafael... - Falo.

- Ai que drama! - Ela fala. - Alô? - Ela coloca no viva-voz.

Nickolas: Alô? - Fala.

- Nick, eu acho melhor você vir correndo aqui naquela casa abandonada perto do lago lembra? Você bem conhece, pois passou sua adolescência aqui, lembra? Quando você era um adolescente detestavel e deprimido, um Zé ninguém, você não mudou muito, mas eu aconselho vir logo ou se não vai acabar perdendo o show, ah, não traga polícia, por que se não, você vai morrer também, outra coisa, quase me esqueço! - Ela olha pra mim e da um sorriso. - Traga o Josh.

Nickolas: O Josh? Não, o que ele tem haver? - Pergunta.

- É melhor trazer... - Ela desliga antes que ele fale alguma coisa.

- Bom, só alguns minutos e ele vai está aqui, sua casa não é tão longe, eu acho que eu deveria me divertir um pouco ne? Mais como? - Ela pensa um pouco. - Hum, deixe eu ver, Rafael... Eu deveria ver se os seus lábios continuam do mesmo jeito. - Ela se aproxima dele e o beija.

- Hum, exatamente igual, só que dessa vez não foi tão bom, a Molly tá aqui mas, ela não chorou, o que houve Molly? Não ama mais seu querido Rafael? - Ela pergunta me olhando.

- Responde! - Ela grita.

Contínuo sem falar nada, ela chega perto de mim e me da uma bofetada, eu continuo calada, ela continua a me bater, até que para quando o Emanuel chega. Sinto o gosto de sangue na boca e tenho vontade de vomitar.

- Aqui. - Ele fala com a voz grossa, colocando o Nickolas e o Josh dentro da casa.

- Como você é obediente Nick, trouxe o moleque, está dormindo? - Ela pergunta se aproximando dos dois.

- Não faça nada com ele por favor. - Eu digo em prantos. - Por Deus, eu imploro, Isa!

- Está chorando? Molly, desculpe, prometo não fazer nada com ele.

- Suas palavras sao vazias, você mente, não adianta acreditar em nada que sai da sua boca! - Grito.

- Molly, não se exalte. Eu não faria nada com uma criança, joga o Nickolas ali com eles, mas o bebê fica aqui comigo.

O Emanuel empurra Nickolas pra cima de nós, ele cai por cima do braço e o vejo fazer uma cara de dor.

- Pode sair Emanuel. - Ela diz.

Ela dá de costas e bota o Josh em cima da mesa, coitado do meu filho. Enquanto ela está de costas falando coisas idiotas, Nickolas tenta me desamarrar, ela segura o Josh e olha pra ele.

- Como seu filho é lindo, Molly. - Fala.

Eu levanto da cadeira e pego a arma que estava em cima da mesa.

- É, eu sei. - Falo e aponto a arma pra ela. - Não se mexa, eu juro que atiro.

Ela se vira segurando o Josh perto do peito.

- Tem certeza? - Ela pergunta.

- Isa, para com isso, eu só quero ir embora, em paz. - Falo quase chorando. - Por favor, nos deixe ir. Sou surpreendida quando o Rafael corre pra cima dela e pega o bebê.  Ela salta atrás deles dois enquanto Nickolas tenta segurar a porta, eu estava parada ali olhando fixamente e sem saber o que fazer, foi quando vi o Josh longe deles chorando, ela se esquiva pra pegar uma faca que está na mesa, Rafael esta por baixo dela enquanto ela aponta a faca pra ele, os olhos dela tem apenas odio. Eu aponto a arma pra eles, mas não consigo atirar.

Enquanto eu discutia comigo mesma sobre o que fazer, a Isa por um descuido do Rafael conseguiu escapar e acabou tirando a arma das minhas mãos, Rafael teve logo a iniciativa de esconder Josh em um lugar seguro, enquanto eu e a Isa nos batiamos no chão, o Nickolas fazia de tudo para impedir a entrada dos capangas dela, até que não conseguiu mais e eles empurram a porta e Nickolas foi quase esmagado. Vejo Rafael colocando o Josh em um lugar escondido. Ele ajuda o Nickolas com os homens até um barulho de tiro soar em nossos ouvidos, o que houve? Eu e a Isa paramos imediatamente, ela largou a arma e eu a empurrei pra longe. Logo depois o sangue começou a escorrer na minha direção, eu segui a direção de onde o sangue vinha, o Emanuel segurava ele nos braços, até que soltou e ele caiu de joelhos no chão, ele me olhava de joelhos e eu o olhei. Ele esboçou um sorriso pra mim e sem sair nenhum som disse: Eu te amo. Até cair no chão.

- NÃO! - Gritei.

...

RECADO PARA OS NOVOS LEITORES.
Eu escrevi essa historia a um ano atrás, se virem algum erro ortografico, peço que me desculpem, eu estou concertando e reescrevendo algumas coisas aos poucos.

P.S: Não esqueçam de votar e comentar nos capitulos, isso ajuda muito.

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