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02

Oii pessoas, pra quem não entendeu eu explico: O livro começa a doze anos atrás e vai falando o que Molly e Rafael viveram ok? Quando tiver o nome *Agora* fala sobre o que eles estão vivenciando. Espero que vocês estejam gostando do livro, e nao esqueçam de votar, vai me ajudar muito, ahhh quase esqueço, também deixem seus comentarios, beijos!! ;)

...

- Olá senhora. No que posso ajudar? - Um rapaz de voz fina, magro e alto fala.

- Tem algum quarto? Vou ficar apenas por quatro semanas. - Falo.

- Tenho. - Fala. - Aqui está sua chave, número 20.

- Obrigada. - Agradeço e subo.

Enquanto eu procurava o meu quarto, ouvi um barulho e logo em seguida alguém gemendo de dor, vinha do quarto ao lado.

Bato na porta.

- Entre - Falou uma voz grossa. Eu obedeço e abro a porta devagar.

- Olá, sou nova aqui e ouvi um barulho... Ah meu Deus, eu te ajudo.

Ele estava caido no chão com a perna presa em um buraco na parede, eu conti minhas risadas, mas não por muito tempo.

- Kkkkkkkkk - Eu ri alto, enquanto ele me olhava com uma carinha de: Da pra me ajudar a sair daqui!

- Ok ok! - Ele falou sem graça, mas querendo rir também.

- Desculpe, venha cá, me dê a mão. - Estendo a mão para ele e ele agarra.

Então eu o tirei da parede e daquela situação constrangedora, ele me agradeceu e eu sai do quarto.

Eu estava arrumando minhas coisas quando ouvi alguém bater na porta.

- Quem é? - Pergunto.

- O cara da parede. - Dou uma risada.

Abro a porta ainda rindo.

- O que houve? - Pergunto.

- Vi que fui mal educado, não me apresentei.

- Uhum, eu percebi. - Dou um sorriso.

- Sou Nickolas e você? - Ele fala.

- Molly! - Falo.

- Molly, ta afim de ir no park comigo hoje a noite?

- Ora, ora, mal me conheceu, eu posso ser alguém super do mal. - Tento ser assustadora. Falhei.

- Ah claro, você deve ser muito maléfica.

- Bastante!

Nós rimos.

- Sim. - Eu disse com o sorriso ainda no rosto.

- Sim o que? - Pergunta.

- Eu quero ir. - Ele sorri.

- Ah claro, te pego as seis.

- Ok. - Ele sai e eu fecho a porta.

Fui até o mercado comprar algumas coisas pra mim, e encontrei com a Isa.
Nós brigamos a muito tempo atrás, eu vou te explicar.

Depois de eu ir embora para São Paulo, saiu boatos de que a Isa estava afim do Rafael e de que tinha dado em cima dele, então eu fiquei sabendo disso e nas minhas férias fui passar com a minha avó.

*ANTES*

Mensagem on.

Molly: Isaaa.

Isa: Oiiiii

Molly: Amanhã eu chego ai.

Isa: Que bom, amiga.

Então eu cheguei de viajem e o Rafael estava no aeroporto, me esperando com um sorriso de orelha a orelha, eu estava com uma baita saudade daquele sorriso.

- Molly! - Fala me agarrando.

- Rafa! Meu... - Fui interrompida com seus labios tocando os meus e eu continuei beijando.

Nós saimos muito, fomos ate a praia, sorveteria, visitamos amigos até que nossos dias de felicidade foram destruidos por uma pessoa que eu achava que era a minha amiga, mais não passava de mais uma que estava de olho no Rafael.

Desde o inicio, sempre senti uma indiferença com a Isa, tipo, ela comigo era uma pessoa, quando estavamos eu, o Rafa e ela, ela se transformava, eu podia vê como ela olhava para o Rafael, era como se olhasse para o Tavio, o garoto com quem ela ficava, ela o olhava como se quissese devora-lo por inteiro e aquilo me deixava angustiada, nunca falei com ela sobre isso, pensei que fosse apenas coisas da minha cabeça. Mas ai aconteceu.

Um dia, eu estava na casa de minha avó, e tinha combinado de ir assistir a um filme com ele, eu estava me arrumando quando recebi uma mensagem da Isa, dizia assim:

Isa: Molly, preciso falar com você, vem até a minha casa e se for possivél agora.

Então eu fui, sai algumas horas antes, e passei na casa da Isa, quando eu bati na porta a irmã dela abriu.

- Onde está a Isa?. - Pergunto.

- No quarto com...

E eu não esperei ela terminar e fui direto para o quarto, abri a porta vagarosamente e quando ia falar me deparei com aquela imagem, o quarto com as cortinas entre abertas, uma musica tocava baixinho, não sei qual era, mais deveria ser uma dessas musicas fúteis que alguns adolescentes escutam. O Rafael estava lá, sentado na ponta da cama, ela estava na sua frente, olhando fixamente para ele e na hora em que eu abri a porta, ela o beijou, não sei se ela me viu antes de o beijar, mas ela beijou, não consegui conter as lagrimas naquele instante e uma mistura de ódio e tristeza entrou rápidamente dentro de mim, mas eu não fiz nada, só bati a porta com muita força e sai correndo, Clara a irmã da Isa levantou com os olhos arregalados do sofá, e perguntou assustada:

- O que houve Molly?

Eu não a respondi, só sai, segundos depois o Rafael veio atrás de mim, na sua moto e me pediu para parar, lembro que eu o xinguei de varios nomes, até a pobre mãe dele pagou o pacto. Me perdoe dona Regina.

- Molly, pare! Por favor! - Ele falou com aquela voz grossa e pertubada com aquilo tudo

- Como você pôde fazer isso seu imbécil? Eu dei tudo de mim pra você.

Ele desligou a moto no meio da rua e veio até mim, senti a sua mão grossa apertar o meu braço. Enquanto eu me batia para que ele me soltasse, ele falava:

- Molly - Agora com a voz seria, pensei que meu pai que estava falando comigo.

- O que é? - Eu falei arrogantemente

- Olha no meu olho, Molly Foller. Olha bem aqui, você acha mesmo que eu iria te trair?

Fiquei calada com a cabeça baixa durante alguns segundos.

- Eu não sei mais de nada, Rafael.

- Molly... - Ele falou com aquele seu belo sorriso de lado, levantando minha cabeça vagarosamente. E continuou. - Eu amo você, Molly!

Aquela foi a primeira vez que ele me disse que me amava, passamos três meses juntos e aquela foi a primeira vez.

Eu fico me perguntando até hoje o que se passava na cabeça dele naquele momento, ele parecia assustado, acho que estava com medo de eu falar que não sentia o mesmo, mas não poderia falar isso... Eu mentiria para mim mesma!

Eu não falei nada naquela hora, apenas o abracei forte e logo depois o beijei. Eu não sabia o que dizer, mas eu sabia de uma coisa, a Isadora iria me pagar por aquilo.

*Mais tarde*

A Isa foi até a casa de minha avó e eu estava no quarto deitada, ela bateu na porta e pediu para entrar.

- Entre.

- Molly, sinto muito pelo o que aconteceu, ele me beijou. - Fala, sendo cinica como sempre, ela tem um talento para mentir. - Ele ja vinha dando em cima de mim a...

Eu interrompi ela e falei:

- Isadora, sai da minha casa agora!

- Mas, Molly...

- Sai. - Eu engrossei a voz para ela e ela saiu.

Fiquei com uma raiva daquela garota.

*AGORA*

- Oi Molly. - Fala, parando em minha frente.

- Oi Isa. - Não a olho, apenas continuo procurando o biscoito.

- Quanto tempo. Tudo bem?

- Sim e você? - Pego o pacote de biscoito.

- Eu estou bem. - Ela sai e eu vou ao caixa pagar as compras.

Pronto, aquela foi a primeira vez depois de anos... E espero que tenha sido a ultima.

RECADO PARA OS NOVOS LEITORES.
Eu escrevi essa historia a um ano atrás, se virem algum erro ortografico, peço que me desculpem, eu estou concertando e reescrevendo algumas coisas aos poucos.

P.S: Não esqueçam de votar e comentar nos capitulos, isso ajuda muito.

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