- Minho, volte para casa e descanse - Felix se aproximou lentamente.

Minho estava ao lado de Jisung e não saía por nada, os meninos tentaram de várias formas o fazer voltar para casa, mas ele só ignorava e continuava ao lado da cama de hospital.

Assim como o esperado, Minho somente negou com a cabeça, sem dizer uma palavra sequer.

- Você precisa estar composto para quando Jisung acordar. - Hyunjin murmurou para Minho.

- Mas se eu sair e ele acordar?

- Ele iria querer que você cuidasse da sua própria saúde.

- Eu vou... Depois de uma hora, pode ser?

- Okay, portanto que você volte.

§

Uma hora depois, Minho voltou para casa como foi prometido, ele desejava que fosse o mais rápido possível para poder estar ao lado de Jisung novamente.

- Lino! - Taehyun se aproximou ao ver seu líder chegando - Você sabe os boatos que estão se espalhando na gangue?

- O que é dessa vez? Tô com pressa.

- Que você e Jisung... É verdade?

- E se for? Vai se rebelar contra mim?

- Claro que não! Você continuará sendo meu líder!

- Onde está Hueningkai?

- Está tentando acalmar o pessoal, ficaram revoltados com isso... Eles não querem uma aliança com a gangue de Jisung.

- E não vamos ter... A gangue agora não é mais de Jisung.

- Como assim...?

- O novo líder é Yeonjun.

- Então... Temos que avisar o pessoal!

- Avise você e Hueningkai, diga que estou ocupado resolvendo esse novo problema da troca de líderes. - Minho abriu a porta de sua casa, mas parou ao se lembrar de mais uma ordem - E também diga que Han Jisung, a partir de hoje, não é mais um alvo, é um novo aliado.

- Está bem!

Taehyun se curvou e saiu correndo, tentando chegar a tempo de ajudar seu amigo. Minho entrou em casa e foi direto para o banheiro.

§

Após tomar o tão esperado banho, Minho se sentia melhor fisicamente, mas continuava cansado psicologicamente. Ele sabia que não aceitariam Jisung tão fácil assim, por sua culpa, eles o odiavam, ele havia colocado na cabeça de cada um que Jisung era um inimigo sem escrúpulos, honra e compaixão, e se quisessem o vencer, teria que ser pior ainda.

Em tão pouco tempo, não pensou que se arrependeria tanto dos seus atos e palavras do passado. Mas aqui estava ele, amaldiçoando o seu eu passado, que era cego e burro o suficiente para não perceber os verdadeiros sentimentos de Jisung sobre tudo isso.

Agora era possível lembrar de cada briga que tiveram, cada expressão de dor de Jisung ao machuca-lo, se arrependia também por não perceber isso. Jisung se agoniava ao perceber o sofrimento que ele causava em Minho.

Talvez fosse algo óbvio para um terceiro espectador, mas para Minho, que tinha seus olhos envoltos de raiva na época, não conseguia enxergar nada disso.

Hoje, se via desesperado por esse mesmo garoto, desesperado para que abrisse seus olhos e sorrisse novamente.

Desesperado para que conseguisse o abraçar, sentir seu calor em seus braços e mostrar para ele que não estava sozinho, mostrar que o amava mais que tudo e que sempre estaria ao seu lado.