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Capítulo 13

      Roberto subiu até um rochedo, esperou que os outros saíssem de baixo, e dando um grito, saltou do alto. Girou duas piruetas no ar antes de mergulhar com os braços esticados furando a água, e voltando a superfície, atirou com as mãos água em Pamela e Laura.

      As garotas gritaram, rindo. Tommy pôs o braço na frente para não receber no rosto os respingos da água fria que as duas atiravam contra ele.

      — Para com isso, Roberto! — Pamela gritou, alegre, se divertindo.

      — O que achou do meu salto? — o professor ficou boiando de costas na água por um momento, exibindo um sorriso convencido.

      — Achei perigoso — Laura retrucou, pondo os cabelos negros atrás da orelha. — Muitas pessoas quebraram o pescoço saltando assim e ficaram tetraplégicas.

      Roberto fez uma expressão zombeteira.

      — Antes de saltar, eu mergulhei até o fundo pra ver se havia um rochedo. Eu tenho tudo sobre controle, Laura querida.

      — Você é tão convencido, Roberto — a morena fez uma concha com a mão e borrifou água no rapaz que saltara.

      Pamela balançou a cabeça sorrindo docemente, quando algo puxou sua perna para baixo. Ela deu um gritinho. Sob a água, Tommy a enlaçou pela cintura e ela passou seus braços em volta do pescoço do americano. Os dois trocaram um longo beijo que durou até o momento em que precisaram subir para respirar.

      — Puxa…! — a garota mordeu o lábio inferior.

      Os olhos da loura cintilavam de desejo pelo americano. Seu rosto irradiava travessura, um desejo de se aventurar pelo corpo do rapaz de barba rala, e ela agradeceu por estar com a parte de baixo de seu corpo sob a água, pois assim ninguém veria sua vagina melada.

      Ao ser abraçada por Tommy, no entanto, ela sentiu a ereção do americano.

      Os dois buscaram mais contato, se abraçando novamente, e desta vez trocando um beijo mais demorado, à frente de Laura e Roberto, que abanou a cabeça irritado e nadou para longe daquela cena melosa. Laura o imitou. Não gostava de ser vela de ninguém.

      Aquele momento de descontração fez com que se esquecessem um pouco dos infortúnios pelos quais vinham passando, e ajudou-os a relaxarem um pouco, embora ainda estivessem um pouco receosos.

      A hospitalidade de Isaac Brown, a generosidade de Jeff e dos moradores da pequena comunidade fez com que mudassem um pouco sobre o ponto de vista sobre os moradores daquela cidade.

      Tudo vai ficar bem, Giovanna pensou sorrindo melancólicamente enquanto olhava para o vazio à sua frente.

      Daqui a alguns meses eu estarei rindo quando me lembrar de tudo pelo que passei.

      A estudante de Medicina olhava seus companheiros nadando sem sorrir. Nicolas, que voltara a superfície, se aproximou dela, olhou-a com complacência e serenidade, tocou-lhe o rosto com carinho.

      — Não consegue ficar alegre nem em um momento como este, em que estamos num lugar bonito, com essa água cristalina?

      A garota negra ofereceu um sorriso melancólico ao rapaz, tomou a mão dele e a beijou.

      — Se acontecesse alguma coisa comigo e com a Pamela, seria minha culpa — ela conjecturou pesarosa.

      Nicolas negou com um gesto de cabeça.

      — Você não pode carregar nas costas uma culpa por algo que não tinha como prever.

      — Mas eu pedi para ela vir comigo.

      — Ela veio de livre vontade.

      — Mesmo assim…

      Nicolas, avesso à lamentações, pôs um indicador nos lábios carnudos da moça num gesto de quem pede silêncio. Olhou-a com ternura, puxou-a para si num abraço confortador.

      — Não pensemos mais nisso. Logo isso vai acabar, daqui a pouco a polícia vem aqui se inteirar da nossa situação, vamos ser levados de volta à civilização e seremos repatriados, e essa aventura desastrosa ficará para trás.

      A moça anuiu em silêncio. Apesar da temperatura fria da água, o contato com o corpo do sulmatogrossense produziu em seu corpo um calor gostoso, aprazível, e um sorriso travesso brincou em seus lábios, que aceitou o beijo dado por Nicolas.

      Ela olhou de esguelha para os outros quatro, vendo com um olhar zombeteiro sua amiga e Tommy atirando água um no outro e brincando como crianças.

      — Pelo menos tudo isso teve um lado bom — conjecturou, agora dando um selinho no rapaz.

      — Qual? — Nicolas quis saber, embora desconfiasse.

      — Pamela e eu conhecemos você e o Tommy.

      — Então ele e eu somos os filhos da puta mais sortudos que existem.

      Os jovens trocaram outro beijo, bem mais longo, se desconectando de tudo. 

      Tão absortos estavam em seu seu momento íntimo que não perceberam Roberto sair da água, sendo seguido por Laura. A verdade é que os dois tinham dignidade própria para reconhecerem que estavam sobrando, e resolveram deixar os dois casais mais à vontade.

      — Você acha que eles vão transar? — Laura riu enquanto tentava acompanhar as passadas do professor.

      — Do jeito que estão se pegando, não duvido nada. Eu é que não quero ficar pra ver — Roberto quebrou um galho a sua frente para não ser atingido no rosto.

      — E não vai querer ver um pornô ao vivo? — assim dizendo, a morena riu.

      Roberto parou de andar e balançou a cabeça, intrigado.

      — Isso é jeito de uma moça criada em fazenda falar? 

      — Sou do campo, mas eu sei como as coisas terminam quando um casal se beija e se agarra como aqueles quatro estão fazendo. 

      Roberto revirou os olhos.

      — Você gosta da Pamela, né? — Laura o provocou. — Você queria estar no lugar do Tommy agora, beijando ela.

      — Não sei o que ela viu naquele franguinho desbotado — não foi uma resposta propriamente que o moreno deu. — Ele é um sonso.

      — Um sonso gentil, educado, que sabe como conversar com uma garota.

      — Até você gosta dele, Laura?

     — Eu até tentei jogar um charme pra cima dele na praia — só de lembrar da cortada que Pamela lhe deu, Laura deu um risinho —, mas ele gostou mesmo da loura. Não posso ganhar todas. Mas isso não vem ao caso. Estou falando de formas de um homem vender sua imagem para as pessoas, especialmente para garotas. E você não vendeu bem a sua.

      — O que foi que eu fiz? — um vinco apareceu na testa do rapaz.

      — O que você fez? Se comportou de jeito imaturo no restaurante, ao fazer aquelas piadinhas sobre americanos só para provocar o Tommy. E não só isso. Teve a sua briga com o Nicolas.

      — Eu estava de cabeça quente — Roberto justificou-se embora estivesse arrependido. Não pela briga em si, mas por ter apanhado de Nicolas. — Perdi a cabeça, mas quem não perderia?

      — Pois por você ter perdido a cabeça, queimou seu filme com a Pamela — a morena fez sinal de aspas com os dedos ao dizer a expressão perdeu a cabeça.

      Irritado, o rapaz deu dois passos, encostou a cabeça numa árvore. Expeliu ar pelos lábios comprimidos, deu um murro no tronco.

      Reconheceu que agira como um idiota. Há erros nossos que só reconhecemos quando os outros apontam, e ele se sentiu diminuído por Laura ter compreendido que Pamela o trocara não porque Tommy era mais interessante, mas porque ele, Roberto, era impulsivo.

      — Isso não importa mais — deu outro murro na árvore, voltando-se para a morena. — Eu não sou de me rastejar por mulher nenhuma. Se ela quer ter uma aventura com aquele americano sem sal, que faça bom proveito.

      Laura balançou a cabeça, rindo, e Roberto não gostou. 

      De repente, escutaram murmúrios não longe dali e se puseram em atenção.

      — Você ouviu? — Laura perguntou.

      — Quieta — o professor pôs um dedo em frente à boca. — Veio dali. Venha.

      Andando em silêncio, tomando cuidado para não pisarem em nenhum galho, chegaram até uns arbustos.

      — Até quando vamos continuar com isso? — uma garota perguntou a alguém. Seu tom de voz tinha irritação e impaciência.

      Roberto e Laura tentaram ver por uma abertura na moita e distinguiram as silhuetas de duas moças de cabelos negros, de camiseta, shorts e tênis. Uma delas estava de costas, de modo que não podiam ver suas feições. A que estava de frente para eles, e que fizera a pergunta, tinha os mesmos traços dos moradores daquela comunidade.

      — Do que você tá reclamando, Serena? Por acaso está faltando algo pra você? Nós vivemos disso — a outra respondeu, impaciente.

      — Eu sei. Mas estou cansada. Eu queria poder fazer como todo mundo da nossa idade: ir para Seattle, alugar uma casa e trabalhar. Você não quer isso também, Cassie? Começar uma vida nova. Uma vida honesta.

      A moça a quem Serena chamou de Cassie se virou, e então Laura e Roberto a reconheceram como a atendente do quiosque onde foram sequestrados.

      — Merda! — Roberto murmurou.

      O teor da conversa entre as duas por alguma razão não agradou aos mochileiros, e inúmeras hipóteses — todas assustadoras perpassaram por suas cabeças. Mesmo sem saber sobre o que conversavam, de uma coisa tinham certeza.

      Eram criminosas.

      — Serena, estamos envolvidas até o pescoço nesse esquema — Cassie segurou a outra pelos ombros. — Não existe possibilidade de redenção pra nós duas, nem pra ninguém daqui. E quer saber? Não tô nem aí. O importante é ter dinheiro pra pagar nossa faculdade, nossas contas. Dinheiro, minha irmã! 

      — Eu não sou uma assassina.

      — Mas é cúmplice.

      Assasina?

      A mandíbula de Roberto endurecia ante a conversa assustadora entre as duas moças índias. Laura tinha o olhar petrificado de medo.

      Serena pôs as mãos na cabeça, expeliu o ar pela boca resignada, olhou para a irmã. Esta a encarou com dureza.

      — Você não vai pôr tudo a perder — Cassie apontou o dedo em riste. — Temos uma encomenda grande, o Fischer já acertou tudo com gente de Seattle. Aqueles mochileiros que chegaram há poucos minutos não podem desconfiar.

      — Eles parecem ser pessoas boas.

      Cassie cruzou os braços. Riu, zombeteira.

      — O Jonathan Rossini também parecia ser uma pessoa boa — falou com deboche. — E você o abordou na praia, ofereceu seu corpo e o levou para o abatedouro. Lembra, irmãzinha?

      Atrás do arbusto, com os olhos se mexendo nas órbitas em desespero, Laura estremeceu. Quanto mais escutava a conversa entre as nativas, mais apavorada ficava. 

      Os mochileiros de quem as duas falavam eram eles. Os seis haviam caído nas mãos de uma quadrilha perigosíssima, que haviam decidido para eles um destino desconhecido e terrível. O sequestro sofrido no quiosque não fora um sequestro propriamente dito, mas só a etapa de um plano macabro. 

      — Roberto, temos que avisar os outros! — a morena sussurrou.

      O rapaz tremeu, mas não de medo. Sentia raiva. A veia de seu pescoço se mexia, evidenciando sua indignação.

      — Roberto! — Laura insistiu com voz angustiada, segurando o braço do companheiro de viagem.

      Roberto não se moveu.

      Estava transtornado, fazendo um esforço terrível para não saltar sobre as duas garotas, agarrá-las pelo pescoço e obrigá-las a falar qual o plano que a quadrilha a qual pertenciam tinha para eles. 

      Vagabundas, murmurou para si mesmo.

      Quanto mais luz caía sobre os questionamentos que ele tinha, mais tenebrosas se tornavam suas perspectivas. 

      Por Deus, pensou. O desaparecimento de Jonathan Rossini. A expulsão dos seis mochileiros do hostel. O sequestro. A chuva de flechas. A “acolhida” na cabana de Isaac Brown. Tudo tinha um denominador comum.

      Abatedouro.

      O que era aquele abatedouro a que Cassie se referiu, e para onde Jonathan foi levado? Foi ali que o mataram? E como?

      — Nós estamos nisso até o fim, irmã — Cassie segurou Serena pelos ombros. — Não temos como sair dessa. Aceite. 

      Serena, que parecia ser mais jovem, bateu as mãos nas coxas, emaranhou os dedos nos cabelos.

      — A que horas eles chegam? — perguntou entre irritada e resignada.

      — Logo. Em menos de uma hora.

      Cassie sorriu, um sorriso sádico que só psicopatas têm e que não combinava com seu rosto tão bonito.

      As duas seguraram na mão uma da outra, e Cassie deu meia volta, tomando uma trilha. Serena seguiu pela direção oposta, andando rumo aos arbustos onde os brasileiros estavam escondidos, e quando ela passou em frente aos dois, Roberto pulou sobre ela como um lince faz com um cervo, estatelando a garota no chão.

      Furioso, ele apertou o pescoço dela com as mãos.

      — Agora você vai nos dar algumas explicações, sua vagabunda, ou quebro o seu lindo pescocinho! — vociferou.

      Os olhos da jovem índia se petrificaram de pavor, a respiração se tornando dificultosa a medida em que as mãos do homem aumentavam o aperto em seu pescoço.

      — E então? — Roberto insistiu.

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