Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Parte 8

Elisa

Fernanda e Jonas sorriram ao se depararem com a não tão nova companhia de Elisa. Pelo olhar de ambos, era evidente que já compartilhavam opiniões semelhantes quanto à relação dos dois. Elisa ainda segurava a mão de Eric quando sua sobrinha passou correndo por eles. Atrás dela, um unicórnio colorido andava sozinho no chão enquanto exibia luzes pelos cascos e pelos olhos. A água da piscina refletia as luzes coloridas dos pisca-piscas que enfeitavam o jardim. A moça soltou a mão do rapaz, convidando-o a se sentar no banco.

— Bem-vindo, Eric! — Jonas estendeu a mão para cumprimentá-lo. O rapaz parecia levemente sem graça, apesar de já conhecê-los. — Não nos vimos muito, mas eu já fui com a sua cara. Minha esposa também. Ah, e obrigado pelo presente de Julia. Ela está obcecada por unicórnios.

— Achei melhor um unicórnio brilhante do que um unicórnio que relincha em tons agudos — Eric sorriu. — Foi um prazer.

— Excelente escolha, cara — Jonas meneou a cabeça. — Ótimo escolha! De agudo já basta os latidos e choros dramáticos de Puppy... Apesar de ter sido ideia sua.

— Mas foi uma ótima ideia, Eric — Elisa interveio antes que as brincadeiras do cunhado fossem longe demais. O rapaz não o conhecia o suficiente para estar ciente de suas piadas de mal gosto. Ao se aproximar mais dele, tocando em seu braço, Eric olhou para ela com a intensidade de sempre. — Puppy é uma ótima companhia de segunda a sexta. E não é Jonas que limpa as bagunças.

— É claro, o cachorro é seu — o cunhado tomou um gole de vinho.

— E meu! — Julia foi correndo na direção do pai. — Papai, quero suco de uva também.

— Opa, opa, opa — Jonas afastou a taça de vinho para longe das mãos da filha. — O seu suco está na geladeira. Isso aqui é para adultos. Já agradeceu o tio Eric pelo unicórnio?

— Babuxa gosta de vinho. Ela é adulta — Julia ergueu o unicórnio.

— Babuxa? Que nome horrível — o pai fez uma careta.

— Deixa ela, Jonas — Fernanda levantou-se. — Quero dizer, deixa ela dar o nome que ela quiser. E não tomar vinho. Venha, querida, vou pegar o suco para você.

— Obrigada pela Babuxa, tio Eric! — ela ergueu o unicórnio para o rapaz. — Os cascos dela são brilhantes, você viu?

Eric sorriu, pegando o brinquedo que a menina ofereceu. Fernanda desistiu de esperar pela filha e puxou a irmã, dizendo que precisava de ajuda para carregar taças e tigelas.

— É o seguinte: ele é louco por você — Fernanda sussurrou pela cozinha escura, soltando a irmã. A luz da geladeira exibiu a expressão séria de Nanda, que provavelmente estava atenta a cada passo e a cada respiração de ambos. — E você gosta dele. Dá pra ver. Dá um jeito nisso, Elisa, ou vou enfiá-los em um quarto até que resolvam isso de vez.

Elisa sentiu o rosto esquentar.

— Fala baixo, idiota!

— Eles não estão ouvindo! Jonas fala mais alto que a nossa avó surda. — ela a acalmou. — Pense nisso. Vire a página logo. E pegue as taças para vocês dois...

— Eu não vou beber. Eric não bebe — Elisa falou ao pé do ouvido dela, ainda temendo que ele escutasse lá fora. — Eu vou ao banheiro. Faça Eric se sentir à vontade.

Antes que a irmã pudesse responder, Elisa já estava fora da cozinha. Ela entrou no seu quarto, o único com suíte — privilégio para quem fica mais tempo em casa — mas não entrou no banheiro. Em sua mão ela ainda carregava a sacola de papel com o presente de Eric. Colocou-o sobre a mesa de cabeceira, pegando a carta. O pedido do rapaz foi claro, mas ela não conseguiria esperar até ele ir embora. Ele não estava diante dela e Eric não precisava saber que sua curiosidade a tinha vencido. Algo lhe dizia que naquela carta estava a resposta que Elisa tanto havia procurado naquela semana.

Escrito à mão, a letra cursiva de Eric se destacava nas folhas cor de creme. Tinha cheiro de bombom de chocolate com morango. Ela nunca tinha recebido uma carta antes. O coração de Elisa disparou quando começou a ler:

Querida Elisa,

Eu poderia escrever para você pelo chat, ou te enviar um e-mail, ou quem sabe dizer essas palavras pessoalmente. Mas eu não conseguiria. Não conseguiria me expressar tão bem, pois tantas coisas vêm à tona quando penso em você. Tantos sentimentos... Apenas uma carta escrita conseguiria captar um pouco o que o meu coração deseja expressar. Nesses últimos meses, vivi muitas fases. Eu me senti angustiado e confuso, alegre e eufórico, triste e desesperado. Tudo isso junto, às vezes separado. Medo de você não gostar de mim como sou, confuso por tudo o que aconteceu... E feliz, muito feliz, por ter você na minha vida. E desesperado (muito desesperado) pois apenas os bombons de morango não pareciam ser o suficiente para demonstrar o meu afeto. Para te fazer sentir segura e amada.

Desculpe se eu exagerei algumas vezes. Eu ainda estou aprendendo a lidar com as minhas emoções e minhas inseguranças.

Eu quero te dizer que te acho tão linda. Tanto por dentro, quanto por fora. Desde o primeiro dia que te vi, vestindo aquele suéter vermelho naquela manhã de outono. Mesmo tão séria, eu te achei linda. E quando te conheci de verdade, percebi que eu não conseguiria me livrar desse sentimento tão cedo. Eu me apaixonei mais. Confesso que às vezes ainda não sei lidar com isso. Com tantos sentimentos. Com tanta coisa que está no meu peito e eu não sei como expressar. É algo que me preenche e me transborda, e eu tenho que dizer. Tenho que falar. Eu sou completamente apaixonado por você, Elisa. Me dói imaginar a possibilidade de você não sentir o mesmo, mas eu preciso dizer. E estou usando essa carta para deixar o meu coração falar (mesmo que soe brega, eu sei! Não ria). Pois as palavras faladas os ventos levam, mas não as escritas. Que essas palavras toquem o seu coração e sinta a minha sinceridade.

Há alguns meses, eu não diria o que vou dizer agora. Afinal, eu nem te conhecia.

No entanto, agora eu posso dizer que te amo. De verdade. Cada partezinha sua. Desde o seu suéter vermelho até o seu cheiro de cafeína e chocolate. Suas pequenas pintinhas na bochecha e sua risada baixa.

Amo tudo em você, Elisa. Obrigado por ser quem você é.

Com amor,

Eric.

P.S.: Eu espero que não enjoe dos bombons de morango.

P.S.S.: Feliz Natal!


Elisa apertou os olhos. O mesmo sentimento que a dominou após o último encontro com Eric no Café Essência a invadiu naquele momento — mas essa emoção foi ainda mais forte. A resposta que havia encontrado não poderia ser expressa em palavras. A dor de não se sentir digna de ser amada aos poucos se esvaía; e as palavras sinceras daquela carta seria um dos antídotos.

Enxugando o rosto molhado pelas lágrimas silenciosas, Elisa saiu do quarto e observou, pela varanda, sua família rindo com Eric. Mais à vontade, o rapaz pareceu pressentir o seu olhar e se virou. Seus olhares se encontraram à distância, como costumava acontecer quando mal se conheciam. Ao redor, as luzes de natal que decoravam as árvores e os pequenos pinheiros que ornamentavam o jardim piscavam em cores verde e vermelho. Mas o seu olhar encantado recaía sobre o elegante rapaz de camisa social e calça jeans, que lhe sorria apaixonadamente. 

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro