Se-yeon

Minha investigação está cada vez mais acirrada, e cada vez mais confusa também.

Eu investigue as pessoas que eu tinha como suspeitas, mas nenhuma delas parecia ter algum envolvimento com o caso.

Será que eu nunca vou conseguir desvendar esse mistério? E, será que eu deveria parar de insistir?

Talvez não fosse necessário, já que ele (ou ela) não é realmente perigoso.

O pior é que eu nem sei se o envolvido é homem ou mulher, e principalmente, não sei se é uma pessoa ou mais.

Isso tudo é totalmente confuso, e parece que estou andando em círculos.

Eu, sinceramente, não sei mais o que fazer, então é possível que eu desista, sim.

Ao externar isso para meus amigos e para meu irmão e meu primo, alguns deles disserem para eu continuar, assim como alguns disseram para eu parar porque não daria em nada.

Não sei que lado seguir, é como se eu estivesse no meio de uma confusão.

Para tentar espairecer um pouco, eu saio para caminhar, a noite, após meu expediente.

Eram nove horas quando eu decidi que já estava ali a tempo demais e que deveria voltar para casa.

O tempo está meio frio também, então eu posso acabar pegando um resfriado se continuar aqui.

Eu continuei caminhando calmamente, até que chegasse em meu apartamento.

Quando fechei a porta e senti o ar quentinho e aconchegante, a primeira coisa que eu pensei foi em tomar um banho, e foi isso que eu fiz.

Me dei o direito de demorar no chuveiro hoje, e isso realmente me ajudou.

Agora, sem nada para fazer, eu decidi que talvez seja uma boa ideia ligar para meus pais, e obviamente, foi o que fiz.

Mais uma hora se passou, minha mãe me contava animada as coisas que aconteceram com ela e meu pai essa semana.

Ela estava realmente feliz, e isso também me deixa feliz.

Mesmo que eu tenha os visto no domingo, no almoço na casa de meus avós, eu ainda sim estou com saudades deles.

Para quem era acostumada a vê-los todos os dias, isso realmente me traria saudades.

Quando era mais ou menos umas dez e meia, meu celular tocou, indicando claramente que alguém estava me procurando.

— Sim — eu disse ao atender, sem ler o nome da pessoa antes.

— Está em casa? Quero falar com você — a pessoa disse, do outro lado da linha, me fazendo sorrir quando reconheci sua voz.

— Claro, pode ver aqui se quiser.

Então, nós combinamos de nos encontrar, o que me fez ir rapidamente trocar de roupa, já que eu estava de pijama.

Então, quando a campainha finalmente tocou, eu fui animadamente atender a porta, dando passagem para a tal pessoa passar.

— Senta, por favor. Quer algo para beber ou comer? — eu ofereci, da mesma forma que sempre faço quando recebo visitas.

— Não precisa, estou bem. E, na verdade, eu quero conversar sério com você, e não estaria aqui a essa hora se não fosse preciso.

— Eu imaginei. Então, pode dizer — eu disse, nós dois ainda estávamos em pé.

— Seu a pessoa que você está procurando, Yeon.

— O...que? — eu estava confusa, não era possível, se fosse...

— A pessoa por quem você procura a tanto tempo, sou eu — respondeu, com firmeza.

— Mas... Você?

Mas as coisas não ficariam assim, e eu me encarregaria de saber os mínimos detalhes.