O JULGAMENTO

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Fui pó
E na esperança ressuscitei
Fui só
E sozinha me encontrei

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Andei
Com pés ligeiros
Em cada estação
Chamei
No desespero
Meu nome em vão

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Fui sol
E em dores me eclipsei
Tive dó
Da pessoa que me tornei

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Julguei
O meu sucesso
Usando a razão
Acordei
Por ter escutado
O meu coração

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Não acredito em um Deus
Que manda seus filhos pro fogo
Mas também não posso concordar
Com a maldade dos outros

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Espero com impaciência
Pelos meus sonhos loucos
Me dou a feliz sentença
De sorrir de novo

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Preciso ter resiliência
Ser poema terno e solto
Repito a feliz sentença
De ser eu de novo

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Feita em: 06.02.2022.