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IX - Treinamento

O campo era uma área plana parecida com um parque. Algumas árvores serviam de sombra para os poucos alunos que se encontravam ali. Um homem, que não parecia ter mais de 40 anos, vestia uma camisa branca folgada e vários medalhões adornavam seu pescoço. Helena pensou que pareciam pesados e muito desconfortáveis e que as calças que ele usava lembravam um pijama. O visual se completava com a barba e o cabelo longo que rivalizava com a calvície.

Ainda com os acontecimentos passados em mente, hesitou antes de se aproximar do grupo, que era composto por uns 10 alunos.

– Junte–se a nós no círculo. – O homem pediu, sem se virar. Seguindo as ordens, ela se sentou no único espaço que restava. Para seu azar, era entre um garoto desconhecido e Gil, que aparentemente era da sua classe.

Sentindo-se tão tensa que seu corpo poderia partir, ela se concentrou em um ponto qualquer à sua frente, tentando ao máximo esquecer quem estava ao seu lado e ignorar a sensação de culpa que se assomava sobre ela. O homem, que aparentemente era o professor, conversava baixinho com alguns alunos em outra ponta.

– Você fez um pequeno show mais cedo. – O garoto ao seu lado comentou num sussurro. Helena se sobressaltou, o corpo ainda mais rígido.

Lançou um olhar de lado para Gil, mas não conseguiu ver seu rosto ou se ela demonstrara qualquer reação. Esperava que ela não tivesse escutado.

– Não se preocupe, todo mundo vai te esquecer quando o próximo chegar. É sempre assim. – Continuou o garoto, rindo para si mesmo. Helena evitou erguer os olhos, esperando que o garoto não fizesse mais comentários.

Nesse momento, o professor deixou a conversa com os outros alunos e se pôs no centro do círculo.

– Agora que estamos todos presentes – ele lançou um olhar severo para Helena, que se encolheu – vamos começar. Na aula passada, eu comentei que, antes de podermos usar nossos poderes, precisamos entender a extensão deles, senti-los. A melhor maneira de conseguir isso é praticando um exercício de introspecção.

Ao dizer isso, os alunos fizeram expressões que iam de confusos à incrédulos. Helena espelhava as reações, pensando se o professor tinha mesmo proposto algum tipo de meditação. O professor deu um sorriso satisfeito, como se esperasse por isso.

– Primeiro, vocês precisam entender que a magia é parte de vocês. Ela não aconteceu. Ela é. Estava dentro de vocês, adormecida. Mas despertou e agora vocês precisam aprender a usá-la. – O homem comentou, girando para que todos pudessem vê-lo. – Caso, pelo preconceito e o medo que eu sei que vocês têm, se recusem a praticar a magia...

Com a frase suspensa, ele lançou um olhar grave para cada aluno, deixando–os imaginar toda sorte de horrores.

– ... Não vai acontecer nada senão um sentimento de insatisfação por um dom não aproveitado. – E riu. Os alunos que estavam tensos baixaram os ombros, suspirando. Helena era um eles. – Mas eu não recomendo que o façam. Assim que sentirem a magia, entretanto, estou confiante que vão gostar.

O círculo estava silencioso, quase questionando. Sem se importar, o professor continuou seu monólogo.

– Vamos começar, então. Primeiro, precisam se concentrar. Pensem em como vocês sentem o próprio pé. Está há muito tempo ali, mas se você se concentrar pode sentir o membro individualmente. Como eu disse, a magia é, portanto, nasceu em vocês como os seus membros. Se concentrem agora na magia, no que vocês sentiram quando despertaram. Lembrem do dia, do momento, do minuto. Depois que encontrarem, imaginem um novelo. E depois trabalhem em desenrolá-lo.

Enquanto o professor lecionava, Helena pensou em uma série de motivos de porque aquele exercício era uma besteira. Primeiro, ela não conseguia sentir o pé como um membro à parte. Pensou, como o pai pensaria, que aquele professor era birutinha. Segundo, aceitar a magia era uma coisa, mas praticá-la era completamente diferente. Helena não tinha feito a primeira e não estava nenhum pouco disposta a fazer a segunda.

Mas, em terceiro lugar, ela não queria lembrar do dia em que sentiu. Não, sentir não era a palavra correta. Ela fez.

Mesmo depois de três dias, ela se negava a aceitar que aquilo acontecera. Sobre o acidente, como as autoridades apareceram e logo em seguida o médico, a viagem, a ilha. Ela nem mesmo tinha pensado em nada daquilo desde que chegara. Mas, agora, as coisas vinham em um turbilhão e ela estava tendo dificuldade de negá-las.

– Hoje é o primeiro dia, mas vocês vão pegar o jeito das coisas. Logo começaremos o verdadeiro treinamento. – O homem comentava, alheio ao que acontecia no interior da garota. – O mais importante, é claro, é pensar com calma. Controlar as emoções é essencial. Embora vocês não tenham achado o novelo de lã, a magia está ligada a vocês...

Helena trincou o maxilar. Queria gritar consigo mesma, dizer que não podia chorar, que não podia ceder. Afundou os dedos na grama, tentando se estabilizar. As imagens, porém, vinham em flashs. Lembranças. A prova irrefutável do que ela era.

Sua cabeça estava doendo, latejando. Controlar as emoções. Ele fazia parecer tão fácil.

– Então, vamos lá. Sintam o novelo. Respirem, pensem, sintam. – Comentava sem parar. – Respirem, pensem, sintam. Vai acontecer.

Respirar.

Pensar.

Sentir.

E então o mundo explodiu.

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