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IV - Depressão part. 2

Encarando o teto pelo que pareceram horas, Helena finalmente se rendeu ao sono. Quando começou a sonhar, estava em casa, sentada com seus pais. Não tinha dor, preocupações ou ansiedades. Estava segura. Quando acordasse pensaria que aquela parte do sonho durara longas horas.

Quase poderia dizer que dormira tranquilamente, se não tivesse sido arrematada para um cenário que jamais poderia destoar tanto da sua casa: o consultório médico. As paredes brancas e lisas a deixavam nervosa e, embora não parecesse possível, seu estômago estava embrulhado.

O corpo de Helena se tensionou quando a agulha penetrou sua pele e o cilindro se encheu com o seu sangue. Ao fundo, o motor de uma máquina fazia um som grosso, feio. Aquilo não acalmava os nervos da garota. Queria chamar pelos seus pais, pedir para ir embora, mas as palavras não saíam de sua boca. Fechou os olhos e quando os abriu novamente, havia uma bizarra mistura entre os dois cenários de seu sonho: estava em casa, mas o médico e a terrível máquina continuavam lá.

O barulho foi intensificando e a casa sacudiu, fazendo cair algumas peças da parede. Helena gritou e, como se em resposta, a máquina rugiu, piorando a situação.

Estava tudo um caos e, embora não fosse tão ruim como se tivesse brotando monstros horrorosos de lugares escuros, Helena sentiu que aquele era o pior pesadelo que tivera.

Você precisa acordar. É apenas um sonho, sussurrou uma voz de alguma parte da confusão. Helena ficou impressionada que tivesse escutado, mas a surpresa passou quando se deu conta das palavras. Antes que pudesse pensar em qualquer outra coisa, acordou de supetão, o corpo todo suado e a respiração curta.

Ela não tinha forças para levantar, para fazer qualquer coisa. Uma fraqueza possuiu seu corpo e ela tentou se acalmar antes de fazer qualquer movimento.

– Foi apenas um sonho, apenas um terrível sonho. – Falou enquanto embalava a si mesma.

Assim que diminuiu o ritmo dos batimentos cardíacos, sentia-se um pouco melhor em relação às suas próprias forças. Tateando as bordas da cama e, em seguida, a parede, acendeu o interruptor que encontrou ao lado da porta. Assim que seus olhos se adaptaram à luz, foi até a janela para tentar conferir o horário. Ainda devia ser madrugada e a noite parecia mais escura que o habitual.

Incapaz de se fazer voltar ao sono, Helena explorou o quarto. Ligou a luz para espantar qualquer escuridão que ainda espreitasse.

Em um dos cantos, havia uma pequena cômoda de madeira polida. Dentro, encontrou diversas peças de roupa. Ela viu as camisas e calças do seu tamanho, todas em cores escuras. Ficou tensa quando viu uma gaveta de lingeries todas com o mesmo número que o seu. O ar se tornou denso demais para respirar e ela fechou a gaveta rapidamente.

Mesmo com uma sensação de aperto no estômago, pegou um par calças moletom e uma camiseta qualquer. Saiu do quarto e se deparou com o corredor da casa, vagamente iluminado. Demorou cinco segundos antes de colocar os pés descalços para além do batente do quarto.

Dando passos curtos e rápidos, parou diante de uma porta semi-aberta, onde podia ver a pequena pia de mármore escuro. Entrou e trancou a porta, verificando mais de uma vez se estava de fato fechada ou se havia alguém ali dentro com ela.

De frente para o espelho, encarou o próprio reflexo. Suas olheiras estavam fundas ao mesmo tempo que os olhos estavam injetados. Seu cabelo parecia escuro demais em contraste com a sua palidez mórbida. Kylie, sua melhor amiga, diria que ela tinha visto dias bem melhores.

Despiu-se rapidamente e fechou o box do chuveiro, colocando a ducha na temperatura mais quente. Talvez se queimasse seu corpo, ganharia uma pele nova para se adaptar à essa ilha. Talvez pudesse expurgar aquele cheiro de magia que tinha se impregnado à sua pele.

Quando esfregou tanto que começou a se machucar e as memórias vinham em um turbilhão rápido demais para compreender, ela permitiu que as lágrimas caíssem.

Pelo menos, ali no chuveiro, o seu choro se tornaria insignificante.

Vinte minutos depois, quando já não podia sentir as pontas dos dedos e as lágrimas tinham secado, ela saiu. Vestindo as roupas e secando rapidamente o cabelo com uma toalha que pegara no armário do banheiro, saiu de fininho. O sol já despontava e ela sabia que todos acordariam em breve.

Desceu em direção à cozinha. Sentira o estômago roncar nos últimos cinco minutos de banho e não conseguiu evitar a fome que se abateu sobre ela.

A geladeira parecia extremamente convidativa e, abrindo a porta com cuidado, quase chorou de novo com a fartura. Seu estômago parecia concordar e grunhiu mais uma vez.. Pegou o leite, o cereal, o suco e um punhado de frutas e colocou sobre o balcão, montando seu café da manhã.

Estava quase terminando quando escutou passos na varanda da casa.

Seu corpo congelou imediatamente e ela sentiu um frio no estômago. Tinha estado tão relaxada que sequer cogitou a ideia do que poderia esperar por ela quando saísse do quarto.

Que tipo de monstros poderiam haver naquela ilha? Pior, que tipo de monstros estavam com ela naquele mesmo instante dentro da casa?

As trancas da porta sacudiram, rangeram e, finalmente, abriram.

Helena estava em apuros.

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