7 - Visões
-- O que foi? - o chinês desconfiado.
Os dois estão boquiabertos, apenas apontam o dedo indicador.
-- A porta abriu e eu nem prestei a atenção. Quem está ai? É você brasileiro? - disse o chinês após virar-se para trás.
Nesse instante o misterioso homem, vai dando passos para trás e entra de vez na escuridão, desaparecendo nas sombras.
-- Claro que sou eu chinês, não me reconhece mais não? - o brasileiro chega junto do Ivan. -- Você estava lá dentro, agora mesmo! Como isso é possível?!
-- Você conseguiu enxergar quem era? - o indiano.
-- Não, mas tinha o mesmo corpo do brasileiro, altura, talvez o corte de cabelo... tudo igual a ele sem o traje.
-- Mesmo que fosse alguém não poderia estar sem um traje espacial. Alguma coisa aqui na lua está fazendo vocês alucinarem, nós vamos ter que descobrir o que é.
-- A poeira está finalmente assentando. - a africana.
-- Pessoal vamos entrar logo, aqui fora está me dando calafrios. - o brasileiro.
O chinês corre até o controle da porta na parede interna da base, aciona as luzes de emergência e fica aguardando os outros entrarem na primeira câmara, a de descompressão. Todos eles entram e o chinês fecha a porta.
-- Como estão os índices de radiação? Talvez seja algum tipo de radiação gerando essas visões.
-- Capitão, os níveis de radiação estão normais aqui dentro, inclusive os de oxigênio. - o chinês ao observar um pequeno visor.
-- Então abra a porta. - Ivan retira o seu capacete e o encaixa no peito do traje, os outros fazem o mesmo.
-- O único problema é a escuridão, nós temos de encontrar a sala de controle para ligar a energia.
-- Olhem, uma luz acesa dentro daquela sala no piso superior. - o indiano aponta.
-- Deve ser a sala de controle. - o chinês.
-- Então vamos direto para lá.
Eles seguem andando em fila com as luzes do seus ombros acionadas. Enquanto isso, a equipe de controle segue a toda velocidade em direção a base americana.
-- Falta muito canadense?
-- Estamos na metade do percurso capitã, mas temos um problema serio. - ao ver o marcador de bateria do veiculo.
-- Deixa eu ver. - ela vai até a canadense e olha o painel. -- Impossível! A piloto disse que a carga estava completa, como descarregou tão rápido?!
-- Não me diga que vamos ficar a pé no meio do percurso? - o americano ao olhar o visor também.
-- AHHHHH! - a americana cai sentada. -- Eu não vou lá fora! - ela fica balançando a cabeça muito abalada.
-- O que aconteceu com ela?
-- Ela viu alguma coisa na janela. - a japonesa senta ao lado da americana, segurando a sua mão. - O que você viu?
-- Um astronauta russo, o seu rosto estava muito deformado... o estranho é que ele não usava capacete! Ele me pedia socorro, com uma expressão de horror e dor!
Quando a Valentina olha pela janela, vê o homem bem longe caminhando em linha reta, sumindo no horizonte.
-- E aí, tem alguém lá fora? - a japonesa apavorada.
-- Não tem nada. - ela olha para o lado, quando ela olha novamente para a janela, o homem desapareceu. -- Isso foi uma alucinação, por algum motivo alucinações são normais aqui.
-- Eu sei o que eu vi. - a americana disse ao agarrar os braços da japonesa e olhar em seus olhos.
-- Está tudo bem, não tem ninguém lá fora. - a japonesa.
-- Me desculpe. - ela solta os braços da sua colega, se levanta.
-- Vamos dar um tempo para a Jessy se acalmar, depois vamos seguir a pé até a base. - a capitã observando o mapa na tela de controle do veículo.
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