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6 - Pouso Suave


   Depois de um pouso suave próximo a base russa, que mostra muitas avarias serias na sua estrutura, como se ela tivesse sobrevivido a um grande terremoto, a equipe de exploração se prepara para descer a pé.

   -- Pessoal, tomem muito cuidado. Lembrem-se, assim que instalarmos a antena teremos comunicação a distância diretamente pelos trajes. Nos não sabemos as dificuldades que vocês encontrarão aqui mas tentem fazer tudo o mais rápido possível para que possamos sair desse lugar o quanto antes.

   -- Tomaremos cuidado, e vocês também. - o russo acena com a mão direita para todos os membros da outra equipe. Enquanto isso o brasileiro vai abraçando a todos um por vez, os outros repetem o gesto.

   -- Vamos logo com isso. Sempre o brasileiro com essa mania de abraçar todo mundo! - Valentina após receber o seu abraço.

   -- Vamos pessoal, sincronizem os seus relógios. Se algo der errado, todo mundo diante dessa torre daqui há 48 horas, entendido?

   -- Sim senhor! - todos respondem enquanto sincronizam os seus relógios.

   A porta da nave abre e desce a equipe de exploração correndo em fila, na direção da torre que fica bem a frente da base.

   -- Capitã, o nosso veiculo está pronto.

   -- Obrigada Alexandra, depois que sairmos volte ao espaço e relate a base sobre o inicio das operações, pois aqui na lua há muita interferência para comunicação com a Terra.

   -- Sim capitã, eu vou ficar atenta monitorando o espaço enquanto instalo os 4 satélites, conforme o planejado.

   -- Apenas lembre-se, estaremos aqui daqui há 48 horas no máximo, se não estivermos aqui independente do que aconteça volte para a Terra imediatamente, você me ouviu?!

   -- Sim capitã. - ela bate continência.

   A equipe de controle embarca no veiculo e sai da nave a toda velocidade. Logo depois a porta traseira da nave se fecha e ela levanta voo lentamente. O veiculo conforme vai correndo, sai levantando um rastro de poeira.

   -- Olhem, lá vai a equipe de controle. - disse o indiano enquanto observa o veículo correndo e deixando um rastro de poeira que vai se espalhando rápido.

   -- Putz! E essa poeira vindo para cá. - o brasileiro.

   -- Pararam porque? Vamos, apertem os passos essa nuvem de poeira vai zerar a visibilidade.

   Eles correm em direção a torre e são atingidos pela nuvem de poeira.

   -- Ufa! Não dá para ver nada. A gravidade aqui não é semelhante a da Terra? Porque essa poeira não está assentando?! - o argentino.

   -- Eu não sei. Eu vou colocar esse sinalizador eletrônico aqui na torre, assim vai ficar mais fácil de vê-la a distancia. - Ivan.

   -- Pessoal, por favor me digam que eu não estou alucinando! - o brasileiro ao olhar para a base em meio a poeira, enquanto o Ivan instala o sinalizador na parede da torre.

   -- Não vejo nada, só a sombra da base por causa da poeira. - responde a africana, tentando ver algo mais a frente.

   -- Fala logo o que você viu cara. - o argentino.

   -- Você deve ter se enganado brasileiro. - o indiano ao virar-se para a base e não ver nada.

   -- Eu vi um cachorro sentado, parado a nossa frente nos observando. Quando eu olhei bem para ele, simplesmente levantou-se e saiu andando, sumindo em meio a poeira.

   -- Acabei, agora veremos bem a torre mesmo se houver outras nuvens de poeira ao redor da base. Me explica melhor isso ai brasileiro, você viu um cachorro na lua cara?! É isso mesmo?

   -- Olha, eu sei o que eu vi. Era um cachorro muito bonito da raça... eu não me lembro da raça, era um cão todo peludo, acho que é cole, ou uma coisa assim.

   -- Cole?!? - o indiano questiona e logo depois todos riem alto enquanto vão correndo alinhados em fila.

   -- É Collie, não Cole! - o chinês em tom ríspido.

   -- Eu sei lá, no Brasil eu só tive vira-latas. - ele olha para o lado e de repente vê uma silhueta pequena parada ao longe ao lado direito da base. -- Será que estou enlouquecendo? - ele vai se aproximando e a silhueta se move, virando atrás da parede da base.

   -- AONDE PENSA QUE VAI? - Ivan ao ver o brasileiro se afastando do grupo.

   -- Eu estou vendo coisas, preciso ter certeza. - de repente ele corre e contorna a parede da base sumindo do campo de visão deles.

   -- Acabamos de descer e já tem gente vendo cachorro na lua? - o argentino.

   -- Esqueci de perguntar se o cachorro usava traje espacial ou não. - diz o indiano.

   -- Eu preciso me concentrar aqui para abrir a porta, por favor pessoal. Afastem-se e me deem um tempo. - o chinês balançando a cabeça enquanto faz careta, ele abri um compartimento na parede, dentro há vários fios coloridos.

   Os outros se afastam um pouco.

   -- Fiquem aqui, mantenham os olhos bem abertos. Eu vou buscar o brasileiro. - Ivan sai correndo em direção a parte lateral da base.

   -- Está difícil isso aqui, tem uma trava de segurança que eu não estou encontrando, vou ter que cortar os fios e fazer um gatilho.

   -- Não precisa chinês, no canto esquerdo da caixa tem um botão pequeno preto, aperta ele. - uma voz masculina sopra no ouvido dele.

   -- É verdade, mas que coisa, um botãozinho tão pequeno eu nunca ia ver. Obrigado. - quando o chinês vira-se não vê ninguém atrás dele. Ele cai sentando no chão.

   -- O que você está fazendo cara?

   -- Como você saiu daqui tão rápido? E como sabia aonde estava a trava?! - o chinês gesticulando com as mãos muito nervoso, enquanto vai levantando-se.

   -- O quê? - diz o indiano e a africana dá de ombros sem entender nada.

   Nesse instante a porta se abre e enquanto chinês balança a cabeça, os outros dois veem uma silhueta humana dentro das sombras no interior da base completamente escura.

-- Mas que porra é essa?! - diz o indiano, enquanto a africana arregala os olhos.

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