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Um único capítulo, com amor, Taehyung.

Coreia do Sul.
[17/09/2020 – 20:32]
Com amor, Taehyung.

"Não sei bem como começar a escrever isso. Na verdade, desaprender é o que mais faço nos últimos tempos. Tudo tem sido tão cansativo e sem cor, que confesso nem me esforçar mais. Tudo passou a ser um borrão. Uma lista de afazeres intermináveis e com certeza muito mais entediantes do que eu possa aguentar.

Quando eu olho para o céu, me pergunto se todos os dias serão acinzentados daqui pra frente. Se todas as estrelas estão mesmo perdendo o brilho, ou se estou mais uma vez vendo coisas erradas. Será mesmo que a praia é tão desinteressante assim?

A areia é áspera e quente demais, mas não me machuca. A água do mar é fria demais e me dá arrepios. O sol é forte demais, queima minha pele. Tudo é horrível demais sem você aqui.

De um jeito bem engraçado, algumas coisas que antes eram detalhes, agora são nítidas até demais.

A nossa professora de ciências não usa mais os óculos coloridos dela, agora ela usa uma armação marrom e geralmente tem algum inchaço nos olhos. O diretor Choi nunca mais deu avisos gritando, agora ele parece até outra pessoa. A sua vizinha amargurada que adorava furar o pneu das nossas bicicletas, não fala mais com ninguém e raramente saí na varanda.

O gato do Jun, não come mais nenhum tipo de ração, se recusa e precisa ir ao veterinário com frequência. A sua tia confeiteira, fechou os negócios dela e provavelmente já chegou em Milão. Até a sorveteria que nós íamos decretou férias por tempo indeterminado.

As tintas do meu ateliê estão quase secas. Meu piano está todo empoeirado. A rua da sua casa, que percorremos juntos tantas vezes, quase não tem mais barulho. As flores que a moça estrangeira vendia em frente a loja de conveniência, de repente, perderam toda a fragrância que tinham.

Os nossos amigos estão aos poucos se deslocando. Seokjin e Yoongi estão pensando em ir para Daegu, para abrir um negócio por lá. Espero que dê certo. Namjoon e Jungkook apesar de bem abalados, pensam muito sobre voltar para a casa dos pais. Acho que o Jun não vai conseguir, Busan não é um bom lugar nessa situação.

Os seus pais mudaram. Muito.

Inclusive de rua. A sua antiga casa não está mais alugada, ainda é dos seus pais, mas ninguém mora lá. Acredita que eles foram embora e deixaram toda a mobília pra trás? Mas não se preocupe, eles se mudaram para uma casa a duas ruas daqui, ainda é perto do boliche.

Ji, tudo mudou. Tudo se foi, junto com você.

Não sei ao certo como descrever o que restou, afinal, pra mim, nada sobrou dessa tragédia.

Algumas coisas permaneceram intactas, como por exemplo, o seu quarto. Nada foi mexido. O seu cheiro ainda mora lá, junto com a sua coleção de medalhas, seus livros medievais, seus tênis de esporte, seus pijamas engraçados, sua estante de brinquedos antigos, sua cama cheia de travesseiros e as nossas fotos.

Tudo sobre você continua lá. Sobre você e eu.

Por alguns dias seguidos, eu me recusei a sair de lá. Dormi na sua cama, abraçado no seu travesseiro, tentando entender o porquê de tanta crueldade. Tentando entender os motivos pelos quais me tiraram a minha alma gêmea de perto de mim.

Aquele dia não era pra ter acontecido, Ji.

Tudo já estava estranho de manhã, quando o sinal atrasou. A professora de ciências brigou com você quando você chegou mais tarde por causa do maldito sinal. Você se sentiu culpado, mas já estávamos acostumados. Nos corredores, no intervalo, o diretor Choi nos elogiou tanto pela última competição. Foi o que fez nosso dia melhor.

Quando estávamos comendo, os meninos estavam animados, cada um por uma coisa diferente. A gente riu e brincou tanto. Você estava tão animado e feliz, assim como todo nós.

Na volta pra casa, a sua vizinha mal encarada disse que seus tênis estavam sujos, e você Ji, com o sorriso mais doce e atrevido que eu já conheci, disse com tom de sarcasmo.

"Senhora Lee, não seja acanhada e me abrace da próxima vez, não sinta saudade por tanto tempo! Ainda sou seu vizinho!"

Ela sentiu, Ji. Assim como todos nós.

Quando chegamos na sua casa, sua mãe prometeu um almoço maravilhoso no final de semana do seu aniversário e me convidou. Você tem os olhos dela, Ji. Nós dançamos como loucos no seu quarto e depois ainda saímos para tomar sorvete. Aquela sorveteria nunca pareceu tão cheia, mas mesmo assim, você seguiu seu pedido e teve suas duas bolas de sorvete sabor menta.

Quando saímos de lá, foi quando o meu pesadelo começou.

Você me chamou pra ir até a piscina municipal, naquele dia eu não podia ir junto, caso contrário meus pais me matariam por ter se atrasado de novo.

Queria que você soubesse que nunca mais na minha vida atrasos serão um problema.

Você foi até a piscina. Eu fui pra casa.

Antes, você se despediu, como sempre fazíamos, mas naquele dia, você deixou seu coração comigo.

Seu abraço apertado e seu cheirinho no meu pescoço ficarão marcados pra sempre comigo. O aperto que você deu nas minhas bochechas também será uma eterna lembrança. Mas o que realmente nunca vai ser esquecido, são as suas palavras, as últimas que eu ouvi.

"Taehy, que bom que você é minha alma gêmea e meu melhor amigo, eu não poderia ser mais grato por alguém quanto eu sou por você. Eu te amo Taehy, pra sempre, a gente."

Por algum motivo, naquele dia nos abraçamos de novo. E Ji, eu poderia te abraçar pela eternidade.

Você sorriu pra mim, subiu na sua bicicleta e saiu, não sem antes gritar alto para que todo mundo ouvisse.

"Nunca esquece de mim, Taehy!"

Sempre dissemos isso um para o outro, mas nunca, nem em uma realidade diferente da qual vivemos, eu imaginei que aquela seria a última vez.

"Nunca esqueça de mim, Ji. Eu te amo."

Naquele dia você não precisou dizer que me amava, eu senti no seu abraço. Depois de pedir pra que você nunca me esquecesse, eu te assisti pedalar pela última vez, a caminho do seu último suspiro, que mesmo sendo seu, foi arrancado de ti.

Voltar pra casa naquele dia foi difícil, eu queria mesmo ter ido com você. Sempre fomos tão companheiros, por que é que justo naquele dia eu precisei ser um bom filho?

Naquela noite, tudo parecia pesado. Meus pais e meu irmão estavam conversando animados sobre a promoção que minha mãe havia recebido. Eu comia minha comida em silêncio. Já fazia tempo que você havia ido para a piscina. Mas mesmo assim, ainda não havia me mandado mensagem. Por mais que eu tivesse achado estranho, não questionei, porquê geralmente nadar pode dar muito sono. E tivemos um longo dia.

Quando me levantei para levar os pratos até a pia, o telefone de casa tocou.

Olhando agora, acho que conheço o som das más notícias, e ele se assemelha com o barulho daquele telefone tocando.

Ao final da ligação eu finalmente soube. Ao final daquela maldita e indesejada ligação, eu descobri que o meu mundo havia caído por terra. Todas as cores que você deu ao meu mundo, foram embora. Todos os sons que eu ouvia quando estava contigo, pareciam sons irritantes demais. O meu mundo, foi tirado de mim.

O seu coração sempre estava tão agitado em dias de competição. Sempre tão animado. Saber que seu coração sequer batia agora, era assustador demais. Principalmente por saber, que ele nunca mais vai bater eufórico com mais uma conquista. Ele nunca mais vai bater, por nada.

Por um tempo eu pensei que o fio vermelho que nos ligava, havia arrebentado. Mas não. Porquê eu ainda continuo te amando incondicionalmente e esperando pelo dia em que iremos unir os nossos dedos mindinhos novamente, como em uma promessa.

Uma morte por afogamento, em um bairro quase minúsculo demais em Seul. Onde todos se conheciam. Onde tudo lembra você.

Desde o cheiro de terra molhada quando a chuva cai, até a brisa gelada do mar, que bate no rosto em dias quentes.

Por um tempo, eu pensei em acabar com tudo que lembrasse você. Esquecer de tudo e deixar de sofrer. Mas então, eu lembrei do que sempre dizíamos um para o outro.

"Nunca me esqueça, Taehy"

Park Jimin, meu Ji, você é inesquecível, e infelizmente, eu descobri isso da pior forma possível.

Não consegui saber o que mais me corroeu quando tudo isso aconteceu. Se foi a dor da perda, ou o peso da culpa. Prefiro pensar que os dois trabalharam em perfeita sintonia para pisotear o meu coração, dia após dia, pedaço por pedaço.

Hoje, eu escrevo isso derramando lágrimas pesadas, que por mais que não pareçam, carregam toda a culpa do mundo.

Eu seria capaz, Ji. Eu seria capaz de te salvar. Eu sou um excelente nadador, eu poderia ter salvado você, porquê não importa o que acontecesse, sempre éramos eu e você. Pra sempre, a gente.

Por mais que de fato tudo tenha ficado escuro e sem vida demais, eu me contento em dormir todas as noites e sonhar com você. A única luz do meu dia. O único momento em que me sinto vivo é quando te encontro nos meus sonhos.

Mesmo depois de sete verões e invernos frios, eu ainda irei lembrar dos seus olhos brilhantes. Mesmo que tenhamos inúmeras promessas e memórias, eu ainda irei preferir as memórias dos seus abraços e a promessa de que nunca vai me esquecer.

Felizmente, o dia depois do acidente é um borrão na minha mente, algo que sequer consigo ver com clareza. O que me lembro, é de segurar sua mão, até o fim.

Mesmo que daqui pra frente, o motivo da minha existência já não caminhe mais ao meu lado, eu prometo seguir existindo. Viver se torna um termo forte demais, mas existir com certeza é algo que não abrirei mão. Eu ainda preciso valer a pena todos os sonhos e planos que fizemos juntos.

Recentemente, me pediram pra definir a pessoa que eu mais amava no mundo em uma palavra. Eu pensei tanto, Ji. Foram minutos a fio. E mesmo qur eu passasse dias tentando, nenhuma palavra poderia te definir melhor do que a palavra que eu escolhi.

Park Jimin. Esse nova é a sua definição.

Eu poderia dizer amor ou alma gêmea, mas de repente eles pareciam tão pequenos para descrever alguém tão grande.

Mesmo que os dias passem muito rápido e com uma dor inimaginável e nova a cada dia, eu prometi aguentar firme uma vez. E nós, nunca quebramos promessas, não é Park?

Então, Ji, se de alguma maneira celestial você puder ler essa carta, eu te peço duas coisas. Nunca se esqueça de mim, e continue segurando firme o fio vermelho, eu ainda preciso segui-lo pra te encontrar.

Eu sinto sua falta. Pra sempre e mesmo depois, seremos eu e você."

Com amor e muita saudade, seu Taehy.
[17/09/2020 – 21:58]

Oi gente. Espero que gostem, desde já, perdão pelas lágrimas e pela demora.
Como uma excelente recomendação, conheça WhalienProject
💛

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