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11 - Abismo 🐈‍⬛

Muitas respostas aqui, nem todas mas já dá pra tentar adivinhar o fim. A não ser que eu resolva os surpreender. Quem sabe?

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– O que foi que você disse que aconteceu mesmo? – Um enfermeiro perguntou novamente enquanto passava uma gaze ensopada de algum produto amarelado e de cheiro esquisito em sua nuca.

– Um gato. Ele pulou no meu pescoço. – Marinette deixou sair as palavras, sem expressão.

– Esse gato devia ser muito grande! – Comentou o rapaz de modo desconfiado – vou ter que te dar pontos. Três cortes bem fundos, do pescoço até a nuca...

Marinette deixou escorrer uma lágrima. Mais uma entre tantas que derramara naquele dia. Estava entardecendo e finalmente seus pais a haviam convencido - na verdade, obrigado - a ir até o ambulatório. Esperavam por ela na recepção, e não poderiam imaginar o tamanho do problema que ela tinha que enfrentar.

Ela tinha que fugir.

Logo depois do encontro com Adrien ela ligara os pontos. Ele tinha sido akumizado.

Nunca imaginara ser possível que um deles pudesse ser akumizado, e não tinha a menor ideia de como fazer a purificação. Ela não poderia enfrentar Cat Noir. Não realmente. Talvez pudesse vencê-lo num duelo de habilidades, mas não teria forças de investir contra ele se necessário. Não poderia lutar de verdade.

E ele era maior do que ela, tinha garras e um poder de força destruidor, e o fato de não nutrir sentimento algum para com ela lhe dava uma grande vantagem.

Mais lágrimas.

– Está doendo muito? – Perguntou o enfermeiro, preocupado.

– Sim, muito. –  Ela respondeu, e não se referia aos cortes.


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Cat Noir estava agora no alto de um prédio, vigiando. Passara o dia seguindo os passos de Marinette. Depois de ter sido akumizado, Plagg tinha meio que desaparecido em seu anel. O efeito da transformação era constante, como se seu Kwami tivesse sido aprisionado.

Ele não via problema algum quanto a isso. Estava livre de todos, inclusive de Adrien. Não precisava mais cumprir com as expectativas de ninguém.

Principalmente de seu pai.

Espichou as garras e arranhou o telhado de zinco da construção, produzindo um ruído agudo. Havia ainda um ranço de ressentimento, afinal. Ódio. Apenas o frio e pungente ódio por todos.

Ele a viu saindo do consultório médico com os pais. Por que ela não se transformava? Por que não facilitava as coisas para ele? Uma luta, pra finalmente mostrar quem era o melhor dos dois.

"Você precisa pegar o miraculous dela!"

– Cale a boca. Eu faço o que eu quero. Você não pode me manipular!

Era verdade. Hawk Moth não contava com isso. Não tinha como manipular as ações de Adrien como com as demais vítimas de sua vilania. Ele seria o próximo na lista de Cat Noir, era só uma questão de tempo.


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– É noite. Chegou a hora, Tikki...

Antes de sair, deu uma espiada no quarto dos seus pais e os contemplou dormindo. Sentiria saudades. As lágrimas ameaçavam escapar, mas ela as engoliu e seguiu adiante com seu plano.

O objetivo era levar Cat Noir para um ponto afastado de Paris. Talvez lá, sem platéia ou distrações, pudesse entender melhor como o enfrentar, até o convencer a recuar. Se necessário fosse, teria que dar um jeito de o purificar.

Ela saiu de casa e deu sinal para um táxi. Entrou no automóvel e fechou a porta, sem perceber que estava sendo seguida por olhos verdes à distância.

– Siga pela Route des Fond, rumo à Floresta Domaniale de Montmorency, por favor. Eu aviso quando parar.

O taxista olhou desconfiado para ela. O cabelo curto estava solto sobre o ombro, e era possível ver a ponta de um curativo por baixo dos fios. Parecia muito jovem e indefesa, jovem demais para sair sozinha à noite. Ele se preocupou em a levar para um local tão afastado.

– Moça, está certa de...

– Faça o que estou pedindo, por favor. Sou maior de idade e responsável por meus atos.

Ele ainda estava inseguro e pensou em pedir um documento comprobatório, mas a determinação em seu olhar o fez recuar. Bom... não era problema dele, afinal. Deu partida e seguiu rumo à floresta de frondosas árvores nos mais derivados tons terrosos. Uma beleza outonal que ninguém notaria naquela noite.

Depois de aproximadamente quarenta minutos ela desembarcou e pagou o taxista. Ele se preocupou com garota, mas deu de ombros e manobrou o carro. Quanto menos soubesse, menos problemas teria. Mesmo assim ele deixou o seu número de telefone com ela antes de partir. 

Aos poucos as lanternas desapareceram na estrada, Marinette deu meia volta e entrou na floresta. Caminhou por quinze minutos, adentrando cada vez mais a mata. Usou a lanterna do celular para enxergar a trilha entre as árvores, quando a luz fez refletir dois pontos verdes, a uns dez metros de distância. Ela não se questionou como ele havia chegado até ela tão rapidamente. Não fazia realmente ideia dos poderes que ele guardava e quantos teriam sido potencializados pela contaminação do akuma.

– Tikki, tá na hora! –  Ela tocou no brinco e fez a transformação. Era Ladybug agora, pronta e posicionada, esperando pela aproximação de Cat Noir.

E ele veio, correndo como um felino. Deu um salto no ar e desceu em direção a ela, com garras à mostra. Ela rodopiou para trás e lançou o seu ioiô, tentando laçar as pernas dele. Com o bastão, ele desviou a rota do ioiô, fazendo com que ela o soltasse acidentalmente. Ela caiu sentada e ele caminhou lentamente em direção a ela, com uma expectativa maligna no olhar. Ela se reergueu com um salto e ergueu os punhos em defesa.

– Eu fiz o que você pediu... eu fui embora!

– Ah, joaninha... você não sabe que uma das características mais divertidas de um felino é brincar com sua caça?

– Cat Noir... por favor!... Eu o amo! Eu não posso lutar contra você!

– Você está começando a estragar a brincadeira...

Então ele a golpeou nas pernas com o cinto, derrubando-a novamente de costas no chão. Deu um pulo sobre ela e a imobilizou entre suas pernas. Levantou-lhe os braços acima da cabeça e pairou com com o rosto muito próximo ao dela, ao ponto de suas respirações se cruzarem.

Então, para estarrecimento dela, ele deu uma lambida em seus lábios, depois a beijou. Ela sentiu a ereção dele contra sua coxa, e por um momento se esqueceu de tudo. Seu corpo respondeu instantaneamente e ele começou a arfar. 

Fazia tempo. Estavam afastados há dias e toda a tensão das últimas horas só fez crescer a ansiedade e o desejo por um desfecho favorável dessa história tão complexa. Ladybug não podia mais conter o desejo quando ele aprofundou o beijo e se movimentou sobre ela, melhorando o encaixe dos corpos. Sua língua brincava na boca dela quando ele começou a se mover lenta e ritmicamente, esfregando os sexos como se estivesse dando leves estocadas, e mesmo ambos estando completamente vestidos, a brincadeira aumentou exponencialmente o nível de excitação a ponto de os fazer gemer. 

Ofegante, ele abandonou os lábios sôfregos e trilhou com a língua até a face que ainda mantinha o salgado de lágrimas outrora vertidas. Ele lambia o rosto, o pescoço e a orelha, deixando-a completamente úmida, em todos os lugares. Ele enfiou a língua no lóbulo de sua orelha e ali se demorou, mordiscando e chupando, e era notória a irregularidade com a qual ele puxava o ar, como se não houvesse oxigênio suficiente para ambos naquele invólucro bizarro.

Ela sentiu seu corpo suar numa febre enlouquecida. Independente de todos os acontecimentos até ali, sua indulgência era assustadora, a capacidade de se entregar tão inconsequentemente ao seu agressor. Deu outro gemido, e ele grunhiu em resposta, o coração de ambos batia sincronizado e ela tinha certeza de que podiam chegar a uma finalização prazerosa mesmo sem remover as roupas. 

Uma garra pressionou a lateral do corpo dela, bem abaixo do seio, e desceu lentamente, cruzando a barriga até alcançar a região entre suas pernas. Ela deu um soluço quando ele a tocou, o que o fez olhar para baixo e constatar a umidade que traspassava a roupa vermelha. Seus olhos ficaram tão dilatados que quase não havia mais verde nas írises felinas.

Tudo ficou estático na cabeça de Cat Noir. A caixa branca de sensações onde o mundo externo não existia, apenas eles dois, se tornou tão atraente, tão irresistível que por um pouco de tempo ele apenas sentiu o calor do corpo feminino sob o seu, e o martelar do sangue em sua virilha a ponto de fazer doer. Mas foi por pouco, rapidamente o gelo voltou a crescer, e a garra da insensibilidade o envolveu.

Em meio ao torpor de um quase orgasmo, Ladybug foi surpreendida pela alfinetada da garra diretamente em sua coxa descoberta. Estava sem a indumentária vermelha, o poder do miraculous se fora. De repente, ela era apenas Marinette. Olhou para ele, confusa, então ele ficou de joelhos, ainda a mantendo entre as pernas, e riu de uma maneira fria e maldosa.

– Ponto pro gatinho!

Ele se levantou com um salto e cuspiu o brinco dela na mão. Ela o encarou, a frustração pelo desejo não saciado lhe queimando as entranhas, e a decepção por ter sido o objeto de uma brincadeira cruel lhe amargava a boca. 

Mas era possível notar que ele ainda estava arfante, e o volume entre suas pernas comprovava sua excitação. Era um pouco mais do que um simples jogo. Ele a queria também, e não podia esconder. Talvez houvesse uma farpa de sensibilidade por baixo do gelo, afinal.

– O que você pretende fazer com isso? Entregar a Hawk Moth?

– Eu quero que Hawk se exploda!

Ele lhe deu as costas e ela percebeu o quanto sua pergunta o abalou. Ele estava tentando se recompor também. Aquilo tinha sido muito intenso.

– O que realmente aconteceu com você, Adrien?

No silêncio que se seguiu, apenas o piar de uma coruja à distância e o leve farfalhar das copas das árvores causado pelo vento eram audíveis. Aquela fresta de sensibilidade estava ali, uma minúscula abertura que ela poderia usar pra tentar o acessar. E tinha a ver com Hawk.

– Como foi que ele o pegou? – Cat Noir voltou-se de novo pra ela, com olhos confusos. Sim, havia uma abertura ali – o que ele usou pra te dominar? – Ela insistiu.

– Engraçado você falar disso. Ele na verdade sempre teve um certo poder sobre mim, a propósito, eu cheguei a mencionar que ele é o meu pai ?

Aquilo teve o efeito de um coice no peito. Mesmo tentando ser sarcástico com o comentário, ela percebeu a energia que ele estava empregando pra não deixar transparecer sua angústia. Ela, no entanto, estava chocada demais com a revelação para reagir. 

Então era isso o que ele tinha ido falar com ela naquela noite. Quanta estupidez a dela! Eram necessárias milhares de palavras para se conhecer realmente uma pessoa, uma única para a ferir... e nenhuma para a destruir.

– Eu não podia imaginar...

– Quem poderia, não é mesmo? Mas não foi de todo ruim, sabe? Agora eu sei por que ele nunca se importava muito comigo. Quem se importaria?

O fim da frase pairou entre ambos, tempo suficiente para ele permitir que as garras da indiferença voltassem a assumir o controle de suas ações.

– Não é verdade, Adrien! Eu me importo! Eu te amo... Por favor, acredita em mim!

– Não faz diferença agora. Vou terminar logo o que comecei. Esta noite você vai morrer, Ladybug!

Ele a levantou do chão com um único movimento como se ela fosse um pedaço de pano, a jogou sobre os ombros e começou a correr em direção a uma colina.

Ela desistiu de lutar. Deixou-se levar por ele, entregue. Sentia os galhos arranhando seus braços mas isso não a incomodou. Talvez merecesse aquilo. Pensou nos pais, em Alya, e lágrimas voltaram a correr por sua face. Ela chorava pelo tempo que não teria, pelas alegrias que não viveria. Chorava por Adrien, e pelo pai dele, que se transformara num monstro por alguma razão que não tinha implicância ali.

Ela chorava mais do que já chorara durante toda a sua vida.

De repente, Cat Noir parou de correr. Estavam num lugar alto, ela percebeu pela velocidade do vento. Ele a colocou no chão com força e a segurou pelos braços.

– Eu não posso seguir em frente se você estiver aqui... entende?

Ela não respondeu, apenas o olhou, chorando. Uma vez que deixara as lágrimas fluírem, não conseguia mais as controlar. Ele se enfureceu e cuspiu as próximas palavras:

– Você está o tempo todo ameaçando minha estabilidade, meu autocontrole! Eu olho pra você e algo fica me lembrando que eu não posso dar o próximo passo, que eu tenho que me importar! Eu tenho que matá-lo, entende? O meu pai! Eu tenho que acabar com tudo! E você não me deixa pensar direito, você fica abrindo um buraco em mim, cada vez que eu olho pra você eu...

Ele estava gritando com ela, e ela continuava a chorar. Ele começou a ficar muito puto com o efeito que as lágrimas causavam nele, e em sua agonia, perdeu o controle. Avançou na direção dela ferozmente, agarrou o pescoço já ferido com apenas uma das mãos e a ergueu do chão. 

– Pare de chorar! Pare com esse maldito pranto!

Ele viu quando o curativo na nuca dela começou a ficar rubro, e um fio de sangue escorreu pelo pescoço até cobrir sua luva preta. Ele viu o sangue e sentiu uma pontada no peito. Precisava fazer aquilo parar. Precisava acabar com a dor, com a raiva, com tudo. Bastava a jogar encosta abaixo e tudo passaria.

Ela começou a se debater no ar, segurando-lhe o braço com as mãos na tentativa de se libertar. Ele mantinha o braço estendido como se os esforços dela não fizessem a mínima diferença. Nesse momento a lua surgiu por trás de uma nuvem e seu brilho refletiu os cabelos muito negros dela. Ele viu o brilho azulado e focou nos olhos também anis, profundos e molhados. Uma nova agulhada em seu coração o fez soltá-la. Ela caiu sentada, ele protelou por um instante, mas a raiva sobrepujou a dor, então se inclinou e a agarrou pelo pescoço.

Estavam muito próximos à beira de uma encosta íngreme. Ela enxergou nas írises verdes bipartidas de felino que ele pretendia ir até o fim, e então passou a temer de fato pela própria vida. O instinto de sobrevivência a fez apalpar ao redor em busca de algo que a ajudasse a se defender.

Sua vista começou a escurecer e uma forte tontura nublou seus pensamentos. Ela estava sufocando. Já praticamente sem forças, tocou com a ponta dos dedos num pedaço de madeira, talvez um graveto grande, um galho de árvore ou algo do tipo. Com as últimas forças que lhe restavam, ela o agarrou, o empunhou, e golpeou Cat Noir na lateral do corpo.

Ele deu um urro e ficou de pé, segurando o local ferido. Ela não tinha percebido que o galho na verdade era uma lasca de pedra de extremidade muito afiada e cortante. Ele ergueu a mão e sangue escorreu do ferimento, então olhou para ela com um semblante confuso, e foi nesse momento que ele perdeu o equilíbrio, pisou no limiar da encosta e caiu pra trás, em direção ao vazio.

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Me perdoem por isso...

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