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Capítulo 28

   Noah Urrea

Depois daquela noite, eu e Any não nos falamos mais em particular. Apenas quando estávamos com as crianças, ou Josh estava perto. Não queríamos deixar suspeitas para ninguém.

Me doia ver ela assim, machucada, e sem brilho. Eu mal conseguia tirar um sorriso dela, e não consigo imaginar sua dor. Eu estou há exatamente duas semanas sem ver mais seu sorriso, sua felicidade. Até telefonei para Sabina, para ver se ela estava assim com ela também, e ela disse o mesmo.

Então, eu resolvi fazer a única coisa que eu faço de melhor. Beber.

— Amor, vou sair.- Disse para Josh, indo dar um beijo nele.

— Pra onde?

— Ah, o hospital me chamou, acho que teve um acidente de carro, ou algo assim. Só vou passar lá para ver se não é nada na cabeça.- Pisquei e dei-lhe um beijo.

Odiava mentir para ele, mas eu sabia que se eu dissesse a verdade, Josh não me deixaria ir.

— Ok...- Ele disse, e então caminhei até a porta.- Eu te amo.

— Eu também te amo.

Toda vez que eu e Josh brigávamos, não importa o quão bobo ou sério seja, eu sempre fui beber no mesmo bar. Bem pertinho de casa.

— Vodca, por favor.- Pedi ao barman.

Ele assentiu, e foi preparar minha bebida. Passei o olhar, e vi pessoas literalmente bebadas, umas pessoas se pegando nos cantos, e outras até quase transando. Mas, o que me chamou atenção, foi um grupo de caras que pareciam estar usando drogas, em pleno bar, com muitas pessoas vendo. Eles não tem vergonha não?

Rolei os olhos. Afinal, não era da minha conta. Se eles querem se matar, que se matem. A vida não é minha.

— E aquela sua vadia do parque, ein?- Um deles perguntou para o outro. Ele tinha tatuagens e piercings em todo o corpo.

— Ah, ela era uma delícia... a única coisa que eu não gostei naquela vadiazinha foi ela não ter ficado quieta. O resto...- Ele mordeu o próprio lábio, e eu senti nojo.

Como um cara pode ser tão desrespeitoso?

— Ela parecia uma delícia mesmo.- Um outro cara disse.- A gente deixou ela toda roxa, e com a buceta...

Não queria mais ouvir. Eles estavam claramente bebados, e com certeza haviam estuprado alguém. Fechei os punhos, me contendo. Se segura, Noah. Se segura.

Porém, teve apenas uma frase que me fez prestar atenção.

— Mas aqueles cachos horrorosos dela ficavam caindo o tempo inteiro no rosto, e no meu corpo também. Uh, ela mereceu o que teve, depois de me dar um chute bem no saco....

Foi aí que entendi. Vadiazinha do parque, deixou-a toda roxa, cachos... esses filhos da puta estavam falando da Any. Era ele.

E então, não me conti, me levantei naquele exato momento. Não estava nem aí se iria levar uma surra ou não, mas ninguém fala da Any daquele jeito. Não na minha frente.

Aproximei deles, e então dei um soco no cara. Ele caiu, colocando a mão no nariz, que já sangrava.

— Você tá louco!?- Perguntou o cara, e senti todas os olhares para nós.

— Seu filho da puta!- Eu gritei, e então subi em cima dele, e comecei a espancá-lo ainda mais.

Os "amigos" dele, apenas ficaram assistindo. Continuei a distribuir socos, acertando os olhos, nariz, boca... tudo. E isso nem era o começo... eu ia partir esse filho da puta ao meio.

— Que porra é essa, cara?- Um dos "amigos" dele perguntou.

Eu parei de distribuir socos, e então eu o peguei pela gola da camisa.

— Você não encosta em um fio de cabelo na minha filha, e na Any, você tá me entendendo!?- Eu gritei.- Você fez mal pra minha filha, eu me segurei, me segurei muito. Mas assim que você tocou um dedo seu nela, eu nao me segurei mais!

— Então onde você estava enquanto eu comia aquela vadia, huh?- Ele disse meio grogue, já que eu o espanquei.

E eu entendia e concordava com o que ele estava insinuando. Eu estava na minha cama, sendo feliz, enquanto ela sofria nas mãos desse... nojento.

— Você recebeu o aviso. Tenta se aproximar do que é meu mais uma vez e eu te mato.

Eu me levantei, e então sai do bar. Eu precisava respirar um pouco. Afinal, eu aliviei minha raiva, e só não o matei para vê-lo apodrecendo na cadeia. Eu ainda vou prender esse filho da puta.

Minha mão doia, ela estava vermelha, com sangue, e dolorida. Será que eu quebrei algum osso? Ah, tanto faz, mesmo se tiver quebrado, valeu a pena.

Quando cheguei em casa, tentei esconder do Josh, que estava sentado no sofá. Ele observou a mão, espantado, e vindo até mim.

— Meu Deus, o que aconteceu?- Ele pegou na minha mão.

— Nada.

Eu fui até o lavabo, e liguei a torneira, acompanhado de Josh, me fazendo perguntas que não queria responder.

— Noah, me explica agora o que é isso.

— Uma mão, não está vendo?

— Noah, eu sou o seu esposo, você tem que me contar o que aconteceu! Eu quero te ajudar! E estou preocupado...

Olhei para ele com arrependimento de ter falado com ele daquele jeito. Antes que eu tocasse na água, eu desliguei, sabendo que arderia. E olhei para o loiro.

— Eu sei, eu sei...

— Você não foi pro hospital, foi?

Eu fiquei calado.

Josh negou com a cabeça.

— O que, agora? Está se metendo em brigas de bar? Você não é desse jeito, Noah. O meu Noah não é desse jeito.- Ele murmurou.

— Você não entende...

— Eu não quero ver você se metendo nisso, Noah! Sabe quem se mete em brigas de bar? Bebados. Alcoólatras. Que não tem mais nada de interessante pra fazer na vida, e vai par os bares entrar em briga. Eu não quero você desse jeito!

— Eu nem cheguei a tomar porra nenhuma!

Aquela altura, estávamos gritando. E eu sabia que ele estava certo. Mas não sabia se eu podia contar que a pessoa na qual eu bati, foi no cara. Ele contaria a Any.

— Então por que você fez? Foi alguma coisa que eu fiz pra você e foi, sei lá, descontar a raiva em alguém?

— Porque sim! E, se não está satisfeito com isso, sinto muito. Nem tudo gira ao seu redor, Joshua. Sei que isso pode ser uma grande decepção pra você.

Ele me olhou desacreditado. E eu também. Como fui capaz de falar com ele desse jeito?

— Você me chamou de egoista?

— Josh...

— Não, Noah! Calma porra nenhuma! Eu faço tudo por você, e pelos nossos filhos, e pela Any! Eu não faço uma coisa por mim ou pra mim há muito tempo! Sempre coloquei você e as crianças em primeiro lugar. Eu me preocupo mais com vocês do que comigo mesmo, e está me chamando de egoista?

Ele estava certo. E eu merecia aquilo. Então, fiquei calado, enquanto me deixava ser e me sentir humilhado.

— Você sim que era o egoista! Quando nos conhecemos, eu, você, e Sina, você era o mais egoista dos três! Você era um filho da puta que não se importava em dizer o que pensa para o mundo, e nem de foder cada garota daquela escola e partir os corações delas. Você era um típico bad boy, que nem no seu próprio irmão se importava!

— Não fala do meu irmão!

— Então não me chame de egoista!

Agora ele pegou pesado demais. Falar que eu era um merda é uma coisa, agora do meu irmão é outra.

— Você sabe muito bem que eu me importava sim com ele.

— Então por que não notou que ele estava com depressao, hm? Por que não notou que ele se cortava e queria se matar todo santo dia? Se importava tanto com ele a ponto de nem querer saber qual era a comida preferida dele!

Mais lágrimas surgiram nos meus olhos. E era verdade. Ele estava cuspindo tudo na minha cara.

Eu nunca chorei em uma discussão nossa. Nunca. Essa era a primeira vez.

— Sabe por que eu te contei sobre ele? Porque eu achei que você seria a única pessoa que não me julgaria! Que não me culparia! Eu achei que você me entenderia porque tinha uma irmã, já que Sina era filha única. Eu sei que eu fiz merda, e eu me culpo todo dia por isso, então não precisa ficar jogando na minha cara o que eu já sei!

Meu irmão, Liam, tinha minha 15 anos quando morreu. Nos éramos gêmeos bivitelinos (que apresentam poucas semelhanças físicas), e eu não dava a minima pra ele porque eu simplesmente sentia raiva dele. Todos o amavam; ele era mais bonito e mais educado que eu, já que nossos pais sempre preferiram Liam do que eu.

Então, eu me eduquei sozinho. Vivia com mas companhias, fumava bastante na adolescência e tacava o "só se vive uma vez". Meu irmão sempre tentava me ajudar mas eu não deixava, porque sentia raiva. Eu sentia inveja. Ele era o perfeitinho da família, e eu, o excluído. E nem percebia que ele estava pior do que eu. Então, alguns meses depois, ele se matou.

Demorou meses para eu me recuperar, para me recompor. Foi aí que eu percebi que eu mal o conhecia. Talvez era minha culpa? Será que ele tentava se mostrar perfeito quando na verdade Liam só estava usando uma máscara? Enfim, fiquei me culpando, até conhecer Sina, e ela mudou minha vida. Me mudou. E depois, veio Josh. E foi só para ele quem eu contei isso.

— Papais?

Nós dois olhamos para o pequeno ser que esfregava seus olhinhos azuis com seu paninho na mão. Os cachinhos loiros de Liz estavam todos bagunçados, e seus olhos demonstravam sono. Será que ela escutou?

— Oi, meu amorzinho.- Josh foi até ela e se agachou.- O que foi?

— Pu que vuxes estão glitando?

— Eu e o papai Noah estamos tendo uma.. discussão. Desculpe se te acordamos, tá, meu bem?- A mão de Josh (que era literalmente maior que a cabecinha de Liz), arrumou o cabelo dela.

— Pu favor, não bliguem. Eu não gosto quando vuxes bligam. Vuxes glitam, e me assustam...

Ah, Deus. Por que uma coisa dessas comigo?

— A gente não vai mais brigar, ok? Eu e o papai Noah já nos entendemos. Vem, vou te levar pra cama, pequena.

— Eu num so...

— Pequena, eu já sei.- Josh sorri.

O loiro a pega no colo, e sua cabecinha vai de encontro com o ombro do mais velho. Vi ela dando um tchauzinho com sua pequena mão.

— Tchau, papai Nono! Eu ti amo.

— Eu também te amo, minha loirinha.

Josh subiu as escadas com a pequena no colo, e eu suspirei de raiva, e apoiei meus braços na pia, abaixando a cabeça. Eu sei que a culpa era minha, mas fui orgulhoso demais para dizer isso.

Liz quase nunca nos viu brigando, mas quando vê, ela se assusta. da última vez, ela chorou, porque estávamos literalmente gritando. Isso foi antes de conhecer Any, uma mulher tinha dado em cima de mim, mas eu não dei bola, e Josh ficou estressado com isso. Se eu não me negando, ela se chamava... Nour, ou algo assim. Ela era até que bonita.

Limpei minha mão, e peguei o kit de primeiros socorros, começando a enfaixá-la. Amanhã faço uns exames no hospital para ver se está tudo certo.

Quando subi, vi Josh adormecido na cama. Me deitei na cama, e me virei de costas para o mesmo. Eu juro que tentei dormir, mas eu não conseguia. Será que eu fiz certo mesmo em bater no cara? Em quase literalmente matá-lo? Eu sou a porra de um médico neurologista, e bater não é a minha praia. Nunca foi.

No dia seguinte, Josh não estava na cama. Vi no relógio que eu estava atrasado, então me levantei praguejando palavrões, enquanto me vestia. Só faltava a roupa, quando a porta foi aberta.

— Eu... volto outra hora.- Disse Josh indo fechar a porta, já arrumado com seu terno.

— Não, eu já estou saindo.

Coloquei minha blusa, e sai do quarto, passando por ele, e trocando nem um sequer olhar. Desci as escadas, e vi meus filhos tomando café da manhã na mesa. Um sorriso surge em meu rosto quando vejo Any ali sentada com eles.

— Papaiii!- Nick veio até mim e pulou no meu colo.

— Bom dia, filhão.- Beijei o topo da cabeça dele, e o coloquei de volta na cadeira.— Oi, loirinha 1.- Beijei a cabeça de Laila, que beijou minha bochecha logo em seguida.- Oi, loirinha 2.- Beijei o topo nariz de Liz.

— Oi, papai!- A mesma disse.

— Ola, Any.- Eu disse.

— Oi...- Ela falou.- Sua mão... o que foi?- Ela parecia perguntar preocupada.

— Ah, não foi nada, eu caí ontem da... escada.

— Oh.- Ela respondeu.- Espero que se recupere em breve. Vai trabalhar mesmo assim?

— Não tenho nenhuma cirurgia marcada pra hoje, então...- Falei.

— Não vi você caindo ontem, papai.- Laila disse enquanto olhava para a minha mão enfaixada.

— Foi de noite.

— Mas de noite você saiu.

— Eu voltei e caí da escada, você já estava dormindo.- Eu respondi, tentando fazer ela parar de perguntar.

— Foi pu ixu qui vuxe e o papai Josh tava bligando ontem?- Liz perguntou, e então todos os olhares da mesa foram para mim.

Droga, Liz.

— Vocês brigaram?- Nick perguntou.

Nick também não era um grande fã das nossas brigas. Daquela mesma última vez, Nick que tentou ficar acalmando Liz, mesmo com quatro anos ele acalmou ela.

— Foi uma briga boba, mas já estamos resolvidos. Não se preocupem.- Menti.

Any olhava para mim com um olhar estranho, como se não tivesse me reconhecido. Bem, até eu não me reconheço mais.

— Eu tenho que ir, dormi mais do que devia. Tchau, filhotes, amo vocês. Tchau, Any...- Eu disse.

— Tchau.- Todos eles disseram.

Sai de casa, e fui para o hospital. Minha mão doia quando eu pegava no volante. Droga. Vou ter que chamar Heyoon, ela pode me ajudar. Mesmo Mark sendo meu melhor amigo, ele sabe ser fofoqueiro.

Entrei no hospital às pressas, e vi Heyoon no balcão vendo fichário de algum paciente.

— Atrasado? Não, imagina, nem precisávamos de você mesmo.- Ela ironizou.- Teve um acidente de carro com um garoto de 10 anos, eu tive que chamar o Hopkins! O Hopkins!

Hopkins era um velho neurologista daqui do hospital. Eles só não o demitem porque seu irmão mais novo é dono do hospital. Ele já confundiu um tumor com um citoplasma, literalmente. Ele é um perigo para este hospital.

— Me desculpe, eu e Josh tivemos uma briga ontem e acabei dormindo tarde. Não gosto de ficar brigado com ele.- Eu expliquei.

— Rolou surra?

— Que? Por que?

— Sua mão.- Ela apontou.

— É nisso mesmo que você tem que me ajudar. Faz um raio X, alguma coisa para ver se está tudo bem. E não, eu não soquei o Josh... eu... escorreguei na escada e cai.

— Hm, engraçado. Geralmente quando alguém cai as duas mãos vão na frente, não apenas uma.

Heyoon me conhecia muito bem, mas dessa vez eu não iria deixar ela saber a verdade. Então só insisti para ela me levar logo pro exame, e ela aceitou. Fiz todos, e então ela me mostrou.

— Olha, o que você deve ter feito, foi bem feio, porque o osso tá quebrado do dedo anelar.- Ela disse me mostrando o raio X.

— Droga. E quando poderei voltar?

— Um mês.

— O que? Um mês? Mas... eu tenho pacientes que vão ter que fazer cirurgia ainda nessa semana!- Tentei explicar.

— Pensasse isso antes de "cair da escada".- Ela faz aspas.- Vai ter que chamar outro neuro, porque eu não vou deixar você operar com a mão desse jeito. Sinto muito Noah, mas sabe que eu estou certa.- Ela pausou, enquanto eu negava com a cabeça.- Veja isso como uma oportunidade de ficar mais tempo com os seus filhos! Aposto que eles adorariam ter você em casa por um mês, principalmente a Liz.

— Por que a Liz?

— Ela é grudadinha em voce. Um dia ela me disse que vai querer ser igual você um dia, um médico do cérebro.- Ela riu.- E Nick disse que teria um pouquinho de nojo de encostar no cérebro de alguem, aí Laila disse que concordava. Parece que sua pequena vai herdar seu talento.

Eu sorri em ouvir isso.

— Ok, você me convenceu. Então, deixe pelo menos o Smith com meus pacientes.

Smith era um excelente médico, mas não tanto quanto eu. Sem querer me gabar.

— Vou conversar com ele. Agora, deixa eu colocar a tala nesse dedo.

Depois de uns trinta minutos, Heyoon conseguiu colocar a tala e enfaixá-la. Eu fiquei agoniado porque não conseguia de jeito nenhum mover aquele dedo, e Heyoon ficava rindo quando eu tentava escrever alguma coisa.

— Já sabe as regras, né?- Perguntou.- Sem correr, sem usar a mão, tenta não quebrar mais ainda o dedo, e, por favor, não carregue nenhum dos seus pequenos no colo. Apenas com o braço esquerdo.

— Ok, mamãe.- Eu ironizei e ela me deu um tapa no ombro.

— Só estou cuidando de você, porque tem um monte de pessoas que precisam da sua mão intacta.- Ela disse.- Vou te dar um atestado, e você já pode ir.

Heyoon assinou o atestado, e me deu, e então se despediu, já sendo chamada para uma consulta. Fui embora do hospital, com dificuldade para dirigir já que meu dedo estava com uma tala.

Quando cheguei em casa, meus filhos estranharam, e Any também.

— Uai.- A Laila disse.

— Boa notícia, anjinhos.- Falei colocando a mochila no sofá, e mostrando meu dedo.- Vou ficar um mês em casa.

Os três comemoraram, e eu fiquei chocado. Era como se elas estivessem agradecendo por eu ter quebrado meu dedo. Mas, bom, até que posso entender a alegria deles. É raro as vezes que eu fico em casa nos dias de semana.

Any nao sorriu, mas percebi que ela não ficou triste também. Como eu disse antes, o brilho dela sumiu. E, pro um momento, percebi que Josh tinha razão. Bater naquele cara não adiantou nada. Any continua a mesma.

[...]

— Oi...- Any se aproximou de mim, enquanto eu tentava cortar uma maçã para Laila comer. Eu tentava, já que meu dedo estava engessado.- Não deveria estar fazendo isso. Deixa que eu faço.

Ela tomou a faca da minha mão e começou a cortar a fruta, com muita facilidade.

— Obrigado.- Eu murmurei.

Ficamos uns segundos calados. Nós dois sabíamos que ela estava curiosa e preocupada demais para ficar calada e não perguntar nada, então...

— Posso perguntar como conseguiu quebrar o dedo?- Ela disse sem olhar para mim.

— Eu já te respondi hoje, eu caí da escada.- Menti na cara dura.

— agora me conte a verdade.- Eu rolei os olhos.

— Essa é a verdade.

— ok, quando quiser me contar, estarei aqui.

Nós dois continuamos quietos. O clima estava tenso, e eu podia ver que ela não gostava disso tanto quanto eu não gostava.

— Liz me disse que você e Josh pareciam estar brigando ontem.- ela continuou.- Quer dizer, não que seja da minha conta, mas... eu não gosto e não consigo ver os dois brigados. Vocês são um casal muito, muito bonito. E eu...

— Eu queria que você fizesse parte dele, mas... aqui estamos.- Interrompi, tentando mudar de assunto e sair dali logo.- Não que seja sua culpa. E não é. É daquele... cara.

Ela ficou quieta, e percebi que foi um erro ter tocado nesse assunto.

— Enfim, se eu puder ajudar em alguma coisa, me avise. Porque eu... eu gosto de você dois, e não quero que continuem brigados.

Ela disse terminando de cortar a maçã e saindo dali. Fui atrás dela, vendo meus filhos sentados no sofá vendo um filme. Josh estava atrasado. Era raro quando isso acontecia, mas agora isso não vem ao caso. Ele vai chegar.

Alguns minutos se passaram, e então ouvimos o barulho da porta e Josh entrando na sala. As crianças correram até o loiro, e o abraçaram forte.

— Ola, Any!- Josh brotou um sorriso quando a viu, e ela também. Mas, quando ele me viu, o sorriso desapareceu.- Oi.

— Oi.- Eu disse de volta. Pude ver Any olhando para nós dois meio que surpreendida. Ela nunca havia nos visto assim, brigados.

Josh subiu as escadas, e Any colocou a mão na minha perna, se aproximando para sussurrar algo em meu ouvido. Me arrepiei com seu simples toque.

— Vai lá conversar com ele. Eu aposto que ele irá te ouvir.- Ela se afastou e depois piscou.

Eu suspirei fundo, e então eu criei coragem e fiz o que ela disse. Eu subi, tentando preparar um discurso no meio do caminho para dizer toda a verdade. Ele é a pessoa quem eu amo, e não quero mentir.

Bati na porta, como se estivesse pedindo permissão para entrar no meu próprio quarto. Ele fez um sinal com a cabeça, colocando outra roupa.

— podemos conversar?

— Quero ficar com os meus filhos agora.- Ele respondeu seco.

— Acho que Any consegue ficar mais um tempinho com eles.- Falei fechando a porta atrás de mim. Ele rolou os olhos.

— O que foi?

— Eu te devo explicações.- Eu falei.

— Deve mesmo. Mas, quer saber? Eu não vou ligar. Faça o que quiser, vá para o barzinho e se divirta espancando os outros e sendo espancados. Eu não estou nem aí. Você me magoou muito ontem, Noah. Me disse coisas que nunca achei que diria para mim. Me chamou de mimado, egoista, e ainda quer que eu te escute?

Ele caminha até a porta, e então ele á abre. Assim, tomo coragem de dizer alguma coisa.

— O cara que eu espanquei foi o cara que espancou e estuprou a Any, e quase sequestrou nossa filha.

Ele parou de andar, e travou. O pude ver fechando a porta e virando-se para mim.

— Como é?

— Eu o encontrei no bar. Ele disse o que havia acontecido para os amigos dele, e eu apenas juntei as peças, e vi que era sobre a Any que ele falava. E então minha cabeça agiu sozinha, e quando fui ver já estava em cima dele.

Ele olhou para mim, em choque, sem saber o que dizer. Josh abriu a boca exatamente duas vezes, mas nada saiu de lá.

— mudou alguma coisa?- Ele perguntou, e eu franzi o senho. Depois, entendi o que ele quis dizer.

— Não... você... tinha razão. Não adiantou nada aquilo. Tirando que ele merecia.- Eu pausei enquanto ele ainda olhava para mim.- Desculpa, baby.

Ele mordeu os lábios. Ele sempre fica assim quando eu o chamo de baby; todo rendido e apaixonado por mim.

— Você é um puta orgulhoso as vezes, sabia disso?- Ele cruzou os braços com a aparência seria.- Mas... eu te perdoo, Noah. Quer dizer, ainda estou meio chateado, mas eu te perdoo, porque não consigo ficar brigado com você por muito tempo e também porque eu te amo.

Eu brotei um sorriso, e me aproximei dele, pegando em seu pescoço e o puxando para mim, dando-lhe um beijo calmo, sem pressa. Ele retribui na mesma intensidade, e pude ver um sorrisinho se formando.

Paramos de nos beijar, e ele descruzou os braços, e colocou a mão na minha cintura.

— Mas você vai ter que me recompensar mais tarde...

— Ou agora?- Falei indo abrir seu zíper da calça, lentamente.

— E as crianças?

— Estão com a Any...- Me aproximei para beijar seu pescoço, e ele colocou a mão na minha cabeça, empurrando-a.

— Noah...- Ele arfou.- Noah, para. Agora não. Any e as crianças estão aqui, estou com medo delas ouvirem. E também, ela tem que ir embora, já está tarde. Vou dar carona pra ela.

Resmunguei irritado, me afastei dele, e avisei que aconteceria assim que as crianças dormirem e Any ir embora após Josh dar a carona.

Descemos as escadas, e começamos a preparar as criancas para irem dormir. Coloquei Nick na cama, e o beijei na testa.

— Boa noite, filhao.

— Papai.- Ele disse.- Você sabia que eu te amo?

— Não, não sabia. Pode repetir de novo pra eu ter certeza?- Eu falei sorrindo. Ele era um fofo.

— Eu te amo. E amo o papai Josh também. E a Liz. E as vezes a Laila. A Laila as vezes não me deixa brincar com ela e com a Liz... mas eu amo ela mesmo assim.- Ele deu de ombros

— Você sabe que sempre deve proteger suas irmãs, certo? Se qualquer outro cara tentar fazer coisas mas com a Liz ou a Laila, você tem que fazer alguma coisa.

— Eu vou dar uma surra nele!- Ele deu um soco no ar, com a cara seria. Eu ri.

— Claro que vai.- Pausei.- Filho, você promete cuidar sempre da sua irmãzinha Liz? Sempre?

— Por que só da Liz?

— A Laila já tem mais noção das coisas, ela é muito esperta. A Liz também é, mas tem uma inocência que...

— O que é inocência?- Perguntou confuso.

— Ah, deixa pra lá. Só prometa que vai cuidar das suas irmãs sempre.

— Que nem você cuida da Any?

Eu abri a boca, mas não falei nada. Como ele... Deus, será que ele sabe de alguma coisa?

— De onde você tirou isso, Nick?

— Quando a Any cortou a mão com a faca, você cuidou dela direitinho.- Ah, ufa. Ainda bem.

— Ah, sim. Isso, isso mesmo.- Assenti com a cabeça.- Agora vá dormir. Eu te amo, ok?

— Eu te amo mais.

— Quer mesmo competir quando sabe que pode perder?- Eu o provoquei e fiz cosquinha.- Boa noite.

Fechei a porta e apaguei a luz do quarto dele, indo relaxar na minha cama. Josh já foi levar Any para sua casa; estávamos fazendo isso todos os dias praticamente, ou falamos para o motorista a levar.

Respirei fundo, e soltei o ar. Pela primeira vez, eu sentia que estava dando tudo certo.






















Me desculpem pelo capítulo bosta e a demora

Esse começo de ano tá sendo muito apertado pra mim gnt, eu tenho três provas essa semana é mais três semana que vem. Então não sei se conseguirei escrever e postar um inteiro tão cedo... sinto muito. Mas prometo postar um dia ou outro.

Eu queria poder ser mais ativa por aqui, mas eu só entro nesse App para escrever logo para vocês. Nem estou lendo mais fanfic, apenas escrevendo para tentar finalizar essa fic.

Mudando de assunto, o que vocês acham da relação do Noah com os piticos? Eu acho tão fofooooo. Amo fazer cenas deles.

Vcs acham que o Noah agiu certo?

Aiai que enrolação pra esses três ficarem juntos, né? Prometo pra vocês que eles ficaram juntos em breve. Não vou mais enrolar para vocês kkkkk

É isso, votem e comentem bastante

RUMO A 5K DE VOTOS AIJSWISBISWJAO SÉRIO AMO VCS

Um beijo e um queijo 🧀

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