Capítulo 25
Any Gabrielly
— Espera!- Eu gritei desesperadamente me levantando da maca, o que me causou um pouco de dor.
Será que Dylan estava certo? E se eu morrer aqui? Eu teria mais tempo para me despedir, teria mais tempo para aproveitar... e, além do mais, teria mais tempo para ficar com Josh e Noah.
As chances são tão grandes de morrer que eu, de repente, perdi a coragem.
— O que foi, Any?- Noah me perguntou.
— Eu não sei se eu estou pronta.- Eu disse.- E se eu... e se eu morrer?
— Eu não vou permitir isso.- Noah falou.- Ninguém aqui vai.
Eu olhei para todos naquela sala de cirurgia. Que eram muitos, eu levantei o olhar e vi pessoas (médicos) observando por cima a cirurgia. Já que era um tumor raro, havia atraído muitos médicos para verem. Ainda mais com uma pessoa "famosa".
Eu olhei para Dylan, e sorria gentil, como se eu estivesse fazendo a coisa certa.
— Any, olhe pra mim.- Mark me pediu, é assim o fiz.- Você quer mesmo parar? Porque eu não estou fazendo essa cirurgia só para roubar dinheiro seu, eu estou fazendo isso porque eu, Noah e todos os médicos daqui se importam com você. Então, se quiser mesmo parar, e não estiver pronta para essa cirurgia, tem certeza que estará pronta para viver por mais 2 ou 3 meses com uma dor mais de insuportável e ver todas as pessoas ao seu redor sofrendo por isso?
Eu me calei.
Droga, ele tinha razão.
Uma coisa que eu odeio em mim mesma, e fazer com que as pessoas se importem comigo. Eu as deixo se aproximarem muito, e isso traz consequências. Porque eu sou uma pessoa problemática. Uma consequência.
Noah disse para eu fazer essa cirurgia por mim. Mas infelizmente eu não vou fazer isso.
Olhei para Dylan.
— Não faça isso! Any, você pode morrer aqui! É melhor mais dois meses do que nada!- Ele gritou.
Eu neguei com a cabeça e olhei para o anestesista.
— Faça logo essa cirurgia.
Josh Beauchamp
Ela não pode morrer.
Eu confio muito no Noah para fazer isso. Mas será que ele aguentaria? Já basta ter Sina morta em uma cirurgia que ele fazia. Se Any morrer, ele vai se desligar do mundo.
Eu e ele.
Porque nós a amamos demais para não nos desligarmos.
Eu a amo. E eu não quero que ela morra de jeito nenhum. Parte disso, eu me sinto culpado. Por que toda mulher que eu amo acontece alguma coisa? A Sina, morreu quando Liz nasceu. E Any... ela está numa cirurgia nesse exato momento onde só há apenas poucas chances de sobrevivência.
— Ela é minha melhor amiga.- Sabina disse ao meu lado, secando uma lágrima.
Eu sentia do dela também. Tenho certeza que ela sofreria mais do que eu e Noah juntos se Any morrer.
— Eu amo tanto ela. Eu queria que ela soubesse que eu não sou aquela garota riquinha e mimada que não tem a atenção dos pais e acaba querendo muita a atenção dela. A única que me aguenta.
Eu a abracei. Ela precisava disso. E, para falar a verdade, eu também.
— Ela está em boas mãos. Meu cunhado não vai deixar que isso aconteça.- Joalin disse.- Vem cá, eu não gosto de te ver triste.
Sabina saiu do meu abraço e abraçou minha irmã, que a recebeu bem nos braços.
Liz dormia na cadeira, e Nick jogava um joguinho em meu celular. Tadinhos, eles não tinham muita noção do que estava acontecendo. Para eles é fácil, é só dizer que Any virou uma estrelinha e que ela estará observando eles do céu.
Agora, para Laila, era difícil. Ela é mais crescida, tem mais noção das coisas. Eu nunca acharia que ela choraria por alguma pessoa a não ser de sua família. A mesma estava roendo suas unhas, que estavam pintadas de cor de rosa, estragando o esmalte.
— Se a Any morrer, você vai contratar outra babá?- Ela perguntou.
— Não vamos pensar nisso agora. Quando a cirurgia acabar e Any sobreviver, ótimo. Maravilha. Mas, se não, nos veremos o que faremos, ok?- Apertei seu nariz de leve, e ela assentiu com a cabeça.
[...]
Já tinham se passado seis horas. Joalin levou os meninos para casa três vezes para eles comerem algo ou tomarem um banho, mas eu e Sabina não saímos de lá por nada.
Eu estava começando a ficar nervoso. Já deveria ter acabado, não deveria?
Ah, isso é um bom sinal. Se Any já estivesse morta, eles já teriam vindo faz tempo para não dar a notícia. Então, ela ainda estava viva. Ela ainda estava respirando.
E, do nada, Mark e Noah passam pela porta. Meu coração deu um pulo e errou um batimento. Me levantei mais depressa que qualquer um, e Sabina depois de mim.
Noah estava com os olhos vermelhos. Não...
Não. Não. Não. Não. Não. Não.
Não.
Ela não pode estar morta.
— Não me diga que ela...- Sabi começou.
Os dois ficaram calados.
Sabina viu no chão, e começou a chorar. Eu levei minha mão até a boca, sentindo o choro vir.
Ela estava morta.
Ela estava morta e eu nem disse que eu a amo.
Não perdi tempo, sai do hospital correndo e assim que encontrei um beco sem saída e escuro, onde não havia ninguém, me pus a chorar. E chorar. E chorar.
Minha vida não faria mais sentido.
(N/a: shajsudjwk é agora que vocês me assassinam. Eu quero rosas brancas no meu funeral, tá?
Gente é brincadeiraaaaaaaaa. KKKKKKKKK vcs caíram?
Eu estava escrevendo e aí então pensei: "Hm, por que não desafiar a morte hoje?" Aí eu escrevi isso.
Por favor eu imploro eu sou muito jovem pra morrer. Não me matem.
Bom, aqui está a REAL notícia se Any morreu ou não:)
— Não me diga que ela...- Sabi começou.
— Ela está bem.
Eu senti um alivio. Um alívio que eu nunca havia sentido antes na minha vida.
Ela está viva. Ela está respirando, e sobreviveu. Eu posso vê-la de novo, beijá-la novamente, e fazer outras coisas com ela... ela está viva.
Sabina começou a chorar, de alívio. Deu um abraço tão forte no Noah e no Mark que eles não conseguiram respirar, e eu me sentei na cadeira, sorrindo e limpando as lágrimas.
— Vocês conseguiram remover tudo?- Eu perguntei.
— Sim.- Mark respondeu.- Foi bem arriscado, teve algumas horas que Any estava na beira da morte, mas conseguiu sobreviver. Ela é uma guerreira.
— Muito obrigada. Muito obrigada. Sério. Vocês nao imaginam... muito obrigada.- Sabina agradeceu pela milésima vez.
Noah se sentou ao meu lado, e então disse:
— Ela sobreviveu.- Sussurrou.
— Eu sabia que você conseguiria.- Eu falei, e então nos abraçamos.– Eu te amo.- Sussurrei em seu ouvido.
– Ei, calma, não se emociona, ela tá bem.- Ele sussurrou de volta.
Eu queria beijá-lo bem ali, mas em frente aquelas pessoas nos olhando, não podia. Porque se não, estragaria o meu "disfarce" de casado com a Any.
— Eu posso vê-la?- Sabina disse.
— Como a pessoa mais próxima que ela tem, sim.- Mark respondeu.
— E eu?- Perguntei.
— Você ainda...– Ele olhou para as pessoas ao redor, que nos olhavam curiosos, e já cochichando e fofocando. Eles devem ter escutado que Any estava bem.
Então, seria estranho o próprio "esposo" não vê-la, certo?
— Ok. Podem vir.
Eu e Sabina fomos que nem the flashes para la. Não aguentava mais não ver Any, eu já estava com saudades dela.
Antes, eu conseguia dormir tranquilo, sabendo que eu a veria no dia seguinte. Mas agora, quer dizer, 2 minutos atrás, eu não tinha essa certeza. E saber que isso não é verdade, me faz ter um alívio...
Porra, eu a amo demais.
Chegando lá, vimos Any inconsciente, com alguns soros no braço e uma máscara para ela poder respirar melhor. Eu rapidamente fui ver seus batimentos cardíacos.
Fiquei tão feliz em ver aquela linha subindo para cima e para baixo de uma forma rápida e estável.
Sabina sorri e vai até Any, se sentando na cadeira e pegando na mão da amiga, tão feliz quanto eu, ou até mais. Deve ter sido mais doloroso para Sabina do que para mim. As duas poderiam não parecer, mas são bem almas gêmeas. No sentido de amizade.
— Qundo ela acorda?
— Isso depende dela. Pode demorar horas, ou até um dia, mas ela irá acordar. E quando for a hora, não façam com que ela fale muito, o cérebro dela ainda está se recuperando da cirurgia e usar mais ele irá piorar.
Eu concordei, e Sabina também.
Agora, o que resta é esperar.
[...]
— Quando ela vai acordar?- Nick perguntou no meu colo, observando Any.
— Eu não sei.- Falei beijando o topo de sua cabeça.
— E agora? Você sabe?
Ri fraquinho, e repeti a mesma coisa que antes.
— Eu não sei.
Liz brincava com Laila no canto do quarto de cartas,. E, sinceramente, nunca vi Laila tão feliz. Quando eu disse que Any estava bem, ela abriu um sorriso tão grande e quase chorou. Quase.
Noah também estava sentado no outro lado do quarto, quase dormindo. Ele apoiava sua cabeça na mão, quase fechando os okhos, mas quando fechava, se tratava de abrir.
Sabina mexia no celular. Afinal, já haviam se passado algumas horas e não tínhamos nada pra fazer. O pior já havia passado.
E então, de repente, ouvimos uma respiração forte, e então todos olhamos para Any.
Eu vi seus olhos piscando lentamente.
Coloquei Nick no chão e fui correndo até ela, que nem Sabina e Noah. Eu sorri.
— O que...
— Não fale. Não diga nada. Vai doer bastante.- Noah disse rapidamente.
Ela obedeceu, apenas mexendo os seus olhos castanhos para lá e para cá num ritmo acelerado. Sabina acariciou os seus cabelos, e apertou mais sua mão, emocionada.
— Você sobreviveu, Any. Sua desgraçada, quase me matou de susto!- Brigou com ela, e então eu olhei feio por causa das crianças.
— O que é desgracado?- Nick perguntou.
— Nada meu filho. Coisa de adulto.- Noah falou.
— Any você acordou!- O garotinho disse se enfiando na minha frente.
Any olhou para ele. Mas não disse nada. Nem sorriu. Uai, como assim?
— Q-quem são vocês?
(JAHSJSUAHSU DE NOVO AMSKSKSK
Gnt era brincandeita, tá? De novo.
Ai hj eu tô numa vibe mais deprê e tals aí escrevendo isso eu já saberia q vcs vão me assassinar ent...
Brincadeira brincadeira
Agr sim (pela segunda E ÚLTIMA vez:)
— Any você acordou!- Nick disse se enfiando na minha frente.
Os olhos de Any pararam no pequeno, e então ela brotou um pequeno sorriso. E então depois, olhou para mim, e meu coração pareceu parar por um minuto.
Ela olhou para Sabina logo em seguida, e depois para Noah. Ela parou um pouco nele, e depois fez uma cara de quem parecia que estava faltando mais gente.
— Liz, Laila, venham aqui.- Eu as chamei.
Liz veio, mas Laila parecia nem se mover. Liz sorriu e então perguntou:
— Any, vuxe foi plu céu e volto?- Ela assentiu com a cabeça lentamente.- Vuxe disse pla mamãe?
Eu fiquei confuso. Disse o que?
Ela sorriu mais um pouco e assentiu com a cabeça novamente. Estou mais confuso ainda.
A garotinha sorriu. Ah, não importa, depois eu pergunto. O que importa agora é Any. Ela estava acordada, e isso era o motivo para eu ficar mais alegre no momento.
— Laila, venha.- Noah disse, e então Laila se levantou lentamente e vejo até nos.
Laila encarou Any. Eu não sei o que estava rolando, mas a loira estava agindo de forma estranha.
— Não faz mais isso comigo. Nunca mais!- Ela disse pegando na mão livre de Any. A mesma assentiu, dando um pequeno sorriso.
[...]
Depois de algumas horas paparicando Any, todos nós, inclusive Noah, fomos para casa pois precisávamos de um descanso. Um descanso de toda essa tensão, essa pressão. Agora, estava tudo bem, e Any não tem mais perigo.
— Vcoe não imagina o alívio que eu estou sentindo.- Eu falei.
— Pois é. O coração de Any parou por várias vezes e sempre conseguíamos reanimá-lá, mas em todas as vezes eu ficava tenso. Começava a me sentir culpado, mas quando eu via o batimento dela, eu ficava tão tranquilo.
Ele se deitou no meu peito, na nossa cama. Ficamos alguns minutos em silêncio, até eu ouvir um choro baixinho vindo dele. Rapidamente, eu perguntei:
— Amor? Está chorando?
— Eu fiquei com tanto medo, Josh. A vida dela estava literalmente nas minhas mãos, eu... eu estava com tanto medo dela morrer. Eu não conseguiria viver com essa culpa.
Ele começou a chorar, e eu o acolhi com meus braços e com minhas palavras.
— Ei, shh, calma, tá tudo bem, ela está fora de perigo agora. Você conseguiu.- Eu beijei o topo de sua cabeça.
— Eu preciso vê-la. Eu não posso sair de perto dela. Vai que... vai que acontece alguma coisa. Josh, eu quero voltar.
Ele rapidamente se levantou da cama e já ia procurando uma roupa, mas eu o impedi.
— Ei, Noah! Olha pra mim!- eu peguei seu rosto.- Ela tá bem. Calma, respira.
— e se ela...
— Nada vai acontecer, Noah. E, se acontecer, Mark está lá. Ele vai saber como agir, e mesmo assim, nada vai acontecer, ok? Eu sei que você a ama assim como eu, mas temos que dar espaço a ela agora, para ela relaxar. Se você for lá agora, no meio da madrugada, ela ficará ainda mais tensa pensando se ainda tem algum perigo.
Essas palavras foram suficientes para que Noah se acalmasse e deitássemos não cama novamente.
Ficamos por longos minutos deitados sem dizer nada um para o outro. Mas ainda tinha uma dúvida que não queria se calar:
— Noah,- o chamei- Sera que, agora que não há mais perigo e ela ficará bem, há uma chance dela... de ela ficar com a gente?
— Eu não sei. Mas, se fosse por mim, você já sabe a resposta.- Pausou.- Eu só quero que ela seja nossa de uma vez por todas, Josh. Não estou falando possessivamente, mas, eu só quero que ela seja mais do que nossa amiga e funcionária...
Eu não podia negar que também queria aquilo.
[...]
Agora se fazia uma semana desde que Any voltou da cirurgia viva, e, sim, ela já voltou para o seu apartamento sob todos os cuidados de Sabina. E, infelizmente, não havia desculpas para eu vê-la.
E então eu tinha que pelo menos ouvir sua voz.
Eu consegui seu número, com Monica. Eu cliquei no teclado os dígitos e esperei ela atender. Eu estava nervoso.
— Alô?
Ah, que saudade dessa voz.
— Oi, Any. É o Josh.
— Ah, oi.- Ela disse, e pude notar que estava meio sem graça.
— Você tá bem? Ainda sente algumas dores?
— Ah, eu fico na cama o dia inteiro porque Sabina não me deixa fazer nada a não ser ir ao banheiro, então.- Ela fala como se estivesse reclamando da amiga.
— ela está fazendo certo, e você sabe disso.
— Hm, sim. Mas nem pra pegar um copo de água ela deixa eu ir.- Ri fraquinho pelo outro lado da linha.- E por que você me ligou?
— Ah, eu... eu...- tentei inventar uma desculpa o mais rápido possível.- Eu queria saber se... se você vai querer mais alguns dias de folga de babá das crianças do que o médico lhe passou. Sabe, se quiser descansar mais.
— Não, que isso, eu estarei de volta aí segunda. Já estou bem. Não sinto dor, e não vejo mais alucinações. Eu estou bem.
Eu ficava feliz em ouvir essas palavras.
— Que bom...
Ficamos longos segundos em silêncio, ninguém sabia o que falar. Até que eu tomei coragem:
— Any...
— Eu sei o que você vai falar. E eu... eu não sei ainda. Eu acabei de sair de uma cirurgia de muito risco, e minha vida ainda está uma bagunça. Eu amo passar tempo com você e com o Noah, eu amo ficar com vocês e conversar, mas eu preciso colocar meus pensamentos em ordem. Espero que entenda, e me desculpe por ser tão enrolada...
— Pode demorar o tempo que quiser. Eu... quer dizer, nós estaremos sempre te esperando. Dure o tempo que for. Se for por você, eu espero até a velhice.
Ela ficou envergonhada, pois não me disse mais nada. E eu sorri.
— Boa noite, Josh.
— Boa noite, Any.
[...]
É hoje.
Hoje ela estará de volta.
Se eu estou nervoso? Não, imagina. Só estou contando os minutos no relógio no trabalho pra eu voltar para casa e ver ela.
Deus, essa garota me deixa louco.
— Está tudo bem, Sr.Beauchamp?- Taylor me perguntou.- Prece nervoso.
— Ah, não. Impressão sua.- Eu disse.- Hm, pode me informar que horas são?
— Quinze pras sete.
— Estou indo embora.
— Mas ainda falta 15 minutos pra dar o horário.- Ela disse estranhando.
— Taylor, é urgente. Eu tenho que voltar para casa
Nem esperei por sua resposta e sai dali às pressas. Quando percebi, estava correndo em alta velocidade até minha casa. Abri a porta rapidamente quando eu cheguei, e então eu a vi, sentada no sofá com cartas na mão brincando com as crianças.
Ela olhou para mim, e então nós encaramos. Ela sorriu.
— Oi, Josh.
— Oi.
Ver ela pessoalmente era tão bom.
— Papai! A gente tá jogando cartas, quer jogar com a gente?- Nick me perguntou com seu sorrisinho.
— Claro. Eu só vou lá em cima... papai Noah já está aqui?- Perguntei ainda olhando para Noah.!
— Sim.
Subi as escadas até o quarto, e então assim que fechei a porta, pude deparar com o sorriso que eu estava dando.
— É por causa da Any, né?- Noah perguntou, e então eu parei e sorrir.
— O que? Não.
— Não se preocupe, eu também dei esse sorriso quando a vi.- Disse ele com sua voz rouca dando um pequeno sorriso safado.
— Ela pediu tempo. Não podemos fazer nada por enquanto. Ah, mas eu queria tanto...- Me deitei na cama, me jogando nela.
— Eu também, mas temos que respeitar o espaço dela. Eu a entendo, afinal, ela acabou de sobreviver de uma cirurgia onde a probabilidade disso acontecer era pouca.- Ele disse.- Mas temos que ser pacientes.
— Ela tem que aceitar. Porque eu não conseguiria ficar sem ela, literalmente.- Eu disse para ele.
— Eu também não.
Decidimos descer, e vimos os quatro conversando enquanto jogavam Uno, eu acho.
— Any, está se sentindo bem?- Noah perguntou.
— Estou me sentindo ótima, para falar a verdade.
— Anjinhos, ela ficou se movimentando ou se esforçando muito?- Ele perguntou para nossos filhos.
— A genti num deixo papai.- Liz disse orgulhosa.
— Hm, que bom, porque a dona Any precisa descansar.- Disse brincando.
— Eu já disse que consigo fazer as coisas sem ajuda.- Ela protestou.
— Mesmo assim. Todo cuidado é pouco.
Ela revirou os olhos e voltou a olhar suas cartas, voltando a jogar com os meninos. Perguntando se podíamos jogar, e eles deixaram. Logo, estávamos nos seis jogando Uno.
Mais tarde, colocamos os três pestinhas na cama, e eu fiquei triste, pois isso significava que Any tinha que ir embora. Mas, pelo menos, eu queria conversar um pouco com ela.
— Any?- Eu a chamei quando percebi que ela estava quase indo embora. Noah estava lá em cima cuidando de alguma coisa.
— Sim?
— Eu... já se passou uma semana. Desde a nossa conversa no telefone.- Eu falei, e então ela olhou para baixo mas sem mexer a cabeça.
— Eu sei que pedi tempo, e eu estou enrolando bastante... mas, para falar a verdade, não é por minha causa que eu pedi tempo. Foi por causa de vocês. Você, Noah e as crianças tem a vida tão perfeita.... E eu.... Eu só consigo estragar a vida dos outros. Se eu tivesse morrido naquela cirurgia, eu destruiria a vida da Sabi, ela ficaria arrasada... eu que tinha implorado para aquela maldita viagem de avião onde as pessoas que eu mais amo foram, e todos morreram menos eu... eu estou fazendo isso por vocês, Josh. Não quero estragar a vida de vocês também.
— E quem disse que você estraga? Any, literalmente, quando você chegou, você deu mais alegria á essa família. As crianças te adoram, e você nunca fez nada de mal á elas... você não pode ficar se culpando disso pra sempre.- Eu me aproximei.- Você não estraga a vida de ninguém. Muito menos a minha.
Coloquei uma mecha de seu cabelo atrás de seu pescoço, e então ela me olhou. Ela queria negar o que estava prestes a acontecer, mas ela sabia que não conseguia. E nem eu.
— Deus, Any, eu só quero te beijar logo e passar todo o tempo que eu tenho com você e com o Noah...
Sem nem esperar eu terminar a frase, ela selou os nossos lábios. Eu já havia feito isso duas vezes, mas sempre será mágico para mim... sempre será de fazer meu coração explodir de tantos batimentos.
Eu a amo mais do que tudo. (Tirando Noah e as crianças). E eu faria o impossível para ficarmos juntos, não importa como.
Eu realmente espero que vocês não me matem porque eu ainda tenho muito para viver.
Gente, deixe uma ideia sua para a fanfic porque as minhas acabaram, então faz uma teoria ou uma ideia que você pensou aqui:
GNT VCS VIRAM Q A NETFLIX VAI TIRAR GREYS NO FINAL DE DEZEMBRO? MANO EU TÔ MUITO PUTA SRO
Talvez eu fique um tempo sem postar pq eu tô de férias e vou viajar, só volto em janeiro, então vcs que lutem kkkkkkk
Votem e comentem bastante
Até o próximo
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