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Capítulo 24

Any Gabrielly

Por favor... por favor, sai.- Eu falava enquanto me abraçava na cama, tentando fazer com que Dylan saísse.

— Eu não posso.

— VAI EMBORA!- Eu gritei me levantando.

— Desculpa...

Eu peguei um vaso de flores que havia ali, que Monica havia me dado quando veio me visitar. E então, eu joguei nele. Quer dizer, tentei jogar. Pois Dylan desviou e o vaso se quebrou em mil pedacinhos.

— EU TE ODEIO!

Peguei o controle remoto da televisão e joguei nele com toda força, mas também foi desviado, e minha raiva só aumentava.

— Eu sei...

— SE NÃO FOSSE POR VOCÊ EU NÃO ESTARIA AQUI AGORA!

Dessa vez, eu peguei o copo de vidro que estava na bancada e me aproximei dele para não errar o alvo. Ee se afastou.

Joguei o copo novamente, mas meus olhos estavam embaçados demais por conta das lágrimas, e acabei errando.

Comecei a chorar, já desistindo das minhas tentativas, e me agaxei no chão. Se alguém que não me conhecesse me visse desse jeito, acharia que eu fosse louca.

Bom, agora eu sou uma.

— Any, o que...?- Ouvi uma voz conhecida.- Aí meu Deus. Any, você tá bem?

Noah veio correndo até mim e ajoelhou-se, eu levantei a cabeça e olhei com raiva nos olhos para Dylan. Ele apenas encolheu-se, e Noah colocou a mão nos meus ombros.

— Any, conversa comigo.- Disse.- O que houve?

— Ele... ele tá aqui.- Murmurei entre soluços.- S não me deixa em paz.

Ele umedeceu os lábios.

— Onde ele esta?

Apontei olhando para o mesmo. Noah olhou para lá, mas obviamente não via nada.

— Isso é um inferno.- Eu falei.- Esse tumor é um inferno, Noah. Por favor, faz parar.- Falei retornando a chorar.

Ele me abraçou, beijando o topo da minha cabeça.

— Eu não posso... eu não posso fazer nada a não ser que me permita fazer essa cirurgia.- Ele disse me abraçando mais forte.

— Então olha pra mim.- Eu me afastei e olhei em seus olhos, mas ele não me olhou nos meus.- Olha pra mim.

Ele queria, mas não conseguia.

— Viu? Você nem consegue olhar nos meus olhos.- Eu falei.- Eu quero o antigo Noah. Eu quero aquele Noah amigo que sempre vai me apoiar e não me olhar estranho porque eu estou doente.

— O que? Não! Eu nao... eu não olho mais pra você por causa disso, é porque...- Ele pausou, criando coragem.- É porque eu não consigo te ver sofrendo. Dói. Dói te ver assim e não poder fazer nada.

Foi minha vez de morder o lábio.

Olhei para Dylan no canto do olho, e ele apenas nos via não dizendo nada.

— Então faz.- Eu falei.- Faz essa cirurgia.- Eu falei olhando para Dylan, que me olhou com cara de espanto.- Faz essa cirurgia e tira essa droga de tumor do meu cérebro.- Olehi para ele.- Porque, se eu não fizer, sobreviverei pro mais dois meses. Dois meses de pura sofrencia. E isso doeria em você. Mais do que doeria em mim.

Ele olhou para mim.

Pela primeira vez, ele olhou nos meus olhos.

— Não quero que você faça essa cirurgia por minha causa. Eu quero que faça por sua causa, porque você quer, e não por mim. Pela primeira vez, se coloque na frente dos outros.

Eu olhei para ele diretamente nos olhos. Parte do motivo era os outros, e a outra parte era por Dylan. Eu não queria mais vê-lo. Quando eu parar de ver ele, quer dizer que estarei curada. Que não estarei mais doente.

Eu não percebia antes, mas Dylan só piorava minha vida. Me fazendo mentir descaradamente, me afastar das pessoas que eu conheço. Me desligando totalmente do mundo só por ele.

— É por mim.- Eu falei.- É por mim.

Ele então assentiu com a cabeça, fazendo com que lágrimas surgissem nos meus olhos.

— Ok, agora se levante. Vou pedir para uma enfermeira limpar isso aqui, e conversar com o Mark.

Eu assenti, e ele me ajudou a me colocar na cama e me deitar, tentando relaxar. Respirei fundo. Minha vida estava literalmente por um fio. A cirurgia vai decidir se esse fio se arrebenta ou não.

— Você não pode.- Dylan disse após Noah sair.- Você não pode fazer isso.

Tentei não dar ouvidos.

— Você me ama, Any! Uma pessoa que ama a outra não tem esse desejo de não querer vê-la mais! Se você tirar esse tumor, nunca mais vai me ver.- Ele se sentou ao meu lado e colocou aos maos nas minhas. Porém, as tirei rapidamente.

— Talvez seja porque eu não te amo mais.- Eu falei para ele.- Eu amo Josh, e Noah. São eles quem eu amo. São eles quem vao me apoiar com qualquer decisão que eu tomar, diferente de você que quer que eu faça uma coisa na qual não quero.

Era um alívio tão bom dizer isso. E estranho.

— Como assim? Eu te amo e você me ama, Any! Sempre foi desse jeito. Você não lembra na roda gigante quando você disse que amaria para sempre? Foi uma promessa!

— Desculpa mas eu terei que quebrá-la.

— Voce é muito hipócrita.

Ele se levantou da cama com água nos olhos. E, sinceramente, eu também estou. Era difícil falar isso pra ele, para o garoto na qual eu amei praticamente minha vida inteira.

— Vai embora.- Eu disse.

— Você sabe que eu não posso.

Na hora entrou uma enfermeira para limpar aquilo, e então paramos de conversar, mas ele se mantia intacto ali. Eu desejava com todas as minhas forças que ele fosse embora.

Depois de um tempo, Mark e Noah vieram aqui.

— Mas que droga de repórteres! Eles ficam invadindo o hospital fazendo perguntas sem nenhuma humanidade.- Mark murmurou.

— Que tipo de pergunta eles faziam?- Eu perguntei.

— Perguntas idiotas.- Noah falou antes que Mark dissesse alguma coisa

— E então, Any.- Mudou de assunto.- Resolveu fazer a cirurgia, então?- Eu assenti com a cabeça.- Sabe da riscos, certo?

— Sim. Apenas 10% de sobrevivência. Se não, eu tô morta.- Eu falei

Minha vida estava sendo decidida por números. Impressionante.

Os dois respiraram fundo.

— Bom, a cirurgia será marcada para amanhã, as 12:00, ok?- Eu assenti com a cabeça.- Assim data mais tempo de se... bom, de...

— De me despedir.

Os dois ficaram quietos.

Essa cirurgia era praticamente uma sentença de morte. Eu estava praticamente planejando minha morte.

Mas terei que aceitar o risco.

[...]

Por que?- Sabina perguntou.- Nao, não! Não faça essa cirurgia, por favor.- Sabina chorava me implorando.

— Já tá decidido, Sabi. Sinto muito.

— Eu não possso perder a única pessoa que eu confio. Por favor, não.- Ela pegou na minha mão.

Doía ver ela assim.

— Desculpa...- Eu sussurrei.

E então ela chorou. Ela chorou muito. E isso não me confortou nenhum pouco. Sabina com certeza era o meu principal motivo para continuar vivendo. Ela é que nem eu, sozinha. Por isso somos amigas, porque temos essa característica em comum.

Dei graças a Deus quando as três crianças que pareciam mais tristes do que antes entraram no quarto. Sabina parou de chorar, limpando as lágrimas. Josh estava atrás deles, com uma cara triste também.

— Any!- Nick foi o primeiro a pular em mim me abraçando super apertado. Logo em seguida, veio Liz. Mas Laila continuou ali, e vi que ela remexia suas mãos que nem da última vez. Nervosa.

— Oi, meus amores.- Beijei a cabeça dos dois.

— Ny, o papai Joshy dissi qui vuxe vai fazer uma cilugia.

— É verdade, Liz.- Tentei forçar um sorriso.

— Mas ele dixe qui talveis vuxe vile estlelinha.

Doeu.

Eu olhei pra Sabina, que estava com cara de quem queria chorar novamente.

— bom, sim...- Eu falei.- A tia Any... ela vai descansar, se a cirurgia der alguma coisa errada, tá? Ela vai descansar, e vai pro céu, mas eu estarei vendo vocês de lá. Eu estarei vendo tudo o que vocês fizerem, ok?

— Que nem a mamãe Sina?- Eu assenti com a cabeça.

— Que nem a mamãe Sina.- Respondi Nick.

Eu olhei para Laila, que ainda fazia aqueles movimentos com as mãos.

— Vem cá.- A chamei. Ela hesitou um pouco, mas aí eu vi lágrimas em seus olhos e ela veio correndo até mim, me abraçando forte e chorando de novo.

Coloquei Nick de lado e eu a abracei, beijando sua cabeça. Agora não há nada que eu pudesse falar para ela se confortar, porque não tem coisa boa nisso. Quando se vai em um hospital, não tem coisa boa. Só se a cirurgia der certo. O que é raro.

— Num chola.- Liz passou a mão na cabeça de Laila.

Ouvi Josh fungando o nariz também.

— Eu não tô chorando.- Ela disse se levantando e enxugando as lágrimas.

— Que tal vocês passarem mais algum tempinho com a Any, hm?- Eu falei.

Eu tinha que me despedir deles. Eu queria ter um último momento da brincadeira.

Com certeza essas crianças alegraram minha cida. Óbvio que tiveram obstáculos (N/a: cof cof Laila cof cof), mas cada segundo em que passei com eles foi precioso. Eles me alegraram mais. Iluminaram minha vida.

Se eu morrer, quero que eles tenham uma boa lembrança de mim.

E então assim foi, praticamente a tarde inteira brincando. Eu tinha vontade de chorar. Porque eu sabia que era minha última vez brincando com eles, vendo eles se divertirem. Ah, como eu sentiria falta disso.

Não é fácil de despedir do mundo. Depois do acidente, eu sempre quis não viver mais. Só que, agora que meu "desejo" pode ser atendido, eu não o quero mais. Hipocrito, não?

— Any, a gente vai pra casa dormir aí a gente volta amanhã, tá?- Nick perguntou. Eu assenti com a cabeça.

Amanhã vai ser o último dia que eu verei eles.

E então, os três foram embora junto com Joalin. A loira veio me visitar também, quer dizer, se despedir de mim. Ela disse coisas confortantes para mim, e, posso ter fingido não ter visto, mas ela foi consolar Sabi enquanto a mesma chorava silenciosamente para eu não a ver.

Noah tinha plantão aqui, e Josh resolveu ficar comigo essa noite. Primeiro, por causa dos paparazzis. Eles sabiam que eu haveria cirurgia amanhã, e seria estranho o próprio marido não estar presente. Segundo... bom, eu acho que ele quer se despedir de mim também.

— Não precisa ficar aqui.- Eu falei para ele.- Aposto que sua cama é mais confortável do que esse sofá.

Ele riu fraco.

— Não se preocupe. Eu consigo dormir.

Ele ajeitou o travesseiro e a coberta no sofá. E então eu o olhei, mas ele tentava não me olhar. Nós dois sabíamos que ele iria desabar se me olhasse nos olhos.

— Se quiser chorar, tudo bem.- Eu disse.

— Não. Não vou chorar na sua frente.- ele disse já com a voz meio falha.

— Tá tudo bem.

Ele olhou pra mim, e depois vi seus olhos se enchendo de água novamente. Ele se levantou com pressa e veio rápido até mim, me abraçando com força.

Eu retribui, começando a chorar também. Eu sentiria falta dele. Muita.

— Me desculpa por tudo que eu te fiz de ruim. Me desculpa por ter agido de forma infantil naqueles dias, me desculpa por as vezes ter sido tão babaca quando você fazia coisas que eu mal agradecia.- Ele disse.

Josh não queria me causar pânico, mas mesmo assim ele precisava desabafar. Suas últimas palavras para mim.

— Any.- Me chamou.- Eu... eu te...

— Oh, perdão.

Noah entrou no quarto e não deixou Josh completar sua frase. O que será que ele iria dizer? Não... não pode ser.

— Tudo bem.- Eu falei, voltando a me sentar com uma dor nas costas por ter ficado ereta por muito tempo.

Josh se levantou da cama. E então, nos três ficamos calados. Ninguém sabia o que dizer. Quer dizer, sabíamos, e queríamos falar sobre, mas ninguém tinha coragem ainda.

— A gente tem que falar sobre isso.- Noah foi o primeiro, após fechar a porta.

Eu cedi. Seria meu último dia aqui, viva, certo? Por que não?

Será que eu falava pra eles? Será que eu falo que eu amo eles? Ou será cedo demais? Ou se eles ficarem sem reação e envergonhados por Nao sentirem o mesmo?

Melhor nao.

— Eu...- Josh disse.- A gente se importa com você, Any. Mais do que deveria. E já dissemos isso, uma vez.

— Eu sei.- Falei.- É que... eu precisava de tempo, aí veio esse tumor e não deu pra... pensar muito nisso.

Eu fiquei todos os dias nesse maldito hospital pensando neles.

— Não, não, a gente entende isso.- Noah falou.- Eu só quero que você... olha, eu não quero te dar mais pânico. Só que...

— Vocês querem me dizer umas últimas palavras. Eu sei. Eu já me preparei pra esse tipo de coisa.- Murmurei, e eles ficaram quietos.- Quero dizer, eu vou morrer amanhã. Eu fiquei desejando isso por quase 10 anos e agora que eu posso... eu não quero. Eu não quero porque eu tenho mais pessoas para não entristecer mais. As crianças, por exemplo. Eu sei que elas vão superar isso rápido, porque são crianças, e de acordo como vão crescendo, vai esquecendo das coisas também. A Sabina... bom, ela consegue superar. Vai ser difícil, mas ela consegue. E... vocês... vocês são um dos principais motivos de eu ainda querer viver.

Eu falei tudo de uma vez, tudo despejado. Eu vou morrer amanhã, mas vou morrer feliz por ter desabafado tudo.

Eles olharam surpresos para mim. Isso era um bom sinal, certo?

— Uau.- Noah disse.

Droga, eu falei merda. Não falei?

Eles não sabiam o que dizer. E, para falar a verdade, nem eu. Será que eles haviam desistido de mim? Desistido de me amarem só porque eu demorei bastante para responder?

Mas, de qualquer jeito, eu vou perder os dois. Então, eu acho melhor falar tudo mesmo.

— Eu gosto de vocês também. Tipo, gosto, gosto... mesmo.

Josh se virou e olhou para Noah. Meu coração começou a bater muito, muito rápido. E a droga do ECG (aquela máquina dos batimentos cardíacos) detectou isso. E o barulhinho só aumentava.

Droga, droga, droga.

Eu vi um sorriso. Vi um sorriso da parte dos dois. Isso... mas que merda, eles estavam sorrindo!

— Nos...

— Noah, você está... oh, perdão.- Mark havia chegando na hora em que Josh falaria alguma coisa.

Eu não sei se eu o agradecia ou se ficava com muita, muita raiva dele. O que será que o loiro iria dizer?

— Tudo bem. O que foi?- Noah disse tentando tirar o seu olhar de mim.

— Ahm, chegou um novo paciente com um tumor extraordinário e eu achei que você iria querer ver.

— Ah, sim, claro. Er... vamos.- Deu uma última olhada para mim, e depois foi.

Eu e Josh ficamos ali, parados também sem saber o que falar um para o outro. Até que ele se aproximou, e se sentou na cama, colocando sua mão no meu rosto, o acariciando.

— Any...- Sussurrou.- Eu quero muito te beijar agora.

Meu coração estava a mil naquele momento. Literalmente, aquela máquina de batimentos cardíacos iria explodir.

Ele estava pedindo para me beijar. Eu queria? Eu... droga, eu queria não querer mais eu quero! Eu não paro de pensar nisso desde que eu soube dessa doença maldita. Mas... mas ele tem o Noah. Eles são casados, e... e as crianças...

Quer saber?

Vou deixar. Eu irei morrer mesmo. Então, que eu morra fazendo o que eu mais queria. Que seria beijá-lo, e beijar ao Noah também. Mas... eu não sei se com o Noah dará certo. Então, é melhor um do que nenhum, certo?

Ele se aproximou, como se estivesse pedindo autorização, e então eu não esperei mais e puxei a gola da sua camisa para mais perto, iniciando nosso beijo.

Ah, como isso era bom... eu estava imaginando seus lábios desde que eu praticamente o conheci. Eu esperei tanto.... tantos meses... quase um ano. Mas eu consegui, e agora...

Agora eu me sinto culpada. Ee é casado, tem três filhos com um marido que ele ama e sua esposa falecida. Eu o deveria ter afastado enquanto pude. Mas agora não dá mais. Eu já me apaixonei. E eles também.

O beijo era calmo, mas com certa voracidade. Josh colocou as mãos na minha cintura, e me trouxe mais para si, causando dor em minha parte e eu gemer, separando nossos lábios.

— Perdão.- Ele disse.- Desculpe.

— Tudo bem.- Eu disse me deitando na cama novamente devagar, e ainda com um pouco de dor.

Droga de tumor.

— Não se sinta culpada. Porque você não é. Noah também gosta de você. Ele não ficaria bravo comigo ou algo assim.

Como ele me conhecia tão bem?

— Mesmo você falando isso, eu sinto como... como se estivesse invadindo a privacidade de vocês. É a sua família, e eu já interferi demais. Eu sou só a babá. E...

— Sshhh, eu não quero mais você falando isso. Acabou. Amanhã você vai fazer uma cirurgia muito importante, e você não pode ficar com essa culpa, ok?- Ele disse e eu assenti.- Ótimo.

[...]

Eu odeio despedidas.

Não importa pra onde, nem quando, e mesmo sabendo que eu vou poder ver a pessoa depois. Eu não gosto de despedidas.

Ainda mais sabendo que talvez você possa morrer na mesa de cirurgia. É que minha vida estava literalmente na mão de duas pessoas. Noah, e Mark. E eu confiava neles para me salvarem.

— Eu te amo.- Sabina disse pela milésima vez me abraçando e beijando meu rosto. Eu sentia suas lágrimas pelo seu rosto.

— Eu também te amo, Sabi.- Falei a abraçando mais forte ainda.- Oh, se eu morrer, por favor pode doar as minhas coisas. Minhas joias pode vender, e os vestidos caros também. Ah, o meu apartamento também pode por a venda. E eu quero que o dinheiro fique pra você.

— Eu não vou querer esse dinheiro.

— Então doe.

Ela assentiu com a cabeça, e parou de me abraçar, se distanciando. Os três pestinhas vieram um de cada vez. Primeiro veio Liz.

— Any.- Ela me chamou.- Se vuxe for plu céu, dá um oi pla mamãe Sina? E diz pla ela qui eu sou uma boa filha?

— Eu digo.- Falei sorrindo e dei um beijinho na bochecha dela, a abraçando. Liz me abraçou de volta.

Ela ainda era muito pequenina para entender. Muito inocente. Eu sentiria falta de seu abraço quentinho.

Nick pulou no meu colo e me abraçou.

— Sabia que você é uma mamãe pra mim, Any?- Ele disse.- A mamãe Sina morreu quando eu tinha dois aninhos, e agora eu sou crescido. Eu não me lembro muito bem dela... mas você me faz saber como é ter uma mamãe.

Meus olhos se encheram de lágrimas e um sorriso apareceu no meu rosto. Eu o peguei e o abracei com toda minha força. Esse menino é um menino de ouro.

— E sabia que você também é tipo um filho pra mim?- Eu sussurrei em seu ouvido, e vi um sorrisinho em seus lábios.

Ele desceu, e então era a vez de Laila.

— Eu não vou te abraçar.- Ela disse.- Eu não vou te abraçar porque você vai sobreviver. Você vai viver. Eu sei que vai. Isso não é uma despedida pra mim.

— Laila, eu acho melhor você ir abraçar a Any.- Noah disse, e ela negou com a cabeça, começando a chorar de novo.

— Vem ca.- Eu chamei a loirinha, e ela veio.- Eu vou tentar ao máximo não... não ir pro céu, ok? O máximo. Mas se eu não conseguir, você vai seguir com sua vida. Ok? Não vai ficar sofrendo por minha causa por anos. Você não vai. Ok?

Ela assentiu, e então se afastou de mim.

Foi a vez de Josh. Ele veio e me abraçou apertado também, e foi quando eu realmente quis chorar. Eu sentiria falta daquele abraco, do cheiro dele. De tudo nele.

— Any, eu só quero que saiba, que... eu te...- Ele deu uma pausa.- Eu te vejo depois da cirurgia. Eu tenho certeza que você vai sobreviver.

Era minha impressão ou ele queria falar outra coisa?

— Ok. Mas, só quero que saiba também que tudo aquilo que eu falei era verdade.- Eu sussurrei também.

Eu não vi, mas tinha certeza que ele sorriu em meio às lágrimas.

Ele se afastou entao, e dei tchau para todos. Noah, Mark e alguns outros cirurgiões ajudantes (acho que se chamavam internos) me levaram até a sala de cirurgia.

— Vocês podem deixar a gente um minuto a sós? Tenho que explicar algumas coisas para ela sobre a cirurgia ainda.- Noah disse, e entao eles entraram na sala de cirurgia, enquanto eu e Noah ficamos na porta.

Eu não tinha muitas forças para me levantar, mas eu me esforçava par fazer uma cara boa.

Ele se virou, e então olhou para mim. Eu vi lágrimas em seus olhos. E não pareciam ser lágrimas de tristeza, mas culpa.

— Não chora. Por favor, não chora.- Eu falei negando com a cabeça.

— Desculpa, eu...- Ele assou o nariz e enxugou os olhos.- É que você é muito especial pra mim. Digo, eu devo ter dedo podre. Toda mulher que eu já me relacionei, acontece algo com ela. E é sempre minha culpa.

— Esse tumor não foi sua culpa.- Eu falei.

— Na verdade, foi sim.

Dava vontade de matar Dylan. Ele aparecia nas horas mais erradas. Mas o ignorei.

— Foi minha culpa, sim. Quando você disse aquilo na viagem, que viu sua mãe, eu já deveria ter suspeitado e te levado ao hospital assim que chegássemos em L.A.

— Não foi sua culpa.- Eu repeti.- E não estou falando só por minha causa. Não foi sua culpa por Sina morrer. Não foi. Era pra ser. Deus quis, ou o Universo quis. Mas não foi sua culpa.

Ele então me abraçou. Eu e ele não estávamos nem aí se alguém estava vendo ou não. Tínhamos que nos despedir.

— Eu tô bem. Não vou mais me culpar.- Ele disse.

Foi a primeira vez que ele mentiu pra mim.

— Ok.- Eu falei.

Nos distanciamos um pouco, deixando nossas bocas com apenas alguns centímetros de distância. Droga, eu queria tanto beijá-lo ali mesmo.

— A sala de cirurgia está pronta.- Um interno abriu a porta e Noah rapidamente se afastou de mim, e eu fingi que nada aconteceu, que nem ele.

— Ok. Vamos entrar.- Ele disse limpando as lágrimas, e então empurrrou minha maçã para a sala.

— Por favor, não faça isso.- Dylan disse caminhando junto.- Nos podemos ficar juntos sem você fazer essa cirurgia. Nós podemos fazer sexo a noite toda se quiser, tudo que você quiser.

Eu o ignorei.

Eu estava com medo.

Nunca achei que teria medo de morrer, mas cá estou.

E se a vida quiser que eu morra, então assim será. Vai ser doloroso para eles? Será. Mas eles terão que lidar com isso, crescer com isso e...

Droga, eu não posso morrer. E as chances de viver são muito baixas.

— Vou sedá-la agora, Any. Conte até três.

Eu olhei para o lado, e vi Dylan. Eu odiava quando ele estava certo. Aquela cirurgia... todo mundo sabia que não iria dar certo. Que eu ia morrer. Será que é melhor mais dois meses de vida?

— Espera!!
























Desculpem a demoraaaaaaa

Será que a Any vai desistir gente?

Aaaaa eu amo ver os comentários de vocês mano, é tudo pra mim ksksks

Bom, é isso. Eu espero que tenham gostado, votem e comentem bastante porque se não eu não fico motivada pra fazer capítulo

Tchauuu

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