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Capítulo 19

Any Gabrielly

— Tá bom.- Dei de ombros, e então os dois sorriram.

Começamos a andar pelas pessoas tentando encontrar um lugar onde dava a escada para os tobogãs. No caminho, fiquei pensando na normalidade de Joshua. Ele estava agindo como se nada tivesse acontecido.

Também pensei sobre a praia anteriormente, quando contei tudo para Noah. Ele havia sido tão carinhoso comigo, tão atencioso... Josh com certeza tinha muita sorte de tê-lo ao seu lado. Os dois são tão bonitos, não são?

Ai, o que que eu tô falando Any?

No caminho da escada, já começando a subir por ela, havia um homem. Ele tinha barba ralada, tanquinho, apenas de calção. Só que, o problema, era que ele olhava bastante para os meus seios enquanto subíamos...

Tentei os cobrir cruzando os braços, fingindo estar com frio, e ele percebeu, então deu um sorrisinho. Cara, esse homem não percebe que eu não estou gostando disso?

Bem feito pra mim por ter vindo com esse biquíni que quase mostra tudo.

Noah me cutucou de leve no braço então me virei, ele fez um sinal com a cabeça, como se estivesse perguntando o que estava acontecendo. Eu apenas ignorei e cruzei mais os braços.

Ele na hora entendeu. Então, o que eu menos esperava, aconteceu. Noah pegou na minha cintura enquanto subíamos na escada e colou seu corpo junto ao dele.

— Então, amor. Tá com medo?- Eu olhei para ele assustada, s então ele fez um sinal com a cabeça como se fosse uma atuação. Josh virou para traz e também o olhou estranho, mas Noah fez o mesmo sinal, e o loiro olhou para mim e para ele, já percebendo o que estava acontecendo, entrando no personagem.

— Eu? Não. E você, amor?- Neguei com a cabeça.

Por que chamá-lo de amor parecia tão bom?

— Eu não.

— Sabe, isso me lembra de quando vocês deram o primeiro beijo de vocês, foi num parque aquático, lembra? Foi tão fofo, queria ter gravado.- Josh comentou meio alto para o homem ouvir.

Olhei disfarçadamente para o lado e vi ele negando com a cabeça e rolando os olhos. Ele deve ter acreditado.

— Pois é.- Noah respondeu.

O homem nos olhou de novo, enquanto eu olhava para frente. Noah o encarou, apertando mais a minha cintura, como se estivesse o matando só pelo olhar.

O homem finalmente começou a andar mais devagar, nos deixando passar. Quando acabamos de subir, ele solta minha cintura, e diz:

— Sinto muito se você se sentiu meio desconfortável, é que...

— Obrigada. Sério mesmo, obrigada.- Agradeci aos dois.- Eu não sei o que ele teria feito se não fosse por vocês.

— Que isso. Foi só um favor. Aquele cara tava te comendo com os olhos, e você claramente não estava gostando.- Foi a vez de Josh me responder.

— Obrigada mesmo assim.

O homem chegou depois de alguns minutos, e então Noah agora colocou o braço em volta do meu pescoço, e começamos a atuação novamente. Eu nunca agradeci tanto a eles por terem feito isso, estava me sentindo bem desconfortável com aquele cara idiota me secando e tentando se aproximar.

Nem percebi que já estávamos quase na nossa vez de ir no tobogã. Ele era fechado, e sem bóia, uma pessoa de cada vez. Josh foi o primeiro, e pude ouvir seus gritos de animação.

— As damas na frente.- Noah disse.

— Vamos fingir que você não está com medo de ir, não é?- Ele rolou os olhos vindo e largou de mim.

Me deitei no tobogã e fui. Não estava enxergando mais nada, só sentia a água e eu descendo. Eu gritava as vezes, mas não era de desespero, e sim de diversão. Fazia tempos que eu não me sentia desse jeito.

Quando vi um clarão se aproximar, fechei os olhos e logo senti a água da piscina sobre meu corpo todo. Me levantei e logo vi Joshua sentado lá no canto da piscina, esperando eu e Noah. Fui andando até ele, e quando deu pé, andei e cheguei perto dele.

— É irado, né?- Concordei com a cabeça após me sentar ao lado dele, no raso da piscina.

— Pois é. Eu ouvi seus gritos.- Ri fraquinho.

— Ah, sério? Acha que não escutei os seus?

Nossa, estávamos agindo tão normalmente, como isso pode ter acontecido? Será que ele já se esqueceu? Eu não sei por que, mas não queria que ele esquecesse disso. Quer dizer, ele é casado, mas... ah, deixa pra lá.

Depois de alguns segundos, vimos Noah cair na piscina, voltando para cima puxando o ar. Quando avistou a gente, veio até nós.

— Esse foi bom.... Mas o que eu queria ir mesmo é aquele.

O moreno apontou para o escorregador onde você entra para uma cápsula e o chão meio que desaparece, aí você cai e dá uma volta completa antes de cair na piscina.

— Uou, esse sim. Vamos Any, ou tá com medo?- Olhei para ele com cara de deboche.

— Eu? Nem sei o que é isso.

[...]

— Tá, talvez eu esteja com um pouquinho de medo.- Murmurei após ouvir vários gritos das pessoas que caiam.

O tobogã após o chão "desaparecer" tinha uma descida reta, parecendo que está caindo. Nunca fui em um desses, por isso eu estou com medo. E se eu me machucar? Pior, e se um deles se machucar?

— Se quiser, não precisa ir.- Noah disse.

— Não não, eu tava brincando.- Do nada um grito bem estridente apareceu, e eu gelei.- É, brincando...

Quando chegou a minha vez, falei que queria ser a última a ir dos três, mas aí Noah falou que se um deles não estivesse aí, não teria quem me encorajar a ir, então acabei indo primeiro. Assim que pisei naquele chão que eu sabia que iria cair, e o moço fechou a cápsula, estava começando a me arrepender.

E o pior é que nem tem contagem regressiva. Olhei para frente e avistei os dois olhando, Noah colocou dois dedos na testa e depois fez um sinal de "até logo". Então, foi aí que não senti mais o chão.

Eu não conseguia gritar, parecia que minha voz travou. Meus olhos se recusavam a abrir devido a água que batia no meu rosto, e só voltei a abrir quando senti a piscina. Dei glória a Deus e me levantei, tossindo um pouco pela quantidade de água.

Nunca mais.

Depois de alguns segundos, Noah apareceu tossindo também, e eu ri. Ele veio até mim.

— Jesus, acho que engoli água da piscina inteira.- Disse entre tosses, e eu ri.— Tem até no meu ouvido.

— Eu falei pra gente não ir.- Dei de ombros.

Noah se sentou ao meu lado, senti o seu braço encostando no meu e meio que senti um choque quando isso aconteceu. Me assustei um pouco, mas internamente. Será que ele também sentiu?

— Você não gritou né. Como?

— Segredo.

Ele trombou seu ombro com o meu, fazendo com que eu desse uma leve desequilibrada, mas que logo voltaria ao normal. Ele riu, e eu rolei os olhos, depois, Josh chegou.

Não sei o que aconteceu aqui, mas espero que não tenha só eu que percebi...

Depois fomos a outro tobogã de boia, era apenas de dois, então teríamos um probleminha. Falei que Josh e Noah poderiam ir juntos, e então eles aceitaram, falando que deve ter alguém sozinho para eu ir.

Na fila, estávamos no último lugar. Eu fiquei quieta observando as pessoas descerem. Na boia, o mais leve ficava na frente e o mais pesado atrás, a pessoa de trás colocava as pernas debaixo dos braços da pessoa da frente e tinha que manter os queixos colados no peitoral, pra não ocorrer nenhum perigo em relação ao pescoço.

De repente, senti alguns toques no meu ombro, então me virei, vendo Alex.

— Hey, Any.- Sorriu.- Você vai sozinha?

Me virei para trás, e vi os dois ainda conversando.

— Sim. Quer dizer, se eu não achar ninguém eu vou ter que sair né...

— Você pode ir comigo. Eu também estou sozinho.- Ele falou, e então eu sorri amarelo.

— Tá bom.

— Ei, Any...- Noah me chamou, e então me virei para trás, e o moreno parecia ter parado de falar quando viu o ruivo atrás de mim, e percebido que estava conversando com ele.- Eu... a gente pode perguntar pra algumas pessoas lá pra frente se não tem ninguém pra você ir.

— Tá tranquilo, cara. Ela vai comigo.- Alex respondeu no meu lugar, sorrindo.

— Ah.

Josh o olhou de cima para baixo, com um olhar bem sério. O que os dois estavam pensando que estavam fazendo? Alex não tá fazendo nada pra eles.

Eu ficava vez mais constrangida e a fila andava mais rápido, graças a Deus.

— Ei, a gente pode conversar sobre ontem...?- Perguntou, do nada, pra mim.

— Agora?

— Esse é o único momento em que você parece estar livre.- Murmurou.- Você por acaso tem algo com um desses dois?- Perguntou mais baixo.

— Não.

— Então não tem por que você estar assim comigo, me ignorando. Você queria sexo, eu te dei. Agora age como e nada tivesse acontecido. Eu não te entendo.- Eu respirei fundo antes de dizer. Isso seria meio complicado...

— Alex... eu... olha a gente conversa depois, tá?

— Sempre depois.- Reclamou rolando os olhos.- Olha, eu só queria saber se você gostou.

— Eu gostei.- Mas não amei.

O sexo foi perfeito. Eu estava precisando de uma distração, e Alex estava lá. Mas, o único problema, é que eu senti que não era ele quem eu queria estar fazendo isso...

— Então por que tá assim?- Eu cocei a cabeça, não sabendo mais o que dizer.- Você tá apaixonada por um deles, não tá?

— O que? Nao...

— Cara, larga ela em paz. Não percebeu que ela não quer papo?- Josh se virou bruscamente.

— Da licença, que a conversa não inclui você?

— Chegou a vez de vocês pegarem a boia.- Apontei para lá, e então o olhar dois dois seguiu para lá.

Josh o olhou como se não estivesse acabado ainda, mas saiu mesmo assim, pegando a boia de dois junto com o Noah, e subindo as escadas. Ufa, essa foi por pouco.

— Meu deus, eles te protegem muito, até parecem que são apaixonados por você. Credo.

Eu tentei ignorar o que ele falou, mas não saia da minha cabeça. Ele achava que os dois estavam apaixonados por mim? Alguém conseguia perceber isso, ou imaginar, sei lá?

O tobogã:

(N/a: gnt pra quem já foi no hot park já sabe que tobogã é esse 😊)

Vi Noah e Josh escorregando, Noah estava na frente, e Josh estava atrás. Os dois caíram e depois gritaram, depois ficaram indo e voltando algumas vezes, até que pararam, e então saíram da boia, a levando para fora do tobogã.

— Any, é só falar.- Disse enquanto subíamos a escada.- Foi ruim?

— O que? Não. Foi bom, eu já disse.

— Você é muito confusa.

Deixei ele com seus pensamentos e me sentei na parte da frente do tobogã, ele se sentou atrás de mim, e colocou as pernas debaixo de meus braços. O salva vidas disse que era para colocarmos o queixo no peito, e então ele nos empurrou para cairmos.

Um frio na barriga instalou-se, e então eu gritei sorrindo. Aquela sensação era ótima. Era como se eu estivesse voltado a vida, uma vida mais divertida...

Ah, fazia tempos que não me divertia desse jeito.

Quando acabou, reclamei pra mim mesma porque havia finalizado. Saímos do tobogã, e nós dois carregamos a boia para dar para as próximas pessoas que iriam. E então, por uma passagem, saímos dali e voltamos para em frente ao tobogã, que era onde Josh e Noah estavam.

— Quer ir de novo?- Alex me perguntou no caminho.- Foi divertido, não?

— Foi. Mas tá cheio de novo, olha.- Realmente, a fila havia aumentado bastante.

— Ah, verdade.

Já podia ver os dois ali parados me esperando, e então acelerei o passo.

— Olha, eu já vou indo, tá? Depois a gente se fala.- Tentei dispensá-lo.- Obrigada por ir comigo no tobogã.

— De nada. Se quiser ir de novo... já sabe.- Piscou para mim, e então saiu dali, indo para outra direção.

Soltei o ar que estava preso, e fui até onde os meninos estavam, finalmente chegando.

— Gostou?- Noah perguntou em um tom meio... sei lá, sério?

— Sim, o frio na barriga é bom.- Sorri.

— Vamos para outro. Esse já está muito cheio.- Josh disse já virando as costas para mim, e depois Noah.

(N/a: Nss mano q infantil)

Eu estranhei isso, mas então os segui. O caminho foi praticamente todo mundo calado, e não deixei de perceber o clima que instalou entre a gente. Sério que isso foi causado só porque fui com o Alex no tobogã? Tipo, qual é a deles? Eu não tenho nada com nenhum dos dois.

— Por que não vai lá ficar com o seu novo amigo, Any?

— Você quer que eu vá?- Parei de andar por um instante. Sério mesmo isso?

— Só se você quiser. Assim, você parece tão amiguinha dele. Não vai querer ficar com a gente

Josh parou de andar também é olhou para trás.

— Olha, se você não ta satisfeito com minha presença aqui, eu vou mesmo. A única coisa que eu não entendi é que vocês que pediram para eu vir, e agora estão simplesmente me dispensando. Mas, deixa pra lá, eu me viro.

Virei de costas, e comecei a andar.

— Any, eu não...

Parei de ouvir quando comecei a apressar os passos. Eles estavam sendo uns idiotas. Não que eu tenha direito de chamar meus chefes desse jeito, mas mesmo assim. Só porque eu tava com o Alex eles ficaram desse jeito. Eles não tem nenhum direito sobre mim!

Só fiquei andando, e então vi o tobogã que estávamos antes. Fui até ele e caminhei pelo caminho onde Alex foi, era um caminho único, mas mesmo assim, me sentia como se estivesse perdida.

Logo depois, vi Alex em pé discutindo com uma menina loira e baixinha. Os dois pareciam estar tendo uma briga feia. Depois de alguns segundos, a menina loira foi embora com muita raiva, e me aproximei de Alex.

— tá... tudo bem?- Perguntei ao me aproximar, e ele sorriu.

— Sim, tá sim. Era a minha ex. Eu e ela... bom, tivemos uma briga feia. Ela trabalha aqui, em uma lojinha.

— Hm, qual o nome dela? Ela é bonita.

— Sofya.

— Nome bonito. Se não for muita intromissão, por que terminaram?- Perguntei.

— Ela achou que eu estava a traindo.- Arregalei os olhos, já sabendo o que tinha causado isso.- Não, não! Não foi com você, foi a meses atrás. Mas não era verdade. Resumindo, ela veio trabalhar aqui, e pra tentar reconquistar ela, eu paguei pra ficar nesse hotel por uma semana. Mas até agora eu já estou desistindo... e você sabe disso.

Abaixei o olhar.

— É uma pena.- Murmurei.

— Pois é. Agora eu... eu tô achando que consigo superar tentando me apaixonar por uma garota que claramente já está por outro.- Estranhei sua fala, ignorando o começo.

— Outro?

— É. Um daqueles dois que você sempre está. O moreno e o loiro. Um dos dois tem que ser... ou os dois.- Deu de ombros.

— O que? Eu não sou apaixonada por nenhum dos dois. Eles são casados.

— Oh... e você é amiga da esposa deles?

— Não. Quando eu digo que eles são casados, eu realmente digo eles...- Ele arregalou os olhos e fez um:

— Aaaahhh! Nossa, meu deus, me desculpa. Não sabia que eles eram gays.

— E não são. Eles são bi.- O informei. Na verdade, nem era pra eu estar contando a ele sobre a vida do Josh e do Noah.

— Ah... nossa que confuso.- Ele coçou a própria cabeça.- Então você é o que deles?

— Na verdade eu sou a babá dos filhos deles e eles me obrigaram a vir junto.- Ee fez uma cara de surpresa.

— Uau. Isso não chegava nem perto do que eu imaginava.— Disse.- Mas então, por que voltou?

— Ah... eu reconsiderei a ideia de ir com você no tobogã de novo. Era isso ou ficar perdida por aí sem nem saber onde fica o banheiro.- Ele riu fraquinho.

Agora que percebi direito a beleza de Alex. Ele realmente era bonito, o sorriso bonito, os dentes brancos e perfeitos, os olhos castanhos claros... é, Sofya realmente tinha sorte de ter ele. Quer dizer, tinha.

— Então vamos.

[...]

Já estava de noite. Depois que eu fui no tobogã com Alex, acabamos nos empolgando e fomos em mais. Descobri que o ruivo era bem divertido e aventureiro, me senti meio arrependida de não ter valorizado ele direito....

É, a gente deu uns amassos no cantinho. Mas eu precisava esquecer do Noah! Quer dizer, do que o Noah me disse. Ele estava sendo tão idiota, não deveria ter dado valor ao que ele falou, mas não consigo tirar isso da cabeça.

Não conseguia tirar da cabeça que ele estava com ciúmes.

E beijando o Alex eu achei que esqueceria. Mas adivinha? Não deu certo. Eu só conseguia pensar neles, e também, um pouquinho do quão seria bom ser a boca de um dos dois em vez da dele...

Mas voltando, quando eu voltei pra mesa (já estava escurecendo) só estava minhas coisas lá, e isso me fez pensar que eles já deveriam ter ido embora e nem me esperado.

Então ca estou no meu quarto criando coragem de ir ao restaurante que claramente eles já estão lá pois ouvi os gritos das crianças e as ordens de Josh e Noah para não baterem na minha porta. Agora estou com fome e não quero ir para lá.

Quer saber? Dane-se. Vou assim mesmo. Minha fome é mais importante do que homens.

Desci decidida, ouvi o barulho do mar e isso me fez pensar quando contei tudo ao Noah. Eu tinha confiado nele pra isso, tomara que ele tenha guardado meu segredo é não contado para Josh. Não que eu não confie nele, é que... Noah é mais... como eu posso dizer? Eu sinto que com ele eu posso guardar meus segredos. Como se fosse um diário trancado numa caixa onde só eu tinha a chave.

Mas agora, mudou.

Quando cheguei lá, minhas pernas cambalearam quando viram os cinco jantando. Eu fiquei ali parada por um tempo pensando no que fazer e como agir. Então, quando Noah me viu, apenas dei meia volta e comecei a andar.

— Any!- Ouci seu grito enquanto eu andava em direção a recepção. Ouvi seus passos apressados, correndo na verdade, e continuei andando.- Any, espera!- Ele se enfiou na minha frente, fazendo com que eu parasse de andar.

— Que foi?

— Eu, de verdade, sinto muito pelo que aconteceu hoje mais cedo. Sério, eu... eu não sei o que deu em mim. Eu só disse por falar, é que eu não aguentava mais ver você com aquele cara lá, todo em cima de você. Não que eu não queira que você não namore com ninguém, não posso fazer isso com você porque você é quem manda na sua própria vida. É que eu sinto que aquele cara não.... Enfim, minha atitude foi bastante estupida e idiota, eu só queria... eu...- Ele suspirou fundo e olhou pra baixo.- Me perdoa.

Ele me olhou com aquele olhar de criança pedindo doce. Eu olhei naqueles lindos olhos verdes, e suspirei fundo.

Eu tenho um grande coração mesmo.

— Tudo bem.- dei de ombros.- Só não faz isso de novo.

— Ok. Eu prometo. Não vou falar nada.- Sorriu.

Seu sorriso era tão contagioso, tão bonito. Que não pude me conter e dei um sorrisinho também.

— Não vai comer?- Ele perguntou.

— Ah, vou sim.

— Enrao vamos juntos.

Assentiu com a cabeça e fei meia volta, começando a andar com ele ao meu lado. Fomos caminhando lentamente sem pressa de nada, e de repente minha fome sumiu...

— Você... não contou pro Josh, né?- Ele virou o rosto.- você sabe, sobre...

— Não, não contei. Fica tranquila.- Sorriu com as mãos para trás, e eu fiquei aliciada.

— Você... você acha que eu fui sortuda em ser a única sobrevivente do avião?- Ele ficou uns segundos em silêncio, pensando.

— O que você quer que eu diga?- Dei de ombros, crizando os braços devido ao frio.- Eu acho que você não foi muito sortuda. Digo, pra medicina, sim, isso foi um milagre, e bota milagre nisso. Mas, psicologicamente, não.- Negou com a cabeça.

— Então isso é um mais ou menos?- Ele assentiu.

— Sabe, eu fiquei pensando, você não tem nenhuma pra uma pessoa que sobreviveu a uma queda de mais de dois mil metros de altura.

— Então olhou para o meu corpo?- O envergonhei, fazendo ele olhar para baixo contendo o sorrisinho. Eu ri.- Estou brincando. É que... bom, eu uso maquiagem a prova d'água. Pra ninguém mesmo eu contei isso. Mas toda vez que eu vou tirar a roupa, eu coloco essa "maquiagem". Tem muitas nas minhas costas e pernas se tirar. Mas agora não dá pra ver.- Me justifiquei.

— Entendi.

Chegamos no restaurante, e fomos até onde Josh e os meninos estavam sentados.

— Any, pu que vuxe num apaleceu mais depois que a gente saiu do clubinho?- Liz me perguntou.

— Ah, a Any tava com um amigo.- Acariciei seu cabelo.

— Amigo, sei.- Laila me provocou com um sorrisinho no rosto, levantando as sobrancelhas de uma forma engraçada. E eu rolei os olhos, notando um certo desconforto entre Josh e Noah.

— Eu vou pegar minha comida.- Mudei de assunto rapidamente e sai dali.

O jantar foi até que bom, o clima estava mais razoável, mais calmo. Eu e Noah voltamos a completa normalidade depois disso. Muitas pessoas não o perdoariam pelo que ele falou, mas eu sou diferente. Felizmente, ou infelizmente, tenho um coração bom.

— Eu posso dormir com a Any?- Nick perguntou quando estávamos na porta do quarto.

— Eu também quelo!- Liz murmurou.

— Eu também!- Laila disse.

— Estão doidos? Any tem que ter a privacidade dela. Vamos deixá-la em paz.- Josh falou, e os pestinhas ficaram tristes.

— Não, tudo bem. Eles podem dormir comigo. Tá de boa. E também, vocês podem aproveitar para ter um momento só de vocês dois, já que percebi que isso é raro de se acontecer.... Vocês sabem....- Lancei um olhar que eles entenderam.- Só se divirtam. Eu me viro com eles.

Noah e Josh se entreolharam, como se dissessem um para o outro que eu tinha razão.

— Tem certeza?- Noah perguntou.

— Tenho. Só peguem os pijamas e as escovas de dentes deles que eu me viro. Tem duas camas de casal aqui. Dá tranquilo.- Joguei minha mao mostrando que não era nada demais.

— Tá bom então. E obrigado, Any. De verdade.

— Aeeeeeee!- Os três começaram a pular de alegria e foram correndo pegar seus pertences pra dormir lá.

E é hoje que eu tenho passagem direta pro céu.


Noah Urrea

É hoje que a Any tem passagem direto para o céu.

Coitada, ela só se ofereceu por educação mesmo, porque a mesma sabe os perigos que três crianças podem fazer ao colocá-las para dormir. Nem eu e Josh conseguimos controlar direito.

Mas mesmo assim, tentei parar de pensar em Any por alguns minutos. Eu fui um idiota com ela, não sei o que deu em mim, eu só não vou com a cara daquele sujeito.

Quando as crianças foram pro quarto dela, eu e Josh começamos a nos beijar direto. Eu estava com saudade desses momentos juntos, e agora que Any tirou os pestes daqui, poderíamos fazer isso livremente.

— Ah, que saudade.- Eu falei.

— Pois é. Agora fica quieto, que agora eu é quem comando nisso daqui.- Murmurou me empurrando pra cama.

[...]

Durante aquela ação, durante a transa, eu conseguia me concentrar no Josh. Mas era estranho. Era como se faltasse alguém, e não era Sina...

Já sentimos isso da última vez, e da penúltima vez, e da antepenúltima, assim por diante. Porra, desde que a Any chegou, não conseguimos fazer nem um sexo bom!

E o pior, é que enquanto nós fazíamos, eu só conseguia pensar na Any junto com a gente ali, na cama. Eu não sei se eu me assustava, ou se contava para Josh, ou se ficasse quieto... mas será que ele pensava nisso também?

— Amor, a gente tem que melhorar isso.- Josh disse ofegantemente.

— Não discordo.

No dia seguinte, Any parecia até disposta para uma sobrevivente à essa noite. Foi bom ela ter sobrevivido.

— Você está viva! Como foi?- Perguntei, e ela riu.

— Ah, até que tranquilo.- Deu de ombros. Eu arregalei os olhos.- Mentira, foi o próprio terror. Eu dormir na mesma cama que a Liz, e os outros dois na outra cama de casal. Eu ouvia burburinhos da Laila e do Nick toda hora, e a Liz querendo dormir, e depois acabei acordando com os três pulando em cima de mim.

— Nossa.- Murmurei espantado.- Desculpa mesmo, eu não sabia que eles iriam incomodar tanto assim.

— Não, que isso. Foi divertido. Uma experiência... boa.

— Então, vamos tomar café? É nosso último dia aqui, temos que fechar com chave de ouro.

Estava triste que era o último dia. Nós ficamos tão apegados a esse lugar, começando a nos acostumar com a rotina, e teremos que ir embora. Voltar pra vida real.

— Ah naooo!- Laila bateu os pés no chão.- Por que a gente não pode ficar mais?

— Porque eu e seu outro pai não temos mais dinheiro pra pagar para mais dias.- Josh murmurou.- E também nós temos que voltar a trabalhar. Não sente falta dos seus amigos?

Laila assentiu com a cabeça.

— Então.

O dia foi bem exaustivo. Fomos para a praia, e ficamos lá até umas 15:00, com um sol de rachar. Meu rosto ficou um pouco vermelho, e parecia que eu estava cotada toda hora. Que droga.

Mas teve um hora em que eu estava com eles no mar, e então eu mergulhei. Mesmo com aquela água salgada, abri meus olhos, e eu vi ela.

Eu vi minha mãe.

Ela estava na minha frente, sorrindo. Eu senti seu toque. Senti sua mão em meu rosto. Como aquilo era possível? Ela estava morta. Eu vi seu corpo. Eu a vi em seu funeral. Eu vi ela sendo enterrada.

Não queria sair dali, mesmo que fosse a realidade, eu não conseguia sair dali. Eu sorri, e quando eu ia colocar minha mão em seu rosto, algo me puxa para cima. Com força.

— Any! Você tá bem?- Senti Josh me cercando com os braços, enquanto eu tossia, cuspindo água.— Como você se afogou? Em um minuto você estava com a gente e no outro não te vimos mais.

Minha garganta pegava fogo, que nem os meus olhos, devido a água salgada.

— Eu... eu tô bem.- Respirei um pouco, ainda tossindo.- Eu só... foi uma afogadinha de nada. Obrigada.- Eu falei para Josh.

— Any, você se afogou?- Nick perguntou.

— Nao, a Any sabe nadar.- Respondi.

— Então por que não voltou mais?

Eu fiquei calada, não sabia o que responder. Não poderia contar que eu simplesmente vi minha mãe morta debaixo d'água me tocando e sorrindo. Eles me achariam uma louca. Menos Noah. Ele me entende.

— Vai descansar, Any. Acho que eles te exaustaram muito ontem a noite.- Noah sugeriu.

— É, deve ser o cansaço.

Eu queria acreditar que era.

Fui andando ate a areia. Será que minha mãe ainda me esperaria no fundo do mar? Será que ela está realmente lá? Eu preciso ver.

Mergulhei mais uma vez.

Ela não estava mais lá.

[...]

Ta, o que aconteceu lá?- Noah me perguntou enquanto andávamos nós dois mais para trás de Josh e as crianças.

— Nada.

— Pode me falar.

— Você me acharia uma louca.

— Todos nós somos.

Eu realmente pensei se deveria conversar com Noah sobre isso. Só ele sabe (tirando Sabina) sobre minha mãe, Belinha e Dylan. E ele já perdeu alguém importante... será que Noah me entenderia?

Ele me acharia uma louca se eu estivesse vendo pessoas mortas na minha frente. Mas ele é médico, e já deve ter muitos casos bem piores com pessoas com doenças bem piores.

Meus deus, o que tá acontecendo com o meu cérebro?

— Eu vi minha mãe.- Ele olhou para mim, mas continuei olhando para frente.- No mar. Quando Josh me puxou, eu estava vendo ela. Ela parecia tão real. Ela me tocava, Noah.

Ele ficou calado por alguns segundos, e isso me deu certo medo.

— Any, quando a gente chegar em L.A eu quero que faça alguns exames e...

— Viu, você já está me achando louca.

— O que? Não. Eu não te acho louca. Só estou preocupado, porque alucinações pode ser sintoma de alguma doença grave e temos que fazer uma tomografia no seu cérebro.

— Então você me acha doente.

— Não... eu só estou tentando cuidar de você.- Agora foi a vez de nós dois ficarmos calados.- Ela está aqui agora?

Olhei ao redor.

— Não.

Voltamos a caminhar em silêncio novamente, e enquanto isso, eu ficava pensando no que Noah disse. Será que eu estava doente? Só porque vi minha mãe morta e senti seu toque?

Meu coração começou a acelerar, será que ele está mesmo me achando louca e na primeira oportunidade vai me internar? Eu não posso ficar internada. Não sei porque, mas não posso.

— Any, presta atenção!- Senti Noah pegar meus ombros e me puxar para o lado, antes que eu batesse no poste.

— Nossa, eu nem vi.

— Mas você tava olhando pra frente, como não?- Eu olhei para ele, querendo responder a pergunta, mas ao mesmo tempo sem saber a resposta.

— Desculpa.

Ele me olhou meio estranho, como se estivesse desconfiando de alguma coisa. O que estava acontecendo comigo? Por que isso estava acontecendo?

— Any, você vomitou alguma vez nessa viagem?

— Olha, não dá uma de médico agora. Vamos aproveitar o nosso último dia aqui. Depois nos preocupamos com a vida real.- Murmurei.

— Ok.

Noah acabou esquecendo isso. Quer dizer, pareceu esquecer. O dia foi bem agitado, e bem legal. Podemos dizer que fechamos com chave de ouro.

No final do dia, quase de noite, voltamos para os quartos para tomarmos um banho, depois jantar para amanhã pegarmos um voo beeeem cedinho. Seria as 8:00 e teríamos que chegar lá às 7:00, e para isso teríamos que acordar às 6:00.

E, de repente, quando entrei no quarto, eu fechei a porta e vi ele. Eu o vi na minha frente. Eu estava o vendo ali. Parado. Olhando para mim, e sorrindo.

— Quanto tempo, Ny...

É, tem alguma coisa de errado comigo.
















Gente do céu kkkkk quase dois meses sem
Postar. Na vdd, eu acho que deu dois meses.

Me desculpem bastante, minhas provas acabaram e agora é só em outubro, então eu tenho um tempinho livre para escrever aqui. Obrigada pela paciência kkkkkk.

RUMO AOS 2K DE VOTOOOOOOOS!

Nem acredito no quao a fanfic cresceu tão rápido, muito obrigada gente, sério.

O que vocês acham que a Any tem? Quem vocês acham que estava no quarto dela? Quero ver suas teorias 😊.

Já foram dar uma olhada na minha nova icon shop? Se não, vai la no meu perfil e dão olhadinha ☺️.

Votem e comentem bastante ⭐️

Até o próximo

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