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Sete




O raio de sol que atravessa a janela desprovida de cortinas do quarto de hóspedes da mãe de Niven me desperta mais cedo do que o habitual. Ou talvez tenha sido o galo cantarolante lá fora. Eu não saberia dizer ao certo.

Isso é bom, quero dizer, a começar pela presença do raio de sol, o primeiro indício de que terei um dia diferente da catástrofe que previa antes de deitar na cama. Isso e o fato de ter conseguido desenvolver uma conversa amigável com o anfitrião durante a madrugada. Não amigável o suficiente para que ele deixasse de ser meu vilão, porém, já que sua rudeza me inspirou o suficiente para sair do meu bloqueio de meses.

Eu deveria agradecê-lo, talvez. Ou talvez não.

Isso provavelmente seria demais.

Checo minhas redes sociais antes de sair da cama. As fotos que parei para registrar da Serra no caminho parecem surtir o esperado efeito. Milhares de comentários e os likes já despontam os milhões. As leitoras estão eufóricas com a possibilidade de um mocinho rupestre.

Depois de passar por todo aquele ritual matinal, ainda que eu prefira ficar no quarto pelo resto da manhã, é evidente que o dia por aqui já começou, porque basta que a porta do quarto se abra para que eu seja totalmente arrebatada pelo cheiro de café que recende pelo corredor. É quase um rastro, e ele me leva até a mesma cozinha na qual eu estive de madrugada.

Não pareço capaz de me decidir sobre onde fixar os olhos quando adentro o ambiente. Se em dona Júlia ‒ e eu realmente deveria responder com igual gentileza ao seu bom dia ‒ ou na exagerada mesa de frios com todos os tipos de queijo que se materializa em minha frente.

‒ Ninguém te contou? ‒ a voz de dona Júlia me faz despertar dos pensamentos.

‒ Oi? Contar o quê?

‒ Ora, que somos uma fazenda de queijo.

‒ Bem... ‒ digo, com a bochecha ardendo um pouquinho, num inesperado constrangimento. ‒ Não que eu esteja me lembrando agora.

‒ Tudo bem. ‒ Ela faz um gesto com a mão como se aquilo não importasse. ‒ Não é a primeira que se espanta com nossa mesa de café.

Abro um sorriso tímido, que ela retribui sem reservas.

‒ Você prefere seu café com leite ou puro? ‒ pergunta, enquanto uma xícara se materializa em minha mão. Em algum momento entre o sorriso e o quebrar de silêncio, dona Júlia provavelmente enfiou-a ali.

‒ Na verdade estava pensando em esperar pelo Saul.

‒ Ah, não, querida... ‒ ela sibila, um olhar pena misturado ao de surpresa. ‒ Ele saiu faz uns dez minutos.

‒ Tão cedo? ‒ pergunto, fazendo a melhor versão desinteressada de mim mesma, mas a essa altura a mulher já deu as costas há muito tempo.

‒ A vida aqui começa bem cedinho...

‒ Hum. ‒ Esse resmungo é tudo o que sai de minha garganta por alguns segundos, embora eu não entenda ao certo o motivo. ‒ Com leite, então.

‒ Ótimo ‒ ela pula, e por um momento me faz ter a certeza de que acabo de fazer a escolha certa.

Então a mulher começa a se mover por todos os lados e eu deixo de me sentir mal por não ajudar em absolutamente nada. Seria impossível para mim manter aquele ritmo.

Meu dedo brinca com um caracol que insiste em se formar no meu cabelo e eu começo a devanear. Digo isso porque sem dúvidas não faz o menor sentido que esteja passando por minha cabeça que, se eu não tivesse gastado vinte minutos lavando o cabelo na ducha quente quando saí da cama, provavelmente cruzaria com Saul.

Minha caneca está quase vazia quando finalmente dou por mim. E, na verdade, não sei se isso pode ser considerado estranho, mas acabo vindo parar do lado de fora da casa, com pães de queijo bem quentinhos em guardanapo de pano. Caminho saboreando-os, fingindo andar indefinidamente, mas, em secreto, procuro por meu anfitrião.

Qualquer minuto passado dentro de casa, é minuto desperdiçado. Mais ainda se considerarmos que está um dia lindo aqui fora e o "material" da minha inspiração está solto em algum lugar por aí, fazendo seja lá o que faça em sua rotina.

Saul se definiu zootécnico, então começo a refletir sobre o tipo de atividade que costuma exercer. Penso se não está examinando algum animal por aí... ou fazendo algum queijo, já que acabo de descobrir que é o que mantém essa fazenda. As opções que minha mente lista são muitas de fato, mas certamente nenhuma delas incluía a imagem que meus olhos acabam de registrar.

Sinto como se pudesse tocar com os olhos cada uma das curvas que delineiam os músculos sobressaltados das suas enormes costas. É inevitável seguir o desenho dos seus bíceps, alcançar o antebraço e chegar até as mãos peludas que se unem no machado erguido sobre sua cabeça. Ele desce num só movimento, seco, preciso, e se choca contra um pedaço de lenha que se parte sem dificuldade. 

Solto um gritinho involuntário antes de ser capaz de me conter e Saul se vira em minha direção, as costas da mão secando o suor do rosto.

Ele abre um sorriso torto, malandro, que deixa aquela covinha unilateral em evidência, e de repente tenho certeza de que meu choque, de alguma forma, acaba de massagear seu ego.

— De novo de echarpe? ‒ pergunta ele, apoiando o machado no ombro com malandragem.

Minha boca se entreabre um pouco, mas em vez de deixar que as palavras saiam imediatamente por ela, aproveito a oportunidade para inspirar alguma quantidade de ar. Eu havia me esquecido de fazer isso nos últimos segundos, ao que parece.

— Alguns maus costumes são difíceis de abandonar ‒ digo, finalmente, consciente do sorriso amarelo que acabo esboçando. Consciente de que não sei exatamente onde fixar os olhos.

— Besteira — ele solta, o que me faz erguer os olhos para encará-lo.

— É mesmo?

— Uhum...

Saul parece despreocupado. Ele gira para o lado oposto em que estou para continuar o trabalho.

— Esse tipo de coisa — diz, com o machado erguido outra vez, e só depois de partir outro tronco prossegue: — só depende de você.

— Veja só... — implico, cobrindo a boca com uma das mãos e o homem me espia por cima do ombro. — Se ele não é um erudito.

— Está me gozando, princesinha?

Não consigo devolver a ele nada além de um sorriso torto e não posso deixar de considerar estranho que ele me devolva o gesto quase instantaneamente.

— E como vai a pesquisa?

Caminho ao redor da pequena clareira onde estamos. O cheiro forte da vegetação é a sensação que mais se destaca nesse lugar. Fecho os olhos. Respiro fundo. Consigo imaginar paisagens, descrições de aromas e... músculos. Muitos músculos.

— Bem — nem penso em mentir. — Tudo nesse lugar é uma inspiração.

— Em pensar que você quase foi embora...

O sorriso cínico que ele exibe agora quase faz com que eu me arrependa por minha sinceridade.

— Para você ver... nada como os mimos da dona Julia para fazer uma garota mudar de ideia.

Saul deixa escapar uma gargalhada sonora, o que rouba minha atenção. Nada tão espontâneo quanto aquilo havia saído por sua boca até agora.

— Imagino que ela tenha te enchido de queijo.

— Sobre isso... — digo em um sobressalto. O cenho de Saul se franze em surpresa. — Há algo que eu gostaria de pedir a você...

— Nada premeditado, imagino... — fala ele, arqueando uma sobrancelha. Eu, porém, resolvo ignorar a ironia e amarro o pano de prato ainda quente dos pãezinhos no cós da minha bermuda, algumas migalhas me escorrem pelas pernas.

— Acha que pode me mostrar essa parte da fazenda?

— Essa... parte?

— Sim. A coisa do queijo, quero dizer...

— Essa "parte" é praticamente tudo o que essa fazenda é, então... sim, posso sim.

— Ah, obrigada! — digo, soltando os ombros, mas logo em seguida o rapaz larga o machado, abaixa-se para pegar o chapéu caricato que encaixa na cabeça e começa a caminhar na minha direção. — Não, não precisa ser agora.

Minhas mãos se espalmam na direção dele, em parte nervosas, em parte perdidas, tentando fazê-lo parar de se aproximar.

— Eu não quero atrasar seja lá o que estiver fazendo.

— Tudo bem, Mag-nó-lia — e diz isso como se cada sílaba do meu nome fosse a coisa mais deliciosa de se pronunciar. — Há muitas coisas que eu gostaria de te mostrar.


~~~

Gente do céu... vamos fazer um trato aqui?

Como mina vida está impossível ultimamente... as postagens dos capítulos serão quinzenais, salvo nas exceções em que conseguir fazer uma publicação semanal.

Além do tempo para revisar os capítulos, tem muito haver com a minha frequência de acesso ao aplicativo também...

Mas talvez, quando as coisas desacelerarem isso mude, tá bom?

Obrigada pela paciência de vocês!!!

Espero que estejam gostando da história da Mag assim como eu...

Vem surpresas por aí... embora eu já adiante, cenas envolventes, mas sem hot.

Apesar de sermos seres cheios de hormônios (me declaro culpada, kkkk), Saul não é um mocinho comum.

Vocês já vão saber o porquê.

Beijooos!

Amo-vos <3

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