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Senta que lá vem problema - PtIII

Os dias seguintes passaram rápido e incrivelmente calmos e a julgar pelo sorriso discreto no rosto da minha filha toda a vez que o celular vibrava, Patrick parecia finalmente ter quebrado o gelo entre eles.

Juliet, por sua vez, não fazia questão de esconder absolutamente nada sobre seu romance. O assunto referido dela era o "jeito do Theo, o sorriso do Theo, o currículo escolar do Theo, os pontos que o Theo marcou no jogo, a família do Theo, o carro maneiro do Theo, o irmão do Theo, os planos do Theo, as notas do Theo" e sinceramente se eu ouvisse mais uma vez o nome daquele garoto essa manhã, eu ia ter uma overdose de tanto Theo introduzido a força pelos meus ouvidos.

一 Caberia tudo isso no porta malas do carro do Theo e sobraria espaço 一 ela disse ao me ver forçado as caixas de papelão da mudança da Emma.

一 Não se preocupe, meu amor que o porta mala é do tamanho exato pra caber o seu namorado, se você não parar de falar nele 一 retruquei e ela fez um bico.

一 Você sempre pergunta pra Emma sobre o Patrick 一 ela semicerrou os olhos inciumada.

一 Claro, ela não fica falando nele a cada vinte segundos. Aliás Juliet, eu estou muito feliz que você esteja feliz, mas eu espero que não descuide das suas coisas por conta do Theo. Tem que...

一 Cuidar das suas notas 一 ela completou com cara de tédio 一 eu sei pai, relaxa!

一 Essas são as últimas 一
Emma apareceu na porta seguida por Miguel, carregados de mais caixas.

一 Desde quando você tem tanta coisa? 一 Perguntei sem entender.

一 Eu tô levando alguma coisas da dispensa e o seu frigobar.

一 Ah você tá levando o " meu frigobar" 一 intensifiquei o máximo que pude as duas últimas palavras.

一 É, a geladeira é enorme, não vai caber no quarto 一 ela sorriu enquanto colocava as caixas no banco traseiro.

A vi se despedir da irmã, depois de Miguel e entramos no carro rumo ao Campus. Eu nunca dirigi tão devagar na minha vida, por isso durante o caminho ouvimos várias buzinas e xingamentos que eu retribuía com alguns piores.

一 Pai você perdeu a entrada 一 Emma reclamou ao ver que eu passei direto pelo caminho.

一Eu sei, na verdade tô te levando pra um laboratório secreto onde vão reduzir o seu tamanho e vou te por pra viver na velha casa de bonecas da Juliet. 一 respondi e ela respondeu balançando a cabeça.

一 Fala sério pai, onde a gente tá indo?

一 Vamos ver a sua mãe 一 falei olhando pras duas barras de chocolate sobre o painel do carro. É aniversário dela, lembra?

一 Na verdade, eu não lembrava
一 ela se retraiu se recostando no banco 一 desculpa pai eu fiquei o dia todo tão empolgada com isso que eu esqueci completamente.

一 Sabe, eu acho que é um bom sinal sabe? A sua mudança cair justamente nesse dia, a sua mãe ela adorava aniversários e ela ia se orgulhar muito  de te ver tomando as rédeas da própria vida nessa data 一 fiz uma pausa nostálgica 一 Ela ficaria feliz.

Emma sorriu para mim de forma concordativa e seguimos o caminho em silêncio.

Fazia algum tempo que não retornava ao cemitério, logo que voltei ao Canadá eu costumava vir uma vêz por semana, no entanto, agora me limitava há mais ou menos três visitas no ano. O aniversário da Carolina, o aniversário da Emma que também era o fatídico dia da morte da sua mãe e alguma visita esporádica quando alguma coisa me chamava a aquele lugar onde o amor da minha vida descansava pra sempre.

一 Ela era muito bonita, não é? 一 Emma passou os dedos pela foto da mãe presa a lápide de mármore.

一 É, você tem que me agradecer. Poucas pessoas no mundo podem dizer que foram favorecidas esteticamente por ambos os lados da árvore genealógica 一 brinquei e ela sorriu.

一 O Alec continua mandando flores 一 observou ao ver o buquê com lindas rosas amarelas ao lado da foto.
一 queria que ele não morasse tão longe, seria legal conviver com mais uma pessoa que conheceu a minha mãe tão bem.

一 Não seria não 一 franzi o rosto e ela me olhou interrogativa   一 Não me leve a mal eu gosto do Alec, mas o desgraçado é a porra de um vinho. Eu creio que não viverei o suficiente pra vê-lo não parecer um encantador galã Hollywoodiano 一 falei e ela soltou uma risada gostosa, se ajoelhado ao meu lado, recostando a cabeça no meu ombro em frente ao tumulto.

一Ela era tão jovem, devia ter tantos sonhos e planos... E mesmo sem querer eu acabei com todos eles, se ela soubesse o que ia acontecer ela podia ter...

一 Não termina essa frase e nunca mais fala isso, entendeu? 一Falei com seriedade e segurei na mão dela 一A Carolina nunca foi tão feliz como quando você estava crescendo na barriga dela e eu não tenho dúvida de que se ela soubesse que nunca ia poder te segurar nos braços, mesmo assim, ela não mudaria nada porque ela te amou mais do que qualquer coisa na vida 一 novamente me voltei a foto no lápide e sorri 一É uma pena que você não possa lembrar, mas aqueles poucos segundos que ela olhou pra você, foi mais lindo e com mais amor que muita gente nunca vai conseguir ter na vida inteira. Então, não Emma, a sua mãe escolheria você, sempre seria você.


Deixamos o cemitério ainda emocionados e seguimos para a universidade. Fomos recebidos pelo orientador da Emma, que nos apresentou a sua colega de quarto. Uma garota alta, cabelos castanhos e sorriso largo chamada Jessie Langdon.

一 É um prazer te conhecer Emma e o senhor também senhor Johnson 一 ela falou nos cumprimentando 一 Vamos pegar a suas coisas Emma e pode nos ajudar senhor Jonhson, creio que vamos precisar de dois braços fortes como os seus 一 ela disse arqueando as sobrancelhas e fui fulminado pelo olhar da Emma. 

Ajudei as meninas com a mudança, o dormitório era praticamente igual ao que ocupei na minha época de universidade, porém agora contava com um banheiro maior e janelas panorâmicas.

一 Bom, parece que meu trabalho aqui terminou 一 falei ao colocar o frigobar no canto por Jessie indicado.

一 Não se preocupe a Emma está em boas mãos, seremos boas amigas não é Emma?

一É, acho que sim 一 Emma respondeu um tanto desconfortável.

一 E espero que venha nos visitar senhor Jonhson 一 Jessie sorriu de forma insinuante.

一 Pode me chamar de Noah 一 respondi 一 e Emma me agarrou pelo braço me puxando para fora dizendo que eu estava atrasado.

Descemos as escadas com ela reclamando sobre eu ter flertado com sua colega de classe e eu me defendendo dizendo que apenas estava sendo educado com a moça.

一 Ela deve ter só uma três ou quatro anos a mais que você e além do mais você sabe muito bem que eu sou completamente apaixonado pela Liv.

一 Ótimo 一 disse abrindo a porta do carro pra mim entrar.

一 Eu não tenho culpa de ser irresistível e a sua colega ter dado em cima de mim, meu amor 一 e ela riu com ironia.

一 Tá certo Don Juan só espero não contar isso no nosso almoço de família na frente da Liv, vamos ver se ela concorda.

一 Melhor não, mas mudando de assunto. Eu estou a um telefona de distância certo? Não beba nada que você não serviu, fique longe dos idiotas das irmandades e daqui há uns dez anos se meu relacionamento com a Liv não der certo, diz pra sua colega me procurar 一 falei já subindo o vidro pra evitar o tapinha que ela certamente daria na minha cabeça 一 Eu te amo! 一 gritei já arrancando o carro.

Dirigi algumas quadras e parei para digerir que havia acontecido. Minha filhinha, que ontem era um bebezinho minúsculo tinha acabado de deixar o ninho e agora estava lançada ao caos do mundo, condenada a ter que voar sozinha com suas pequenas asas.

Okay, eu acho que estou pegando a febre da Juliet de dramatizar tudo. Respirei profundamente e voltei pra casa, onde Miguel zapeava a televisão entediado. Perguntei sobre a Juliet e ele respondeu dizendo que o namorado veio buscá-la há mais ou menos uma hora. Olhei o relógio, ainda estava cedo, então decidi convidar o Miguel pra ir até na casa de Liv, assistir um filme ou comer alguma besteira, talvez as duas coisas. Pela cara dele não era bem o que ele esperava do dia, mas como a opção era a Tv, acabou aceitando o convite.

Na casa da Liv, as coisas estavam um pouco mais calmas. Minha namorada, mesmo a contragosto, decidiu aceitar o namoro da filha e desde então, o tal TZ que na verdade se chamava Tanner Bronw, evitava ao máximo encontrar com a Michaela, afinal, acho que conhecer a mãe da menor de idade que você transa, certamente não parece uma boa ideia.

Liv preparou molhos, nos entupidos de nachos enquanto Miguel nos fazia rir com as suas peraltices da infância. Mika permanecia no canto do sofá com a cara enfiada no celular, disfarçando sempre que algo nas histórias lhe tirava um sorriso.

一 Eu sou um cara legal, mas eu cogitei formas dolorosas de infanticídio quando essa criatura grudou chiclete no meu cabelo 一 falei e a Liv riu balançando a cabeça.

Quando a noite caiu fui para casa, depois de mais uma vez tentar convenver Liv a finalmente se mudar. Mas ela ainda parecia receosa com a ideia e o motivo pra variar, era a Mika. Dessa vez pelo menos, ela prometeu conversar com a filha sobre o assunto.

Em casa, o carro Theodor mais uma vez estava estacionado em frente a minha garagem.

一 Porque não chama um guincho logo? 一Miguel questionou pegando o celular.

一Vai lá e chama ele 一 falei e Miguel curvou - se para buzina e eu impedi que ele apertasse 一 já está tarde é indelicado com os vizinhos.

一 Você tem um porco fedido no seu jardim 一 ele retrucou 一 os vizinhos já te odeiam 一 falou e apertou a buzina algumas vezes.

一A Serafina não é fedida 一 defendi o meu bichinho de estimação 一 pelo menos não nas primeira horas depois do banho 一 retifiquei 一 Como ainda não apreenderam a habilitação desse garoto se ele não sabe nem onde estacionar 一 falei e Miguel soltou uma gargalhada.

一 Que foi?

一 Nossa tio Noah, nunca namorou uma garota com um pai não? 一 ele questionou com ar de riso.

一 Já , mas o que isso tem a ver?

一 Você bloqueia a entrada da garagem, assim o pai vai ter que buzinar antes de entrar e você não corre o risco de ser pego no flagra comendo a filha dele 一 ele disse eu arregalei os olhos e sai do carro mais rápido que um raio.

Quando alcancei a maçaneta da porta, ela se abriu e Theodor deu um sorriso preocupado. Corri o olhar rapidamente, tudo parecia normal.

一 Seu carro está na frente da minha garagem.

一 Desculpa, eu esqueci 一 ele falou dando um tapa na própria cabeça.

一E a porta de garagem dupla com a placa escrito "NÃO estacione" não te lembrou? 一 interroguei irritado.

一 Eu vou tirar o carro 一 ele disse passando por mim rapidamente.

一Juliet?! 一Chamei e me dirigi as escadas 一Filha, eu te trouxe aqueles tacos vegetarianos que você gosta 一 falei procurando por ela, que surgiu na minha frente com o cabelo ensopado.

一Oi pai.一 Ela disse com os olhos azuis arregalados levemente vermelhos.

一 Você... Ah meu Deus...
一 murmurei tentado processar aquilo. Eu poderia não ter entendido o lance do carro, mas eu sabia exatamente o que significa uma garota de cabelo molhado depois de ficar horas sozinha em casa com o namorado.

一 Você está bem pai? 一 ela perguntou pausadamente 一 está branco, parece que viu um fantasma.

一 Eu, estou... 一 respondi ainda estático.

Minha filhinha, minha bonequinha.

Como aquele imbecil foi capaz? Por instantes desejei ter nascido uns trezentos anos atrás pra ter o direito legal de matar o infeliz do Theodor pra lavar a honra da minha bebezinha.

Tentei tirar os pensamentos sociopatas da minha cabeça e voltei a realidade, não era a primeira vez que eu passava por aquilo, mas com a Emma foi diferente.

Nós conversamos, eu sabia que ela se sentia pronta, tivemos um papo, a levei numa ginecologista, pra explicar a parte biológica e outras onde as limitações do meu ponto de vista masculino me impossibilitavam.
Não que eu não tenha sentido o mesmo desejo assassino que estou sentindo agora quando ela me contou que tinha feito, mas ela ter a confiança de me incluir naquela decisão que no fim só dizia respeito a ela, me fez ver aquele processo de forma menos assustadora.

一 Pai?...

一 Por favor, diz que você fumou maconha e tomou banho pra tirar o cheiro e não que fez sexo com aquele garoto idiota! 一 falei sem conseguir segurar meu desapontamento.

Desde que elas nasceram eu tentava ser o tipo de pai que eu nunca tive. Um pai que elas pudessem confiar  dividir seus anseios e planos, um alguém que elas pudessem contar como um apoio incondicional sempre que estivessem diante de uma grande decisão.

一 Eu... Eu... 一 ela gaguejou com o rosto tomando um tom vermelho e olhos marejados.

Definitivamente por mais decepcionado que eu estivesse, não queria que ela sentisse vergonha por nada. E por mais que sentisse que ela tinha ido além do que estava pronta pra ir, eu não seria o tipo de pai que grita, intimida e alguns até agridem as filhas por elas tomarem as próprias decisões sobre suas vidas e corpos. Mesmo não concordando com ela, forcei a garganta pra engolir a saliva junto com a raiva daquele garoto e a envolvi num abraço apertado.

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