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Senta que lá vem problema -Pt IV

Fiquei um tempo abraçado a ela e depois pedi que descesse e dispensasse o desgraçado do Theodor. Se eu visse a cara dele, com a raiva que estava sentindo, certamente eu iria perder a cabeça.

A vi descer as escadas e respirei profundamente tentando me acalmar e em seguida empurrei a porta do quarto da Juliet, com paredes cor de rosa, muitos bichos de pelucia, contrastando com os livros adolescentes em suas prateleiras e roupas que a cada dia se tornavam mais adultas. Eu precisava pensar, como agir, o que fazer? O que dizer a ela?

Bom eu sabia o que eu queria, eu queria gritar, falar a merda que ela tinha feito se entregando pra aquele garoto idiota. Mas os anos me ensinaram a ponderar e eu precisava lidar com aquilo da melhor forma possível.

Quando ela voltou pra dentro, eu já havia despachado o Miguel da sala. E sentado na poltrona em frente ao sofá, eu era um misto de raiva, receio e certa decepção.

一 Senta 一 falei em tom ríspido pra ela entender que assunto era sério.

一 Você sempre disse que não tínhamos do que nos envergonhar, que não era proibido a gente... 一 ela se defendeu com a voz trêmula.

一 Eu sei o que eu disse Juliet, e embora eu não ache que você tenha feito a coisa certa ao dividir um momento que devia ser tão especial pra você com um idiota cheio de pomada capilar, sei que não é uma decisão minha. Mas, ter uma... 一 fiz uma pausa tentando desfazer o nó na minha garganta que me impedia de pronunciar duas palavras tão simples "vida sexual" como assim a minha Juliet tinha uma vida sexual?? Ontem ela estava correndo pela sala fingindo ser a Elsa. 一 uma... Você sabe. Isso exige muita responsabilidade e ... Você tem que ir num médico e... Você tinha mesmo que fazer isso? Você ainda é uma menininha... 一 desabafei gaguejando como nunca.

一 Eu não sou uma criança, pai. Eu sei como funciona 一 ela tentou colocar uma certa imponência na voz 一 quase todas as meninas da minha idade já tinham feito, a Emma inclusive e você não constrangeu ela desse jeito.

一 Conversar é diferente de constranger e sim a Emma tinha a sua idade quando decidiu incluir sexo na vida dela, mas ela fez isso de maneira segura e responsável. Ela foi adulta o suficiente pra olhar nos meus olhos e dizer que era um passo que ela queria dar e eu tive certeza que se ela tinha aquela coragem, era porque ela realmente estava pronta. Mas você ainda... Você pensou antes de fazer isso? Você avaliou que a sua vida muda completamente de agora em diante? Você toma um porrada de remédios, como eles vão reagir com hormônios? Esse garoto você confia nele? Sabe se ele tem alguma doença? Por Deus Juliet! Porra!

一 O que você quer que eu diga? Quer que eu peça desculpas por não ser como a Emma? Você fez tudo isso que tá me dizendo quando foi a sua vez? 一 ela perguntou já com as lágrimas já escorrendo pelo rosto.

一 Era diferente comigo... E  eu nunca quis que fosse como a Emma, Juliet. Eu só quero poder confiar em você. E entender que diabos tá acontecendo com você! Desde que começou a sair com esse garoto age sem pensar nasp consequências, você não era assim, filha...

一 Talvez o Theo esteja me ajudando a viver pela primeira vez na minha vida. 一 ela falou com aquela voz de choro que geralmente me fazia dar o braço a torcer.

一 Ah então você não tinha vida? Isso deve ser porque eu passei deseseis anos te trancando no porão, né?!一 zombei sem entender onde ela queria chegar.

一 Uma gaiola dourada, ainda é uma gaiola pai 一 ela retrucou mudando o semblante de choro para raiva quase que instantâneamente.

一 Do que você tá falando? Eu sempre tentei dar tudo que você queria, eu nunca te privei de nada dentro das suas limitações. Desde que você nasceu eu tenho feito de tudo pra te manter segura, saudável e o mais confortável o possível. Que merda é essa agora de gaiola dourada? você enlouqueceu? É o "Theo" que tá botando essas idéias de rebelde sem causa na sua cabeça?

一 Não, não é o Theo. Eu cresci pai e percebo as coisas agora. Tipo o meu pai... O meu pai de verdade, sabe? 一 ela questionou me encarando 一 Você afastou ele de mim, você fez isso sem nem sequer me consultar.

一 O que o Greyson tem a ver com isso? Você está desviando do assunto.

一 Não, eu tô cansada de você tentar controlar a minha vida o tempo todo. Eu não sou a sua boneca! Eu fiz sexo com o Theo sim, porquê eu o amo e ele me ama e não tem nada de errado nisso. Então para de tentar bancar o pai desconstruído dizendo que só tá puto porque eu não te informei sobre o que eu queria fazer da minha vida, do meu corpo! Se no fim, a verdade é que você está irritado porquê na sua cabeça eu sou sua propriedade. Você me acolheu, não é? Me deu um lar, cuidou de mim quando ninguém me queria, eu sou grata e te amo por isso, mas isso não te dá o direito de decidir a minha vida, de ter afastado o meu pai, de ter me convencido a não conhecer os meus irmãos e avós ... 一 ela disse entre lágrimas.

一 Eu só te convenci daquilo pra evitar que você sofresse, a Amber não queria você na vida deles Juliet, como você ia ser aceita pelos seus irmãos e avós desse jeito? E quanto ao Greyson, eu não nego, fiz o que estava ao meu alcance pra manter ele longe de você e faria de novo, porquê foi pro seu bem, não teria nada de bom vindo daquele cara.

一É, eu nunca vou ter nada dele, porquê você tratou de tirar isso de mim! Você arrancou o único laço biológico que me queria 一 ela esbravejou 一 Você fala da vovó ser controladora e egoísta, mas você é igualzinho a ela.

一Pro seu quarto, agora 一 gritei indicando a escada.

一 Eu ainda não terminei.一 ela insistiu me encarando com fúria em meio ao choro 一 Eu te amo, mas a partir de hoje eu vou viver a minha vida, as minhas escolhas, eu não sou uma garotinha eu sou uma mulher e é melhor começar a me ver assim.

一 Acha que transar te faz uma mulher Juliet? Eu realmente espero que não ache isso porquê se pensa assim, eu fiz um trabalho muito ruim como seu pai. 一 gritei 一E quer saber, acabou, você nao tá pronta pra namorar, eu quero você longe daquele garoto, entendeu?

一Não pode me proibir de ter um namorado, em que século você acha que estamos?! 一 ela gritou de volta.

一 É, eu não posso te proibir de namorar, mas você é menor de idade e eu tenho todo o direito legal e moral de te reprender pra proteger você das suas próprias burradas, então você tá de castigo e até segunda ordem, é de casa pra escola e da escola pra casa, eu não quero esse garoto, nem as suas amigas e nem ninguém te visitando nessa casa, ouviu?! 一 gritei ainda mais alto sentindo meu peito dever de raiva 一 Quem sabe assim você tem tempo de pensar com a própria cabeça e ver a merda que tá fazendo com a sua vida.

一 Você não é meu pai! Você não pode me obrigar a nada! 一 ela gritou e eu senti meu peito apertar e quase que instintivamente acertei um tapa no rosto dela que a fez levar a mão o rosto e me encarar com medo.

一 Filha, desculpa...一 falei no instante que percebi o que tinha feito e ela apenas se afastou de mim subindo as escadas rapidamente 一 Merda!

A segui para o segundo andar porém a porta do quarto dela se fechou na minha cara logo em seguida.

一 Juliet, desculpa... Olha eu não devia, me desculpa eu perdi a cabeça.

Falei junto a porta e ouvi um "Vai embora". Desci as escadas profundamente arrependido do que eu tinha feito, bati nela puramente pela minha frustração em ouvir aquelas palavras duras, depois de tanto esforço que tive pra cria-la com todo o amor que eu poderia dar.

Miguel surgiu na sala logo depois com um pote de sorvete e colocou na minha frente.

一 Eu traria uísque, mas achei que não fosse algo apropriado, já que amanhã é dia de trabalhar 一 ele falou tomando um lugar no sofá a minha frente.

一 Qual é o problema dela?

一 Além dela já ter nascido chata e mimada? Devem ser os hormônios da idade 一 Ele deu os ombros 一 Mas vai ficar tudo bem, amanhã todos vão estar mais calmos e as coisas vão se resolver.

一 Como estão se resolvendo entre você e o Sam? 一 questionei e ele revirou os olhos.

一 São coisas completamente diferentes tio Noah. O meu pai mentiu pra mim a vida toda e acha que só os planos que ele tem pra mim, são bons. E se quer saber, ela tava precisando daquele tapa há muito tempo, talvez até ajude.

一 Estava espiando? 一 perguntei em tom sério e ele abriu o sorvete e enfiou a colher me alcançando logo em seguida.

一 Eu não precisei, vocês estavam gritando 一 disse se levantando logo em seguida 一 E eu sei que não é a melhor hora, mas aquilo que falou na Liv sobre me dar um emprego de verdade na Custon, era sério?

一Sim Miguel era sério, você é bem talentoso, vai ser bom te ter na equipe 一 falei e ele sorriu em resposta.

一Valeu.

No dia seguinte, preparei o café, retirei o lixo, alimentei a Serafina e tentei inutilmente conversar com Juliet, mas ela simplimente ignorou-me a ponto de fingir que não escutava q minha voz.
Afinal, como ela queria que eu a visse como uma adulta, se continuava agindo como se tivesse cinco anos? Mas tudo bem, decidi dar mais tempo a ela e evitar entrar em mais um conflito. Juliet sempre foi voluntariosa e mimada, sim, confesso que grande parte da culpa por ela ser assim era minha.
Minha mãe sempre dizia que eu sobrecarregava a Emma com responsabilidades e criava um ninho de conforto e proteção pra Juliet e que isso no futuro ia me trazer problemas. Na época eu não me importava muito com a opinião da minha mãe, mas hoje eu entendo que a maternidade/paternidade ensina, seja pelos seus acertos ou pelos erros e ela viu eu fazer com a Juliet muito do que ela fez comigo de uma maneira diferente, mas tão errada o quanto.
Susan me dava tudo que eu queria na infância pra suprir a sua ausência, escondia meus erros do meu pai e da sociedade na adolescência pra que o nome da família fosse preservado, e eu... Eu criei a Juliet evitando ao máximo que ela se frustrasse, por medo dela não estar mais aqui no dia seguinte. Eu sempre acabava cedendo, mesmo quando ela recebeu alta do médico e Emma e eu estávamos empolgadissimos com a ideia de voltar pra Roma, cedi, quando ela me convenceu de que aqui, ela teria chance de ter uma vida nova, esquecendo todos os anos que sofreu por conta dos problemas cardíacos em Roma.
Não, não foi certo eu bater nela, mas eu estava tão errado assim em ficar frustrado por ela me disse?

O dia no trabalho passou lento e chato, mesmo com toda a empolgação do nosso novo membro da equipe.
Porém Liv apareceu quase no fim do expediente com uma torta de maçã escrito sim com chantilly em cima pra salvar o meu dia.

一Eu não acredito 一falei encarando a torta.

一Acredite, eu conversei com a Mika e ela disse que só por cima do cadáver dela, mas você tem um quintal bem grande, então ... 一 ela brincou.

一 Não, eu acredito que você disse sim, afinal porque você recusaria morar com um cara que sabe fazer as melhores panquecas de Toronto. 一expliquei 一Não acredito que você colocou chantilly numa torta de maçã! Se o Sam ou o Miguel vissem isso diriam que os confeiteitos que já partiram pro além devem estar arrancando os olhos agora. 一falei e ela socou meu ombro e tentou tirar a torta das minhas mãos e eu ergui o braço alto o suficiente pra impedí-la. 一 Eu disse que era uma ofensa gastronômica, não que eu não comeria 一falei a puxando para mim com o outro braço 一 E quer saber uma novidade? Estamos no mesmo time agora, minha filhinha também me odeia e acha que eu sou antiquado, egoísta, cruel, frívolo e que não quero que ela tenha uma vida, simplesmente pelo fato de não querer vê-la quebrando a cara.

一 Então vamos ter que cavar duas covas? 一 Ela deu um sorriso preocupado.

一 Eu não sou tão radical, tava pensando num quarto secreto onde a gente possa enviar comida por um buraco até elas passarem da adolescência e começar a nos dar razão.

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