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Nossas vidas em pequenas Escalas - I

Em questão de meia hora, tudo já estava pronto. Emma  e eu nos despedimos de Juliet no corredor e ela seguiu sendo empurrada numa cadeira de rodas pelo enfermeiro e Suzan, já devidamente trajada ao seu lado. Confesso que fiquei com uma pontinha de ciúmes, mesmo que ver minha  filha parir não fosse algo que eu escolheria estar fazendo numa sexta a noite.

—Ela vai ficar bem, não vai? — Emma perguntou  enroscando seu braço no meu e recostando a cabeça no meu ombro enquanto observava a irmã desparecer atrás das portas do bloco cirúrgico.

— Ela vai sim.

Uma cesárea não costumava demorar muito tempo, claro que como a cirurgia de Juliet exigia mais cuidados, talvez demorasse mais e eu estava consciente disso. Mas mesmo assim, minutos depois dela entrar na sala, já pareciam ter se passado horas. E eu andava de um lado pro outro nervoso, controlando todos os meus impulsos de comprar uma carteira de cigarro.

—Eu não devia ter deixado a minha mãe entrar, eu sempre entrei com ela, ficava lá até o médico me expulsar. Sempre foi assim... E eu já vi três partos, a minha mãe nenhum, porque diabos ela foi escolher a Suzan?

— Noah, se acalma.—Liv levantou da cadeira de espera e veio ao meio encontro, me levando até a a cadeira e me fazendo sentar — Foi  a escolha dela e pra ser sincera, eu acho ótimo ué ela fez uma boa escolha.  Isso pode ajudar as duas a se acertarem, curar as mágoas, a sua mãe parar de ver a bebê como um problema e a Suzan é a mais racional de nós. Não vai ficar nervosa. Sem falar naquele cara de "o processo vem" que ela tem, eu duvido que os médicos não vão seq esforçar pra fazer tudo direito. Então, se acalma. Ela está em boas mãos. — Liv falou  massageando os meus ombros e eu concordei com a cabeça.

Ela não estava errada, mas eu sabia que a escolha da Juliet não tinha sido porquê ela queria fazer as pazes com a avó ou mesmo pela presença forte que a Suzan exercia. Ela escolheu a avó para me proteger, eu nunca escondi das meninas que ver a Carol morrer foi a pior coisa que presenciei na vida e eu sabia que ela tinha medo de me fazer passar por isso novamente. Mas eu era o pai dela, eu deveria estar lá segurando a mão dela, eu era quem devia protegê-la, não o contrário, não é mesmo?

— Ah foda-se — falei dando um beijo na testa de Liv e escapando dos olhares das crianças.

Segui rapidamente até o bloco cirúrgico e falei com a recepcionista, implorei por informações e depois de tanta insistência, ela adentrou o centro para conseguir informações e eu me esgueirei atrás dela com cuidado pra que não me visse.

—Senhor Johnson não pode entrar aqui! — Ela me repreendeu.

— Por favor moça é a minha filha, ela vai ter um bebê de uma gravidez de alto risco, ela tem problemas cardíacos, eu não vou conseguir ficar lá fora, por favor... Olha só eu nem preciso entrar na sala, eu só preciso ver o que está acontecendo, por favor... — implorei e ela soltou um suspiro.

— Tudo bem, eu vou te dar uma roupa, mas o senhor fica atrás do vidro entendeu? Na sala só é permitido um acompanhante.

— Obrigado, obrigado, eu prometo não vão nem borrar que estou alí.

Me vesti e a enfermeira me levou até a sala de observação, um pequeno espaço ao lado da sala cirúrgica, com algumas cadeiras e uma enorme  janela de vidro. Vi minha mãe segurar a mão da Juliet enquanto os médicos trabalhavam. Eu não conseguia ver o rosto da minha filha nem ouvir nada do que se passava lá dentro,  mas pelo pouco que entendia os monitores  pareciam normais, os médicos calmos e isso era bom sinal.  Suzan me reconheceu e  eu fiz um aceno com a mão e ela balançou a cabeça negativamente, o que ela queria dizer com aquilo? Que as coisas não estavam bem? Ou  foi apenas uma negativa a minha atitude? Era difícil decifrar já que a única parte visível do rosto dela eram os olhos.  Senti meu peito acelerar, e fiz um gesto com a mão pra ela sair da frente, pois precisava ver a minha filha. Ela não entendeu, insisti mas ela continuou sem entender.

— Ah eu tentei — falei a mim mesmo e adentrei a porta lateral que dava acesso a sala cirúrgica, chamando a atenção da equipe e de Juliet que parecia apavorada.
— Desculpa gente, podem continuar eu só preciso ver a minha filha — falei vendo o cardiologista que acompanhava os monitores balançar a cabeça e fazer um gesto de tudo bem para o anestesista que estava pronto pra me retirar.

— É permitido apenas um acompanhante, precisa se retirar senhor. — A enfermeira me informou e minha mãe tomou a frente dizendo que ela sairia.

— Vai ficar tudo bem filho.— Ela falou se afastando e eu tomei o lugar ao lado de Juliet que deu um sorriso surpreso ao me ver.

— Desculpa eu não poderia perder isso.— Falei segurando a sua mão um tanto fria.   Você está bem, está com dor?

— Não eu só ... Eu só estou cansada —  ela falou com a voz fraca e olhos pesados, dava pra notar o esforço que fazia  para se manter acordada. 

—Olha só eu sei que você não vai ter muito tempo para dormir a partir de hoje, mas aguarda só mais uns minutinhos... — falei em tom bem humorado, tentando esconder minha preocupação.

— Pai... — Ela sorriu fraco —  Me promete que vai cuidar dela, promete...

— Eu vou, e você também vai. — falei e olhei para os monitores e dessa vez percebi as curvas pareciam pequenas demais, voltei meu olhar ao cardiologista de modo  interrogativo e ele apenas desviou o olhar voltando-se aos monitores.
Segurei com mais firmeza a mão  dela  continuei falando toda a bobagem  sobre nascimento que me vinha a cabeça  tentando mantê-la calma e presente.
O Anestesista abriu espaço entre nós, enfiando uma máscara de oxigênio no rosto da Juliet no mesmo instante que vi o obstetra levantar uma bebê pequeninha  que esperneou com um chorinho baixo e agudo. Olhei para Juliet e ela tinha lágrimas escorrendo no canto dos olhos.

— Ela é linda querida, é linda... —Falei emocionado.— Baixei a  minha máscara  beijei a testa dela. Em segundos o pediatra colocou aquele pacotinho vermelho e choroso, enrolado em um cobertor listrado   ao  lado do rosto de Juliet que sorriu e pediu pra tirar a máscara para beijar a filha  com aquele sorriso maravilhado.

— Tudo bem mamãe vai ter muito tempo com ela, mas agora precisamos levá-la por um tempinho. — O pediatra anunciou  pegando a criança e Juliet tentou levantar a cabeça.

— Tá tudo bem querida, ela está bem — Falei pra ela e vi os médicos saírem com a bebê e o anestesista voltou a colocar a máscara em Juliet.

Fiquei na sala por mais um tempo e Juliet acabou caindo num sono profundo e ao ver meu nervosismo, o cardiologista me levou pra fora, me explicando que estava tudo saindo como o esperado. Juliet havia perdido muito sangue e isso fazia o cérebro querer descansar para poupar energia, mas que ela estava estável. Fariam uma transfusão e deixariam que ela descansasse e se tudo corresse bem, estaria pronta pra ir pra casa em poucos dias. 

Não me permitiram entrar de volta a sala e tive de aguardar na sala ao lado, olhando para o vidro. Embora eu sentisse uma certa tensão pairando sobre os rostos mascarados dos médicos, não era uma situação desesperadora, não havia aquela movimentação e ansiedade como no dia em que perdi a Carol. Mesmo assim permaneci tenso, até que tudo tivesse acabado e o obstetra  viesse falar que a cirurgia tinha ido bem, Juliet estava estável, teria de ficar algumas horas em observação e depois poderíamos vê-la no quarto. Enquanto isso disse que eu poderia ir até o berçário conversar com o pediatra sobre a bebê.

Dei mais uma olhada em Juliet e segui para o berçário, depois de me trocar e identificar, fui levado até o berçário onde apenas uma incubadora estava ocupada. Aurora era pequena, mesmo assim conseguia ser maior do que Juliet quando nasceu. Parecia uma bonequinha, rosada com olhos enormes de um azul acinzentado e alguns poucos fios loiros espalhados pela cabeça. Apesar de seu tamanho e uma aparência frágil, o pediatra disse que ela estava bem, que havia respondido muito bem aos testes, estava ativa e respirando sem qualquer ajuda, que era uma bebê saudável e assim que ganhasse um pouco de peso, poderíamos levá-la para casa.

— Eu posso?  — perguntei olhando para o médico que assentiu com a cabeça. Ele abriu a parte de cima e pegou a neném, me entregando em seguida e fazendo uma cara de surpreso ao ver a minha destreza ao manusear a bebezinha. — A Juliet era menor que ela quando nasceu, e eu fui pai solteiro a maior parte da vida, então tenho um bom treinamento. — falei voltando a atenção a menininha nos meus braços com olhos arregalados e curiosos. — Seja bem vinda Aurora. Você é a coisinha mais linda que eu já vi, mas não conta pra sua mãe e nem pra Emma. — falei com a voz sussurrada. Quando levantei o olhar, vi minha família toda atrás do vidro do berçário, me aproximei um pouco e mostrei a nova integrante da família e vi a cara de bobo que todo o ser com um pingo de humanidade, faz ao contemplar um recén nascido. Aquele misto de alegria e emoção, que faz a gente querer chorar de felicidade.
— Tá vendo esses aí Aurora, são sua família e serão seus súditos, vão fazer tudo que você mandar por cinco anos e depois vão dizer que você é muito mimada, tentar te educar e cortar os doces, mas não se preocupe que você tem um avô muito maneiro — falei baixinho.

Fiquei um tempo no berçário e depois de acalmar e mandar todo mundo embora, pois o dia já estava amanhecendo, ficamos apenas Emma e eu. Revistados as cadeiras de espera, aguardando Juliet acordar e ser transferida para o quarto.

—  Sabe eu estava pensando, talvez fosse melhor adiar mesmo a viagem com o Patrick. A neném prematura e logo a Liv também vai ter um bebê, aliás senhor Johnson... Muito bonito né, gravidez não planejada aos quarenta anos? Já não devia saber como se usa uma camisinha.

—  Relaxa dona Suzan, não foi planejado mas está sendo muito desejado e no fim é isso que importa.

— Eu duvido que isso iria colar se fosse comigo.

— Não mesmo, então continue sendo o orgulho da família e não me faça avô de novo tão cedo. O constrangimento que a Aurora vai passar toda a vez que alguém perceber que o tio dela é mais novo que ela, já é o suficiente. E quanto as bebês a gente dá conta, eu dei conta sozinho de vocês duas. E a Emma sem querer ofender, mas você foi um bebê muito difícil, e eu consegui te criar, sem ir para a cadeia, você  está viva, saudável, sem grandes traumas  —  falei e refleti um pouco — tá okay eu fui pra prisão, quase te matei uma vez e eu não confio que seus níveis de colesterol estejam normais, mas estamos aqui não estamos?  Com essas meninas vai ser moleza.

— Então é uma menina? O bebê?

— A Liv não quer saber até o nascimento, mas eu acho que é, eu vi uma esquina que país bonitos tem filhas meninas.— falei e ela revirou os olhos com uma risada.  — Mas tá tudo bem entre você e o Patrick? — perguntei lembrando da conversa que tive com ele mais cedo.

— Está, estamos com muitos planos e nenhum incluiu um bebê fique tranquilo. — Ela respondeu e eu fingi respirar aliviado, no entanto ele ainda não havia contado pra ela. Pensei em falar sobre a nossa conversa mais cedo, mas decidi dar mais um tempo a ele — você tá bem? Parece que está com a cabeça longe? Está tudo certo com a Juliet mesmo?

— Segundo os médicos ela está bem, só precisa descansar.

— E com a bebê então?— ela disse soltando um longo suspiro — Sabe pai, eu achei que tinha sido uma péssima ideia a Juliet manter a gravidez e ...  Eu sempre protegi a minha irmã, era o meu trabalho também e eu não soube lidar com o fato de que eu não estava lá, eu não protegi ela. Acho que por isso tenho me afastando tanto da minha irmã, e eu pensei que quando olhasse pra ela, pra neném, eu não conseguiria ver mais do que tudo que a Juliet está passando por conta daquele filho da puta, por conta de eu ter falhado com ela, mas não... Você tinha razão a Aurora, não tem nada a ver com o que aconteceu, ela é só uma bebê. Ela é inocente e uma vítima nisso tudo e eu quero ajudar a Juliet com isso e ser uma excelente tia.

— Não era seu trabalho cuidar da sua irmã, não foi sua culpa, mas eu não esperava menos de você, meu amor. — falei colocando a minha mão sobre a dela.

— Pat me falou sobre a Ellie Miller, e decidimos que não vamos viajar até aquele desgraçado estar preso, por tudo de ruim que ele fez, pra Juliet e pras outras garotas. Temos que garantir que ele nunca chegue perto da Aurora.

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