[cap 27] Fique Firme
Olá leitores mais lindos do wattpad, mais uma vez peço desculpas pela demora, mas realmente a minha vida está muito corrida. O tempo que uso pra escrever é no onibus e ultimamente estou tão cansada que simplesmente acho cochilando... Mas não se preocupem que essa história será terminada, mesmo que demore um pouquinho mais .. obrigado a todos pelo carinho ;)
Fique Firme
A enfermeira me pediu calma com as mãos e indicou a saída. A acompanhei e antes que alcançasse - mos a porta, avistei o cirurgião e me voltei a ele ansioso.
一 Cadê a Juliet? 一 minha voz saiu num tom de súplica.
一 Eu pedi para recepção te informar que tivemos de transferi-la para o isolamento一 ele disse e pude respirar novamente 一 A bactéria estava muito resistente aos antibióticos, tivemos de isolá -la para garantir a segurança dos outros paciente da terapia intensiva, mas venha por aqui, precisamos conversar um pouco.
O segui pelos corredores até um dos consultórios, ele me indicou a cadeira e suspirou profundamente antes de começar a falar. Ele relatou sobre o estado de Juliet, da infecção e de uma nova parada cardiorrespiratória de como foi difícil trazê-la de volta desta vez e que não poderia garantir se caso se recuperasse, não teria sequelas devido a falta de oxigenação cerebral.
一 O que eu quero que entenda Noah, é que estamos fazendo todo o possível para que ela se recupere, no entanto, o coração dela não está conseguindo trabalhar bem com a nova prótese e ele está muito fraco, se voltar a parar, provavelmente não vamos conseguir trazê-lo de volta.
一 Está dizendo que ela precisa de um transplante?
一 Sim seria uma opção se o coração dela não voltar, podemos mantê-la por dias, até semanas em um coração artificial, mas Noah… Eu preciso te dizer que um transplante além de caro, é muito difícil de se conseguir, principalmente na idade dela e aqui.
一 Como assim? 一 me esforcei para falar devido ao nó na garganta.
一 Precisamos encontrar um coração biologicamente compatível o que já é difícil no seu país de origem, onde as pessoas costumam ter ascendência parecidas, aqui para ela, já é mais complicado. Além disso existe uma fila que deve ser respeitada, o tempo de espera é em média cinco a dez anos, se o coração dela parar, não teremos nem perto disso.
一 Mas o caso dela seria urgente, ela tem que passar na frente! Eu pago o que for preciso.一 falei sentindo minhas mãos tremendo.
一Não è assim que funciona, Noah. Eu sinto muito, mas todas as crianças, pessoas em geral que estão esperando por um coração estão em estado crítico ou estão prestes a chegar no estado crítico. Eu sei o quanto é difícil, mas tem outros pais e mães na fila, tão desesperados quanto você e nem todos tem condições financeiras de manter os seus com todo o conforto e cuidado que a Juliet tem recebido.一 ele falou e eu senti as palavras dele como um soco no estômago 一 Eu sei que talvez eu esteja parecendo frio, mas infelizmente Juliet não vai conseguir um coração, ela precisa que uma criança compatível biologicamente com mais ou menos o peso e a idade dela venha a falecer e que os pais dessa criança autorizem a doação, que os órgãos estejam em condições e isso ainda é muito raro. Se o coração dela parar, ele não vai suportar outra carga elétrica e eu quero que me autorize a não tentar trazê-la de volta se isso ocorrer, pois vai ser um sofrimento desnecessário a todos e a ela também porque não vai mudar as coisas.一 Ele disse tirando um papel da gaveta e colocando sobre a mesa.
一 Não posso fazer isso 一 falei empurrando a folha sentindo meus olhos encherem de lágrimas 一 eu quero ver a minha filha 一 falei e ele concordou com a cabeça.
Minutos depois eu estava na ante sala do isolamento, tomando um banho de álcool e vestindo roupas cirúrgicas esterilizadas por cima da minha. Adentrei o quarto e fui direto para cama. Juliet dormia, ainda entubada, c aquela aparência cadavérica que me dava arrepios. Passei a ponta do meu dedo enluvado pelo rostinho dela, desenhando os traços na minha mente e sentei-me ao lado dela.
Chorei… eu tinha tentado não fazer isso já frente dela ou da Emma, porquê mesmo estando inconsciente, tinha medo que ela percebesse de alguma forma meu desespero. No entanto naquele momento tudo que eu conseguia era chorar debruçado sobre a minha menininha.
Ali permaneci até ser retirado por uma enfermeira, tentei me recompor no corredor mas por mais que eu tentasse as lágrimas continuavam a escorrer pelo meu rosto. Aquele sentimento de impotência era devastador, minha cabeça latejava dizendo que eu tinha feito tudo errado, que deveria ter esperado mais tempo para que ela estivesse maior e mais forte, as palavras do médico repetiam-se em minha mente me quebrando em mil pedaços.
Voltei a sala de espera e por horas fiquei recostado a cadeira. Não sairia dali até que o médico dissesse que ela estava estável e que não corria o risco de outra parada cardíaca, eu precisava estar ali com ela, mesmo que conscientemente eu soubesse que não poderia fazer nada se algo acontecesse.
Nos próximos três dias recebi inúmeras visitas da minha mãe, ligações de amigos e familiares. Lacey… Antonella que insistiu para que eu fosse para casa descansar sem sucesso, enfim foi a vez de Sam fazer o mesmo.
一 Eu já disse que eu não vou para casa 一 falei assim que o vi.
一 Eu sei, por isso eu trouxe roupas, escova de dentes, aparelho de barbear e cuecas limpas 一 ele falou me estendendo uma mochila 一 Não precisa parecer um mendigo porque sua filha está doente 一 falou se sentando ao meu lado e eu assenti com a cabeça em agradecimento.一 Sua mãe me disse o que os médicos andam falando 一 ele sibilou 一 E esse doutor, ele pode ser um ótimo médico, mas não conhece a Juliet como nós conhecemos, Noah. Ele sabe da situação, mas ele não sabe que ela nasceu com menos de dois quilos, um coração doente e mesmo assim agarrava nosso dedo na incubadora, ele não sabe que ela podia estar roxa e dolorida, mas continuava sorrindo com qualquer espirro que a gente desse aos cinco meses, que com dois anos mesmo com uma infecção grave e os rins tendo uma overdose de remédios, tínhamos que fazer de tudo para tentar segurá-la na cama quieta, lembra? Se a gente tirasse o olho ela saia saltitando fingindo ser bailarina 一 ele deu um sorriso nostálgico e eu o acompanhei ao lembrar daqueles momentos 一 O que eu sei é que a nossa loirinha é especialista em dar na cara dos médicos e mostrar que eles estavam errados, que ela é forte, uma sobrevivente, e ela vai sair dessa Noah, ela vai… Mas precisa continuar confiando nela, e não pode nem pensar em jogar a toalha sendo que ela não tirou as luvas de boxeadora. Se não quer sair daqui, tudo bem, sua mãe e eu vamos cuidar da Emma, mas toma um banho, se alimenta, se cuida para quando ela acordar ela ver o herói dela do jeito que ela lembra. 一 Ele disse e eu concordei com a cabeça.
一 Como a Emma está? 一 perguntei 一 Eu tenho evitado falar com ela, só mando vídeos e minha mãe me manda de volta. Ela tem muitas perguntas que eu não sei responder 一 confessei.
一 Levei o Miguel ontem fazer companhia enquanto enquanto sua mãe e eu conversamos, ela parecia bem. Está com saudade de você e da Juliet e está muito desconfiada, achando que estamos mentindo para ela, mas está bem.
一 Eu sei que não parece, mas eu também estou preocupado com ela, mas eu tenho medo de sair daqui e ...一 falei correndo as mãos pelo rosto em direção aos cabelos 一 Eu não aguento mais, eu não quero mais perder ninguém Sam. Eu sei que eu posso não ter sido o cara mais legal do mundo e que eu já fiz muita merda, mas eu não mereço isso… Faz pouco tempo que eu aprendi a lembrar da Carol sem me sentir destruído e agora isso? O que eu fiz de tão ruim?
一 Para de se torturar, a doença da Juliet não tem nada a ver com você ou mesmo com a Juliet… Isso acontece, não é um castigo por algo que fez ou deixou de fazer 一 Sam disse apertando meu ombro e depois me enredando num abraço 一 Eu também estou assustado, eu não sou o pai dela, mas você sabe o quanto eu amo aquela loirinha, mas temos que ficar confiantes certo? Agora vai tomar um banho porque eu gasto uma boa grana em perfume francês para ter que abraçar gente fedida 一 ele falou me empurrando.
Peguei a mochila e tomei um banho demorado, tentei relaxar a tensão nos ombros com a água quente, porém continuaram exaustos. Sam me convenceu a irmos num restaurante alí perto almoçar, pois estava sobrevivendo com os lanches da cantina do hospital. Comemos e conversamos durante um bom tempo e quando retornei, realmente me sentia mais aliviado.
Mais dois dias se passaram e finalmente tive uma boa notícia, a infecção bacteriana estava cedendo, poderiam diminuir a medicação o que ajudaria na recuperação do funcionamento dos rins e no fim da mesma tarde a prancheta ao lado da sua cama reduziu de estado gravíssimo para grave.
Decidi ir para casa e ficar um pouco com Emma, que por sinal estava furiosa e começou a lançar seus brinquedos contra mim assim que percebeu eu entrando em seu quarto.
一 Você me deixou sozinha! 一 Ela esbravejou lançando um macaco de pelúcia 一 Sumiu e não me ligou 一 um telefone de brinquedo bateu contra a minha coxa.一 Nem me deu notícias!
一 Filha calma 一 pedi com as mãos e ela virou-se para mim com o rosto franzido e vermelho 一 desculpa, o papai precisava cuidar da sua irmãzinha, não foi de propósito.
一 Você devia ter me levado junto, famílias ficam juntas, você visse isso 一ela falou com a voz de choro 一 achei que nunca mais fosse voltar.
一 O papai sempre vai voltar, sempre 一 falei me abaixando da altura dela 一 Pode me perdoar?一 perguntei e ela lançou um ursinho na minha cara 一 Emma …一 falei mansinho e ela cedeu, vindo na minha direção e enredando os bracinhos finos no meu pescoço.
一 Não faça mais isso ou vou chamar a polícia e vão me levar embora e você nunca mais vai me ver, aí quem vai sentir saudade vai ser você一 ela me advertiu em tom de ameaça e eu beijei sua bochecha demoradamente.一 A Julie está bem agora? Eu já posso ver ela no hospital? Quando ela vai voltar para casa? Eu já estou cansada da vovó, ela é muito chata! Agora eu sei porque a gente mora tão longe dela... Ela tá me deixando louca papai, eu gostava mais dela quando ela só trazia presentes e ia embora! Eu não posso ficar aqui com o tio Nate todos os dias? Eu fiquei de castigo na escola… Ah! o Miguel e eu estamos construindo uma nave espacial de papelão, a vovó me fez comer lesma o outro dia e disse que eu não tinha o paladar refinado quando cuspi no prato aquela coisa. Você gosta de "escarago?" e a Kate ganhou um celular do tio Derek, eu posso ter um celular? 一 Ela despejou as palavras numa velocidade atordoante.
一Calma aí, você não sabe que nós seres do sexo masculino não conseguimos processar tanta informação de uma vez só? 一 respondi com um sorriso 一 Nosso CPU não foi projetado para isso não. E porquê você ficou de castigo na escola?一 Perguntei e ela semicerrou os olhos.
一De todas as coisas que eu falei você tinha que ouvir logo isso?! 一 ela exclamou cruzando os braços enquanto me encarava e eu a encrei de volta com firmeza 一 A professora disse que era porque preciso aprender a não bater nos colegas, mas eu não bati papai.
一 Não bateu? E mesmo assim sua professora te deixou de castigo? 一 Questionei desconfiado e ela afirmou com a cabeça 一 Então você tá dizendo que não bateu no seu colega e a professora está sendo injusta?
一 Exatamente! Eu não bati nele.一 Ela balançou a cabeça negativamente.
一 E o que você fez então?
一 Talvez eu tenha afogado ele um pouco no bebedor, mas eu não bati 一 Ela disse revirando os olhinhos castanhos.
一 Emma, você não pode afogar os seus coleguinhas no bebedor! 一 falei respirando profundamente para não perder a calma.
一 Mas foi só um pouquinho papai e foi ele que comecou, ele ficou zombando da minha roupa e me chamando de baixinha. Aí eu peguei ele pelo percoço e enfiei a cara dele na torneira do bebedor, aí ele saiu chorando que nem um bebezinho.一 Ela relatou e eu soltei um suspiro, meu eu interior dizia " é isso aí garota, não dá mole para esses garotos encheridos, toca aqui!" mas meu eu pai que precisa educar a filha precisava falar mais alto. Talvez eu nunca contornase o gênio forte da minha viking e parte de mim admirava a coragem daquele pedaço de gente, mas ela estava crescendo e eu precisava impor limites ou ela acabaria crescendo sem saber respeitar ou mesmo ponderar, assim como eu cresci e tudo que eu menos queria era ver minhas meninas repetindo meus erros. Vesti minha cara de pai desapontado e a encarei por instantes.
一 Filha, o que eu disse para fazer quando implicarem com você?
一 Chamar a professora ou um adulto 一 ela disse baixando o olhar.
Eu não queria dar uma bronca depois de dias sem vê-la, então apenas repeti sobre o quanto era feio ela fazer aquele tipo de coisa e a fiz prometer que não faria novamente.
Os dias foram passando lentamente, Juliet finalmente saiu do estado grave, foi desentubada e os médicos se preparavam para findar o coma induzido. Greyson aparecia de vez em quando com um olhar preocupado apesar do prognóstico dela ter melhorado muito nos últimos dias.
Conheci os pais do menino Bernardo, o amiguinho que Juliet fez no primeiro dia, ele também se recuperava de uma cirurgia, ainda mais delicada do que a da minha filha, tanto, que os pais já estavam radiantes e extremamente confiantes só pelo fato dele ter saído da mesa de cirurgia com vida, era um mundo difícil.
Eu passava algumas horas com Emma, mas continuava respirando o hospital na maior parte do tempo. Estava exausto, não havia músculo do meu corpo que não doesse, havia perdido alguns quilos e perdendo cabelos aos montes devido o stres.
Numa terça feira, Lacey me levou um almoço pois achou que eu podia sentir falta de comida caseira. Eu sentia, mas Lacey nunca foi uma boa cozinheira, mesmo assim fiquei feliz por ela ainda se preocupar comigo.
一 E a Emma? 一 Ela perguntou com certa hesitação na voz.
一 Ela está bem, as crianças são mais fortes do que imaginamos 一 respondi dando uma garfada no pote.
一 Acha que eu poderia ir vê-la? 一 ela voltou-se a mim e antes que eu pudesse abrir a boca já me interrompeu 一 Eu sei que o nosso primeiro encontro não foi como imaginava, eu acho que acabei deixando ela se iludir que tudo seria como antes, mas dessa vez vai ser diferente. Eu só quero conversar com ela Noah, você sabe o quanto eu amo as meninas. Sabe que eu não queria que isso estivesse acontecendo.
一 Eu sei, mas… Lacey, eu acho que a Emma precisa de mais tempo. Eu respeitei o seu tempo, não respeitei? Aceitei sua decisao, embora eu ache a coisa mais idiota que você fez na vida.
一 Pode não entender agora, mas daqui a uns anos vai perceber que isso foi o melhor para a nossa família. 一 ela disse e eu dei os ombros, simplesmente não tinha ânimo para discutir ou mesmo tentar mostrar que ela estava errada.
一 Eu vou falar com a Emma, se ela quiser te ver, tudo bem 一 disse instintivamente colocando minha mão sobre a dela e tramando nossos dedos.
一 Nos ainda podemos ser amigos一 ela disse me encarando 一 uma família, só que de outro jeito.
Mais tarde fui para casa, Emma estava tão irritada por não conseguir ensinar truques novos ao Bacon, que por sinal estava usando uma camiseta em forma de smoking, que achei que não era a melhor hora para falar sobre Lacey.
No dia seguinte cheguei no hospital um pouco menos cansado, havia conseguido dormir a noite toda em semanas e encontrei o doutor logo no corredor.
一 Noah vem, ele me chamou fazendo um sinal com a mão até o vidro do tratamento intensivo. Apressei o passo e olhei imediatamente, Juliet estava dormindo, respirando normalmente sem nem sequer precisar de oxigenação, senti meu peito se aquecer e o médico voltou-se a mim.
一 Ela é uma guerreira 一 ele sorriu e eu enchi meus olhos de lágrimas desta vez de alegria 一 Tiramos a sedação, vamos transferi-la para o quarto. Deve acordar a tarde. Os sinais estão ótimos, o coração aprendeu a trabalhar com a nova válvula, está forte e ritmado. Ainda há um longo caminho pela frente, mas a princípio sua filha está fora de risco meu rapaz.
Um peso enorme foi retirado dos meus ombros e meu coração se encheu de alegria e entusiasmo, tanto que não hesitei em soltar um sorriso largo colocar o rosto rechonchudo do médico entre minhas mãos e tascar um beijo na testa dele.
一 Obrigado doutor, obrigado! 一 Exclamei 一 Será que eu posso buscar a Emma para estar aqui quando ela acordar? 一 Perguntei e o médico sinalizou que sim com a cabeça 一 voltei o olhar ao vidro e admirei minha pequena por instantes com um sorriso novo nos lábios. 一 Você conseguiu, meu amor 一 sussurrei baixinho.
Deixei o hospital alguns minutos mais tarde, fui para casa, tomei banho e vesti uma roupa bonita.
一 Pois é Bacon, logo logo você vai voltar ao seu alter ego Serafina, pois se tudo correr bem, em alguns dias vamos ter a nossa princesa de volta em casa 一 falei ao porquinho que hoje usava uma mini camiseta dos Lakers 一 Seus dias de machinho acabaram 一 falei vendo o porco se sentar e me olhar com uma expressão de tédio 一 O que você preferia ser assado no ano novo? Porque não sei se lembra, mas você é um porco comum e com certeza é o fim dos seus irmãos e irmãs que não tiveram sorte de tropeçar com uma mini ativista animal pelo caminho.一 retruquei bem humorado ao porquinho que baixou a cabeça como se compreendesse 一 Qual é? Não estou sendo cruel apenas realista. Eu não tenho culpa se sua mãe é uma porca e sua espécie fica maravilhosa assada, ou frita, ou cozida. .. Eu não sei que gosto tem carne humana, mas com certeza não se parece com porco ou não teríamos que nos preocupar com superpopulação mundial. Leve isso com u. elogio.
Terminei de me arrumar e fui buscar a Emma na escola, ela deu alguns pulinhos saltitantes assim que contei a novidade e meia hora depois estávamos no hospital. Juliet ainda dormia, tinha um acesso no braço novamente e alguns hematomas, mas estava corada, respirando bem e com uma frequência cardíaca muito boa. Esperamos por quase uma hora até que Emma percebeu ela se mover. Fomos pro lado da cama e esperamos os olhinhos azuis abrirem pausadamente, ela encarou Emma e depois a mim.
一 Eu quero o meu biscoito 一 ela sussurrou baixinho e eu não contive as lágrimas de alegria, ela estava acordada e aparentemente lúcida e bem, pois ainda temos que as paradas tivessem lhe causado algum dano cerebral
一 Assim que o médico dizer que pode meu amor 一 falei dando um beijinho na sua testa e Emma deu outro na bochecha.
一 Que bom que você acordou Juliet, fazia quase cem anos que você estava dormindo! 一 Emma exclamou de forma exagerada 一 eu já estava ficando preocupada, porque hoje em dia só tem o príncipe desencantado, como íamos te acordar?
一 Eu ainda estou com sono 一 ela sussurrou e olhou para mim novamente 一 porque está chorando papai?
一 Porque o papai está muito feliz, por ter acordado.
一 Sinta-se lisonjeada, ele geralmente fica feliz quando me põe dormir 一 Emma intrometeu-se curvando-se sobre a irmã 一 eu tenho muitas novidades, Bacon está ficando bem gordo, a vovó disse que podemos ter um celular, se o papai deixar ela compra e Miguel e eu vamos dominar o mundo.
一 Eu sei que tem muita novidade, mas deixa a sua irmãzinha respirar okay? Ela precisa descansar e o médico vem ver ela, então mais espaço Emma.
一 Eu quero um celular e biscoito.一 Juliet respondeu já mais animada.
一 Vamos pensar nisso, okay? 一 falei beijando o topo da sua cabeça.
Alguns minutos mais tarde o médico adentrou pela porta e a examinou, Juliet começou a chorar de dor quando teve que se mover. A cirurgia ainda estava muito recente e o médico falou que ela ainda teria dor por um bom tempo, mas que iam ajustar a medicação para que ela ficasse o mais confortável possível. Minha mãe apareceu mais tarde para buscar Emma, Juliet ainda estava cansada e caiu num sono assim que as duas deixaram o quarto. Fiquei sentado na poltrona a noite toda, olhando para ela, agora ela estava segura e eu tão eufórico que era incapaz de dormir.
Dias se passaram e Juliet estava cada vez melhor, e finalmente o médico liberou que ela comesse um ou dois biscoitos que foram especialmente produzidos e assados no Branch pelo Sam. Só percebi que tinha esquecido totalmente de avisar Greyson quando vi ele e a namorada com cara de poucos amigos no corredor do hospital.
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