[Cap 19] A melhor maneira de complicar minha vida - Parte ll
Trocamos carícias e beijos no sofá da pequena sala do apartamento de Antonella, isso até sermos interrompidos pelo choro estridente de Sophia vindo do quarto e eu perceber que já estava quase na hora de buscar as meninas na escola. Combinei de visitá-la novamente no sábado, já que Sam levaria as meninas pro tal concurso, eu teria a tarde livre e ela ainda estaria presa em casa por conta da virose da pequenina.
Cheguei na escola e aguardei as meninas, que como sempre, adentraram o carro ruidosas tagarelando sobre o dia no colégio.
一 Papai porque você tá tão feliz? 一 Emma perguntou ao me ver assobiando.
一 Ora, eu não posso ficar feliz? 一 perguntei tentando não perder a atenção na direção.
一 Pode, mas eu não posso saber o porquê?一 ela retrucou no ato.
一 Bom eu tenho um emprego legal, duas filhas lindas e um porco que eu posso comer no caso de um apocalipse zumbi, não são motivos para ficar feliz?一 Questionei e ela voltou a ajeitar-se na cadeirinha ainda desconfiada.
一 Não vamos comer a Serafina 一 Juliet soltou um grito extridente 一 Ela é um membro da família, a minha filhinha, sua neta papai! 一 protestou a loirinha.
O resto da semana passou voando, Antonella esteve na empresa e conversou com o pessoal do RH sobre a Sophia, Emma dedicou-se a tentar adestrar o porco e Juliet estava empolgada demais com os passos de ballet que faria no concurso para se incomodar com os exames do pré operatório. Ao vê-la conversando calmamente com a enfermeira sobre sua roupa de bailarina unicórnio, enquanto tiravam ampolas de sangue de seu bracinho pálido, acabei concordando que foi uma ótima idéia do Samuel, diatraí-las com o tal concurso.
No sábado, vi Juliet repassar várias e várias vezes a coreografia de ballet, até finalmente achar que estava perfeita e as preparei pro dia com Sam, juntamente com duas malas de trocas de roupas, sapatos e acessórios para os desfiles e finalmente fui me arrumar.
一 Hum…Caprichando no visual 一 Nate observou 一 achei que não fosse no tal concurso.
一 E não vou… Vou encontrar uma amiga 一 disse tentando arrumar o cabelo 一 odeio esse cabelo curto, quando estava comprido as opções eram solto ou coque 一 disse.
一 Amiga? Sei…. 一 Ele disse com um olhar malicioso.
一 É uma colega de trabalho e a filha dela vai estar com a gente.
一 Ah! a ruiva que esteve no Sick's 一 ele lembrou 一 Ela é gata.
一 É, eu sei 一 mas fala baixo que não quero que as meninas saibam por enquanto, tá?
一 Não quer que a Emma saiba?
一Exato! Ela ainda está muito resistente com a ideia da nossa vida continuar sem a Lacey 一 falo em tom baixo quando escuto a buzina do carro do Sam ressoar na frente de casa.
Fui até a sala onde as duas já disputam lugar nas janelas, peguei os vestidos, as mala com outras mudas, acessórios e sapatos e as levei para fora. Para minha sorte Emma estava tão ansiosa em sair que não reparou que eu não estava vestido para ficar em casa esperando por elas e passou correndo por mim quando percebeu que estava esquecendo do Bacon Serafina.
Sam desceu do automóvel e enquanto instalava as cadeirinhas no carro e avistei Miguel com a maior cara de tédio, cabelo bem penteado num traje azul, vermelho e dourado que lembrava o quebra nozes.
一 Não ria 一 ele falou num italiano carregado digno do filme do poderoso chefão.
一 Você tá uma gracinha 一 zombei apertando a bochecha dele. Ajeitei as cadeirinhas no banco traseiro e Samuel obrigou o filho a descer para ajudar com as malas, Emma imediatamente perguntou porque ele estava vestido de quebra nozes e Juliet uniu as mãozinhas próximo ao rosto, balançando o corpo levemente de um lado pro outro suspirando um “ele é um príncipe encantado” fazendo Emma soltar um “eca” sonoro e o loirinho revirar os olhos.
一 Ele vai entrar com elas no desfile de talentos, quero ver alguém competir com isso. A propósito meninas treinaram os talentos? 一 Sam perguntou empolgado.
一 Sim 一 as duas responderam em coro e Emma imediatamente desceu do carro puxando bacon com a sua coleirinha rosa e uma gravata borboleta.
一 Vejam só 一 ela falou com orgulho tirando um potinho de petisco da bolsinha 一 Senta一 ordenou ao porco que imediatamente obedeceu e ela lhe deu um petisco 一 agora deita 一 ele novamente seguiu a ordem 一 rolando Bacon, rolando 一 e o porquinho começou a rolar pela calçada.
一 Nossa! 一 ela treinou mesmo um porco!? 一 Samuel exclamou impressionado e eu inflei o peito orgulhoso
一 Ah ela é muito boa em dar ordens 一 falei prestando a atenção no potinho de petisco que agora percebi ser o bacon frito que eu havia feito no dia anterior 一 Emma!一 Exclamei tirando o pote da mão dela 一 Não pode dar bacon pro Bacon!
一 Eu avisei 一 Juliet surgiu na janela do carro empinando o narizinho.
一 Mas, ele é um Johnson só funciona à base de bacon papai 一 explicou-se 一 Ele não faz nada por ração, eu tentei...一 disse tirando o potinho da minha mão.
一 Ótimo, um porco transgênero canibal 一 falei revirando os olhos 一 um bichinho de estimação super comum para duas menininhas!
一 Na verdade eu acho que o porco é um travesti por imposição social!一 Samuel falou olhando para Juliet.
一 Ela é a Serafina, não é tá.. traá 一 ela gaguejou 一 isso que você falou 一 completou.
一 Tá chega, vão logo ou vão se atrasar 一 falei e Emma parou na porta do carro, virando-s paramim interrogamente.
一 Não vai com a gente? 一 ele perguntou-me levantando uma sobrancelhas.
一 Não, é o dia de vocês com o Sam 一 falei e ela franziu a testa.
一 Porque colocou uma roupa de sair?
一 Eu vou sair com uns amigos do trabalho tomar uma cerveja, agora entra no carro vai…一 falei e ela entrou ainda com um ar de desconfiança.
Dei um beijo em cada uma e voltei para dentro, fazia um bocado de tempo que eu não tinha um sábado para mim, ou parte de um sábado que fosse e eu mentiria se dissesse que não estava animado para passar um tempo com Antonella. Terminei de me arrumar, peguei duas garrafas de bebidas da estante e dirigi até seu apartamento. Subi as escadas com corrimão madeira, pois o elevador estava em manutenção e a avistei assim que adentrei o corredor, ela andava de um lado pro outro com o telefone na mão, visivelmente nervosa. Esperei um tempo até ela terminar a ligação com um “tudo bem, não precisamos de você” ríspido e uma respiração profunda.
一 Acho que é uma péssima hora para um encontro 一 falei assim que ela me avistou.
一 E desde quando isso era um encontro? 一 ela respondeu mau humorada.
一 Ufa, que bom! Porque eu trouxe uns amigos, se fosse um encontro, ficaria estranho 一 falei e ela arregalou os olhos espantada 一 Conheça meu amigo Cabernet Sauvignon 一 digo mostrando o vinho que ganhei outro dia de Vick一 e meu outro amigo Jack Daniels 一 falo e ela esboça um leve sorriso一 Tudo bem, vou relevar esse sorrisinho porque eu também tenho uma certa quedinha pelo Jack aqui, então posso entrar?
一 Pode, mas não devia ter trazido bebida, Sophia tá doente, esqueceu?
一 Tudo bem, eu não pretendia dar bebida para Sophia, ela precisa estar curada e ter uns 12..13 anos a mais para beber 一 falei e ela balançou a cabeça.
一 Ela não tem nem dois anos vai precisar de uns 17 para beber.
一 Haha… acha mesmo que vai conseguir que ela mantenha a virgindade alcoólica até os 18? 一 arqueou as sobrancelhas e ela disse “Touché” pegando a garrafa da minha mão enquanto abria caminho pela porta.
Sophia estava num cercadinho cor de rosa no meio da sala, parecia um pouco melhor, me aproximei e a peguei nos braços.
一 Tadinha estava presa numa jaula para bebês 一 falei olhando para Antonella.
一 Essa jaula garante que ela não beba água do vaso, quando não entra inteira dentro dele, o novo passatempo dela.
一 Emma também tinha uma queda por se refrescar no sanitário.
一 E como elas estão? Vai ser na quinta a cirurgia mesmo?一 Ela questionou e eu soltei um suspiro preocupado.
一 Sim, mas ela já vai internar na terça para fazer a dieta, jejum e mais alguns pré operatórios 一 falei sentindo um peso cair sobre mim ao lembrar de como aquela semana seria difícil 一 elas estão num concurso com o Sam 一 falei e ela me estendeu uma taça de vinho.
一 Concurso?
一 Mini miss, sabe?
一 Sabe que esses concursos só servem para propagar estereótipos de beleza e a competitividade feminina baseada em aspectos físicos e socioeconômicos, não é? 一 ela falou em tom de reprovação.
一 Talvez, mas elas ficaram umas gracinhas naqueles vestidos de gala e a Emma treinou o Bacon em uma semana! 一 falei e refleti 一 tá certo que agora ele é um porco barra porca adepta do canibalismo, mas ele não tá mais fazendo coco pela casa!
一 Hum, será que ela consegue treinar a Sophia para mim? 一 respondeu com um sorriso bonito.
一 Só se ela puder comer alguns quilos de bacon 一 falei voltando o rosto para Sophia que tentava arrancar o piercing da minha orelha 一 Quer ser treinada pela mini dominadora de mundos? 一 disse e ela balançou a cabeça negativamente.
Antonella preparou uns salgados, na verdade, abriu alguns pacotes e os colocou na tigela e assistimos ou melhor, tentamos assistir um filme enquanto Sophia pulava por cima de nós incessantemente pelo sofá, até finalmente cair num sono profundo entre nós.
一 Suas filhas eram tão agitadas quando pequeninas? 一 a ruiva perguntou admirando a filha com um ar de cansaço.
一 A Emma era, é… ela tem uma energia inesgotável. Juliet sempre foi mais calma.
一 Você nunca me contou como aconteceu...一 ela voltou-se para mim interrogativa e eu fingi não entender 一 Com a mãe da Juliet.
一 Ela não queria ser mãe 一 falei num suspiro一 então ela foi embora.
一 Talvez ela só não tivesse preparada, é muito difícil…
一 Ninguém tá preparado para ser responsável por uma criatura que vai depender 100% de você, uns podem saber mais que os outros, ter mais jeito, mais conhecimento, mas preparado ninguém está nunca, ter um filho é a coisa mais complicada da vida, ou talvez a segunda 一 falei pensando nas vezes que estive a um fio de perder minha pequena 一 a Amber, ela tinha muito jeito com crianças, mas não sei, ela não conseguiu criar um vínculo com a Juliet. Talvez ela ter ido embora, tenha sido o melhor que ela fez, crescer pensando que a sua mãe não te ama é muito pior do que não ter uma.
一 Não sei se concordo com a última parte, talvez ela só precisasse de mais tempo, Juliet é uma garotinha adorável, não tem como não gostar dela. Sabe que um dia ela vai querer conhecer a mãe, não sabe?
一 É, eu sei. Mas não sei se a Amber, vai querer o mesmo, ela vai se casar e pelo que vi, finge que a Juliet não existe para todo mundo. Mas a chicletinha vai ficar bem, ela tem a mim, a Emma e todos que a amam, não precisa da Amber.一 Falei e vi ela dar um sorriso amarelo que me dizia não concordar com a minha opinião. 一 Bom a criança dormiu, ainda temos meia garrafa de vinho… 一 falei entrelaçando meus dedos nos dela e aproximando meu rosto.
一 Espera一 falou me afastando 一 Eu… Noah… você é um cara legal, eu gosto de conversar com você, ainda não sei porquê, mas até que você é atraente 一 ela balançou a cabeça 一 e eu estou curtindo esse lance que tá rolando, mas… eu não sei se estou pronta para entrar em outra relação agora, não estou procurando um padrasto para minha filha, nem um marido ou se quer uma coisa séria 一 disse me lançando um balde de água fria 一 desde os 16 anos eu vivi a sombra de um namorado, depois marido e eu tô a fim de descobrir e ser a Antonella, Sophia precisa disso, eu preciso disso. Então se tiver a fim de curtir os momentos ótimo, mas não posso te oferecer mais que isso, pelo menos, não agora.一 Ela falou com sinceridade.
一 Você tá me dando um fora ou sugerindo algum tipo de amizade colorida?一 Perguntei um tanto confuso.
一 Se for a segunda opção, vai me achar muito vadia? 一 Ela franziu o rosto apreensiva.
一 Não, mas para ser sincero, eu não tenho algo assim desde o colégio 一 falei com um sorriso 一 Acho que sou para casar 一 brinquei e ela revirou os sorriu balançando a cabeça 一 mas eu gosto da ideia.
一 Bom eu nunca tive, então 一 ela arqueou as sobrancelhas.
一 Bom, eu tô curtindo muito ficar com você e também acho que a minha vida tá um tanto complicada, Emma tá passando por uma fase difícil e os problemas de saúde da Juliet, eu não ia conseguir dar a atenção que uma namorada merece então, porque não? 一 voltei a enredar meus dedos nos dela e desta vez ela me beijou. Deixamos Sophia dormindo no sofá da sala e fomos pro quarto, onde brinquedos estavam espalhados pelo chão e uma pilha de roupas pequenas no outro, me lembrou muito meu primeiro ano com Emma, quando espalhava as coisas pelo chão para que ela se distraísse enquanto eu tentava cochilar um pouco.
一 Desculpa a bagunça, eu não tive tempo de passar as roupas da Sophia e… 一 a interrompi levantando o dedo e empurrando os brinquedos para baixo da cama com o pé.
一 Tá arrumado 一 falei a enredar do num abraço.
一 É assim que faz na sua casa?
一 Atualmente eu grito, “se não juntarem e essas porcarias vai tudo pro lixo”, mas até eu realmente jogar alguns no lixo, era desse jeito mesmo.
一 Não acredito que jogou os brinquedos fora...
一 Quer dizer que quando as mães dizem isso, elas não tem a intenção de jogar fora? 一 arquei a sobrancelha.
一 Não, é só para assustar, não é para jogar fora de verdade!
一 Definitivamente, você não foi criada por uma Susan Johnson.一 falei a puxando para mais perto. 一 Agora que tal menos amizade e mais colorida? 一 disse e ela riu.
一 Você não presta.
一 Legal, tô me tornando o seu tipo de cara 一 falei em tom de brincadeira e levei um soquinho no ombro antes de nos beijamos novamente.
Senti o calor dela irradiar meu corpo como uma onda de eletricidade e excitação, não tive tempo para pensar nos prós e contras de transar com alguém que não queria se envolver, mas a qual eu, já me sentia envolvido. Apenas me entreguei ao momento, assim como ela, ansiava não só pelo toque, intimidade ou prazer, a parte mecânica do sexo está a alcance de qualquer match no Tinder ou um cartão com um número de acompanhantes, mas precisávamos de mais do que qualquer casualidade, merecíamos mais do que aquilo depois das nossas desastrosas desventuras amorosas. Percorri cada centímetro do corpo dela com a ponta dos meus dedos sem pressa alguma, senti a aspereza da calça jeans ser substituída pelo calor macio de sua pele, dedidlhei as pequenas pintas avermelhadas que decoravam ritmicamente o angular de suas costelas e deixei-me inebriar completamente pelo cheiro adocicado da curva do seu pescoço, enquanto meus dedos delicadamente brincavam entre suas pernas provocando-lhe pequenos gemidos e um leve arranhar das unhas de um tom salmão em meus ombros nus. Não posso dizer que não lembrei Lacey, de seu toque ou da forma intensa como ela me amava, principalmente quando a ruiva tomou as rédeas da situação invertendo nossas posições e me levando ao ápice de prazer com o mexer ritimado de seus quadris, mas todo o tempo era apenas eu e ela.
一 Vai ser muito clichê se eu acender um cigarro? 一 perguntei com a respiração ainda alterada enquanto ela puxava o lençol sobre o corpo ainda nu.
一 Não, mas nessa casa é proibido fumar, além do mais, pelos meus cálculos de soneca da tarde, Sophia vai acordar nos próximos minutos, descer do sofá e vir cambaleando até aqui, e não quero que ela veja um fumante pelado na cama da mãe dela, então pula pro clichê de chuveiro e rua 一 ela falou com um leve sorriso.
一 Assim vou me sentir um objeto sexual 一 retruquei e ela se aninhou no meu braço e deu dois tapinhas leves no meu rosto.
一 Bem vindo a realidade feminina 一 sorriu com ironia 一 Foi ótimo, mas agora sério, melhor você ir, a minha amiga vai chegar e se ela imaginar que eu dormi com o carinha safado do bar ela me mata.
一 Aquele dia ela pareceu gostar de mim 一 falei me lembrando da noite que a conheci
一 Claro que ela gostou, você pagou a bebida dela 一 riu e desenredou-se de mim 一 mas sério agora da o fora, e aí de você se comentar com alguém sobre isso, não sou uma das suas peguetes do bar.
一 Quem disse que eu tenho “peguetes no bar”?
一 Ah vai dizer que não tem garotas arrastando asa para você depois que desce do palco 一 ela falou e eu soltei uma gargalhada
一 Eu sou um comediante, não estrela do rock... e ninguém escreveu um livro sobre um comediante misterioso que “fode forte e não faz amor”, então não tem muita mulher querendo realizar fantasias com quem faz stand up 一 falei e ela riu deixando que as mechas acobreados caíssem sobre o rosto 一 Você é linda 一 falei colocando a mecha atrás da orelha e a vi e.
一 Droga! 一 ela reclamou 一 você precisa ser mais babaca tá?! Sem se envolver lembra? Nossas vidas já estão complicadas demais, é só uma válvula de escape.
一 Okay 一 falei a empurrando pro lado e colocando meu corpo sobre o dela, aproximando meus lábios lentamente da maneira mais provocante que eu sabia fazer, desviei assim que senti a ansiedade dela em ser beijada 一 Faz café 一 falei e dessa vez ela me empurrou pro lado, puxando o lençol e saindo enrolada nele pela porta logo em seguida, balançando a cabeça e me chamando de idiota.
A encontrei no banheiro onde tomei um banho rápido e me vesti, quando retornei a sala, Sophia já estava em seu cadeirão, tomando uma espécie de suco verde na mamadeira, enquanto Antonela preparava café.
Que coisa é essa que ela tá tomando ?一 perguntei pegando o liquidificador com a gosma verde 一 bateu um alienígena aqui?
一 É suco de clorofila, faz muito bem pro sistema digestivo, experimenta 一 ela falou e eu me arrisquei num gole e cuspi de volta no liquidificador.
一 Eca, isso tem gosto de grama misturada com mais grama e um pouco de terra
一 Mas faz você viver uns anos a mais, devia fazer pras meninas, é super saudável.
一 Se eu servir um troço desses para elas, minha vida acaba na mesma hora, porque elas me matam一 falei me servindo de café 一 Viu meu celular por aí? 一 perguntei e ela me apontou o sofá, enquanto pegava um pacote de cookies integrais e servia um para Sophia e eu me arrepiei o vê-la mordê-lo como se fosse uma barra de chocolate.
Vasculhei a sala com o olhar e achei meu celular sob a mesinha de centro, arregalei os olhos ao ver mais de dez chamadas não atendidas do número do Sam e tive um mini infarto enquanto ligava de volta e esperava ele atender. Com a voz preocupada disse que Emma havia ficado muito irritada quando a platéia riu dela quando Serafina simplesmente ignorou todos os seus comandos e ficou obcecado em arrancar a saia rosa bufante do seu vestido a fazendo cair no meio do palco e a platéia cair numa gargalhada sonora. E que nervosa, começou a gritar para pararem de rir e é claro que uma coisinha fofa como ela vestida de princesa, enquanto um porco tentava comer seu vestido, no meio de um acesso de raiva gerou ainda mais risadas o que a deixou tão brava que a fez começar a lançar tudo que encontrava na plateia, até Sam conseguir subir no palco e arrancá-la de lá enquanto Miguel e Juliet corriam entre o público atrás do porco que fugiu entre as cadeiras quando percebeu que a viking estava realmente furiosa.
Tentei não rir do tom desespero que o Sam relatou a situação cômica, o fato é que Emma havia se trancado no banheiro, e a menos que Sam arrombasse a porta, não ia conseguir tirá-la de lá, pois já tinha gastado toda a sua psicologia . Me despedi de Antonela num beijo rápido com gosto de café e dirigi com um sorriso bobo até o salão do Norton Palace, um hotel de muito prestígio e tradição na região central de Roma.
Continua....
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