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I - Um

Dois meses antes.

Angie

Viver sozinha e longe de minha família não está sendo uma coisa fácil. Sempre fui acostumada com bastante gente e muita alegria, mas desde que me mudei para um apartamento no centro de Miami — pelo fato de ficar mais perto de meu trabalho —, eu fico bastante tempo sozinha. Eu fiz alguns amigos, claro, mas não são do tipo que podemos chamar de "melhores amigos" ou que possamos contar para todos os momentos, afinal, conheço eles a pouco tempo. Felizmente, minha melhor amiga, Katalinna Albuquerque, vem me ver com alguma frequência. Ela era minha vizinha quando eu morava com meus pais, em um bairro um pouco mais afastado. Ela é um ano mais nova que eu, e acho que por termos quase a mesma idade nos damos tão bem.

Na empresa onde trabalho de design de interiores, meu chefe, Robert Tyler, é uma pessoa muito boa, e ele é um dos meus amigos mais queridos, um dos de verdade, e claro, além de ser muito lindo. Muitos podem dizer que o fato de eu ter amizade com meu chefe me dá alguma prioridade, mas na verdade, não dá. Quando estamos em horário de trabalho ele sempre me trata da mesma forma que os demais. Robert é como um irmão mais velho em algumas situações, sempre me dá conselhos quando preciso. E mesmo com apenas trinta e cinco anos, ele já é dono da empresa onde eu trabalho.

Trabalho na empresa TD Designers há pouco mais de quatro anos, consegui um estágio quando ainda estava no terceiro ano de faculdade, com vinte anos. Comecei meus estudos com dezoito anos, fiquei cinco anos estudando e agora tenho um emprego fixo, ganho razoavelmente bem, e não tenho o porquê de reclamar de nada disso.

Hoje é um dia bastante movimentado, não só hoje como todos os dias durante esse último mês, estamos tendo diversos contratos e estão basicamente todos ocupados. Eu acabei de terminar um serviço que me deu bastante trabalho; a senhora que me contratou era exigente demais, nada que eu apresentava a agradava, mesmo que eu tenha seguido suas exigências. Mas no fim tudo acabou bem e eu enfim consegui achar algo de seu gosto.

Estamos no fim da tarde, estou terminando de organizar alguns papéis. Eu estava bastante distraída, então não vi a quanto tempo Kelly Almeida, secretária do senhor Tyler, está tentando chamar minha atenção.

— Terra chamando Angie — ela diz, estalando os dedos em frente aos meus olhos.

— Oi, Kelly! Desculpa, eu não estava prestando atenção. O que dizia?

— Senhor Tyler está chamando você na sala dele, diz que é urgente.

— Okay, obrigada — me levantei de minha mesa e fui com Kelly de encontro à sala de Robert.

Eu tinha minha sala também, a maioria aqui tinha, porém, com certeza era muito menor do que a dele, ainda mais pelo fato de ele ser nosso chefe.

Kelly é uma pessoa muito legal, inteligente e sempre séria com seu trabalho, é realmente uma boa trabalhadora. Porém às vezes desconfio que por trás de sua pose de secretária séria, existe uma garota apaixonada pelo chefe. Não que eu já tenha visto alguma coisa entre os dois, e nem Tyler me disse algo, mas eu percebo o olhar dela sobre ele de vez em quando. E percebo o olhar dele quando ela está distraída. Eles dariam um ótimo casal, a propósito.

Enfim chegando na sala de meu chefe, Kelly bateu na porta e disse que eu estava ali. Em seguida, ele me mandou entrar e eu passei pela porta, um tanto apreensiva.

— Senhorita Tames, sente-se, por favor — eu fiz o que ele pediu e me sentei, depois de cumprimenta-lo. — Vou direto ao ponto. Tenho um trabalho para você, já que é a única disponível neste momento, e também porque confio em você. O Senhor Ian Ledger nos contratou agora a pouco, marcamos uma reunião em sua empresa para amanhã pela tarde. Vou te passar o endereço e horário certinhos, não se atrase, ele é uma pessoa importante — ele disse, já me bombardeando com as informações.

Depois de terminarmos a conversa, finalizando alguns detalhes e algumas trocas de informações, eu agradeci pela oportunidade que ele havia me dado e sai de sua sala logo depois.

Eu não sabia quem era Ian Ledger, mas raramente atendo alguém que tem menos de cinquenta anos. Talvez Robert me ache mais paciente, calma e apropriada para essas pessoas. Então, cheguei a conclusão de que Ian Ledger deve estar nessa mesma faixa etária de idade.

Chegando ao fim do meu expediente, eu só queria ir para casa e cair na minha cama depois de um banho relaxante. No entanto, ao estacionar meu carro no estacionamento do prédio em que eu moro, meu celular tocou. Era Katalinna, minha melhor amiga. Não perdi tempo em atender a chamada.

Amiga, eu preciso da sua ajuda — ela já foi falando, sem esperar que eu diga nada antes.

— Linna, calma. Aconteceu alguma coisa?

Briguei com meus pais, e mais uma coisa que não posso contar por aqui.

— Ai, Linna. O que aconteceu?

Posso passar a noite aí? Eu te conto tudo com calma quando chegar.

— Tudo bem, pode vir.

Ela agradeceu e desligou, em seguida, eu peguei minhas coisas e desci do carro. Entrando no apartamento, eu fui direto tomar um banho. Teria tempo para isso antes que ela chegasse.

Espero que não tenha acontecido nada de muito urgente, e principalmente, espero que não tenha nada haver com o "namorado" dela. Acontece que ele nunca foi um homem muito decente, tenho minhas desconfianças contra ele, mas nunca disse nada porque não tenho provas de nada do que eu penso. Mas ele é sim, bem galinha, por assim dizer.

Katalinna esteve do meu lado desde sempre, praticamente, somos quase irmãs, ela sempre diz que eu sou a irmã mais velha dela. Nossas mães são amigas, então acabamos nos tornando amigas também. Felizmente, temos muitas coisas em comum.

Quando sai do banho, eu só tive tempo de colocar uma roupa confortável. Logo o interfone tocou e eu atendi, permitindo que minha amiga subisse, quando o porteiro me disse quem era. Em pouco tempo a campainha tocou. Minha amiga estava bastante triste e abatida, dava para ver que a coisa era realmente séria, tudo o que eu pude fazer no momento foi abraçá-la. Ali ela chorou mais um pouco, e se ela estava assim, tenho quase certeza de que foi por causa de seu namorado. Nós entramos e nos sentamos no sofá da sala, ainda abraçadas.

— Me conta o que aconteceu, está me deixando preocupada.

— Angie, ele... É um desgraçado, eu odeio ele — sim, é culpa daquele cretino. — O Ícaro me enganou, ele estava saindo com outra mulher.

— Ai amiga, eu sinto muito — eu disse, a abraçando mais forte.

— Eu descobri pelos meus pais, eles encontraram o Ícaro e a mulher se agarrando na praça perto de casa. Eu fui conversar com ele, descobri que não era a primeira vez e que ele estava envolvido com drogas. Quando eu perguntei ele estava bêbado, por isso acabou contando, e isso tudo doeu muito.

Depois de um tempo eu consegui acalmá-la um pouco, fiz um chá para que a ajudasse a se acalmar, e no final acabamos pegando no sono no sofá mesmo, do jeito que estávamos, sentadas e abraçadas.

Se uma coisa dessas acontecesse comigo, eu provavelmente não suportaria. Claro, minha vida amorosa não é das melhores, eu tive um único amor na vida, e eu o amava de verdade. Eu também fui traída, por isso entendo a dor dela, mesmo que não tenha sido o mesmo tipo de traição.

Sabe quando seus pais dizem que você não pode confiar na pessoa porque assim que ela tiver o que quer, ela vai te deixar e você nunca mais a verá? Foi isso que aconteceu, eu fui enganada.

Vitor Moura era o nome dele, e assim que conseguiu o que queria de mim, ele foi embora e eu nunca mais o vi. Claro, eu fui burra e ingênua o suficiente para deixar, era inocente de tudo, com a castidade intacta, e era tudo o que ele queria desde o início: se aproveitar de tudo isso.

Na época eu tinha dezessete anos, mal tinha acabado o colegial, e como ele era da mesma sala que eu, não foi difícil que eu me apaixonasse como uma louca, pois já o conhecia. Eu só não conhecia esse lado tão cruel, da pessoa mais cruel que já conheci. Mas é claro que ele não foi embora sem dizer nada, teve o prazer de jogar tudo isso na minha cara, fazendo questão de dizer que tinha sido uma delícia transar com uma virgem.

Eu me recuperei do pequeno trauma, mas nunca mais me aproximei de nenhum homem com algum interesse romântico ou sexual, o máximo é por amizade. E o pior de tudo é que eu mal consigo sentir vontade de estar com alguém, nem que seja apenas sexo. O que Vitor fez comigo acabou com tudo em que eu acreditava, e vai ser difícil alguém conseguir quebrar essa barreira que foi imposta em meu coração, será quase impossível.

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