04 - Criança inexperiente
Malu Santiago
O dia com Diogo foi cansativo, por outro lado, conheci melhor a fazenda e as funções da maioria dos meus empregados. Ao chegar em casa, subo direto pro meu quarto, preciso de um banho gelado. Já no quarto, tiro a roupa suja e jogo no cesto, era uma mistura de suor, capim, estrume e terra. Caminho pelada até o guarda roupa e pego o carregador do meu celular, o conecto com minha caixinha de som e o coloco pra carregar, levando ela pro banheiro. A primeira música da minha playlist é Ouvi dizer de Melim, aumento o volume e sento no vaso, passei o dia todo me segurando, fiquei com vergonha de pedir para o Diogo esperar eu ir ao banheiro, mas agora tenho todo o tempo do mundo pra cagar em paz.
Já aliviada, me limpo com o papel higiênico e vou ao banho, primeiro lavo meus cabelos, estão bem compridos, quase no quadril, talvez eu corte, cabelo curto tá na moda.
Depois do banho, me deito completamente nua na cama e acabo dormindo.
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Um beijo.
Um beijo úmido e quente na parte interna da minha coxa me desperta, mas não abro os olhos, sinto meu bolinador ser mais ousado e cheirar minha intimidade, isso me deixa excitada, sua mão segura minha perna e suavemente ele começa me lamber, sua língua brinca com os pequenos e os grandes lábios, lambendo-os e chupando-os, sem me conter solto um gemido abrindo os olhos, a cena que me deparo é fodidamente sexy. Meu capataz, Diogo Vilela, estava de joelhos em minha cama, vestindo calça jeans, camisa azul e chapéu preto, estava com cara de tarado e analisava minha reação, não parecia surpreso em me ver acordada, ao contrário, seu olhar tem um brilho escuro de tesão, mordo o lábio inferior em expectativa e o peão cai de boca, me chupando maravilhosamente bem, me levando às alturas, ele castiga meu clitóris ao mesmo tempo que me penetra com dois dedos, lento e preciso, ele repete o vai e vem enlouquecedor, jogo a cabeça pra trás, me entregando ao prazer, Diogo fricciona os dedos me causando uma sensação indescritível, homem tesudo da porra. Á beira do abismo tento fechar as pernas na tentativa fracassada de conter o orgasmo, mas ele me impede e aumenta o ritmo tanto da boca quanto dos dedos, meu corpo pega fogo, mordo o lábio inferior com força para suprimir o grito de prazer ao me derreter na mão do capataz.
Com a respiração descompassada, olho para o homem de semblante sério, não consigo mexer as pernas, Diogo se vira para sair, abro e fecho a boca várias vezes, ele pára na porta e me olha sobre o ombro.
--- O jantar está na mesa - diz simplesmente antes de fechar a porta, me deixando na cama após um orgasmo maravilhoso, meus olhos ardem, sinto raiva de mim por ter sido tão receptiva, sem conter minhas emoções, choro.
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Todos conversavam animadamente, alguns me elogiavam por meu desempenho durante o dia e outros diziam que com o tempo eu pegaria o jeito. Mas nenhum daqueles assuntos me interessavam, eu olhava para meus legumes salteados como se eles fossem a coisa mais interessante do universo, tudo pra evitar olhar o homem na outra ponta da mesa.
--- Patroa? - Fábio balançou meu ombro de leve pra chamar minha atenção ---Algum problema?
--- Só estou com a cabeça em outro lugar - respondo desanimada, me levanto sem tocar na comida --- boa noite - e assim me retiro da cantina deixando todos sem saber o que estava acontecendo. Quase todos.
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A noite estava fresca, mas minha mente estava fervilhando, assim como meu corpo, agora Diogo tem o poder de foder minha mente e controlar o meu corpo, suspiro apoio os braços na cerquinha da varanda da casa, fico olhando para os pastos, a imensidão de pastagem era assustadora a noite, o vento balançava o capim, prendendo totalmente minha atenção.
--- Vai acabar doente - a voz de Diogo me assusta e dou um pulo --- não queria te assustar.
--- Algum problema com a fazenda Diogo? - volto a olhar para o pasto.
--- Por que essa frieza com o homem que tem deu o melhor orgasmo da sua vida?
--- Exatamente. Você não foi carinhoso, por que eu deveria? - rebato. Diogo me olha, levemente irritado --- Não pretendo me apaixonar por você, Diogo.
--- Não estou pedindo seus sentimentos, seu corpo talvez.
--- Ah é?
--- Um homem da minha idade, não quer se envolver com uma criança inexperiente.
--- Criança inexperiente? - agora ele realmente tem minha atenção e indignação, solto um som de insatisfação.
--- Convenhamos, Maria, você gozou em menos da metade do tempo de uma mulher normal - Diogo soa rude --- esperava mais de você.
--- Não é culpa minha, se você transa com mulheres frígidas que levam horas pra gozar - saio da varanda e me direciono para meu quarto, porra de homem.
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A neblina cobria a pastagem, meu hálito quente saía em forma de fumaça, eram 5:00 da manhã, estava um pouco frio e meu cavalo branco não estava satisfeito por ser acordado tão cedo.
--- Desculpe Ventania, você não tem culpa de eu estar abalada por um imbecil de chapéu.
--- Quem é o imbecil de chapéu? Espero que não seja eu - Diogo sorri levemente, bufo e monto o ignorando, ouço Fábio rir, cavalgo na direção do curral onde irão amansar uns potros hoje.
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Depois de ver muitos homens irem ao chão, tenho que tirar o chapéu para a persistência deles em montar esse pequenos demônios de quatro patas. Hoje é domingo e a única tarefa do dia é domar cavalos. Por volta das 8 horas da manhã, resolvo voltar pra casa, planejo ir à cidade com Rodrigo, o veterinário, vamos buscar o carregamento de rações, sais, suplementos e vacinas dos animais, Diogo não ficou muito feliz com minha aproximação com Rodrigo, mas quem liga?
Ao chegar em casa, encontro um homem de terno sentado na sala.
--- Bom dia Maria Luísa.
--- Bom dia, e quem seria você?
--- Sou Marcelo Duarte, o advogado da Sampaio, a fazenda abaixo da sua, a qual pretende comprar.
--- Certo, me acompanhe ao escritório - aponto a sala --- Rose, nos traga um café e uns biscoitos, sim? - peço saindo antes de obter sua resposta, antes de entrar no escritório, vejo Diogo entrar na casa, mas o ignoro, aponto a poltrona para Marcelo se sentar e tomo assento na poltrona que foi de meu avô.
--- De fato sua fazenda é muito maior do que eu imaginava - elogia Marcelo.
--- Sim, e pretendo ampliar ainda mais, creio que trouxe o contrato e o levantamento geral do que eu pedi?
--- Sim, esse é o contrato, tudo de acordo com a lei e nele está estipulado o valor das terras.
--- Ótimo - digo olhando o contrato.
--- Esse é o levantamento geral da fazenda, renda anual, gasto anual e a quantidade de funcionários, juntamente com o valor de cada salário, de acordo com o que foi exigido - Marcelo me entrega a papelada.
--- Ok, e vou analisar tudo na presença do meu advogado e dou uma resposta ainda essa semana - digo, Marcelo assente e se levanta me estendendo a mão.
--- Apesar da pouca idade, você me parece muito... ahm, me fugiu a palavra, mas num modo informal, diria que é uma garota esperta - me elogia enquanto se dirige para fora do escritório, dando de cara com Diogo --- bom dia, Diogo.
--- Marcelo - meu capataz encara o advogado.
--- Vanessa mandou lembranças e reforçou o convite para hoje a noite.
--- Vou pensar - Diogo me olha, cruzo os dedos sob o queixo e fico observando os dois homens se despedirem, após a saída de Marcelo, o capataz vem a mim, só então noto a pasta em suas mãos.
---O que é isto? - pergunto ao recebê-la.
--- São os contratos e documentos dos potros domados que serão vendidos para os haras Rancho Vale do Céu e Crina Dourada, preciso da sua assinatura em todas as vias - diz, olho por alto os contratos e documentos, priorizando o valor de cada animal, as multas em caso de quebra de contrato e o prazo de entrega e então assino todos os papéis devolvendo-os ao capataz.
--- Algo a mais?
--- Rodrigo pediu pra avisar que está vindo te buscar pra irem a cidade.
--- Ok, obrigada - o despenso ao virar avisa cadeira de costas e fingir olhar as gavetas do arquivo, ouço ele suspirar e sair a passos pesados.
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Estava sentada no capô da Hillux preta com o emblema da Paraíso quando Diogo aparece montando seu garanhão negro, ele me olha de cima a baixo e faz um ar de desdém, levanto a sobrancelha.
--- Se tem algum problema comigo, fale na minha cara, Diogo - exijo irritada.
--- Só estava pensando, você realmente se veste como alguém da sua idade, talvez pior um pouco.
--- O que quer dizer com isso?
--- Não vai conseguir o respeito dos peões se vestindo como uma qualquer - ele joga as palavras na minha cara como se tivesse alguma autoridade sobre meu corpo, me aproximo dele e erguendo bem a cabeça para olhá-lo nos olhos.
--- Você não paga minhas contas, não é meu pai e muito menos meu homem, pra vir dar pitaco sobre como devo me vestir.
--- Acredite, se você fosse minha mulher ou minha filha, já estaria levando umas boas palmadas nesse rabo grande - ouvir Diogo dizer isso livremente me deixou surpresa, mas eu estava pronta pra retrucar, porém Rodrigo chegou e o assunto morreu. Dentro do carro, fiz uma auto avaliação de minhas vestes, não eram vulgares, estava usando uma jardineira jeans que mostrava um pouco minhas coxas com uma blusa de manga curta e uma botinha de cano curto, nada demais, Diogo é que estava sendo dramático.
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CAPÍTULO PRONTO!!
Gente o que foi isso? Eu não sei como escrevi isso, Diogo está muito pra frente não?
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