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💗CAPÍTULO VI💗

Capítulo Seis.


— Sua tia está desconfiada do nosso acordo. — Celina falou, olhando pela janela do helicóptero.

— Dê uns dias a ela. Logo ela vai nos esquecer. — Kaleb falou, encostando o rosto no assento. Estava cansado e com dor de cabeça. Só queria dormir.

Quando chegaram ao hotel, já era tarde da noite. Não deu muito para ver o lugar, mas realmente parecia um lugar muito lindo e Celina ficou empolgada em conhecer tudo pela manhã.

— Sejam bem vindos. — O recepcionista os saudou na recepção. Ele esperava pelo Kaleb e a Celina.

— Obrigado. — Kaleb o respondeu, sem muita boa vontade. Queria mesmo era estar em casa descansando, não ter passado viajando por horas, graças a sua tia.

Uma dor de cabeça, estava lhe deixando ainda mais mal humorado. Ele esfregou a têmpora, tentando amenizar a dor.

— Obrigado. — Celina agradeceu, com mais boa vontade.

— Por aqui. Levarei vocês até sua suíte. — Explicou o rapaz e Celina percebeu 'sua suíte', ao invés de 'suas'.

— Não são dois quartos? — Perguntou preocupada, um pouco nervosa por terem que dormir juntos.

— Foi reservado apenas um quarto, senhora Donovan. — Disse o rapaz, agora incerto, por ver a Celina tão inquieta.

— Está tudo bem, Celina. Dormirei na sala, não se preocupe. — Kaleb tentou,  acalmá-la. — Minha tia está fazendo isso tudo, porque está desconfiada. Ela só está nos testando. — Kaleb explicou, tocando suas costas com carinho, falando ao pé do seu ouvido, o que a fez se arrepiar com seu hálito quente tão próximo a pele dela.

Celina concordou, fazendo sinal com a cabeça e o rapaz os acompanhou até o elevador, carregando as malas. Apertou o botão do último andar, onde ficava a suíte e os dois seguiram até a suíte principal.

A visão que Celina teve ao olhar pela janela foi de tirar o fôlego. O mar a frente do prédio, mesmo a noite era magnífico. Conseguia até mesmo ouvir o barulho tão calmo das ondas. O quarto dava a eles uma visão privilegiada do lugar maravilhoso.

— O lugar deve ser lindo durante o dia. — Celina comentou empolgada, suspirando fundo,  sentindo o ar fresco do mar. Queria muito conhecer aquele lugar durante o dia.

— Deve ser. — Kaleb respondeu, sem muito entusiasmo. — Vou ficar na sala, tenha uma boa noite. — Disse ele, pegando um travesseiro, a colcha da cama e saiu do quarto, deixando ela admirando a paisagem. Kaleb nem se importou com o lugar, só queria uma boa noite de sono.

Celina não entendia o porquê daquele mal humor do Kaleb, já que, ela não se aguentava de alegria por ter ido viajar. Ela nunca saiu de sua cidade para viajar a passeio, ainda mais, para curtir o que poderia dizer, umas férias de três dias.

Eufórica e sem sono, Celina trocou seu vestido por seu pijama e resolveu ver o que tinha na bolsa que a tia do Kaleb lhe deu.

Sentada na cama, ela pegou a pequena mala, colocando em seu colo e abriu, ficando pasma com tudo! Seus olhos quase saltaram, ao ver o que Daiana tinha mandado a ela. Eram roupas íntimas, as mais pequenas que Celina já viu na vida.

— Isso não pode ser uma calcinha. — Disse ela, pegando uma peça em sua mão e aquilo nem poderia ser chamado de calcinha de tão pequena. Suas bochechas coraram com o pensamento de vestir aquelas coisas, tão minúsculas e, rapidamente fechou a bolsa e colocou embaixo da cama, escondendo. Por um instante ela pensou no que o Kaleb diria, ao ver ela usando aquelas peças tão minúsculas.

Não foi a Celina quem preparou as malas. Nem sabia se tinha outras roupas íntimas fora aquelas e, não tinha mesmo! Aquelas eram as únicas. Tudo arte da dona Daiana para fazer o casamento ser "consumado".

Tentando se livrar daqueles pensamentos, de ter que usar aquelas minúsculas roupas, decidiu sair do quarto para descontrair, mas assim que abriu a porta, pensou que devia ter ficado lá no quarto mesmo.

Kaleb estava só de cueca box preta, deitado de costas sobre a colcha no chão e pareceu estar dormindo, já que, estava tão calmo e sereno. Celina ficou olhando aquele homem, que por Deus, era a visão do paraíso! Por onde seu olhar percorria sobre o corpo dele, era perfeito! Ela foi descendo seu olhar até chegar na cueca e... fechou a porta do quarto, se encostando na porta com o coração acelerado.

— Que homem é esse? — Comentou ela sozinha, sentindo seu corpo quente apenas com as imagens em sua mente, aquele volume todo na cueca box. Não tinha como não pensar em tudo o que teria por baixo. E com vergonha por seus pensamentos, Celina correu até a cama e se deitou, tentando dormir e parar de pensar na imagem daquele homem maravilhoso deitado esparramado sobre a colcha.


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