Jonathan Hayes

-Ele é tão lindo.- Anne fala com Jack nos braços.- Muitos bebês são feios, mas esse...

-Não é?- Ruby olha para Jack.- Ele é incrível.

-Como você está, querida?- minha mãe acaricia as costas de Ruby.

-Parece que um caminhão passou por cima de mim.- ela fala cansada.

-Mas olha que caminhão lindo.- Linda acaricia as bochechas de Jack.

-Cadê o William?- Anne levanta a cabeça.

-Ele tá sensível por que eu gritei com ele.- Ruby fala como se estivesse cansada do assunto.- Em minha defesa, Jack tem seis quilos.

-Eu vou lá ver ele.- Anne coloca Jack nos braços da minha mãe e sai do quarto.

-Meu primeiro neto.- minha mãe sorri maravilhada.

Passo a mão pelo braço de Ruby e ela deita a cabeça no meu peito, desde ontem ela estava bem cansada e tentava ao máximo não acordar ela para coisas do bebê, só se fosse para mamar.

Mas ela insistiu que queria que todos conhecessem ele hoje e fez todo mundo higienizar tudo para entrar no quarto e segurar ele.

Ele abre os olhos e começa a chorar, Ruby ajeita o corpo e senta melhor para dar de mamar, pego Jack e tento acalmar ele. Tinha acabado de mamar, não é possível que queira de novo.

-Ele quer mamar, filho.- minha mãe sorri.

-Que tal levar sua mãe e Linda para comer algo enquanto eu dou de mamar.- Ruby pega Jack com o maior cuidado

-Ok.- abro a porta.

As duas passam e vejo William falado com Anne, ele está tomando um copo de café e abraça Anne pela cintura enquanto ela beija o peito dele.

-William!- me aproximo e eles se afastam.- Posso falar com você?

-Claro.- ele assente.

-Pode levar a mamãe e Linda para o refeitório?- olho para Anne.

-Ok.- ela aperta meu ombro passando por mim.

Ela se afasta e começa a conversar com as outras enquanto vão na direção do refeitório, olho para William e ele me observa preocupado.

-Eu não te agradeci antes.- falo baixo.

-Não precisa....

-Obrigado, William.- falo antes que ele termine.- Se você não estivesse lá...

-De nada.- ele parece emocionado.

-Eu e Ruby conversamos...- explico sorrindo.- Quero que saiba de uma coisa.

-O que?- ele parece curioso.

-Não é surpresa pra ninguém que você vai ser o padrinho.- balanço a cabeça e ele assente.- Mas você não sabe o nome dele todo, sabe?

-Você não fez isso...

-Jack William Hayes.- sorrio.

-Eu não quero chorar de novo.- ele cobre os olhos.

Rio abraçando ele e batendo em suas costas com cuidado, William aperta meu blazer e logo nos afastamos. Limpo a garganta e ele olha envolta ajeitando a gravata.

-Ok, eu vou ver se elas precisam de algo.- ele fala mais grave.

-E eu vou ver meu filho.- me direciono para o quarto.

Entro novamente e Ruby está cantarolando enquanto Jack parece faminto, sento ao lado dela na cama e beijo sua cabeça enquanto vejo meu filho.

-Contou para William?- pergunta.

-Sim.- falo distraído

-Ele só tem dois dias e eu já amo tanto.- ela sussurra.- É possível?

-Sim.- sorrio e minhas bochechas doem.- Sim, é possível.

💎

Ruby Fallon

O elevador abre e Jonathan entra no apartamento com a bolsa e o bebê, caminho calmamente e sorrio para o bebê que está me olhando curioso.

-Vou colocar o bebê no quarto.- Jonathan avisa.- Quer ajuda pra subir a escada?

-Não, vai na frente.- balanço a mão.- Eu tô logo atrás.

Ele assente e começa a subir as escadas rapidamente, com calma eu subi degrau por degrau. Parir um bebê de seis quilos é mais doloroso do que você pode pensar.

Quando chego perto do quarto vejo Jonathan mexendo no mobile para distrair Jack, apoio meu corpo na porta e sorrio quando ele fica só observando Jack no berço.

-Você vai deixar ele acanhado.- sussurro.

-Ele é tão lindo.- ele parece encantado.

Me aproximo lentamente e vejo Jack brincando com o mobile, ele parece tão inteligente fazendo aquilo. Como se fosse o primeiro bebê que brincava com um mobile.

-Nem parece que vai dar trabalho.- falo sorrindo.

-A gente consegue.- ele acaricia minhas costas.- Ele não vai dar tanto trabalho.

-Ele é meu filho, Jonathan.- cruzo os braços.

-Eu espero que nessa parte ele tenha puxado a mim.- ele fala e eu o encaro.

-Idiota.- faço bico.

Jonathan ri e me abraça, não sei o que dá em mim que me faz ficar tão confortável nos braços dele. Fecho meus olhos e me encolho dentro do abraço, aperto Jonathan com força.

-Quer tomar um banho enquanto eu fico com o bebê?- pergunta baixinho.

-Sim, por favor.- falo aliviada e me afasto.

-Você vai se comportar, não é?- Jonathan pergunta para ele.- Você gosta do papai, não é?

-Papai não pode dar de mamar.- explico e Jonathan me encara.- Então ele gosta da mamãe. O papai é só um ajudante.

-A mamãe pode ir logo tomar o banho.- ele me encara.

Sorrio saindo do quarto e vou até o nosso, pego no closet algumas roupas mais largas e vou na direção do banheiro. Quero tomar um banho e descansar um pouco.

Mas a primeira noite é mais difícil, pelo menos é o que dizem, o bebê tem que se adaptar e os pais não dormem quase nada na primeira semana.

Espero realmente que Jack nos ajude.

💎

Ruby Fallon

Ouço um choro agudo na madrugada e começo a me levantar, mas Jonathan já está saindo do quarto que nem o Flash. Esfrego os olhos e ainda ouço ele chorar.

-Ele quer mamar!- aviso.

-Eu levo ele.- Jonathan fala de lá.

Ajeito os travesseiros e começo a desabotoar a camisa, Jonathan vem trazendo ele e vejo ele se remexendo todo dramático.

Ajeito ele em meus braços e Jack já agarra meu peito, passo os dedos pelos cabelos ruivos e ele parece bem faminto. Acho que já é uma característica dele, sempre com fome.

-Você é igual a mamãe.- sussurro e ele me observa.- É sim, igual a mamãe.

-Quer parar de puxar ele pro seu lado?- ele senta ao meu lado.

-Mas ele é igualzinho.- olho pra ele.- Você é igual a mamãe.

-Por que fala isso como se fosse bom?- Jonathan pergunta e rio baixinho.

-Papai é idiota? É sim.- assinto.

-Nem acredito que temos um filho.- ele se espreguiça.- Ele só tem quatro dias.

Olho para Jonathan e ele levanta o olhar para mim, então se inclina para perto e beija meus lábios. A mão dele acaricia minha bochecha e seus lábios tomam os meus.

Mordo o lábio de Jonathan e ele aperta minha nuca, a língua dele entra na minha boca e solto um gemido. Na mesma hora Jack dá um grito e percebo que ele soltou meu peito.

-Adeus, sexo.- murmuro e Jonathan ri enquanto ajeito o bebê nos braços.