Cuidado
Ruby Fallon
-Ah-rá!- grito levantando os braços.
Várias pessoas olham para mim e eu sorrio tímida enquanto abaixo os braços e tento não rir do meu surto de sucesso instantâneo.
Mordo o lábio imprimindo o endereço da casa de Jonathan....ok, eu podia estar sendo um pouco...louca? Não, eu estava sendo louca.
Mas eu sabia que tinha algo aí, nenhuma empresa crescia em dois anos sem sócios, investidores, propagandas e veículos de crescimento.
Coloco o papel dentro da minha bolsa e pego a jaqueta junto com a bolsa, já terminei meu turno aqui e só estava procurando o endereço mesmo.
-Olha quem está aqui!- Jones sorri com seu café fumegante na mão.
-Não vem agora, Jones....
-Está aqui fora do horário por que? Quer roubar uma matéria de mim?- ele se aproxima mais.- Adoraria contar como faço para pegar os melhores.- ele me olha faminto.
-Sabe o que você faz?- pergunto.- Fica de costas pra mim e sai andando....
-Que tal você ficar de costas e eu decido o resto?- ele tenta tocar meu cabelo.
Pego o copo de isopor e jogo o café nele, Jones grita se afastando e abanando o corpo como se estivesse pegando fogo por causa do café.
-Sua maluca!- ele grita.
-Você tentou me assediar!- grito também.
-Você vai se arrepender....
-Fallon! Jones!- Linda abre a porta do escritório e grita.- Os dois aqui! Agora!
Bufo com raiva e passo na frente dele, sento em uma das cadeiras e Jones senta na cadeira ao meu lado enquanto tenta limpar a camisa.
Cruzo meus braços como uma criança abusada, não tenho vergonha de dizer que sou abusada e orgulhosa, aquele cara era irritante e sempre estava me assediando.
-Qual é o problema de vocês dois!- ela grita apoiando as mãos mas mesas.
-Que bom que perguntou.- começo.- Meu problema é ele!- aponto para Jones.- Esse imbecil com cara de idiota....
-Você é uma vagabunda mesmo!- ele me encara.- Ela jogou café em mim, Linda!
-Por que ele tentou me tocar quando já tinha dito que queria ele bem longe de mim!- falo no mesmo tom.
-Os dois, parem!- ela bate na mesa.- Qual é o problema de vocês dois?- Linda senta na mesa.
-Eu sei qual é o problema dele.- falo emburrada.- É ser um puta de um assediador.
-Ah, olha quem fala, a oferecida.- Jones ri.
-O que?- me levanto.- O que você falou?
-Que você é uma oferecida!- ele levanta também.
-Parem os dois!- Linda grita mais alto.- Sentem, agora!
Como crianças nos sentamos, eu cruzo os braços e viro o corpo para ignorar a existência de Jones. Odeio ele com todas as minhas forças.
-Suspensão de uma semana para os dois.- ela fala séria e abri a boca.- Sem remuneração!- ela me encara e fico calada.- E sem pisar aqui até dar o final da semana.
-Tá vendo o que você fez?- Jones murmura.
-Ah, você não pode estar falando sério.- viro o rosto para encará-lo com ódio.
-Se começarem de novo, duas semanas.- Linda aponta para a porta.- Fora. Os dois.
Nem espero Jones fazer algo para sair da sala e descer as escadas enormes do prédio, passo a mão pelos meus cabelos enquanto saio do prédio antigo.
Uma semana de suspensão e sem remuneração.... Jones ia me pagar, não agora, mas em alguma hora ele iria me pagar.
Mas não podia deixar de pensar que era um bom tempo para fazer um trabalho bem detalhado sobre Hayes e a empresa precoce dele.
Coloco as mãos dentro dos bolsos da jaqueta e penso no que vou fazer para começar isso, então a minha ideia pode ser a mais estúpida de todas.
Eu vou rodar um pouco por Manhattan, talvez passe ligeiramente pelo apartamento de Jonathan, mas eu nem sei onde é (pelo menos que eles saibam).
💎
Jonathan Hayes
Revendo alguns protocolos com calma eu já estava explodindo, ou melhor, minha cabeça estava começando a explodir de tantas letrinhas pequenas.
A pior parte de ter uma empresa era essa, mas recompensava o fato de eu ganhar milhões por minuto enquanto eu estava sentado nessa cadeira, então...
Algumas batidas na porta me fizeram acordar da papelada e levanto a cabeça passando a mão pelo cabelos para arrumar as mechas bagunçadas.
-Entre!- falo alto.
William é quem aparece, ele vem trazendo uma pasta e já sei do que se trata, me levanto e pego rapidamente folheando as páginas e sorrindo.
-Ele fez tudo que eu esperava?- pergunto.
-Sim, deu as informações falsas para Bishop sem saber que eram falsas.- William informa.
-Ok.- devolvo a pasta.- Ele já terminou o serviço, você sabe o que fazer.
-Claro.- William começa a ir embora.- O senhor vai embora agora?
-Posso levar um táxi para casa.- o acalmo pegando meu sobretudo e a pasta.- Pode resolver o mãos importante.
-Sim, senhor.- ele sai e eu logo depois.
William desaparece quandro entro no elevador e fico no canto, coloco as luvas, hoje estava bem chuvoso e frio em Nova York.
O elevador abre rapidamente e peço um táxi, enquanto estou voltando para casa, percebo que a noite não está muito clara, ou seja, vai chover de novo.
Meu mal humor começa a aumentar, odeio a chuva, tudo fica mais frio e com isso eu fico mais preguiçoso, é tipo algo biológico, claro que não sou eu.
E eu estava certo. Começa a chover e vejo as gotas de chuva descendo pelo vidro, nem percebo quando ele para, pego uma nota de cem dólares e saio do táxi.
Assim que abro a porta comido com alguém, minha mão vão até o braço da pessoa sem pensar muito e não acredito em quem vejo.
-Ruby.- observo os cabelos molhados e os olhos esverdeados.
-Não é, não.- ela abaixa a cabeça.- Só quero o táxi.- engrossa a voz.
-Deixa disso.- fecho a porta e o táxi vai embora.- Por que está na frente do meu prédio?
-Quem?- ela franze as sobrancelhas desistindo da ideia de fingir ser outra pessoa.- Seu prédio é por aqui? Nossa....nem sabia.
-Não sabia?- sorrio acusadora.
-Você mencionou Manhattan, mas nada....
-Você vem comigo.- começo a arrastar ela até o prédio.
-O que?- ela fala fino.- Você não pode...
-Prefere que eu chame a polícia por perseguição?- a encaro enquanto entramos no hall do prédio residencial.
-Boa noite, Sr.Hayes.- o porteiro cumprimenta confuso.
-Boa noite, Gonzalez.- sorrio com raiva e chamo o elevador.
-Isso é sequestro.- ela fala emburrada.
-Crime por crime.- a encaro e ficamos nos encarando por um momento.- Você não consegue parar de me perseguir?
-Você também não, colocou um cara na minha cola.- ela fala enquanto a puxo para dentro do elevador.- Você é louco.
-Você também, Ruby.- devolvo apertando na cobertura.
-O que vai fazer?- ela pergunta.
-Vamos ver se você é tão insistente assim.
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