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Atrasada

Oi pessoal!!! Bem vindos à minha nova história que vai ser postada toda quarta-feira!! Vocês podem ver acima os personagens principais!!

Espero que gostem e que me falem o que estão achando, amo muito cada comentário de vocês.

Para os leitores antigos, bem-vindos a mais uma história. Para os leitores novos, obrigada por escolherem minha história.

Vamos começar....

Ruby Fallon

Atrasada. De novo pela segunda vez na semana, levanto da cama e corro até a cozinha, meu apartamento não tem paredes, então é rápido.

Bebo água da pia e escovo meus dentes enquanto vou até a arara na frente da minha cama e pego algumas roupas, tenho que chegar lá antes das nove.

Volto para a cozinha e cuspo tudo, lembro que estou quase fazendo xixi, vou no banheiro, tenho um minuto de descanso antes de voltar a correr.

Seco minhas mãos em uma toalha da cozinha e começo a vestir a calça jeans preta, mal termino de abotoar ela quando visto a camisa com uma foto da banda Kiss.

Coloco os cabelos para trás e pego minha jaqueta junto com minha bolsa cheia de coisas, paro antes de chegar na porta de correr azul marinho.

-Botas.- começo a procurar.- Botas. Botas. Botas!

Coloco as botas com pressa e tranco a porta da minha casa, desço as escadas e chego rapidamente na rua, graças ao meu fôlego de assistir séries policiais.

Ando rapidamente pelas ruas do Brooklyn, bufo com raiva quando percebo que não comi nada ainda, então atravesso a rua e entro na cafeteria.

-Nigel!- grito.

-Já preparei!- ele coloca um copo de isopor e um bolinho.

-Obrigada.- pego rapidamente.- Coloca na conta!

Já estou na rua de novo enquanto tomo o café, bato em algumas pessoas e percebo que elas nem tentam mais brigar comigo ou se desculpar.

Meu trabalho é bem perto, então eu chego no DN antes da minha chefe e me passo pela pessoa que estava dormindo na porta quando o segurança chegou.

Praticamente engulo o muffim e vejo o DN bem próximo, atravesso uma rua e um carro buzina, já me acostumei com o som alto e nem me assusto mais.

-Essa merda de despertador.- murmuro jogando as coisas no lixo.- Eu vou comprar outro? Não...

-Bee.- Taylor entra quase na mesma hora que eu.- Motivo?

-Despertador idiota.- reviro os olhos enquanto subimos as escadas vitorianas do prédio enorme e velho.- Você?

-O cara com quem eu transei queria pegar meu telefone e tive que desenrolar uma desculpa.- ela balança a mão.- Acha que tem coisa boa hoje?

-Provavelmente, não.- afasto meus cabelos.- Talvez tenha alguma matéria de sinal de trânsito...

-Rá, engraçado.- ela sorri.- Não acontece nada legal no Brooklyn?

-Sintam o cheiro da vitória.- Jones vem na nossa direção com os braços abertos.

-O máximo que vamos sentir é cheiro do seu perfume barato e de uma semana sem banho.- tempo o nariz fazendo minha voz ficar nasalada.

-Eu consegui cobrir um assassinato!- ele balança a folha de autorização.

-O que?- arregalo os olhos.

-Pode vir no meu apartamento mais tarde.- ele se aproxima.- Me ajudar a fazer a matéria.

-Eca! Nem em um milhão de anos.- o empurro.

Terminamos de subir as escadas e vejo o que é o Santo Graal do jornalismo, um salão enorme com piso de madeira e cheio de janelas e um teto lindo moldado.

Várias mesas estão postas lado a lado e várias pessoas estão trabalhando, vou até minha mesa e deixo as coisas rapidamente.

-Linda.- eu entro no escritório da minha chefe.

-Não lembrei de deixar você entrar.- ele fala séria vendo alguns papéis.

-Eu fiz isso por você, sou uma ótima pessoa.- sorrio.- Então... Jones....

-Se você chegasse cedo, talvez pegasse o assassinato.- ela fala já sabendo e bufo.- Mas tenho algo para você.

-Ótimo, manda.- bato as mãos.

-Daqui há uma semana a nova coleção de diamantes da Hayes Jewelry vai ser lançada...

-Ah, não.- faço bico.- Linda, por favor....

-Você vai entrevistar o Sr.Hayes.- ela me observa.- Perguntas normais, matéria boa e fácil de escrever.

-Eu não quero algo fácil de escrever.- cruzo os braços como uma criança mimada.

-Você chegou tarde, é isso o que tem.- ela estica o papel para mim.

-Mas...

-Perguntas normais. Boa matéria. Seu nome na primeira página.- ela sorri.- De nada, Bee.

-De nada, nada.- pego o papel a contra gosto.- Você é má. Uma pessoa má.

-Eu criei você, Ruby.- ela me encara.- Não seria uma boa jornalista sem mim, sei o que é bom para você.

-Sou uma boa jornalista?- levanto uma sobrancelha sorrindo convencida.

-Vá escrever essa matéria.- ele assume a carranca séria.

-Eu sou uma boa jornalista.- rio.- E é só por isso que eu vou pegar essa matéria e salvar seu jornal!

Ela sorri gostando do que falo e saio da sala, sento na minha cadeira e olho para a janela sem conter minha raiva.

Se não fosse a merda do despertador eu teria pegado a bosta do assassinato que agora é de Jones, então eu estou bem puta comigo mesma.

E sim, quando eu fico com raiva começo a falar palavrões demais, não é algo que eu consiga controlar, ou tente controlar de qualquer jeito.

-E aí?- Taylor senta na minha mesa.

-Matéria padrão.- dou a folha a ela.

-Pelo menos pode ganhar um diamante se escrever uma boa matéria.- ela sorri brincalhona.

-Será que podemos matar o Jones e fazer uma matéria sobre o infeliz assassinato dele?- pergunto e ela ri me devolvendo a folha.

-Relaxa, Bee, você faz isso de olhos fechados. E ainda está na primeira página.- ela ajeita meus cabelos.- Vai ganhar visibilidade.

-É, eu queria o assassinato.- ligo o computador.

-Se precisar de ajuda.- ela faz o sinal de telefone e senta na sua parte.

Reviro os olhos e começo a pegar as perguntas base de toda matéria, com isso vou adicionando algumas coisas que eu iria querer saber sendo um leitor.

Abro outra aba e pesquiso pela Hayes Jewelry, fico surpresa que essa empresa foi criada há apenas dois anos atrás e faz tanto sucesso.

Normalmente a empresa tem muito sucesso assim com mais de dez anos, mas nunca vi uma empresa com tanto pouco tempo, e isso é estranho.

Clico no nome do criador, Jonathan Hayes, mordo o lábio quando vejo a foto dele, o cara é o maior bonitão, os olhos bem azuis e os cabelos meio rebeldes, mesmo em um terno.

Cruzo as pernas e vejo que ele tem apenas vinte e sete anos, o que é considerado novo para um magnata tão rico e tão famoso, e a empresa nem é familiar.

Desço a biografia dele e não vejo muito, tem furos na história que só um jornalista veria, e olha...eu era uma jornalista!

Coloco uma mecha atrás da orelha e vejo que tem vários erros de datas e lugares, pego meu bloco de notas e começo a escrever algumas coisas que noto.

-Vamos ver.- murmuro.- O que você está escondendo, Hayes.

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