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Capítulo 2

Acordei me sentindo indisposta. Por um momento fiquei irritada com William por ter me feito ter dificuldade para dormir, mas ainda assim não era uma coisa tão horrorosa de se pensar.

Jessica me abraçou quando entrei na sala da aula de Desenho III. De longe eu vi o Jonathan me observando, e inevitavelmente suspirei desapontada com a situação.

— Ele está nessa turma? — sussurrei colocando minha mochila no chão.

— É — deu uma risadinha. — Parece que ele está magoado... E está vindo para cá!

— Helen! — ele disse alto me fazendo saltar de susto na cadeira. — Você está namorando?

— O que? — encarei o garoto, indiferente. Por mais que eu tentasse ser gentil com Jonathan, ele apenas entendia tudo errado, e preferi ser o mais distante possível daquela pessoa.

— Eu te vi com um cara ontem — coçou o cabelo. — Vocês estavam rindo. Ou é um engano meu?

Revirei os olhos. Sabia que ele estava falando do William, porém mesmo que ele tivesse visto, não era da conta dele. Eu não gostava do Jonathan, e não apenas porque ele era uma pessoa de caráter questionável, mas também porque ele me pediu absurdos e nunca fui capaz de esquecer.

— Não é da sua conta! — respondi. — Se você puder voltar ao seu lugar eu vou agradecer.

— Sabe o que falta nas suas obras? — disse e apenas virei o rosto. — Paixão!

— Jess, qual caderno você comprou dessa vez? Eu fiquei em dúvida daquelas duas marcas que estávamos discutindo — falei ignorando a presença dele.

O professor entrou o fazendo voltar ao seu lugar.

— E o tal garoto que você foi encontrar? — Jessica sussurrou.

— Era só o William — me virei para o professor tentando prestar atenção na aula.

O Sr. Sulivan fez uma aula de desenho ao vivo, colocou uma maçã numa mesa no centro da sala e mandou que desenhássemos da forma mais realista possível.

— Próxima aula vocês irão desenhar alguém ao vivo — o professor disse andando pela sala.

— Eu me voluntario! — Jonathan disse fazendo todos darem risada.

— Autorretrato será em outro momento — o professor respondeu depois de rir. — Você está tentando fugir do trabalho?

— Que tal uma modelo feminina? — Jonathan falou outra vez, o que me fez querer vomitar.

— Vão desenhar ambos os sexos nessa disciplina.

Após as aulas, corri para chegar ao trabalho embora fosse próximo à universidade. Tinha conseguido um emprego de meio período num café, e tudo estava tranquilo até meu celular começar a vibrar com novas mensagens do William. Aquilo me fez rir por um momento, porque era engraçado pensar que o garoto que gostava de mim há quase dez anos atrás, ainda se sentia curioso. Eu tinha ainda algumas lembranças do William, e dos momentos que passamos juntos no acampamento, e aquilo até me fazia rir.

Will: Quanto um modelo de desenho ganha pela sua beleza?

Helen: Sei lá! Nunca contratei um modelo.

Will: Não faz parte do seu trabalho? Sou apenas um curioso que recebeu uma proposta indecente.

Helen: Alguma artista tarada quer o contratar para inspirar suas obras? Ou um artista, quem sabe...

Will: hahahahahahahaha Garota perversa!

Helen: Por que você fica falando coisas sem sentido?

Will: Quem faz isso é você! Fica falando coisas depravadas do nada... Estou envergonhado, Helen!

Helen: Estou revirando meus olhos. Vem cá, continua me perturbando por quê?

Will: E você está respondendo por quê?

Helen: Você poderia excluir meu contato?

Will: Vou pensar no seu caso.

Helen: Você ainda tem 12 anos, sabia?

Will: Só se eu fosse Peter Pan, Wendy!

Helen: Sem comentários, William.

Will: Você riu, admite!

Helen: Nem morta que eu ri.

Sim, eu ri disso.

Will: Será que podemos conversar sobre meu problema agora? É sério...

Helen: Estou ocupada.

Will: Tem certeza que não quer me ouvir?

Helen: Completa e absoluta certeza.

Will: Aff! Estou apreensivo!

Helen: Com certeza vai se sair bem. É só ficar parado, sabe?

Will: Acho que depois dessa você vai querer me contratar para ser seu modelo particular!

Helen: Ai, William, pode pousar para sua artista. Eu não tenho nada a dizer sobre isso. Espero que seja bem pago!

Will: Ok, minha artista!

Eu ri daquilo. Era hilário ter tido uma aula de desenho ao vivo pela manhã, e William ter tocado justamente naquele assunto. Minha mente fantasiou um momento em que o garoto seria o modelo na aula de desenho, mas seria muita coincidência.

A coincidência que virou realidade.

Foi inevitável não abrir a boca surpresa quando o Sr. Sulivan entrou com William na sala na semana seguinte.

— Galera, esse é o William Turner! — o professor disse no centro da sala. — Ele é filho de um dos meus melhores amigos e achei que o perfil dele se encaixava perfeitamente para esse trabalho. Espero que o recebam bem!

William deu um meio sorriso quando olhou para mim. Comecei a pensar que talvez não fosse tão legal ter um modelo ao vivo. E se ele tivesse que pousar nu? Eu seria capaz de enfrentar aquele momento?

Cobri o rosto com as mãos e segurei minha vontade de bater os pés no chão nervosa. Jessica tocou meu ombro e pareceu totalmente perdida.

— Está tudo bem? — perguntou afagando meu ombro.

— Só uma dor de cabeça repentina — falei com cara de choro.

Fiquei encarando o papel branco sobre o cavalete enquanto o Sr. Sulivan posicionava William. Os cavaletes estavam organizados em círculo, em volta de um banco, onde o modelo estaria.

Não tire a roupa, por favor, não tire a roupa! Pensei um pouco nervosa, sem saber por que me sentia dessa forma. Era só uma aula de desenho! Tsc! Eu desenhava rostos melhor do que anatomia, de qualquer forma.

— Pessoal, pedi que o William tirasse a camisa — ouvi o professor falar, e levantei meu olhar sem reação. — Bom, como podem ver, ele está em dia na academia! — Sr. Sulivan brincou, fazendo a maioria rir. — E achei que seria bom que desenhassem alguém com os músculos definidos para trabalharmos alguns detalhes.

Ele estava sentado de frente para mim. Vaguei meu olhar rapidamente pelo seu torso nu, e contemplei seus músculos. William era forte, mas parecia natural, como alguém que apenas aprimorou um pouco do que já tinha. Sobre sua pele clara eu conseguia enxergar as linhas pelas quais eu traçaria o esboço. E quando olhei para seu rosto, senti meu peito pinicar.

— A Helen, por exemplo, que está de frente para o modelo, — Sr. Sulivan disse para a turma, mas ouvir meu nome me deixou envergonhada. — vai ter muitos detalhes para desenhar.

O professor ficou em silêncio depois de dar suas instruções e eu demorei um pouco para conseguir riscar algo no papel.

William estava sério, como uma estátua, mas seu olhar não parecia enxergar através de mim, parecia me enxergar. Me arrependi de ter sentado naquele lugar.

Resolvi colocar os fones de ouvido e fazer meu trabalho. Precisei olhar cada detalhe seu, cada marca, cada sombra. Me imaginei no seu lugar por um momento, talvez ele tivesse aquele pensamento de "será que ela percebeu que meu pescoço tem uma marca? Ou que uma de minhas sobrancelhas é mais grossa que a outra? Que meus lábios finos estão pálidos hoje? Que meu cabelo está partido ao lado?..." Eu percebi tudo, mas tinha que concordar que ele era realmente bonito.

— Nossa, Helen! — o professor bradou atrás de mim. — Você... Você é realmente muito boa em desenho! Acho que nem precisava dessa aula — riu.

Sorri me sentindo constrangida, porque todos na turma saíram de seus lugares para verem meu desenho. O William ainda parecia uma estátua me encarando.

— Não está tão bom assim — Jonathan disse enfiando a mão no meu cabelo, e bati em seu braço. — Helen não tem paixão nenhuma em suas obras.

— Não sei se ela tem paixão, mas ela tem muita habilidade — o professor comentou. — Nossa, já passamos 15 minutos do horário. William já deve estar congelado! Terminamos próxima aula, galera!

Eu finalmente respirei quando William levou sua atenção ao professor. Jessica se aproximou e ficou de boca aberta olhando meu desenho inacabado.

— Parece paixão — ela murmurou, o que me fez levantar uma sobrancelha. — É o melhor desenho que você já fez em sua vida! Sério! Tá muito bonito!

— O modelo ajudou... — murmurei.


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