Srta. Oliveira
▪️◽((Brunna Gonçalves)) ▪️◽
Bufo passando a escova mais uma vez em meus cabelos castanhos. Por que Larissa me meteu nessa? Que raiva, e eu sou a mais sonsa nisso tudo. Por que eu aceitei de fazer essa entrevista com essa mulher estranha?.
Nunca vi foto dessa tal Ludmilla, só sei sobre ela, por conta de Larissa e de meu melhor amigo Mário Jorge que já trabalhou na empresa Oliveira's Company, hoje em dia ele trabalha com fotografia, as vezes ele é chamado pra tirar fotos de modelos famosos, e ganha uma contia em dinheiro muito boa.
Eu não posso acreditar que eu deixei Larissa me convencer disto. Eu só estou fazendo isso por ela ser minha melhor amiga, e também por ela sempre me ajuda quando eu preciso. Tenho certeza que ela vai ser uma jornalista excepcional. Ela é articulada, forte, persuasiva, argumentativa, bonita, torço muito pra ela conseguir seu emprego.
Larissa foi uma boa amiga e me deixou usar seu carro, o que me deixa aliviada,já que não precisarei passar vergonha com o meu. Meu fusca azul é meu xodó, mesmo eu tendo dinheiro o suficiente pra comprar um carro melhor, eu prefiro ficar com meu fusquinha.
As estradas estão limpas quando eu parto de Seattle para Vancouver,indo para a empresa. É cedo, e eu tenho que estar em Vancouver até às duas da tarde.
Meu destino é a empresa da Srta. Oliveira. É um edifício comercial enorme de vinte andares, todo em vidro curvo e aço, uma estrutura arquitetônica fantástica, com Oliveira Company escrito discretamente em aço acima das portas de vidro dianteiras. É 13h45 quando eu chego, estou tão aliviada de não estar atrasada quando eu entro na enorme, e francamente intimidante portaria de vidro e aço, em arenito branco.
Atrás do balcão, uma moça muito atraente, adestrada, jovem loira sorri agradavelmente para mim. Ela está vestindo um terninho preto e camisa branca, mais elegante que eu já vi. Ela parece imaculada.
Brunna: Eu estou aqui para entrevistar a Senhorita Oliveira. Eu vim a pedido de Larissa Carvalho.
Gabriela: Com licença um momento, Senhorita Gonçalves. - Ela arqueia sua sobrancelha ligeiramente quando eu permaneço conscientemente diante dela. Eu começo a desejar que eu ter pegado emprestado um dos blazers formais de Larissa em lugar de vestir minha jaqueta azul marinho.
Eu fiz um esforço e vesti minha única saia, minhas comportadas botas marrons até os joelhos e um suéter azul. Para mim, isto é inteligente. Eu enfio um dos fugitivos tentáculos de meus cabelos para trás de minha orelha enquanto eu finjo que ela não me intimida.
Gabriela: Senhorita Gonçalves estávamos a sua espera. Por favor, registre-se aqui-Ela me entrega um papel pra eu assinar. - Senhorita Gonçalves. Você irá até o último elevador à direita, pressione para o vigésimo andar. - Ela sorri para mim.
Quando eu termino de me registrar, ela me dá um crachá de segurança que tem VISITANTE muito firmemente estampado na frente. Eu não posso evitar meu sorriso.
Certamente é óbvio que eu estou só de visita. Eu não encaixo aqui mesmo. Nada muda, eu interiormente suspiro. Agradecendo a ela, eu caminho para o elevador passando por dois homens da segurança que estão muito mais bem vestidos do que eu estou, em seus ternos pretos bem cortados.
O elevador me leva rapidamente com máxima velocidade para o vigésimo andar. As portas deslizam abrindo, e eu estou em outra grande entrada, mais uma vez toda em vidro, aço e arenito branco. Eu sou confrontada por outra mesa de arenito e outra jovem loira vestida impecavelmente em preto e branco, que levanta para me saudar.
Priscila: Senhorita Gonçalves, você poderia esperar aqui, por favor? - Ela aponta para uma área acomodada por cadeiras de couro branco.
Atrás das cadeiras de couro está uma espaçosa sala de reunião envidraçada, cercada por uma mesa de madeira escura, igualmente espaçosa e pelo menos vinte cadeiras harmonizadas ao redor dela. Além disto, tinha uma janela do chão ao teto com uma visão do horizonte de Seattle, que mostrava a cidade em direção ao Sound. É uma vista deslumbrante, e eu fico momentaneamente paralisada pela visão.
Uau.
Eu me sento, e pego o papel com as perguntas na minha bolsa, e dou uma repassada nelas, amaldiçoando interiormente Larissa por não me fornecer uma breve biografia. Eu nunca vi essa Ludmilla na vida, não sei como ela é, ela pode ter noventa anos ou pode ter trinta! A incerteza está me irritando, e meus nervos ressurgem, fazendo com que eu fique incomodada. Eu nunca fico confortável em entrevistar uma pessoa, preferindo o anonimato de uma discussão de grupo onde eu posso me sentar imperceptivelmente na parte de trás da sala. Para ser honesta, eu prefiro
minha própria companhia, dançando minha música favorita. Não sentada se contorcendo nervosamente em um colossal edifício de vidro e pedra.
Eu reviro meus olhos para mim mesma.
Mantenha o controle, Gonçalves .
A julgar pelo edifício, que é muito clínico e moderno, eu imagino que a Oliveira está em seus quarenta: em forma, bronzeada, e de cabelos loiros para combinar com o resto do pessoal.
Outra elegante, impecavelmente vestida loira sai de uma grande porta à direita. O que é isso tudo com as loiras imaculadas?
Respirando fundo, eu me levanto.
Olivia: Senhorita Gonçalves? - A mais
recente loira pergunta.
Brunna: Sim, - eu coaxo, e clareio minha garganta. - Sim. - Agora, isto soou mais confiante.
Olivia:A Srt. Oliveira irá recebê-la em um momento. Eu posso pegar seu
casaco?
Brunna: Oh, por favor. - Eu luto para tirar a jaqueta.
Olivia:Já foi oferecido a você alguma bebida?
Brunna: Hum, não. - Oh Deus, a Loira Número Um está em problemas? A Loira Número Dois franziu o cenho e olhou a jovem na escrivaninha.
Olivia:Você gostaria de um chá, café, água? - Ela pergunta, voltando sua atenção para mim.
Brunna:Um copo de água. Obrigada, - eu murmuro.
Olivia: Priscila, por favor, vá buscar para Senhorita Gonçalves um copo de água. - A voz dela é grave. Priscila foge imediatamente e se apressa para uma porta no outro lado do saguão. - Minhas desculpas, Senhorita Gonçalves, Priscila é nossa nova estagiária. Por favor, sente-se. A Srta. Oliveira levará mais cinco minutos.
Priscila retorna com um copo de água gelada.
Priscila: Aqui está, Senhorita Gonçalves.
Brunna: Obrigada.
A Loira Número Dois marcha para a grande escrivaninha, seus saltos clicando e ecoando no chão de arenito. Ela se senta, e ambas continuam seu trabalho.
Talvez a Srt. Oliveira insista que todos os seus empregados sejam loiros. Eu me pergunto ociosamente se isto é legal, quando a porta do escritório abre e um alto som de saltos ecoa pelo local, uma mulher com cabelos cacheados e muito elegante sai daquela sala. Eu definitivamente vesti as roupas erradas. Ela se vira e diz pela porta.
Patrícia: Jantar com os meninos, nessa semana Oliveira, não se esqueça.
Eu não ouço a resposta. Ela vira-se, me vê, e sorri, seus olhos escuros enrugando nos cantos. Priscila salta e chama o elevador. Ela parece se destacar em pular de sua cadeira. Ela está mais nervosa que eu!
Patrícia: Boa tarde, senhoritas.- ela diz enquanto parte pela porta deslizante.
Olivia: A Srt. Oliveira verá você agora, Senhorita Gonçalves. Siga-me. - A Loira Numero Dois diz.
Eu estou bastante trêmula tentando suprimir meus nervos. Juntando minha bolsa, eu abandono meu copo de água e faço meu caminho para a porta fechada.
Olivia: Você não precisa bater, apenas entre. - Ela sorri largamente.
Eu empurro a porta aberta e cambaleio, tropeçando em meus próprios pés, e caio de cabeça dentro do escritório.
Merda dupla: eu e meus dois pés! Eu estou apoiada em minhas mãos e de joelhos na porta de entrada do escritório da Srta. Oliveira. Eu estou tão envergonhada, maldita falta de jeito. Eu tenho que lançar meu olhar para cima.
Puta que pariu, ela é tão jovem.
Ludmilla: Senhorita? . - Ela estende sua mão direita para mim, me ajudando a se levantar. - Eu sou Ludmilla, Ludmilla Oliveira.
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