Sentimentos Estanhos
=Se as meninas ganharem no pjb eu faço uma maratona(Não sei o dia) =
⚫◽Brunna Gonçalves◽⚫
Quando eu acordo, ainda está escuro. Não tenho nem ideia de quanto tempo eu dormi. Estico as pernas debaixo do edredom e me sinto dolorida, deliciosamente dolorida. Não vejo Ludmilla em nenhum lugar. Sento na cama e contemplo a cidade à minha frente. Há menos luzes acesas nos arranha-céus e o amanhecer já se insinua. Ouço música. As notas cadenciadas do piano. Um doce e triste lamento. Bach, eu acredito, mas não estou segura.
Jogo o edredom de lado e me dirijo sem fazer ruído, pelo corredor que leva ao grande salão. Ludmilla está sentada ao piano, totalmente absorta na melodia que está tocando. Sua expressão é triste e desamparada, como a música. Toca
maravilhosamente bem. Apoio-me na parede da entrada e escuto encantada.
É uma música extraordinária.
Está apenas de topper, com o corpo banhado na cálida luz de um abajur solitário junto ao piano. Como o resto do salão está escuro,
parece isolada em seu pequeno foco de luz, intocável... sozinha, em uma bolha.
Avanço para ela em silencio, atraída pela sublime e melancólica música. Estou fascinada. Observo seus compridos e hábeis dedos percorrendo e pressionando suavemente as teclas, e penso que esses mesmos dedos percorreram e acariciaram com destreza meu corpo. Ruborizo-me ao pensar, sufoco um grito e aperto as coxas. Ludmilla levanta seus insondáveis olhos chocolates com expressão indecifrável.
Brunna:Desculpe, — eu sussurro. — Não queria incomodar você. — Ela franze ligeiramente o cenho.
Ludmilla:Certamente, eu deveria estar dizendo isso para você. — ela murmura. Deixa de tocar e apoia as mãos nas pernas. De repente, me dou conta de que estava vestida com uma calça de pijama. Ela passa os dedos pelo cabelo e se levanta.
As calças lhe caem dessa maneira tão sexy... oh, meu Deus. Minha boca está seca quando rodeia tranquilamente o piano e se aproxima de mim. Ela tem os ombros largos e os quadris estreitos, ao andar lhe esticam os abdominais. É impressionante...
Ludmilla:Devia estar na cama, — ela adverte-me.
Brunna:Um tema muito bonito. Bach?
Ludmilla:A transcrição é de Bach, mas originariamente é um concerto para
oboé do Alessandro Marcello.
Brunna:Precioso, embora muito triste, uma música muito melancólica. — Ela esboça um meio sorriso.
Ludmilla:Para cama, — ordena. — Pela manhã você estará esgotada.
Brunna:Eu acordei e você não estava.
Ludmilla:Tenho dificuldade para dormir. Não estou acostumada a dormir com alguém. — ela murmura. Eu não consigo discernir qual é seu estado de ânimo. Parece um pouco desanimada, mas é difícil de saber, por causa da escuridão. Talvez se deva ao tom do tema que estava tocando. Rodeia-me com um braço e me leva carinhosamente para o quarto.
Brunna:Quando começou a tocar? Toca muito bem.
Ludmilla:Aos seis anos.
Brunna:Oh. — Ludmilla aos seis anos... tento imaginar a imagem de uma pequena menina de cabelo pretos e olhos castanhos, e meu coração derrete... Uma menina de cabelos cacheados, que gosta de música incrivelmente triste.
Ludmilla:Como se sente? — pergunta-me já de volta no quarto. Ela liga uma luminária.
Brunna:Estou bem. — Nós duas olhamos para a cama ao mesmo tempo. Os lençóis estão manchados de sangue, como uma prova de minha virgindade perdida. Ruborizo-me, embaraçada e jogo o edredom por cima.
Ludmilla:Bem, a senhora Fonseca terá algo no que pensar. — Ludmilla resmunga na minha frente. Coloca a mão debaixo do meu queixo, levanta-me o rosto e me olha fixamente. Observa-me com olhos intensos. Dou-me conta de que é a primeira vez que a vejo de topper.
Instintivamente, eu estico a mão, de forma que meus dedos passem pelo seu peito. Quero senti-la mas, imediatamente, dá um passo atrás.
Ludmilla:Vá para cama, — me diz bruscamente. E logo suaviza um pouco o tom. — Deitarei um pouco contigo. —Retiro a mão e franzo levemente o cenho. Eu penso que nunca toquei o seu tronco. Ela abre uma gaveta, saca uma camiseta e a veste rapidamente. — Para a cama, — ela volta a ordenar. Eu salto na cama tentando não pensar no sangue. Ela deita-se também e me rodeia com os braços por trás, de maneira que não veja seu rosto. Beija-me o cabelo com suavidade e inala profundamente. — Durma, doce Brunna— ela murmura, e eu fecho os olhos, mas não posso evitar sentir certa melancolia, não sei se é pela música ou pela sua conduta.
Ludmilla Oliveira tem um lado triste.
(....)
A luz inundava o quarto, arrancando-me de um sono profundo. Eu me espreguiço e abro os olhos. Era uma bonita manhã de maio, com Vancouver aos meus pés.Uau, que vista. Ludmilla Oliveira está profundamente adormecida ao meu lado. Surpreende-me que esteja ainda na cama. Como está de cara para mim, tenho a oportunidade de examiná-la bem, pela primeira vez.
Seu formoso rosto parece mais jovem, relaxado em seu sono. Seus lábios
esculturais, carnudos estão ligeiramente abertos, e o seu cabelo, limpo e brilhante, em gloriosa confusão. Como alguém pode ser tão bonita e mesmo assim ser fria? Recordo seu quarto no andar de cima... talvez não seja tão frio. Sacudo minha cabeça, tenho muito em que pensar. Sinto a tentação de esticar a mão e tocá-la, mas está tão adorável dormindo, como uma garotinha.
Eu não tenho que me preocupar com o que estou dizendo, pelo que diz ela, ela tem planos, especialmente planos para mim. Eu poderia passar o dia todo o contemplando, mas tenho minhas necessidades... fisiológicas. Saio devagar da cama, vejo sua camisa branca no chão e me visto com ela. Dirijo-me para a uma porta pensando que podia ser o banheiro, mas acabo dentro de um closet tão grande quanto o meu quarto.
Filas e filas de trajes caros, de camisas, sapatos e gravatas. Para que necessita de tanta roupa? Eu estalo a língua em desaprovação. Na verdade, o closet Larissa certamente não fica devendo nada a este. Larissa! Oh, não. Não me lembrei dela uma única vez a noite toda. Eu tinha que lhe mandar uma mensagem.
Merda. Ela vai se zangar comigo. Por um segundo, me pergunto como está com o Yuri. Volto para o quarto, Ludmilla continua dormindo . Abro a outra porta. É
o banheiro, maior que meu quarto de dormir. Para que necessita tanto espaço uma mulher sozinha? Duas pias, eu observo com ironia. Se nunca dorme com ninguém, uma das duas não é utilizada.
Olho-me no enorme espelho. Pareço diferente? Sinto-me diferente. Para ser sincera, estou um pouco dolorida, e os músculos... é como se nunca tivesse feito exercício na vida. Você não faz exercícios em sua vida, diz-me meu subconsciente, que despertou.
Acaba de se deitar com ela, você entregou sua virgindade a uma mulher que não a ama, que tem planos muito estranhos para você, que quer convertê-la em uma espécie de pervertida escrava sexual. VOCÊ ESTÁ LOUCA? – meu subconsciente grita para mim.
Sigo me olhando no espelho e estremeço. Tenho que assimilar tudo isto. Honestamente, gostei de perder para uma mulher que está para além de bonita, mais rica que Creso, tem um pênis e um Quarto Vermelho da Dor me esperando. Estremeço. Estou desconcertada e confusa. Meu cabelo está um desastre, como sempre. O cabelo revolto não fica nada bem. Tento pôr ordem nesse caos com os dedos, mas não o consigo e me rendo... Possivelmente tenha algum elástico na bolsa.
Estou morrendo de fome. Volto para o quarto. A bela adormecida continua dormindo, assim, a deixo e vou à cozinha. Oh, não... Larissa. Deixei a bolsa no estúdio de Ludmilla. Vou buscá-la e pego meu celular. Três mensagens.
*Tudo OK Bru*
*Onde estás Brunna*
*Que droga Bru*
Ligo para Lari, mas não me responde e lhe deixo uma mensagem na secretária eletrônica, lhe dizendo que estou viva e que o Barbazul não acabou comigo, bem, ao menos não no sentido que poderia lhe preocupar... ou talvez sim. Estou muito confusa. Tenho que tentar me esclarecer e analisar meus sentimentos por Ludmilla Oliveira. É impossível.
Movo a cabeça me dando por vencida. Preciso estar sozinha, longe daqui, para pensar. Encontro na bolsa dois elásticos para o cabelo e rapidamente faço duas tranças. Sim! Possivelmente quanto mais menina pareça, mais a salvo estarei do Barbazul. Pego o meu iPod na bolsa e coloco os fones. Não há nada como música, para cozinhar. Coloco o iPod no bolso da camisa de Ludmilla, subo o volume e começo a dançar. Santo inferno, eu estou faminta.
A cozinha me intimida um pouco. É elegante e moderna, com armários sem puxadores. Demoro uns segundos em chegar à conclusão de que tenho que pressionar as portas para que se abram. Possivelmente deveria preparar o café da manhã para Ludmilla. No outro dia comeu uma panqueca... Bem, ontem, no Heathman. Caramba, quantas coisas aconteceram desde ontem.
Abro a geladeira, vejo que há muitos ovos e pego o que quero para panquecas e bacon. Começo a fazer a massa dançando pela cozinha. Estar ocupada é bom. Isso me concede um pouco de tempo para pensar, mas sem aprofundar muito. A música que ressona em meus ouvidos também me ajuda a afastar os pensamentos profundos.
Eu vim para cá para passar a noite na cama de Ludmilla Oliveira e consegui, embora ela não permita a ninguém dormir em sua cama. Sorrio.
Missão cumprida. Bons momentos.
Sorrio. Bons, muito bons momentos.
Começo a divagar recordando a noite. Suas palavras, seu corpo, sua maneira de fazer amor... Fecho os olhos, meu corpo vibra ao recordá-lo e os músculos de meu ventre se contraem. Meu subconsciente me faz cara feia. Sua maneira de foder, não de fazer amor, grita-me como uma harpia. Não faço conta, mas no fundo sei que tem razão. Movo a cabeça para me concentrar no que estou fazendo.
A cozinha é muito sofisticada. Confio que saberei como funciona. Necessito de um lugar para deixar as panquecas, para que não esfriem. Começo com o bacon. Beyoncé está cantando em meu ouvido uma canção sobre gente inadaptada, uma canção que sempre significou muito para mim, porque sou uma inadaptada. Nunca me encaixei em nenhum lugar.
Por que Ludmilla é assim? Por natureza ou por educação? Nunca conheci ninguém igual. Coloco o bacon no grill, enquanto frita, bato os ovos. Volto-me e vejo Ludmilla sentada em um tamborete, com os cotovelos em cima do balcão de
café da manhã e o rosto apoiado na mão. Veste a camiseta com que dormiu.
O cabelo bagunçado lhe fica realmente bem. Parece divertida e surpresa ao mesmo tempo. Fico paralisada e ruborizada. Logo me acalmo e tiro os fones. Com os joelhos tremendo, só de vê-la.
Ludmilla:Bom dia, senhorita Gonçalves. Está muito ativa esta manhã. — diz-me em tom frio.
🔸◽Ludmilla Oliveira◽🔸
Eu acordei quando o sol da manhã de Vancouver chegou aos meus olhos através das janelas do quarto. Mas o que me acordou primeiro foi a ausência de Brunna em minha cama. Ela foi sem me dizer? Para aonde ela iria? Eu olho em volta e localizo suas roupas, e encontro-me dando um suspiro de alívio. Eu poderia me acostumar com a presença dela na minha cama apenas por ter dormido comigo duas vezes? Estranhamente, nessas duas vezes, eu não tive pesadelos com a prostituta do crack e seu cafetão. É uma coincidência? Eu me sinto muito melhor, relaxada e feliz. Droga! Ela já está sob a minha pele. Eu sinto o impulso de ir encontrá-la e abraçá-la. Eu lentamente me levanto, coloco a parte de baixo do pijama, eu ainda estou com a camiseta que usei para dormir. Localizo-a na cozinha, fazendo café da manhã, com o iPod no bolso da camisa, usando fones de ouvido, dançando enquanto cozinha. Essa visão é divertida! Eu estou completamente encantado. Eu lentamente caminho até as banquetas e sento para observá-la. Ela não tem a menor ideia de que eu estou aqui. Ela está usando uma camisa minha, está com os pés descalços e está com um par de tranças nos cabelos, fazendo-a parecer ainda mais jovem e inocente! Eu suspiro interiormente... A visão de Brunna dançando despreocupada enquanto bate os ovos e cozinha o bacon, traz em mim um sentimento de domesticidade, e sinto uma estranha sensação de conforto com sua presença em minha cozinha, com o pé descalço, com os cabelos fodidos, e com sua energia juvenil.
Quando ela me vê sentada no banco do bar ela congela em seu lugar, e cora. Então ela engole em seco, e lentamente tira os fones de ouvido. Essa reação inocente faz alguma coisa para mim, eu quero sorrir como uma garota adolescente.
Ludmilla:Bom dia, Srta. Gonçalves. Está muito ativa esta manhã. – Digo em um tom seco. Atribuo essa energia à noite passada
Brunna:Eu só dormi bem. – Ela gagueja com um sorriso escondido. Então, eu estou certa!
Ludmilla:Eu não posso imaginar por que... – Eu digo pausadamente e lembro-me do sono relaxante que eu tive. – Eu também dormi bem, depois que voltei para a cama. – Eu digo ainda confusa sobre isso.
Brunna:Você está com fome? – Diz ela.
E esta simples pergunta, feita por esta menina linda que está quase nua em minha camisa e com os pés descalços, traz a tona emoções tão fortes que eu nem sabia que tinha. Eu não posso nomeá-las, elas são completamente novas para mim. Ela despertou em mim todas essas emoções desconhecidas, que aparecem com seus olhares, suas perguntas inocentes ou apenas com um simples toque.
O que tem nela que me atraí tanto?
Tudo o que posso dizer é:
Ludmilla:Muito. – Digo com um olhar intenso, embora a fome que eu tenho é para ela. Ela cora.
Brunna:Bacon, ovos e panquecas? – Ela pede timidamente.
Ludmilla:Parece ótimo. – Eu consigo dizer.
De repente, ela está olhando em volta com um desesperado mal contido e afobado.
Brunna:Uhm, eu não sei onde ficam as coisas na sua cozinha. Onde você guarda seus guardanapos de mesa? – Ela pede. Eu sorrio.
Ludmilla:Eu me ocupo disso. Você cozinha. Quer que ponha música, então você pode continuar... Err... Dançando?
Ela está mudando de cor, ficando completamente vermelha, olhando e torcendo os dedos. Então, começa a bater os ovos canalizando toda a sua energia em sua tarefa. E ao mesmo tempo divertido e incrivelmente quente vê-la assim. Eu não posso evitar, me aproximo dela e puxo suas tranças.
Ludmilla:Eu adoro isso... – Eu sussurro. Mas com todo esse desejo dentro de mim, um par de tranças não vai me manter afastada. – Mas elas não vão proteger você. – Digo em seu ouvido. Eu sou perigosa para ela. Eu ouço um suspiro enquanto sua mão que está batendo os ovos faz uma pausa.
Brunna:Como quer os seus ovos? – Ela pergunta com sarcasmo. Eu sorrio.
Ludmilla:Completamente batidos e espancados. – Eu digo, provocando-a com um sorriso. Ela tenta esconder o riso. Acho a gaveta onde a Sra. Fonseca, minha governanta, mantém os jogos americanos, e tiro duas peças pretas e coloco-as no bar. Eu a vejo na minha visão periférica despejando os ovos e virando o bacon por cima da grelha. Deus! Por que é tão quente? Minha mulher na minha cozinha!.
Eu coloco suco de laranja para nós duas e começo a fazer o café para mim. Mas ela gosta de chá.
Ludmilla: Brunna, gostaria de um chá?
Brunna:Sim, por favor, se você tiver algum. – Ela responde.
Quando eu chego ao armário para tirar alguns chás Twinings English Breakfast, ela estreita os olhos e franze os lábios.
Brunna:Um pouco de conclusão precipitada, não acha? – Ela pede.
Ludmilla:Você acha? Não tenho certeza que tenhamos concluído nada, ainda, Srta. Gonçalves. – Murmuro.
Meu contrato ainda está de pé, inexplorado. Ainda sujeito a ser assinado, e nós apenas mudamos os perímetros um pouco, com nosso encontro recente. Mas ainda existe muita coisa em minha mente. As negociações ainda estão abertas. Ela parece momentaneamente confusa com a minha observação, mas não diz nada e se vira para a geladeira para trazer o xarope de bordo. Quando ela se vira, ela me vê de pé pelo bar esperando por ela.
Ludmilla:Senhorita Gonçalves. – Eu a encaminho para um dos banquinhos.
Brunna:Senhorita Oliveira. – Ela acena com a cabeça e senta, mas não antes de eu perceber sua estremecida.
Aquela visão me deixa incrivelmente excitada. Sim, baby! É onde eu estive, e onde reivindiquei você. Tudo meu! Eu nunca tive um sentimento de propriedade deste tipo antes. Este é um novo começo para mim.
Ludmilla:Está muito dolorida? – Eu pergunto enquanto me sento ao lado dela, meus olhos escuros de desejo. Ela cora e, finalmente estreita os olhos. Deus! Por que a sua reação é assim tão quente? Mas ela ainda me responde um pouco irritada com a minha pergunta íntima. Eu quero ser sua primeira e última.
Brunna:Bem Srta Oliveira– Ela se ajeita. – Eu não tenho nada para comparar a sensação, não há pontos de referência. – Ela me olha, mas ela fica doce e acrescenta: - Queria me oferecer sua compaixão? – Ela é doce, e quente, e brincalhona, e toda minha. Eu tento reprimir um sorriso, mas é muito difícil de fazer isso com sua proximidade.
Ludmilla:Não. – Eu respondo, e adiciono com o desejo na minha voz e nos olhos. – Eu queria saber se deveríamos continuar com seu treinamento básico.
Seu garfo para no ar, ela me olha com espanto, sua respiração para, os olhos arregalam, ela dá um suspiro.
Brunna:oh! – Deus! Será que eu vou ter o suficiente de suas respostas surpreendentes? Ela está imóvel. Eu digo:
Ludmilla:Coma, Brunna. – Ela continua a olhar para mim com um tipo diferente de fome. Ela me quer. Mas eu amo deixá-la com expectativa. O resultado final é muito melhor para nós duas.
- Isto está delicioso, a propósito. – eu digo, sorrindo, indicando mais do que a omelete. Ela leva o garfo à boca. Seus olhos em mim. Ela quase não come. Distraidamente morde seu delicioso lábio. – Deixe de morder o lábio. É muito perturbador, e acontece que me dei conta de que não está vestindo nada debaixo de minha camisa, e isso me desconcentra ainda mais. – Eu rosno.
Ela libera o lábio do cativeiro de seus dentes, e eu suspiro. Ela tira seu saco de chá da embalagem e o mergulha na água quente em sua xícara e o retira rapidamente. Sem tirar os olhos de sua xícara de chá, ela pergunta em voz alta, animada, e ela mal consegue disfarçar.
Brunna:Uhm, de que tipo de treinamento básico estamos falando? – Eu posso sentir sua respiração aumentar, e embora ela tente parecer indiferente e desinteressada, eu posso sentir o calor subindo entre nós. Ela esfrega as pernas juntas distraidamente, apertando e pressionando uma na outra para suprimir a sua paixão crescente, e eu sei que ela está sentindo uma atração em sua virilha. Seu corpo é como um livro para eu ler e eu tenho estudado muito bem nos últimos dois dias. Eu amo isso nela!
Ela tenta agir com naturalidade e calma. Mexe o chá, e eleva-o aos lábios. Seus olhos fecham brevemente, para se recompor. Brunna não abaixa a xícara de chá. Ela paira em estreita proximidade com seus lábios. Ela sopra levemente o seu chá tentando distrair sua mente, e quando ele atinge seus lábios de novo, eu falo:
Ludmilla:Bem, já que você está dolorida... – Lembrando-me de onde eu estive minha voz sobe como meu desejo. – Eu pensei que nós poderíamos ficar com as habilidades orais.
Ela engasga com seu chá! Quando ela consegue se recompor, ela se vira e me olha com seus lindos olhos castanhos arregalados, sua boca aberta. Sua reação me desperta inacreditavelmente, mas eu acaricio-a até que ela volte a respirar, e passo-lhe o suco de laranja para beber. Eu não sei o que isso significa exatamente. Será que ela quer ficar? Será que ela quer sair? Espero que ela fique, mas eu não quero forçá-la. Tem que ser uma decisão dela. Eu preciso confirmar isso. Eu adiciono:
Ludmilla:Isto é, só se você deseja permanecer aqui Brunna.
Ela olha para mim tentando avaliar minha expressão. Eu não quero demonstrar nada. Eu gosto muito dela e eu não quero influenciar sua decisão. Eu a quero, e eu quero ser egoísta, mas não quando se trata dela. Ela tem que tomar a sua decisão, e não a minha influência. Eu devo isso a ela. Ela parece irritada e frustrada, por ser incapaz de me ler. Ela fecha os olhos por um breve momento, e abre novamente.
Brunna:Eu gostaria de ficar durante o dia, se não houver problema. – Ela diz da mesma maneira da noite passada, não querendo gastar seu “bem vinda”. – Amanhã tenho que trabalhar.
Ludmilla:A que hora tem que estar no trabalho?
Às sete.
Ludmilla:Levarei você ao trabalho amanhã, às sete. – Eu digo. Ela franze a testa.
Brunna:Eu preciso ir para casa hoje à noite, para que eu possa me trocar. Eu não tenho nenhuma roupa limpa aqui. – Diz ela. Eu não quero que ela vá especialmente por causa de roupas. Podemos trazer suas roupas aqui. Eu posso enviar Rômulo imediatamente se assim ela desejar.
Ludmilla:Podemos trazer algumas roupas suas aqui. – Eu não quero que ela vá esta noite. Eu preciso dela aqui. Eu quero ela aqui. Eu desejo ela aqui. O que há de errado comigo?
Ela está refletindo, mas preocupada com alguma coisa. E seus lábios voltam para o cativeiro de seus dentes. É muito perturbador para mim. Eu chego perto, seguro seu queixo e solto o lábio. Eu sei que ela está pensando e está preocupada com alguma coisa. Eu quero saber.
Ludmilla:O que foi? – Eu peço. Eu não me dou bem com a preocupação.
Ela fecha os olhos e diz:
Brunna:Eu preciso estar em casa esta noite.
Eu não gosto da ideia. Eu não gosto de ser contrariada. Mas ela não assinou o contrato para entregar a sua vontade a mim, então eu não digo nada. Minha boca forma uma linha dura, e eu faço um esforço para tentar esconder a minha raiva e desconforto.
Ludmilla:Tudo bem. Esta noite então. – Eu me contenho. – Por favor, coma seu café da manhã. - Eu ordeno. Mas ela não está comendo e isso me incomoda. Eu a lembro que ela não comeu na noite passada. Ela precisa comer seu café da manhã.
Brunna:Eu não estou com fome. – Ela sussurra. Eu estreito meus olhos em seu foco, e tento forçar minha vontade.
Ludmilla:– Eu realmente quero que você termine o seu café da manhã. – Eu enuncio. Eu tenho dificuldade em aceitar as pessoas desperdiçando comida quando tantas outras ao redor do mundo passam fome. Eu era uma delas. Eu não posso evitar!
Brunna:O que há com você e a comida? – Ela pergunta exasperada. Eu faço uma carranca. Meu rosto mudou.
Ludmilla:Eu tenho problemas com comida desperdiçada Brunna! Coma, agora! - Eu ordeno.
Ela se vira para seu alimento, e pega a comida, começa a comer, muito lentamente. Seu esforço me faz feliz. Ela é como uma criança pequena às vezes. Mas, estou feliz que ela não viveu o que eu vivi. Estou feliz que ela nunca tenha ficado com fome. Minha expressão suaviza com alívio súbito. Eu termino a minha comida antes dela, e a observo comer. Quando ela finalmente come o suficiente, eu pego seu prato e o limpo. Digo-lhe que como ela cozinhou, eu limparia, mesmo que não seja o meu estilo fazer isso. Eu me vejo fazendo coisas quando estou com ela que eu normalmente não faço.
Ludmilla:Quando terminarmos vamos tomar um banho.
Brunna:Oh, tudo bem. – Ela responde surpresa.
Quando seu celular toca ela atende a chamada.
Brunna:Alo. – Ela responde timidamente, e caminha para a varanda para alguma privacidade. Meus olhos a seguem como um falcão, um ciúme cresce em mim. É o garoto que estava dançando com ela? Ou o filho da puta do Rodrigo? Meus olhos se estreitam. Eu não compartilho! Mas eu ouço um nome. Larissa. É a melhor amiga dela. Eu dou um suspiro de alívio. Mas eu quero ter certeza de que ela não fala sobre nós.
Eu continuo limpando a cozinha. Ela volta depois que sua conversa acabou. Ela está hesitante. Será que quer ir embora?
Brunna:Uhm... Ludmilla ... O AND... Cobre tudo? – Ela está infeliz com alguma coisa? Meu olhar se estreita e eu pergunto:
Ludmilla:Por quê? - Continuo com minha tarefa. Quando termino me volto para ela pra dar-lhe toda a minha atenção.
Brunna:Bom, tenho algumas duvidas, já sabe... Sobre sexo. E eu gostaria de conversar com Larissa. – Ela torce os dedos. E olha para as mãos como se elas tivessem respostas secretas. Meu olhar amacia.
Ludmilla:Você pode falar comigo Brunna. – Eu quero ser sua única professora. Eu não posso evitar!
Brunna: Ludmilla, eu não posso... Quero dizer, com todo o respeito... – Ela suspira. – Você está muito envolvida. Eu só vou perguntar sobre a mecânica. Não vou mencionar o Quarto Vermelho da Dor. – Diz ela rapidamente.
Isso me surpreende. Eu nunca pensei em meu quarto de brinquedos como um lugar para a dor.
Ludmilla:Quarto Vermelho da Dor? É isso que você acha que é? Trata-se, sobretudo, de prazer, Brunna. Acredite em mim. – Eu me encontro dizendo. Ela está equivocada. E eu sinto que isso deve ser corrigida. – Além disso... – Acrescento com um tom mais duro. - Sua amiga está saindo com meu irmão. Preferia que você não falasse com ela. – Eu não quero que ela saia correndo contando ao Yuri sobre nosso acordo. Eu quero manter minha vida pessoal, privada da minha família. Isso não é da conta deles.
Pegando minha deixa, ela pergunta:
Brunna:Sua família sabe alguma coisa... Sobre as suas... Preferências?
Ludmilla:Não. Não é assunto deles. – Eu me aproximo dela. Se ela tem dúvidas, eu quero ser a única a respondê-las. Eu quero ser a única professora, instrutora, participante, e amante que ela tenha. Eu levanto minha mão e acaricio seu rosto com meus dedos. Ela abaixa o olhar novamente, e eu quero ver esses lindos olhos. Eu quero saber o que ela está pensando. Meus dedos derivam sobre o queixo e eu levanto seu rosto sem usar a força. Eu quero que ela olhe em meus olhos. Eu quero que nós fiquemos conectadas.- O que você quer saber Brunna?
Brunna:Nada em especial no momento. – Ela sussurra quase inaudível.
Ludmilla:Bem, neste caso deixe-me perguntar como foi para você ontem à noite? – Eu quero saber. Muito, muito mesmo. Ela é a minha primeira virgem, a primeira em minha cama e a primeira a dormir ao meu lado. Ela é a primeira em muitas coisas pra mim. Estou ansiosa para saber. Meus olhos são como brasas com intenção e desejo.
Ela tem temor em seus olhos. Ela sussurra:
Brunna:Ótimo. – Sua afirmação de alguma forma me agrada e me faz feliz. Sinto um sorriso subindo em meus lábios, mas eu o suprimo.
Ludmilla:Para mim também. – Eu murmuro. - Eu nunca fiz sexo baunilha antes. É muito mais do que esperava que ele fosse. Mas talvez seja porque foi com você. Porque eu estava com você quando experimentamos. – Meus dedos acariciam seu queixo, sua mandíbula e finalmente seu lábio inferior.
Sua inspiração é nítida e doce. Desejo me invade. Preciso tê-la novamente. Agora!
Ludmilla:Venha, vamos tomar um banho. – Eu digo inclinando-me e beijando-a. Eu posso sentir o desejo dentro dela. Nós aprofundamos o beijo. Eu preciso tê-la. Eu puxo-lhe a mão, dizendo: - Venha comigo. Por favor...
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