Arrumando A Bagunça
〰️Ludmilla Oliveira〰️
Eu fico olhando para a tela do laptop por um minuto. Eu a aborreci! Ela finalmente disse o que a estava incomodando. Eu sabia que algo estava errado. Eu tive a sensação, mas eu a deixei. Mas ela não disse nada. Ela disse que estava tudo bem! Ela está muito intimidada por mim para me dizer como ela se sente, exceto quando está bêbada e está escrevendo-me um e-mail? Eu preciso que ela se comunique comigo abertamente, e de forma clara.
Eu tinha tirado a roupa para me preparar para ir para a cama, mas rapidamente me visto, colocando a minha jaqueta, e pegando as chaves do carro. Eu envio um texto rápido para Rômulo informando-o de que eu estou indo de volta para a Srta Gonçalves e que eu vou passar a noite lá na sua casa. Eu dirijo a seu complexo de apartamentos com os pensamentos dela nublando minha mente e me preocupando. Eu estaciono o carro e saio rapidamente. Eu percorro o caminho de pedra para seu prédio, e subo as escadas de dois em dois degraus. Eu bato na porta com firmeza, e em rápida sucessão.
É sua companheira de apartamento, Larissa, a trituradora de bolas, que abre a porta. Quando ela me vê, muda seu rosto e ela usa um tom irritado, pronta para dilacerar-me.
Larissa: O que diabos você pensa que está fazendo aqui?. - ela grita.
Ludmilla:Estou aqui para ver Brunna. - eu respondo.
Larissa:Bem, você não pode! - É sua resposta. Meu coração dá um salto. Brunna está me recusando agora? Será que ela mudou de idéia? Será que ela decidiu que o que temos é ruim para ela?
Ludmilla:Por que não posso? - É a minha resposta.
Larissa:Que merda você fez com ela agora?. - Ela me pergunta.
Ludmilla:O que você quer dizer?. - Eu pergunto-lhe incrédula.
Larissa:Desde que ela conheceu você, ela chora o tempo todo. - é a resposta. Ela esmaga meu coração. Eu não quero Brunna chorando. Estou mais que preocupada que ela vai escorregar por entre meus dedos porque ela não se comunica comigo, e que eu sou também muito fodida, e dura com ela. Eu tenho que vê-la!
Ludmilla: Larissa, não me faça forçar minha entrada. - eu digo encarando-a firmemente. - Eu tenho que entrar agora para ver o que há de errado com ela. - eu empurro a porta toda aberta e entro.
Larissa:Você não pode entrar aqui!
Ela grita atrás de mim. Eu rapidamente caminho através da sala de estar, e explodo no quarto de Brunna, e acendo a luz de cima para encontrá-la soluçando em voz alta em seu travesseiro; ela se vira e fecha seus olhos apertados , mas não antes de eu ter um vislumbre de seus olhos vermelhos e inchados de lágrimas !
Ludmilla:Jesus, Brunna. - murmuro. Eu desligo o interruptor de novo, e eu corro para o lado dela em um instante.
Brunna:O que você está fazendo aqui?. - ela suspira entre soluços. Ela é incapaz de parar de chorar. Eu acendo o abajur da mesa de cabeceira. Ela aperta os olhos novamente com a agressão da luz. Larissa vem e fica na porta.
Larissa:Você quer que eu ponha prá fora essa babaca?.- ela pergunta a Brunna.
Levanto minhas sobrancelhas para ela, claramente não conhecendo muitas pessoas falando comigo nesses termos, pelo menos direto na minha cara, embora eu saiba que eu sou uma babaca. Mas seu antagonismo feroz me faz pensar que eu fiz algo terrivelmente errado para Brunna, embora eu não saiba o que. Brunna balança a cabeça para ela em negativa, e sua companheira de quarto revira os olhos para ela.
Larissa:Apenas grite se precisar de mim. - diz ela suavemente para Brunna, então vira seu olhar venenoso para mim e diz, - Ludmilla suas cartas estão marcadas!. - apontando um dedo bem manicurado para mim, e se vira e puxa a porta mas não a fecha. Estou abalada, porque claramente eu fiz algo para alguém com quem eu me importo muito, e eu não tenho a menor idéia do que foi! Eu olho para baixo para Brunna com uma expressão grave, meu rosto pálido.
Eu pego minha jaqueta e de dentro do meu bolso eu puxo meu lenço e o entrego a ela.
Ludmilla:O que está acontecendo?. - Pergunto suavemente, preocupada.
Brunna:Por que você está aqui?. - Ela me pergunta em resposta, ignorando a minha pergunta. Suas lágrimas cessaram, mas ela está muito perturbada, seu corpo está sacudido por soluços secos. Isso me aborrece, e eu estou ansiosa para saber o que eu fiz, e como eu posso consertar isso.
Ludmilla:Parte do meu papel é o de cuidar de suas necessidades. Você disse que queria que eu ficasse , então aqui estou eu. E então eu encontro você assim. - Eu pisco para ela, completamente desnorteada.-Eu tenho certeza que eu sou a responsável, mas não tenho idéia do por quê. Isto é porque eu bati em você?
Ela se ergue na cama. Seu estremecimento não escapa da minha visão. Ela senta-se e me encara.
Ludmilla:Você tomou um Advil?- Pergunto, ao que ela responde com um aceno de cabeça negando. Será que algum dia ela vai ouvir qualquer coisa que eu peça a ela para fazer? Eu estreito meus olhos, levanto-me, e deixo o quarto para conseguir-lhe um Advil.
Acho Larissa ocupada com sua embalagem na sala de estar, e pergunto se ela tem algum Advil que eu possa dar para Brunna. Ela estreita os olhos para mim, e dá-me aquele tipo de olhar 'se olhar pudesse matar'.
Larissa:Nós temos alguns no armário de remédios do banheiro. - ela responde e acrescenta: - lembre-se da minha ameaça para você, Oliveira ... É melhor fazer isso direito! - Ela diz sem deixar de olhar para mim.
Ludmilla:Eu vou lembrar. - eu digo, enchendo uma xícara de chá com água, e indo buscar dois Advil Gelcaps para Brunna, e caminhando de volta para o quarto.-Tome isso. - Eu ordeno-lhe, e eu gentilmente sento na cama ao lado dela para não perturbá-la. Ela coloca os Advil em sua boca e engole-os com a água.-Fale comigo. -eu sussurro, suprimindo minha preocupação. - Você me disse que estava bem. Eu nunca teria deixado você se eu achasse que você estava assim,-eu digo olhando para ela, tentando descobrir as razões por trás de seu estado atual. Ela só olha para as mãos. O que a está preocupando?
Ela não diz nada.
Ludmilla:Eu percebo que quando você disse que você estava bem, não estava. - eu digo, aparentemente acertando em cheio, porque ela cora.
Brunna:Eu pensei que eu estava bem. - ela sussurra ainda olhando para as mãos.
Ludmilla: Brunna, você não pode me dizer o que você acha que eu quero ouvir. Isso não é muito honesto. - eu a repreendo. Todos os relacionamentos são baseados em confiança, especialmente este em que estamos. Caso contrário, não vai funcionar. - Como posso confiar em qualquer coisa que você tenha me dito?
Ela finalmente espreita para mim sob a cascata de cabelos castanhos. Eu fecho a cara para ela, com um olhar triste nos meus olhos. Frustração, preocupação, seu estado, aumentam o meu nível de ansiedade me fazendo correr as duas mãos pelo meu cabelo.
Ludmilla:Como você se sentiu quando eu estava espancando você e depois?. - Eu pergunto.
Brunna:Eu não gostei disso. Eu prefiro que você não faça isso de novo. - ela diz baixinho.
Ludmilla:Isto não foi feito para você gostar. - digo a ela.
Brunna:Por que você gosta disso, então?. - Ela pergunta olhando para mim. Sua pergunta me surpreende. É em parte por causa da besta em mim que gosta de vê-la naquele estado, me mostrando que eu tenho total controle sobre ela, e isto satisfaz uma necessidade em mim e me excita.
Ludmilla:Você realmente quer saber?. - Eu pergunto-lhe. Ela pode não gostar do que eu vou dizer.
Brunna:Acredite-me, eu estou fascinada. - diz ela com sarcasmo gotejando das palavras dela.
Eu estreito meus olhos para ela novamente.
Ludmilla:Cuidado.
Brunna:Você vai me espancar de novo?- Ela me pergunta desafiadora.
Ludmilla:Não, não esta noite", eu respondo. Eu não quero machucá-la... agora.
Brunna:Então..-ela me incentiva.
Ludmilla:Eu gosto do controle que isto me trás, Brunna. Eu quero que você se comporte de uma determinada maneira e se não o fizer, vou puni-la, e você vai aprender a se comportar da maneira que eu desejo. Gosto de puni-la. Eu queria espancar você desde que você me perguntou se eu era intersexual.- Ela cora. Lembro-me dela ficando envergonhada depois de ter feito a pergunta, no momento mesmo que ela me perguntou e percebeu qual era a pergunta que sua colega de quarto tinha escrito.
Brunna:Então você não gosta do jeito que eu sou. - diz ela, com tristeza. Isso não é verdade! Eu amo o jeito que ela é. Na verdade ela é uma lufada de ar fresco na minha vida fodida. Olho para ela, confusa novamente.
Ludmilla: Eu acho que você é encantadora do jeito que é. - eu digo com total honestidade.
Brunna:Então por que você está tentando me mudar?
Ludmilla: Eu não quero mudar você. Eu gostaria que você fosse polida e seguisse o conjunto de regras que eu lhe dei e não me desafiasse. Simples. - eu digo
Brunna: Mas você quer me punir?
Ludmilla: Sim, quero.
Brunna:Isso é o que eu não entendo. - diz ela confusa. Eu suspiro e passo minhas mãos pelo meu cabelo de novo, completamente exasperada.
Ludmilla:É o jeito que eu sou, Brunna. Eu preciso controlá-la. Eu preciso que você se comporte de uma certa maneira, e se você não o fizer...adoro ver sua bonita pele rosa e aquecida sob minhas mãos. Isso me excita.
Seus olhos se arregalam, seu olhar está em algum lugar entre o medo e a reticência.
Brunna: Então, não é pela dor que você está me fazendo passar. - Eu engulo seco. Na verdade, tem muito a ver com isso. Ela alimenta a minha necessidade de dar dor para ela.
Ludmilla:Um pouco, para ver se você pode levá-lo, mas isso não é toda a razão. É o fato de que você é minha para fazer o que eu achar melhor. O controle final sobre outra pessoa. E isso me excita. Demais, Brunna. Olha, eu não estou me explicando muito bem... Eu nunca tive que fazê-lo antes. Eu não pensei sobre isso em nenhuma grande profundidade. Eu sempre estive com pessoas que pensam como eu. - dou de ombros quase me desculpando. - como você se sentiu depois?.-Eu pergunto-lhe.
Brunna:Confusa. - ela responde.
Ludmilla:Você estava sexualmente excitada por aquilo, Brunna. - digo lembrando-a. Eu fecho meus olhos com a memória fresca daquilo enquanto eu sinto a minha libido subindo em mim. Quando eu reabro os olhos, eu a encaro. Esse olhar faz algo para ela, e eu a sinto responder na mesma moeda. Ela gosta disto também.
Na verdade, um monte de desejo está pulsando entre nós, seus olhos fixos nos meus com vontade e paixão selvagem.
Ludmilla:Não olhe para mim desse jeito. - murmuro. Ela franze a testa.-Eu não tenho preservativos, Brunna, e você sabe, você está chateada. Ao contrário do que sua companheira de apartamento acredita, eu não sou uma monstra priápica.. você se sentiu confusa?. - Eu pergunto-lhe. Ela se contorce sob o escrutínio do meu olhar.
(N.T. Priapismo é uma condição médica geralmente dolorosa e potencialmente danosa na qual o pênis ereto não retorna ao seu estado flácido, apesar da ausência de estimulação física e psicológica. A ereção dura em média 4 horas).
Ludmilla:Você não tem problema em ser honesta comigo por escrito. Seus e-mails sempre me dizem exatamente como se sente. Porque você não pode fazer isso conversando? Eu a intimido tanto assim? - Ela apenas olha aleatoriamente para um canto do quarto dela. Sem olhar para mim, ela sussurra sua resposta:
Brunna:Você me seduz, Ludmilla. Me oprime completamente. Eu me sinto como um pássaro voando muito perto do Sol.
Sua resposta me faz suspirar.
Ludmilla: Bem, eu acho que você entendeu isto da maneira errada.-eu respiro fundo..
Brunna:O que? - Ela pergunta surpresa.
Ludmilla:Oh, Brunna, você me enfeitiçou de corpo e alma. Não é óbvio? - Sorrio de lado. - Você ainda não respondeu minha pergunta. Escreva-me um e-mail, por favor. Mas agora, eu realmente gostaria de dormir. Posso ficar?" eu pergunto-lhe.
Brunna:Você quer ficar?. - Ela pergunta-me com um tom de esperança.
Ludmilla:Você me queria aqui. - eu respondo, embora eu saiba o sentido pleno de sua pergunta. A resposta é, sim, eu quero ficar. Na verdade não há outro lugar no planeta que eu preferiria estar mais do que este quarto minúsculo, em seu pequeno apartamento, que ela está compartilhando com sua colega trituradora de bolas.
Brunna:Você não respondeu à minha pergunta.
Ludmilla:Vou escrever um e-mail. - murmuro nervosamente. Eu me levanto e esvazio meus bolsos tirando meu celular, chaves, carteira e dinheiro. Eu tiro o meu relógio, sapatos, meias e calças jeans e coloco-os em uma cadeira. Eu dou a volta até o outro lado da cama e deslizo ao lado de Brunna. Meu lugar feliz. - Deite-se. - eu ordeno.
Ela também desliza lentamente sob as cobertas, estremecendo um pouco, olhando para mim. Ela está chocada, mas visivelmente feliz de me ter em sua cama para ficar com ela. Como posso escapar dela? Será que ela não sabe que eu estou viciada? Eu me apoio sobre um cotovelo, olhando para baixo, para Brunna.
Ludmilla:Se você for chorar, chore na minha frente. Por favor. Eu preciso saber. - Eu não quero jamais que ela seja infeliz na minha ausência.
Brunna:Você quer que eu chore?-Ela pergunta curiosamente.
Ludmilla:Não particularmente. Eu só quero saber como você está se sentindo. Eu não quero que você escorregue por entre meus dedos. Apague a luz. É tarde, e ambas tem que trabalhar amanhã.
Ela desliga o abajur da mesa de cabeceira, deitando de costas.
Ludmilla:Deite-se de lado, de costas para mim- murmuro na escuridão. Eu lentamente me movo e coloco meus braços em torno dela, e puxo-a para o meu peito fundindo nossos corpos. A sensação é maravilhosa. Agora mesmo, ela é minha. - Durma baby. - eu sussurro inalando seu perfume celestial profundamente. Então nós derivamos para um sono tranquilo.
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