Passado, Presente E Futuro
🦋▫️Antoinette Topaz▫️🦋
- Amanhã, então. – Digo para Sweet, que concorda.
- Sim, Senhorita. Que carro vai levar Senhorita?
- O R8.
- Boa viagem, Senhorita Topaz. Senhorita Blossom.
O estranho olhar de Sweet Pea para Cheryl é um quebra-cabeças para mim. Talvez ele também tenha se apaixonado por ela em um curto espaço de tempo. É difícil não gostar dela. Conhecendo meus caminhos tortuosos, ele pode ter suas opiniões sobre meu estilo de vida, mas eu não ligo para o que elas são. Ele faz parte da minha equipe. Eu sou sua chefe. Sweet Pea está comigo há quatro anos. Ele sabe para que o meu Quarto de Jogos serve, e ele já conheceu quase todas as minhas subs. Mas ele também sabe que o estilo de vida Dominador e submisso é o seu caminho escolhido. Isso me dá uma pontada de culpa já que não é assim para Cheryl. Ela nunca teve relações sexuais antes e muito menos do tipo de relação que eu estou interessada em ter. Sweet abre a porta para nós, sem demonstrar nada e sua expressão é plana. Chamo o elevador. Cheryl está pensativa. Ela está mastigando alguma coisa em sua mente. Eu conheci esse seu lado muito bem nos últimos dois dias. Ela pensa de mais.
Mas eu não posso deixá-la pensando em algo para então resolver me deixar, sem eu ter dado minha opinião. Precisamos nos comunicar. Eu quero que isso funcione. Eu preciso disso... Na verdade, eu nunca quis, ou precisei de alguma coisa mais do que isso! Existem essas emoções estrangeiras percorrendo meu corpo e minha mente. O que eu sei é que eu a quero desesperadamente. Eu não posso aguentar o suspense e pergunto:
- O que foi Cheryl?
Ela me olha surpresa ao descobrir que eu sei que ela está pensando em alguma coisa. Ela leva o delicioso lábio de volta para o cativeiro de seus dentes. Eu gemo, alcanço e puxo o queixo para liberar o lábio.
- Pare de morder o lábio Cheryl. Ou, me ajude, eu vou foder com você no elevador e eu não dou à mínima se entrar alguém ou não!
Sua mandíbula cai aberta e ela fica vermelha como beterraba. Porque a sua reação tão gostosa para mim? De repente, ela parece mais jovem, mais inocente para mim e me derreto por dentro. Eu não posso deixar de sorrir para ela suavemente. Com um olhar, um corar, ela muda meu humor das profundezas do desespero e do inferno para o céu. Ela é uma bela, mágica mulher. Estou deslumbrada por ela!
Ela finalmente diz:
- Antoinette, eu tenho um problema. – Resolvendo contar o que a esta remoendo.
Um problema? Eu sou todo ouvidos. Que tipo de problema? Ela tem minha total atenção, e eu estou segurando minha respiração. Quando o elevador chega, as portas se abrem e eu a deixo entrar, ainda esperando para ela me dizer qual é o problema. Eu aperto o “solo”. Eu arqueio minhas sobrancelhas para persuadi-la a falar.
- Por favor, continue.
- Uhm... Bem, essa coisa... – Diz ela, e para, olhando para as mãos, torcendo os dedos de novo como se tivessem uma pista secreta para ajudá-la a dizer. Em seguida, ela descobre sua determinação, e fala: - Olha. Eu realmente preciso falar com Elisabeth. Eu preciso lhe fazer algumas perguntas sobre sexo, e vendo como você está envolvida, eu não acho que é uma boa ideia eu fazer minhas perguntas para você. Se quiser que faça todas essas coisas, como vou saber... – Diz ela corando. Eu olho dando total atenção e tentando ler o que ela diz e o que ela omite em suas expressões e palavras.- Eu só preciso falar com ela. Eu não tenho pontos de referência, nem experiência, e você, não me deixa falar com ninguém, apenas com você, bem, você não ajuda... - Ela olha suplicante. - Eu realmente preciso da ajuda dela. Sabe, de mulher para mulher. Bem, você também é uma,mas eu preciso, falar com ela... Por favor. – Ela pede.
Oh Deus! Como posso dizer não para ela que está suplicante, e implorando? Reviro os olhos. Se for tão importante para ela, eu concordo.
- Tudo bem. Você pode falar com ela se for preciso. – Eu digo. Ela me deixa irritada algumas vezes. Mas eu tenho que lembrá-la sobre o envolvimento de Jughead com sua amiga. Ela não deve falar nada com meu irmão. De repente eu sinto que ela está levantando seus espinhos para defender sua colega de quarto, sua melhor amiga. Eu aprovo. Ela é leal!
- Betty não faria algo assim, como eu não diria a você nada do que ela me conte, sobre Jughead.
- Bom, a diferença é que não me interessa sua vida sexual. Com quem ele dorme e como ele faz isso. Por outro lado eu sou um interesse para ele. Jughead é um bastardo curioso. Fale para ela só do que temos feito até agora. Ela, provavelmente, cortaria minhas bolas se soubesse o que quero fazer com você.
- Ok, tudo bem. – Ela concorda balançando a cabeça. Sua resposta me faz sorrir. Quanto mais cedo ela se submeter a mim, quanto mais cedo eu possa lhe dizer o que fazer, em vez de tentar negociar um comportamento, mais eu posso dar em troca como eu fiz agora! Eu realmente quero que ela assine o contrato, e logo.
- Quanto mais cedo se submeter, melhor. Assim podemos parar com isso. – Digo baixinho.
- Parar com o que?
Como ela pode não saber o que está fazendo? Ela vai contra minha vontade. Quero ser sua única professora, instrutora. Ela assinou um AND para não discutir nada com ninguém, mas ela quer correr para sua colega de quarto e contar sobre o que aconteceu. Ela é exasperante. Eu suspiro e digo:
- Você pode parar de me desafiar!
Ela olha incrédula e confusa. Eu chego perto e levanto seu queixo para cima, e dou um beijo em seus lábios com o elevador aberto. Eu seguro sua mão e levo-a para fora. Eu a guio para o meu R8 preto.
- Bonito carro... – Ela murmura secamente. Ela está tirando sarro de mim? Eu amo seus modos provocantes. Ele faz algo em mim que eu não posso explicar. Encontro-me sorrindo.
- Eu sei. – É meu outro “baby”, além de Cheryl, é claro. Não importa o quanto ela ferva meu sangue, com sua rebeldia, suas observações despreocupadas e seu comportamento inocente, ela apenas tira o meu fôlego, e eu me sinto jovem com ela. Só eu, Antoinette... Sem nenhuma merda fodida do meu passado. Apenas uma mulher jovem com uma mulher jovem em um dia lindo, de modo claro e simples... Tão comum.
De repente eu tenho esse desejo esmagador de querer mostrar-lhe tudo. Quero levar o mundo aos seus pés. Eu pego sua mão e a levo para o lado do passageiro, abrindo a porta para ela. Eu vou até o lado do motorista e facilmente entro no carro.
- Então, que tipo de carro é esse?
- Um Audi R8 Spyder. Como faz um dia lindo, podemos baixar a capota. Eu tenho alguns bonés de beisebol no porta-luvas. Quer pegar um para cada um de nós, por favor? Você pode pegar os óculos de sol ali também.
Quando ela coloca o cinto de segurança, pega os bonés para nós. Eu ligo o carro. O MP3 começa a tocar Bruce Springsteen. Uma linda canção, em um lindo dia com uma adorável mulher. Eu não posso evitar e sorrio com alegria.
- Vai ter que gostar de Bruce. – Tiro o carro do estacionamento do Escala. Uma bela manha de maio em Vancouver. Nós dirigimos através do trafego. Estou perdida em pensamentos sobre ela. Está linda mulher sentada ao meu lado. Tão perto, mas tão longe. O que ela vai pensar quando ler o contrato? Será que ela vai concordar com ele? Será que ela vai ficar com medo e fugir? Eu balanço a cabeça para fugir de meus devaneios e me concentro em Bruce.
Eu dirijo na I-5 em direção ao sul para Seattle. O vento varre as nossas cabeças ao longo dos bonés e óculos de sol. Quando Bruce diz "Eu posso te levar mais alto... Eu estou em chamas", eu coloco o meu olhar sobre Cheryl. Ela não tem ideia de como esta canção define meus sentimentos por ela. Eu também acordo no meio da noite com meus lençóis molhados dos pesadelos, e a sensação residual do meu passado tal como ele descreveu: “À noite acordo com os lençóis ensopados e um trem de carga passando pelo meio de minha cabeça. Só você pode saciar meu desejo. Estou em chamas”. Como posso deixá-la ir? Será que ela não percebe o quanto eu a desejo?
Como poderia alguém que acabei de conhecer significar muito para mim? Como poderia ela fazer um quarto para ela na minha alma escura? Como poderia eu dar espaço dentro de mim tão rápido? Como pode alguém tão inocente como ela fazer isso? Eu estou em chamas por ela!
Droga! Tudo o que posso fazer é olhar para ela. Eu sou o desejo, fogo e necessidade dela, minha contração de lábios em um sorriso. Eu alcanço-a com a minha mão direita e lentamente coloco-a em seu joelho, apertando suavemente. Sua resposta é automática. Assim que a toco, ou a encosto de qualquer maneira possível, a corrente começa a fluir, sacudindo entre nós.
- Você está com fome? - Eu pergunto com desejo em minha voz.
- Não muito. – Ela diz. Estou descontente porque ela quase não come então detecto que ela está com fome por mim. Mas ainda... É uma das minhas regras que ela tenha que comer corretamente para manter-se saudável. Gostaria de lembrar que ela deve comer.
- Vou leva-la a um ótimo restaurante perto de Olympia. – Ela suspira, eu escondo um pequeno sorriso, eu aperto o joelho novamente com fome de sua reação. E logo a respiração ofegante. Ela quer mais. Eu removo a minha mão e coloco-a novamente no volante. Expectativa. Isso é metade da diversão, e o sexo é amplificado com ela muitas vezes. É uma grande ferramenta para o controle também. E eu dominei muito, muito bem. Eu coloco o meu pé no acelerador e ganho velocidade através da autoestrada, enquanto Cheryl olha para mim com um tipo diferente de fome.
Chegamos ao restaurante. Não é um lugar grande, mas um local pequeno e charmoso com cadeiras e toalhas de mesa, incompatíveis e aleatórias. A comida, porém, é ótima embora também seja simples.
- Que tipo de comida servem aqui? – Ela pergunta desconfiada.
- Oh, o que caçarem ou acharem. Mas o gosto é bom. – eu faço uma cara e ela começa a rir da minha expressão simulada. Um som tão bonito, despreocupado e jovem! Eu amo isso!
A garçonete vem para trazer nossos drinques. Ela ostenta sua franja loira e parece frustrada quando tenta chamar minha atenção e eu ignoro-a enquanto Cheryl discretamente tenta observar seu comportamento e minha reação. Eu aprovo! Ela é ciumenta, e isso faz algo em mim, eu sinto a agitação da minha ereção.
Vendo como Cheryl não tem muita experiência em escolher vinhos eu peço duas taças de Pinot Grigio, mas ela franze os lábios em desaprovação. Eu fico frustrada. Eu conheço vinhos e ela não. Eu pergunto
- O que?
Ela encolhe, diminui seu olhar como se murchasse.
- Eu queria uma coca light.
Não. Isso não é uma boa escolha. Primeiro de tudo, tem sacarina que provoca câncer. E a minha escolha de vinho é decente, e ele vai com tudo o que este lugar pode oferecer. Eu explico a ela. Ela consente.
Sinto-me surpresa por sua aquiescência, pois ela normalmente refuta com sua própria opinião.
- Minha mãe gostou de você. – Digo a ela mudando de assunto.
- Sério? – Ela fica vermelha. Mesmo elogios são difíceis de aceitar, justo ela que é tão merecedora deles.
- Oh sim. Sempre pensou que eu ficava com homens mesmo com minha condição. E eu acredito que ela estava esperando um cara sair do meu quarto.
- Por que ela pensava que você gostasse de homens? – Ela pergunta confusa.
- Porque nunca me viu com uma garota.
- Oh... Com nenhuma das quinze? – Eu sorrio.
- Tem boa memória. Não, com nenhuma das quinze. Cheryl, para mim também foi um fim de semana de novidades.
- Foi?
- Sim. Nunca tinha dormido com ninguém. – Eu digo sorrindo. – Nunca tinha feito sexo em minha cama. – O desejo cresce em mim. – Nunca tinha levado uma garota no Charlie Cooper e nunca tinha apresentado uma mulher para minha mãe. O que você está fazendo comigo? Você me enfeitiçou completamente! – Eu digo desarmada. Com um olhar intenso. Posso me imaginar sem ela, mesmo tendo conhecido ela há tão pouco tempo? Meu subconsciente responde, “infelizmente, não”.
Depois que nossos vinhos chegam, ela toma um gole rápido para recolher um pouco de coragem para algo que ela quer dizer. Meu olhar é a intenso sobre ela.
- Eu realmente gostei deste fim de semana Antoinette. – Ela sussurra. Meus olhos estreitos como os suspiros da minha respiração. Como ela poderia me fazer suspirar com oito palavras simples? Por que o meu nome saindo de sua boca é tão sexy? Ela morde o lábio distraída.
- Pare de morder o lábio Cheryl. – Eu resmungo sabendo muito bem que esta vai ser minha ruína com minha ereção crescente, ela suspira e os dentes liberam o lábio do cativeiro. – Eu também gostei imensamente do fim de semana. – Minha voz rouca.
- Uhm, Antoinette, posso perguntar uma coisa? – Ela sussurra, como se ela não quisesse que os outros a ouvissem.
- É claro. – Eu digo com o meu olhar atento sobre ela.
Sua voz mergulha até a oitava menor.
- O que é sexo baunilha? – Ela pede me fazendo sorrir imensamente.
- Sexo convencional, Cheryl. Sem brinquedos, nem acessórios. – Eu sorrio ao lembrar que ela não sabe. Isso faz minha ereção crescer ainda mais. – Bom, a verdade você não sabe, mas isso é o que significa.
- Oh. –Ela diz ainda especulando e remoendo algo em sua cabeça.
Quando a comida chega, eu ignoro a garçonete. Não estou interessado nela. Como poderia estar interessado em alguém além de Cheryl? Quando ela sai, Cheryl dá pequenas risadinhas e este é o som mais bonito que já ouvi. Tão despreocupada, tão melódica, tão condizente com ela. Perfeitamente adorável.
- Antoinette... Porque você nunca fez sexo baunilha antes? Você sempre fez... Você sabe, com suas preferencias? – Eu mexo a cabeça e suspiro. Como explicar que Elena me seduziu quando eu ainda era jovem e que eu não conheço mais nada além das minhas “preferencias”. Eu finalmente digo a verdade.
- Uma mulher me fez se prostituir quando eu tinha quinze anos.
Sua boca cai aberta, seu rosto fica entristecido.
- Oh. – Eu ouço, juntamente com um suspiro que escapou. Eu li os lábios que diziam "Meu Deus!". Mas nenhum som lhe escapa. Seu olhar mudou.
- Ela tinha gostos singulares. Eu fui a sua submissa por 5 meses. – Dou de ombros. Isso é passado, assunto encerrado.
Sua boca ainda está aberta. Pela primeira vez, a boca inteligente está sem palavras.
- O que quer dizer, eu sei o que está envolvida Cheryl. – Ela continua a olhar incapaz de digerir a notícia, como se ela comeu algo ruim, e isto está a deixando doente.-A verdade é que não tive uma introdução ao sexo muito corrente.
- E alguma vez saiu com alguém da escola?
- Não.
- Por quê?
- Você, realmente, quer saber?
- Sim.
- Porque não quis. Ela era tudo o que queria ou necessitava. Além disso, ela iria me castigar. - Sorri com a memoria. Seus olhos escurecem com raiva, mexendo a mandíbula. Mas ela fala com calma.
- Então...quantos anos ela tinha?
- Tinha idade suficiente para saber o que fazia.
- Você ainda a vê?
- Não.
- Por quê..?
- Odeio meu Passado e odeio lembrar dele. – Balanço minha cabeça.. — Não sei nada sobre ela faz anos.
- Sua mãe sabe?
- Claro que não.
O que ela está pensando? “Oh mãe, eu me prostituia quando eu tinha 15 anos.”?
Ela cresce em silêncio de novo. Ela está pensando, cismada. Ponderando o que ouviu e isso não é de seu agrado. Ela toma um gole do vinho.
- O tempo inteiro?
- O que?
- Você foi submissa a ela o tempo inteiro?
- Sim. Apesar de não vê-la o tempo todo. Era... Difícil. Afinal, eu ainda estava na escola e mais tarde, na faculdade. Coma Cheryl. Por favor.
- Eu não estou com fome Srta Topaz.
- Coma! – eu digo com firmeza. Lentamente, ameaçando. Ela só olha pra mim. Ela não parece se importar com meu tom de voz ameaçador.
- Eu preciso de um minuto. – Diz ela, e me surpreende. Ela está certa. É muita informação.
- Claro. – Ela está pensando novamente. Cismada. Eu não quero que meu passado de merda afete sua decisão. Ela parece preocupada. Eu espero que ela fale alguma coisa. Ela finalmente olha para cima.
- Assim será a nossa... Relação? Estará me dando ordens todo o momento?
- Sim. – Eu confirmo.
- Eu vejo. – Ela afirma categoricamente.
- É mais do que isso Cheryl... Quando começar a se entregar para mim, vai querer fazer isso. – Eu digo com a voz fervorosa.
Ela parece cética. Seus olhos se estreitam. Ela reduz os bonitos olhos castanhos até a mesa, olhando para suas pequenas mãos, desta vez até mesmo as mãos são incapazes de se mexer, estão imóveis, perdidas, como ela.
- É um grande passo para mim. – Diz ela e leva á boca uma mordida de sua comida.
- Eu sei que é. – Eu digo. Quando eu fecho meus olhos, eu não quero que ela escorregue por entre meus dedos decidida contra nosso acordo. Eu quero que ela mantenha a mente aberta. Mas eu não posso, eu não vou balançar sua decisão de uma forma ou de outra. Ela merece o melhor. Isto é tudo sobre ela. Ela tem que ser a única a tomar a decisão final.- Cheryl, tem que seguir seu instinto. Pesquise um pouco, leia o contrato... Não tenho problema em comentar qualquer detalhe. Estarei em Seattle até na sexta-feira, se por acaso quiser que falemos sobre isso antes do fim de semana. Ligue-me... Talvez, pudéssemos jantar... Digamos na quarta-feira? Na verdade, quero que isto funcione. Nunca quis tanto. – Estou nervosa diante dessa linda mulher. Ela é inteligente, linda, e talentosa, além do mais é uma ótima negociante, inesperada para alguém que parece ser submissa, mas muito independente.
Ela não diz nada, não demostra nada também. O olhar em branco novamente. Ela está impassível melhor do que eu neste exato momento. Merda! E se isso não for impassibilidade, e se ela está decidindo contra nosso acordo. Eu não posso deixa-la. Ela tem que pelo menos considerar.
- Cheryl. – Eu peço. – Eu realmente, realmente, realmente quero fazer isto. Na verdade, eu nunca quis nada tanto quanto eu quero isso. – Nem quando eu comecei a minha empresa. Nem quando eu encontrei qualquer outra mulher, ou uma aquisição. É ela! Esta mulher que aleguei em todas as direções. Eu quero ela. Eu preciso dela! Meus olhos estão ardendo de desejo por ela! – Diga algo Cheryl... – Minha voz está pleiteando.
O que ela pergunta me surpreende:
- O que aconteceu com as quinze?
- Isso e aquilo... Tudo se resume a isso Cheryl. Nós éramos incompatíveis. – É isso mesmo. Eu não era compatível com nenhuma delas. Ela tem preocupação em seus olhos. Por quê? Descrença.
- Se você não era compatível com submissas treinadas, com quinze delas, o que te faz pensar... – Ela diz com a voz preocupada e baixa, quase inaudível. – O que te faz pensar que vai ser compatível comigo?
- Você é! – Eu digo com fervor. – Acredite, eu sei. – Eu quero que ela saiba que acredite em mim, porque é verdade.
- Você ainda vê alguma delas? – Ela pergunta com preocupação, com ciúme. Ela gosta de mim, apesar de tudo que lhe disse.
- Não Cheryl! Eu não vejo nenhuma delas. Eu sou uma mulher monogâmica nos meus relacionamentos. Eu não tenho várias parceiras. – Eu quero que ela saiba que ela será a única em nossa relação.
Ela não demonstra nada.
- Eu vejo. – Ela esta aliviada?
- Basta fazer sua pesquisa. Vai ter uma noção melhor. – Eu digo. Ela coloca o garfo na mesa. Acabou de comer. Eu não posso vê-la sem comer. Ela quase não comeu nos últimos dois dias. Eu não sei como ela consegue funcionar comendo qualquer coisa. Essa é outra razão para que ela assine o contrato, para que eu possa ter certeza que ela cuidará de si mesma.- Isso é tudo o que vai comer? – Eu questiono com a boca em uma linha fina.
Ela não diz nada, apenas acena com a cabeça. Eu não quero testar minha sorte. Eu tenho que escolher minhas batalhas com ela. E a questão alimentar não esta no topo da lista. Eu como e limpo meu prato enquanto ela se contorce na cadeira, desconfortável. Ela está cheia de pensamentos. E eu sei que ela está analisando minhas respostas e mais um monte de coisas que estão passando por sua mente enquanto seu rosto sofre alterações e mudanças. O que eu não daria para saber o que ela está pensando agora! Ela esta se contorcendo e isso pode ser atribuído a minha conquista sobre ela.
- Eu adoraria dar qualquer coisa para descobrir o que você está pensando neste exato momento. – Eu sussurro. E ela cora até o couro cabeludo. Eu vejo. Isso é o que ela está pensando. Onde eu estive e o que eu disse a ela, e me agrada saber que tenho esse efeito sobre ela. Dou-lhe um sorriso lascivo. – Eu posso adivinhar o que você está pensando. - Eu sussurro.
- Tem certeza que você não é uma leitora de mentes?
-Não, eu não sou. Mas eu sei como ler o seu corpo. Estive lendo seu corpo nos últimos dias lembram-se? Eu acho que eu aprendi muito bem. – Eu digo sugestivamente. Eu quero essa mulher. Lembro-me de nossa experiência também. Não é só ela que está afetada. Eu também estou!
Eu chamo a garçonete para trazer a conta. Eu pago, e levanto-me para ir embora. Eu ofereço a minha mão para ela para receber dela. Quando as pontas dos dedos se encostam, sensíveis ao toque, nossa conexão é feita de novo, e a maldita corrente prazerosa encontra o seu caminho através de nós. Ela sente isso também. Está no seu suspiro. Eu levo-a de volta para o carro, abro a porta do passageiro para ela. Ela entra. Ela está calma e pensa em todas as minhas revelações desta manhã. Eu quero que isso funcione! E se ela disser não? Vou deixá-la ir? Será que vou ficar bem se ela estiver com algum filho da puta, por exemplo o Matheus, ou o Rodrigo, ou alguém como eles?
Eu tenho que deixá-la tomar sua própria decisão, mas eu estou morrendo de inveja. Deus! Dou-lhe um olhar de soslaio. A proximidade é inebriante. O ar está carregado com eletricidade, e seu aroma é inebriante. Todo puro, todo caseiro, todo mulher, todo Cheryl!
Eu dou o meu sinal e saio da estrada. Eu dirijo até sua rua e, finalmente, até seu apartamento, estaciono, e desligo o motor
Por um momento, ela está sem palavras. Finalmente, ela recolhe-se e diz com alguma emoção desconhecida.
- Você quer entrar Antoinette? – O que ela quer? Isso é desejo?
- Eu não posso. Eu tenho que trabalhar. Tenho muitos negócios empilhados. – Eu digo. Eu quero, mas não posso. Eu tenho que dar-lhe espaço para pensar. Testo a mim mesma. Testo minha vontade. Eu tenho que saber se é um desejo real ou outra coisa. Ela está fascinante nessa proximidade.
Minha resposta à deixa triste, ela abaixa o olhar novamente para as mãos, ela não está disposta a mostrar suas emoções. Maldita mulher! Eu não aguento mais! Tomo sua mão direita, e puxo-a em meus lábios e beijo cada junta de sua mão fazendo-a ofegar. Eu me vejo fazendo coisas com ela que eu normalmente não faria. Ela tem admiração e adoração em seus olhos, por causa do meu gesto. Estamos trancados mais uma vez em nosso próprio planeta, como uma bolha.
Meu cérebro finalmente se conecta com o resto do meu corpo e minhas pernas encontram sua função. Eu saio do carro para o lado do passageiro. Eu abro a porta, estendo minha mão para ela. Ela aceita. Eu estou cheia dessas emoções estrangeiras novamente.
- Obrigado por este fim de semana Cheryl. – Eu respiro fervorosamente. - Foi o melhor! – Sim, simplesmente o melhor. Eu não me lembro de ter um melhor. Nunca! - Nos vemos quarta-feira? Eu vou buscá-la no trabalho, ou onde quer que você queira que eu busque-a...
- Quarta-feira, então. – Disse ela simplesmente. Eu beijo sua mão novamente. Ela vira a cabeça para o lado. Ela está em um tumulto emocional também. Ela olha desolada, confusa e triste. Mas ela esconde o rosto de mim, e se vira para ir embora. Lembro-me de quando ela saiu na rua após a sessão de fotos. O que está errado? Quando ela vai embora, ela se vira para mim com uma reflexão tardia.- Oh... A propósito, vesti uma de suas cuecas. – Ela diz e mostra o cos da cueca. Meu queixo cai aberto. Estou completamente chocada! Ela me choca mais uma vez! Ela, de cueca, é tão gostosa! Se eu não tivesse trabalho a fazer, e se não estivéssemos em um estacionamento aberto, eu transaria com ela no capô do meu carro! Ela sorri alegremente vendo meu rosto, e volta-se convencida, e vai embora me deixando em pé, chocada atrás dela.
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